sábado, 24 de maio de 2014

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50ª Entrevista: Olinda P. Gil (escritora portuguesa)


Olinda P. Gil 


Olinda P. Gil já é conhecida cá da casa. Depois de termos feito de Pre-Advanced Reader ao seu livro “Contos Breves”, revimos o seu conto “Vila de Cobres”. Agora, Olinda surpreende-nos novamente, desta vez editando com a Coolbooks o e-book “Sudoeste”.
Escreve maioritariamente contos, estudou literatura, e publicou num jornal nacional. Olinda P. Gil, no seu blogue “rabiscos, rascunhos e limitada” já nos entrevistou - vejam aqui.
Agora foi a nossa vez!

Nacionalidade: Portuguesa

Filme favorito: "O Piano" de Jane Campion
Livro favorito: Muitos! Hoje destaco "1984" de George Orwell
Anime favorito: Rurouni Kenhin
Manga favorito: Rurouni Kenhin
Entretenimento/Evento/Espetáculos favorito: Festa do Avante
Série de televisão favorita: Ficheiros Secretos (vejam a nossa opinião aqui)

Costumas recorrer a beta-readers… aconselhas só aos novos escritores ou a todos? Tens dicas a dar sobre isso?
Não costumo recorrer muito aos beta-readers, isto porque não é fácil encontrar beta-readers. Há muitas pessoas que estão dispostas a fazer esse trabalho, mas só com poucas é que se consegue estabelecer a confiança necessária para que o trabalho corra bem. Estou, aos poucos, a construir uma rede de beta-readers. O conselho que dou é para terem calma, paciência e nunca desistirem. Quando menos esperam aparece-vos uma beta-reader (foi o que me aconteceu com a equipa do FLAMES).

A tua escrita é muito versátil. Os teus contos abrangem imensas temáticas… sobre o que é que ainda não escreveste que gostarias de escrever? 
Há tanta coisa que gostaria de escrever que ainda não escrevi. Os contos permitem essa versatibilidade, quase como um experimentalismo. Posso experimentar estilos, épocas, géneros... Quero continuar a fazer experiências!

Sudoeste é muito diferente dos teus outros trabalhos. O que podem esperar os teus leitores mais fieis?
Neste livro podem esperar uma linguagem mais cuidada e mais poética. Também podem esperar por uma análise profunda dos sentimentos e acções dos personagens, que nem sempre souberam tomar as melhor opções. Não são personagens perfeitas!

Este livro demorou algum tempo a sair, fruto da tua maturação enquanto pessoa que te levava a reescrevê-lo inúmeras vezes. Como imaginas que o livro sairia se fosse escrito daqui a 10 anos? 
Muito diferente. Talvez precisasse de quarto conto para representar mais uma dezena de anos. "O mar..." é os dezoito, dezanove anos, "Eros e Pisché" são os vinte e poucos e "Aniversário" os vinte e tal, trinta anos. Precisaria de um conto que fosse dos trinta aos quarenta anos.

Quando te apercebeste que não valia mais a pena reescrever e que estava pronto para publicação? 
Estava profundamente saturada dos textos. Foi mais por não conseguir reescrever mais do que qualquer outra coisa. Se bem que já reli o texto e já pensei em alterações!

E projetos futuros? Podes revelar alguma coisa?
Tenho um livro de poesia, tenho uns pequenos textos de prosa poética, tenho outro livro de contos, tudo material que pode vir a sair. Depois ando meio perdida entre vários contos, dois romances a meio, um sem-fim de poemas e uma narrativa para jovens. Tirando as duas narrativas para jovens que tenho imaginadas e muito muito mais material pensado. Acho que preciso de outra vida!

Agora é a nossa vez… “Quando fores velhinho/a e já não vires bem as letras o que vais fazer à tua vida de leitor/a?”
Vou aumentar o tamanho da letra do meu e-reader até não poder mais (apesar de duvidar que existam certas coisas quando for velhinha), e depois contrato netos e sobrinhos para me lerem em voz alta. Troco por bolinhos.

Obrigada Olinda pela disponibilidade :) 

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4 comentários:

Obrigada por ter passado pelo nosso Blog e por comentar! A equipa do FLAMES agradece ;)

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