quarta-feira, 8 de maio de 2013

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12ª Entrevista: Carlos Sérgio Madureira Rodrigues (escritor)


Carlos Sérgio Madureira Rodrigues

“Apesar de ter abraçado profissionalmente o mundo do Direito, desde que me lembro de existir, recordo-me do meu gosto pela escrita, uma constante na minha vida – independentemente do quanto cresço, dos espaços que conheço e das pessoas com quem interajo, o meu gosto e a minha dedicação mantêm-se, como se a escrita fosse um amigo cuja companhia eu não dispenso, para comemorar as minhas vitórias, superar as derrotas e aprender com os erros. Esse gosto, aliado a outra paixão que é ensinar, levaram a concentrar-me nesta obra que vos deixo. Quem sabe o que me espera? Apenas uma coisa sei que fará parte da minha vida: a minha paixão pela escrita.” 

Nascido a 13 de Outubro de 1989, o autor, natural de Vale de Cambra, dedica-se à escrita de colunas para um jornal da sua região. Até à data, publicou o primeiro volume da saga “Eu, Ela e os Vampiros”, pela Chiado Editora (página oficial: https://www.facebook.com/pages/Eu-Ela-e-os-Vampiros-P%C3%A1gina-Oficial/436505406394839).

Qual é a sua nacionalidade: Portuguesa

O seu Filme favorito: The Bucket List
O seu Livro favorito: O Diário de Anne Frank ou The Picture of Dorian Gray (Oscar Wilde)
O seu Anime favorito: Fairy Tail
O seu Manga favorito: Naruto
O seu Espectáculo favorito: Não tenho
A sua Série de televisão favorita: Game of Thrones 

Foi Bram Stoker, através da sua obra de 1897, "Dracula", quem chamou a atenção de todos para estes seres tão especiais, os vampiros. Mais de 100 anos depois, qual pensa ser o segredo para o constante fascínio de milhões de pessoas em todo mundo pelos vampiros? 
O fascínio pelo fantástico. A existência dos vampiros representa uma porta aberta ao mundo do fantástico e do sobrenatural, através da qual todos nos podemos evadir e construir uma persona dotada de particularidades e poderes "especiais" (mágicos/sobrenaturais). Por outro lado, os vampiros são vistos e tratados como a personificação das Trevas, do mundo negro que existe tanto nas entranhas tanto da Terra como dos nossos corações, factor que alimenta a imaginação e cultiva a inspiração, neste caso, literária. 

Acredita que "Eu, ela e os vampiros" poderá, de certa forma, dar ao leitor uma perspectiva nova e "refrescante" acerca dos vampiros?
Espero que sim, pois o mercado dos vampiros, as prateleiras a estes entes reservadas, já se encontra deveras saturado. O objectivo passa por apresentar os vampiros como um perigo dinâmico, presente, combatidos pelos poderes mágicos de adolescentes. Naturalmente aberto a interpretações e opiniões divergentes, o enredo procurará dar uma nova perspectiva para além da já exaustivamente tratada, que é a "relação proibida vampiro-humano". Ressalve-se que esse tipo de relação possa existir nos livros, mas não será o tema principal.

Sabemos que tem visitado várias escolas a apresentar o seu projecto. Como tem sido a reacção dos alunos com quem tem falado? São um publico tão ou mais difícil de agradar do que o público adulto? 
O público adulto está saturado e centrado em desafios mais prementes (como a crise e a ausência de um futuro promissor, desafios com os quais nos podemos identificar, naturalmente) para dedicar a devida atenção. O público jovem, por seu turno, tem sido uma fonte de surpresas inesgotável. Aderem ao enredo, estão curiosos com a continuação, esperam ansiosamente que lhes possa transmitir dicas tanto acerca da saga como do processo de escrita em si. Uma experiência fenomenal.

O Carlos é um dos escritores mais jovens que entrevistámos até hoje... Na sua opinião: nasce-se escritor ou aprende-se a ser escritor?
Nasce-se escritor, aprende-se a cultivar o talento e a explorar as nossas potencialidades.

O nosso anterior entrevistado, o escritor Ignacio Del Valle, teve como desafio deixar uma pergunta ao próximo entrevistado sem saber de quem se tratava (Pode ver a entrevista aqui: (http://flamesmr.blogspot.pt/2013/04/entrevista-ao-autor-ignacio-del-valle.html). A pergunta foi a seguinte: ¿Qué siente cuando, tras mucho trabajo y mucho oficio, aparece la magia en el texto?: 
Quando a magia aparece eu saúdo-a como um amigo do qual, embora não veja há muito tempo, nunca lhe esqueci a amizade e a estima. Todavia, quando a magia se faz acompanhar de sons e cores envolventes, sinto o que podemos quase chamar de amor. As palavras fluem, sonorizam-se, tornam-se em melodias de vivas cores e profundos significados... quando todas as peças do puzzle encaixam e resulta o momento perfeito sinto, então, a completude do meu esforço unido ao meu talento, filhos da minha imaginação e pais do meu orgulho.

Se pudesse, o que é que perguntaria ao próximo escritor ou escritora que iremos entrevistar? 
Em que medida a realidade que o envolve e reproduz no seu quotidiano interfere (enriquece ou empobrece) a sua escrita?


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2 comentários:

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