Título: Um Dia
Autor: David Nicholls
Título original: One Day
Editora: Civilização
Tradução: Ana Baer
Páginas: 456
Encadernação: Capa mole
ISBN: 978-972-26-3179-2
Normalmente o que aconselhamos a fazer (e o que gostamos mais de fazer) é ler um bom livro e, só depois, ver o filme. Mas nem sempre é assim.. às vezes vemos filmes que, de alguma forma, nos marcam, e nem sempre temos tempo de, depois de saber a história e de termos visto o que acontece, pegar no livro que originou a película e dar-lhe uma oportunidade. Isto é tanto mais verdade quanto maior for o livro, e hoje em dia, no corre corre das nossas vidas, dar uma oportunidade a um livro de 456 páginas, depois de já termos visto o filme é, talvez, um acto de coragem. Mas há coisas que devem ser feitas e, ler o livro "Um dia" antes ou depois de ver o filme, é uma delas.
Já escrevemos, há uns posts atrás, a nossa opinião sobre o filme [FILME]. Foi um filme que não estavamos à espera de ver e que pensavamos que nos ía dar uma "grande seca", mas que no final se tornou um filme marcante, e a ideia que se formou na nossa cabeça depois de o ver foi: TEMOS DE LER ESTE LIVRO.
E o livro não foi nenhuma desilusão. Se já tiverem visto o filme, dêem uma oportunidade a este livro. Se não o fizeram, leiam primeiro o livro e depois vejam o filme. Garantimos que não se vão desiludir.
A história nós já vos contámos, mas resumidamente fala da vida de duas pessoas: Dexter e Emma. Ambos conhecem-se em 1988 no dia em que terminam o curso e tornam-se amigos. O que o livro faz é descrever-nos todos os anos, no dia 15 de Julho (o dia em que se conheceram) onde estão as personagens e o que estão a fazer.
O que gostaríamos de fazer neste post é um pouco o paralelo entre o filme e o livro.
Em primeiro lugar, vamos referir uma coisa óbvia: o livro é muito mais pormenorizado. Ficámos a entender muito melhor o desenrolar de algumas cenas e o porquê de algumas das decisões das personagens ao longo dos anos.
Relativamente às personagens, achámos que estão muito bem caracterizadas no filme, a excepção é feita a Dexter. De facto, no filme, temos a imagem do actor, e o actor foi muito bem escolhido, porque é bonito e tem ar de boémio ao qual as raparigas não conseguem dizer que não. No entanto, no livro, a personagem é muito mais "insuportável". Ou seja, existem vezes em que nos apetece pegar em Dexter, arrancar do livro, e gritar e ralhar com ele a plenos pulmões. Mas também é no livro que nos apercebemos da parte humana/relacional desta personagem, um pouco esquecida ao longo do filme. O facto de o autor ser capaz de nos despertar tais emoções, demonstra a forma como este nos consegue descrever de forma brilhante e detalhada a personalidade da personagem.
BOAS LEITURAS :)