quinta-feira, 31 de março de 2016

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Livro: Ready Player One


Ano: 2011
Género: Ficção-científica, Aventura
Autor: Ernest Cline


O meu objectivo ao escrever esta opinião é o de chamar a atenção de todos vocês para esta obra. Não descansarei enquanto todas as pessoas à minha volta não tenham lido, pelo menos uma vez na vida, o “Ready Player One”. Digo “pelo menos uma vez” pois acredito que várias pessoas quererão repetir a experiência, eu incluída, tal é a qualidade do livro.


Sinopse:
“Corre o ano de 2044 e o mundo é abalado por uma grave crise energética em que a destruição e a pobreza são a realidade da maioria da população. A única bolha de oxigénio é o OASIS, uma realidade virtual onde a maioria das pessoas passa grande parte do seu tempo. No OASIS as pessoas estudam, trabalham, jogam e interagem umas com as outras e é aí que o jovem Wade Watts passa a maior parte do seu tempo de forma a fugir da dura realidade.
Contudo, quando o criador do OASIS, James Halliday, morre, decide deixar um último enigma para trás: um Easter Egg escondido algures num dos milhares de mundos virtuais do OASIS. A recompensa não podia ser melhor: a primeira pessoa a encontrar o Easter Egg herdará a fortuna de centenas de milhões de dólares acumulada por Halliday ao longo da sua vida bem como o controlo do próprio OASIS. Começa, assim, a maior caça ao tesouro que a Humanidade alguma vez viu!”


Opinião:
“Falar sobre um dos melhores livros que já li em toda a minha vida é, simultaneamente, prazeroso e injusto; é que é muito bom falar de uma história de que gostei tanto mas ao mesmo tempo temo não conseguir fazer-lhe justiça... 

Aquilo que começo por destacar é o ritmo da acção: não há um único momento morto em todo o livro e, assim, a sua leitura torna-se completamente viciante. O facto de tantos jogadores estarem interessados na busca pelo Easter Egg, leva-nos a torcer por Wade a todo o momento nesta corrida alucinante. As reviravoltas são uma constante e os truques sujos usados pelos adversários são de tal modo ardilosos que dei por mim, por diversas vezes, a sentir a minha pulsação acelerada na expectativa de saber o que se sucederia no momento seguinte. Para tornar tudo ainda mais entusiasmante, o Wade vê-se confrontado por vários enigmas ao longo do livro e nós próprios damos por nós a vestir a pele de detectives e tentar perceber a sua resolução. É um facto que toda a aventura está fortemente baseada na década de 80, daí que quem tiver crescido nessa altura está em clara vantagem e sentirá uma ligação emocional ainda maior com a obra.
Para além de ter escrito uma trama absolutamente viciante, Ernest Cline alcançou outro grande feito ao criar um mundo alternativo simplesmente perfeito! As regras foram pensadas ao pormenor, os cenários são estonteantes e a experiência de jogo é de tal forma imersiva que não é de surpreender que nesta história grande parte da população prefira a realidade virtual à vida real. Confesso que dei por mim, por várias vezes, a desejar poder experimentar, nem que fosse apenas por um dia, o OASIS.
Em relação às personagens, estas estão bem construídas e as suas diferenças complementam-se de forma a criar uma equipa eficiente que se desloca pelo OASIS com um espírito de aventura ímpar. Por serem tão jovens, todos eles estão  no final da adolescência e início da idade adulta, os seus diálogos são simultaneamente divertidos e interessantes. O seu entusiasmo e espírito de aventura acaba por contagiar o próprio leitor que, assim, sente que faz parte do grupo nesta grande caça ao tesouro. 

Tendo passado alguns anos viciada no jogo “World of Warcraft”, ler “Ready Player One” voltou a acender essa chama de jogadora em mim e fiquei cheia de vontade de voltar a jogar. Também, após terminar esta história, fiquei com uma certeza inédita: quero voltar a ler este livro! Não me recordo de alguma vez ter repetido uma leitura, mas sei que com esta obra terei de abrir essa excepção.

Mesmo sendo uma obra de estreia, Ernest Cline já conseguiu conquistar o seu lugar no mundo da ficção-científica com este trabalho. Que venham mais livros assim: viciantes, entusiasmantes, inteligentes e criativos!"


Por Mariana Oliveira
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Entretenimento: Novidades no panorama musical


The 1975

Novo álbum dos The 1975 lidera tops de vendas nos EUA e Reino Unido
(OPINIÃO NO FLAMES AQUI)
1.º lugar do iTunes em 37 países, incluindo Portugal. Grupo volta a Portugal a 7 de julho, no festival NOS Alive.

O novo álbum dos The 1975, "I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it", entrou diretamente no primeiro lugar da tabela de vendas do Reino Unido e do top Billboard Hot 200, dos Estados Unidos. O quarteto de Manchester junta-se assim a nomes como os Beatles, Radiohead ou David Bowie, que no passado também lideraram, simultaneamente, os tops de vendas dos dois lados do Atlântico.

Este segundo álbum dos The 1975 também chegou ao 1.º lugar de vendas no Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além de liderar os tops do iTunes em 37 países, incluindo o português.

Este tão antecipado disco do grupo de Manchester tem também conquistado a crítica especializada. ANME deu 4 estrelas e definiu-o como "essencial". O The Guardian deu uma pontuação semelhantee escreveu que o álbum está "repleto de canções pop fantásticas e letras inteligentes". O Sunday Times Culture referiu-se ao disco como "assombroso", a GQ como "heroicamente ambicioso", oEvening Standard como "um triunfo extravagante". O The Times, que deu ainda 4 estrelas ao álbum, disse que "este é o ano deles" e a Q descreve os The 1975 como "a jovem banda mais entusiasmante do Reino Unido".

"I like it when you sleep…" segue os passos que o quarteto deu no álbum de estreia, homónimo, que também entrou diretamente em 1.º lugar do top de vendas do Reino Unido na semana de lançamento. 

Os The 1975 embarcam hoje uma esgotada digressão de 15 datas pelo Reino Unido e Irlanda, incluindo uma série de cinco concertos na O2 Brixton Academy, em Londres, e quatro noites no O2 Apollo, em Manchester. A 7 de julho regressam a Portugal, para um concerto no festival NOS Alive.

Rihanna 

Rihanna continua a dominar tops de vendas com "Work" 
O single do álbum "Anti" mantém-se pela quarta semana consecutiva em 1.º lugar do top Billboard Hot 100 

"Work", o mais recente single de Rihanna, em colaboração com o rapper Drake, continua, pela quarta semana consecutiva, líder do top Billboard Hot 100, dos Estados Unidos. Esta é também a quarta semana que o mesmo single se mantém no 1.º lugar no top Streaming Songs, lista das canções com mais streams nos Estados Unidos. Até agora "Work" conta com 36,9 milhões de streams no mercado norte-americano.

   

O primeiro single do álbum "Anti" continua ainda líder da tabela On-Demand Songs e em 3.º lugar do top de Digital Songs (com 109 mil downloads vendidos) e do top Radio Songs. Rihanna é ainda líder do top Billboard Hot RandB/Hip Hop Songs, pela sexta semana (não consecutiva), novamente com "Work". 
 Atualmente, a cantora é a terceira artista com mais canções que alcançaram o 1.º lugar do top Billboard Hot 100, com 14 singles ao longo do seu percurso. Rihanna ultrapassou ainda Michael Jackson, que ao longo da sua carreira teve 13 canções no topo de vendas. 
Rihanna já tinha feito história com "Anti", o seu mais recente álbum de estúdio, alcançando o 1.º lugar do top de vendas nos Estados Unidos pela segunda vez consecutiva, com 166 mil cópias vendidas na primeira semana. "Work" foi ainda n.º 1 do iTunes em 91 países, incluindo Portugal, em menos de 36 horas depois do seu lançamento. Já esta semana a cantora embarcou numa nova digressão mundial, a "The Anti World Tour". Nos EUA e no Canadá a digressão contará com o apoio da PUMA e o rapper Travis Scott será o convidado especial. Já na Europa, os concertos terão como convidados o cantor The Weeknd e o rapper Big Sean.

Eric Clapton

Eric Clapton anuncia novo álbum, "I Still Do", para 20 de maio
Músico juntou-se ao célebre produtor Glyn Johns no novo disco

A 20 de maio chega às lojas o 23.º álbum de estúdio de Eric Clapton, "I Still Do", no qual o lendário músico contou com a colaboração do célebre produtor Glyn Johns. Clapton e Johns (que no passado produziu nomes como The Eagles, The Rolling Stones, Led Zeppelin ou The Who), já tinham trabalhado juntos, nomeadamente no icónico álbum "Slowhand", que foi tripla platina no mercado norte-americano, além de ter alcançado o topo das listas de vendas em todo o mundo. Esta nova colecção de 12 temas conta com várias canções originais escritas por Clapton. O álbum sucede a "Eric Clapton & Friends: The Breeze, An Appreciation of JJ Cale", também ele um sucesso de vendas.

"Foi uma grande oportunidade poder trabalhar uma vez mais com Glyn Johns, acidentalmente no 40.º aniversário de 'Slowhand'", disse Eric Clapton.

O artwork deste "I Still Do", uma cuidadosa ilustração de Clapton, é da autoria do reconhecido artista Sir Peter Blake, cujos trabalhos artísticos incluem o co-design das capas de "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band", bem como do single "Do They Know It's Christmas?", de "Stanley Road", de Paul Weller, e ainda do álbum "Face Dances", dos The Who. "I Still Do" conta com a assinatura de Blake no canto inferior direito da capa.

Depois de ter formado os Yardbirs, em 1963, Clapton iniciou o seu percurso como músico profissional, tendo pertencido a diversas bandas antes de se ter aventurado a solo, além de, desde então, ter lançado muitos álbuns de sucesso, feito digressões esgotadas em todo o mundo, recebido aclamação da crítica especializada e do público pelo seu trabalho único enquanto guitarrista. Ao longo da sua carreira Eric Clapton venceu 18 prémios Grammy, além de ser o único músico a ter sido induzido três vezes ao Rock & Roll Hall of Fame.

Rui Massena
(entrevista ao Rui Massena no FLAMES AQUI)

Rui Massena tem novo álbum pronto a sair: "Ensemble"
O maestro vai apresentar este disco a 30 de abril no CCB e a 2 de maio na Casa da Música

Foi com enorme sucesso que o pianista, maestro e compositor Rui Massena se estreou nos discos, há sensivelmente um ano, com "Solo", uma obra intimista, centrada no seu piano. Agora o maestro prepara-se para lançar um novo trabalho discográfico, intitulado "Ensemble", e desta vez leva o seu piano para outros mundos, tendo-se feito acompanhar da Czech National Symphonic Orchestra. O álbum será editado a 15 de abril.

Neste "Ensemble", Rui Massena mantém a "tranquilidade" que já caracterizava o seu primeiro disco de originais, mas agora dá-lhe toda uma envolvência orquestral, que traz também uma nova luz às composições do pianista e maestro.

"Abraço, Estrada, Alento, Liberdade, Dúvida, Borboleta, Amanhecer, Meditação, e o Renascer, são algumas das emoções traduzidas em sons", descreve o músico. As novas composições assinadas por Massena são muito inspiradas pelo espírito que se vive em Sintra, local onde estas foram compostas e maioritariamente gravadas.

Para apresentar este "Ensemble", Rui Massena já tem marcado o seu regresso a dois palcos que conhece bem: a 30 de abril atuará no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, seguindo no dia 2 de maio até à Casa da Música, no Porto. Nestas viagens o seu piano estará também acompanhado de uma orquestra de cordas, prometendo o músico uma constante partilha com o público que tanto o acarinha. 


Carlão 

Carlão com novo EP "Na Batalha" 
Carlão lança o seu novo EP "Na Batalha", numa edição exclusivamente digital. Chega um ano depois de "Quarenta", o álbum que marcou o regresso de Carlão à rima, e aprofunda temáticas, como as questões existenciais e as minudências do quotidiano. 

São quatro temas num registo reflexivo, pessoal e autobiográfico, com a produção de Branko and Dotorado no tema-título, "Na Batalha", Moullinex, em "Hardcore" (feat. Bruno Ribeiro), King Kong and Here’s Johnny em "Uma Vez é Demais" (feat. Bruno Ribeiro) e Here's Johnny em "A Minha Cena". "Na Batalha" é o segundo single retirado deste EP - depois de "A Minha Cena", lançado no fim de 2015 que foi acompanhado por um vídeo notável realizado por Vhils - e já se faz ouvir nas rádios nacionais. 
O vídeo, que foi dado a conhecer, é uma experiência cinematográfica assinada pelo realizador Filipe C. Monteiro, que capta um intenso e físico exercício de expressão dramática protagonizado pelo ator Miguel Borges. 


Em 2016 Carlão continua na estrada com um concerto de imagem renovada, onde mistura as músicas do EP "Na Batalha" com as de "Quarenta". Este espectáculo vai percorrer Portugal de Norte a Sul e para Lisboa, Carlão prepara um concerto único, a apresentar no Festival NOS Alive no dia 8 de Julho. Os primeiros concertos da digressão 2016 decorrem ainda este mês e em Abril, respectivamente nas seguintes datas e locais: Dia 26 de Março – Caparica Primavera Surf Fest Dia 2 de Abril – Viana do Castelo Dia 22 de Abril – Beja Dia 24 de Abril – Santiago do Cacém EP "Na Batalha", disponível nas plataformas digitais: https://UniversalMusicPortugal.lnk.to/carlaoepPR

Iggy Azalea 

Iggy Azalea acaba de revelar novo single, "Team" Canção apresenta o próximo álbum da rapper, "Digital Distortion" 
A multiplatinada artista australiana Iggy Azalea anunciou o seu regresso com o lançamento de "Team", primeiro single do seu próximo álbum de estúdio, "Digital Distortion". 

"Team" é também o primeiro single em nome próprio de Iggy Azalea em três anos, tendo sido co-escrito pela artista e produzido por Chordsz e Fuego. O tema conta ainda com coprodução de Omega e produção adicional de Ryan e Lou. A própria Iggy Azalea explicou a mensagem por trás de "Team" através da sua conta de Twitter, num diálogo cru e sem filtros com a sua fiel base de fãs, que se autointitulam de Azaleans. "Eu protejo-me a mim própria", escreveu. "Eu sou a minha própria equipa", salientou ainda. Contando já com uma nomeação para Artista Revelação nos Grammys, além de já ter sido distinguida nos American Music Awards, ASCAP Pop and Rhythm & Soul Music Awards, Billboard Music Awards, MTV VMAs dos Estados Unidos, Europa e Japão, Teen Choice Awards, entre outros, 2014 foi o grande ano de Iggy Azalea, graças a três singles multi-platinados e que conquistaram os tops em todo o mundo, nomeadamente: 

- "Fancy" (com Charli XCX, certificado quíntupla platina no mercado norte-americano e com mais de 700 milhões de visualizações até à data); 
- "Black Widow" (com Rita Ora, tripla platina e mais de 410 milhões de visualizações no YouTube); 
- "Problem" (colaboração com Ariana Grande, seis vezes platina e mais de 772 milhões de visualizações no YouTube até ao momento).


Sérgio Godinho
(entrevista ao FLAMES aqui)

Sérgio Godinho está de regresso à estrada com "Liberdade"
Músico regressa aos concertos depois de ter partilhado os Coliseus de Lisboa e Porto com Jorge Palma a propósito de "JUNTOS", o projecto colectivo criado em 2015 que junta em palco dois nomes maiores da música nacional.

O primeiro dos concertos que Sérgio Godinho dará no mês de Abril, é já no próximo sábado, dia 2, em Vila Franca de Xira numa organização do Ateneu Artístico Vilafranquense em Vila Franca de Xira. Mais para o final do final do mês, no âmbito das comemorações do 25 de Abril, a "Liberdade" irá passar pelos Recreios da Amadora no dia 23; no dia seguinte, a paragem será em Grândola para uma apresentação que se prevê de enorme emoção; e, a 25, mais a norte, no Teatro Stephens, na Marinha Grande.

Ainda a destacar neste mês de Abril, a deslocação até Belgrado para a abertura do Festival "Todo o Mundo", evento anual que junta na Sérvia os mais nomes da música mundial. A participação no festival, que ocorrerá no dia 19, tem ainda a particularidade de ser transmitida ao vivo pela televisão e rádio estatal sérvia.

Ainda em território sérvio para onde viajará dias antes, Sérgio Godinho colaborará ainda no projecto europeu liderado pelo linguista André Cunha, com o título provisório de "Dicionário de Canções", que tem por objectivo a construção de um documento em que se reúnam os nomes e os temas mais importantes na composição deste formato musical desde o início da 2ª metade do século XX.

AGENDA
31 MAR/Participação "Quintas de Leitura"/Teatro do Campo Alegre/Porto
02 ABR/Ateneu Artístico Vilafranquense/Vila Franca de Xira
19 ABR/Festival "Todo o Mundo"/Belgrado/Sérvia
22 ABR/Jorge Palma & Sérgio Godinho – Juntos/Teatro José Lúcio da Silva/Leiria
23 ABR/Recreios da Amadora/Amadora
24 ABR/Comemorações 25 Abril/Grândola
25 ABR/Teatro Stephens/Marinha Grande

quarta-feira, 30 de março de 2016

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Entretenimento: Primeiras impressões sobre o álbum "Alvin and The Chipmunks - The Road Chip (original motion picture soundtrack)



Não sei quando criaram a história "Alvin e os Esquilos", mas lembro-me de já ver o desenho animado durante a minha infância juntamente com as minhas amigas quando as tardes de Verão pareciam não ter fim...
Decorridos todos estes anos, confesso que nunca vi nenhum dos filmes que têm saído para o cinema, mas tal não significa que não ache piada, como a grande maioria das pessoas, às bandas sonoras fruto das vozes cómicas dos esquilos que transformam músicas conhecidas em temas hilariantes!


A tendência que temos com este tipo de álbuns é de ter como preferidas as músicas mais conhecidas e eu não fui excepção. Por isso mesmo, a música que mais atenção me chamou foi um dos maiores hits de 2015: "Uptown Funk". Confesso que não consigo perceber uma palavra do que os esquilos dizem, mas como o tema é tão conhecido foi-me fácil "imaginar" aquilo que estavam a cantar.

O restante álbum divide-se em canções que conhecia e outras que não conhecia de todo. Foi bastante hilariante ouvir os esquilos a cantar temas mais "sexy", como por exemplo o "Juicy Wiggle", ou mais "bad ass" como é o caso do "Turn Down for What" com aquelas vozinhas tão fofas e inocentes.
Para mim a grande surpresa do disco é o tema "Home" que não conhecia mas de cujo tom mais alegre gostei muito e que dei por mim a ouvir várias vezes.


Foi bom regressar ao espírito da minha infância ao ouvir este disco tão bem-disposto que transforma qualquer tema, independentemente da sua letra ou sonoridade, numa canção ideal para ser escutada por pais e filhos!

Em 3 palavras descrevo este álbum como:

- Alegre
- Fofo
- Cómico

Por Mariana Oliveira

terça-feira, 29 de março de 2016

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231º Passatempo do FLAMES (em parceria com as autoras Linete Landim e Ana Luísa Matos)


Hoje temos um passatempo especial...

4 vencedores vão poder levar para casa 1 pack de 2 livros!

O que podem fazer para participar? Simples... preencher o formulário em baixo e esperar que o random.org seja vosso amigo. 
BOA SORTE!


Notas:
- O FLAMES não se responsabiliza por extravios ou qualquer dano que o prémio sofra durante a sua entrega.
- Após o anúncio do vencedor, este tem 4 dias úteis para responder ao nosso e-mail enviando-nos os seus dados; findo esse prazo, na ausência de uma resposta, o FLAMES sorteará um novo vencedor..


TERMINADO
Vencedores: 
Maria Manuela Colaço (Vila Verde) 
Beatriz Gonçalves Silva (Braga)
Cândida Avelar Dias (Rio Tinto)
Carina Costa (Vale de Cambra)

segunda-feira, 28 de março de 2016

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117º Entrevista do FLAMES: LINDA MARTINI (respostas por Cláudia Guerreiro)


Linda Martini

“Sirumba” já se encontra em pré-venda no site da fnac, onde os fãs podem adquirir uma t-shirt exclusiva, apenas disponível até dia 31 de março e limitada ao stock existente. “Sirumba” estará disponível também em Vinil.
Os Linda Martini são, na sua geração, a banda mais relevante da música nacional. “Sirumba” é o sucessor do muito aclamado álbum de 2013,“Turbo Lento”, o primeiro disco editado com o selo da Universal Music Portugal, álbum que entra diretamente para o #2 lugar o top de vendas.
Os Linda Martini são André Henriques (voz e guitarra), Cláudia Guerreiro (baixo), Pedro Geraldes (guitarra) Hélio Morais (bateria). 
Hoje conversámos com a Cláudia. Fiquem com o que ela nos disse em baixo. Aproveitamos para agradecer-lhe pela disponibilidade e simpatia! 

A todos os artistas o FLAMES pergunta...

Como é que se conheceram e decidiram formar os Linda Martini? 
Eu já conhecia o Hélio, já tinha tocado numa banda com ele e conhecia o André de uma outra banda também e que tocava com outros amigos. Entretanto eu comecei a namorar com o Hélio e ele também tinha outra banda. Entretanto o baixista dessa banda saiu e entrei eu… enfim… uma confusão (risos). No fundo cada um de nós já tinha bandas e fomo-nos conhecendo neste meio musical. 

Porque escolheram este nome para a banda?
No nosso caso foi bastante difícil. Aliás, nós demoramos algum tempo e houve alguns concertos que tivemos de adiar porque não nos decidíamos com o nome. Tínhamos tido umas oportunidades que tivemos de adiar até termos o nome definido. Não havia um nome que reunisse consenso entre todos. Na verdade Linda Martini é o nome de uma pessoa, de uma amiga do Pedro. O André no início nem gostava muito, mas no final todos gostamos da sonoridade dele e acabou por ficar. 

Lembra-se da primeira vez que ensaiaram juntos? Como foi?
Eu lembro-me da primeira vez em que ensaiamos mas ainda não tínhamos o nome definido.. Lembro-me da primeira vez que ensaiamos quando o Pedro ainda não estava na banda, mas a primeira vez com a formação actual por acaso não me lembro…

Quem é normalmente o responsável pela composição das vossas letras?
É o André. O André é que é o responsável pelas letras. Nós somos aqueles que estamos de fora e que dizemos se gostamos ou não gostamos (risos) mas o principal responsável é mesmo ele. 

Há algum local onde gostariam de tocar e ainda não tiveram oportunidade de fazê-lo?
Não… quer dizer, há um país onde gostaríamos de ir tocar que é o Brasil… Já houve propostas mas ainda não chegámos a ir. Espero que um dia se proporcione…

Que cartaz ou mensagem em particular gostariam de ver a ser erguida num concerto vosso?
Não te sei responder, desculpa… Não faço mesmo ideia.. Mas já vimos algumas coisas engraçadas…


Algum em particular que se lembre?
Há sempre aqueles clássicos do “Faz-me um filho”... o estranho foi que uma vez havia um cartaz a dizer para eu lhe fazer um filho, o que é um pouco difícil. Ainda por cima era uma mulher que o estava a erguer, quer dizer, a coisa era um pouco complicada (risos). Mas o mais típico é as pessoas levarem frases das músicas.. também já houve gente a pedir a baqueta ao Hélio…

Lembra-se de alguma situação caricata que já vos tenha acontecido concerto?
Olha, há uma situação que nem foi caricata, foi mais emblemática para a banda, mas foi uma coisa que durante muito tempo tentámos não falar sobre isso porque foi uma situação complicada. Mas já ultrapassámos isso. Foi em 2007, mas por acaso não me consigo lembrar onde é que estávamos… O André durante um concerto partiu os dentes da frente no último concerto. Não sei como aconteceu, mas acho que ele estava de olhos fechados e o Pedro levantou-se e o André baixou-se ao mesmo tempo e levou com a guitarra nos dentes. Foi muito dramático. Entretanto eles saíram do palco e eu e o Hélio continuámos em palco porque não tínhamos percebido o que tinha acontecido. Essa foi talvez uma das coisas mais marcantes para a banda.

Aos LINDA MARTINI o FLAMES pergunta…

Qual o significado por detrás do nome do novo álbum "Sirumba"?

Sirumba é um jogo… é o mesmo nome que se dá ao jogo do “polícia e o ladrão”. Era um jogo que todos nós jogávamos quando tínhamos praí uns 11 anos… assim nos anos 90. Este jogo é uma coisa que nos une no passado porque todos jogávamos. Mas é um nome como outro qualquer. Mais do que ligar ao significado nós gostamos da sonoridade das palavras e esta palavra tem uma sonoridade particular. É uma palavra diferente que quase ninguém conhece. Dá também para fazer um paralelo entre o nome e a própria banda, porque no jogo temos equipas, a equipa dos polícias e a equipa dos ladrões, e nós na nossa banda por vezes também formamos equipas. Umas vezes damo-nos melhor com uns, outras vezes com outros… Vamos formando grupos.

As vossas letras costumam ser muito metafóricas. Esse estilo mantem-se em Sirumba?
Sim e não. Mantem-se a questão metafórica, mas talvez por agora haver mais coisa escrita há menos espaço para interpretações diferentes. Antes havia menos letra, havia mais metáforas… as letras eram mais individuais, mais nossas e mais abertas a diferentes interpretações por parte de quem as ouvia. Agora com mais letra elas tornam-se mais objectivas, mas penso que continua a haver espaço para diferentes interpretações. 

A 2 de Abril vão actuar num dos palcos mais emblemáticos em Portugal, o Coliseu de Lisboa. Um concerto desta envergadura necessita de uma preparação especial da vossa parte?
Todos os concertos de apresentação de um álbum necessitam de uma preparação especial, independentemente do local. Tem de ser um concerto muito bem pensado porque é a primeira vez que uma pessoa toca ao vivo e mostra ao público as músicas ao vivo. É mais stressante por causa disso. Depois, claro que o facto de ser no Coliseu é mais stressante também. No entanto, ao contrário de outras bandas que normalmente tocam em outros locais mais pequenos e só depois apresentam o disco num local mais emblemáticos, nós decidimos fazer a apresentação deste disco logo numa sala grande. Mas o facto de ser a primeira vez que apresentamos um disco ao público faz com que haja um grande peso, e apesar de o coliseu ser uma sala grande, também é uma sala confortável e nós queríamos isso. É uma sala grande, mas é uma sala bonita, quase como se fosse a sala de casa. Quando apresentámos o disco anterior, a sala era muito “fria”. Esta tem outro sentido, mas eu acho que vai ser bom e vai correr tudo bem. 

Disponibilizaram o "Sirumba" no spotify antes mesmo de se encontrar disponível nas lojas. Porquê esta escolha?
Não te sei responder, isso é uma questão mais ligada à indústria… da minha parte posso no entanto dizer-te que é bom quando as pessoas vão para o concerto e já conhecem as músicas. Esta é a única maneira de eles estarem lá a cantar connosco, por isso as pessoas têm uma semaninha para aprenderem as letras antes.

Ouçam o álbum no spotify aqui - https://play.spotify.com/album/2yzCXscOJifbr1XN0XBmus

Quatro álbuns depois, o que mudou nos Linda Martini e o que permanecerá sempre igual?

A nossa identidade permanece. Permanece esta coisa que eu não sei bem explicar o que é que faz com que as pessoas quando nos ouvem sabem que estão a ouvir Linda Martini. Mas há coisas que vão mudando e é bom por vezes irmos explorar outras coisas, sem no entanto perdermos a nossa identidade. Por exemplo neste álbum fomos a outros sítios mas o que somos permanece lá. Outra coisa que mudou foi o facto de o André estar agora com a banda a 100%, porque antes ele tinha um trabalho a full-time. Agora tem mais tempo para se dedicar a nós. Agora somos 4 a viver para a banda e isso muda um pouco a dinâmica do grupo. Agora também temos um espaço só para nós depois de anos a mudar de local… e como agora temos mais tempo isso dá-nos espaço para explorar mais coisas. O som também está diferente. Antes os instrumentos estavam um pouco misturados, agora temos espaços dedicados a cada instrumento o que faz com que as melodias sejam diferentes. Antes os instrumentos não se distinguiam bem, mas agora isso já não acontece. 

Numa banda com 4 pessoas distintas, como conjugam as vossas personalidades de forma a se manterem tão unidos há tantos anos?
Tem a ver com o que te dizia à pouco…. Há dias mais fáceis outros menos fáceis, mas vamos equilibrando e como somos 4 e vamo-nos unindo em grupos. O facto de sermos 4 é muito porreiro porque nunca ninguém está sozinho. Isto é como um casamento só que com 4 pessoas (risos). 

Os vossos álbuns costumam conter cerca de 9/10 músicas. O Sirumba não é excepção, apresenta 9 músicas. Porque esta escolha? 
Tem a ver com o tempo máximo de um álbum… nós não queremos que as músicas sejam tão longas que sejam uma seca para quem as ouve, não queremos que as pessoas sem cansem. Desta vez temos 9 músicas mas temos uma música a mais que é apenas digital, ou seja saiu mas não está no disco e uma prenda para quem comprou o disco digital. 

Há umas semanas entrevistamos o Quim dos Paus (ver aqui), que nos explicou que havia uma boa dinâmica entre as pessoas na HAUS e que gravar lá permitia que os artistas fossem interagindo uns com os outros. Isso foi importante também para o Sirumba?
Sim, porque aquilo é um espaço grande em que temos o nosso próprio espaço, mas depois há um local que é um espaço comum e isso permite que haja uma partilha que pode acabar por influenciar. Às vezes estamos a gravar e depois perguntamos aos outros se ouviram e o que é que acharam. Só podemos ganhar com isto. Estamos com outras pessoas que também fazem música e que trabalham com isto, o que nos permite ter uma perspectiva diferente e nos permite falar com outros profissionais.


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Evento: Apresentação de livro "Contos Imperfeitos" - 05.03.2016



Título: Contos Imperfeitos
Autor: Afonso Cruz, Ana Cristina Silva, Andreia Monteiro, António Manuel Venda, Cláudia Clemente, Cristina Carvalho, Elsa Margarida Rodrigues, Fausta Cardoso Pereira, Fernando José Rodrigues, Inês Botelho, Inês Fonseca Santos, João Eduardo Ferreira, João Paulo Silva, Luís Mourão, Paulo Assim, Paulo Kellerman, Paulo Moreiras, Raquel Ochoa, Sara Monteiro e Sílvia Alves

Editor: Arquivo
Data de lançamento: março 2016
ISBN 9789729927287
EAN 978-9729927287

No passado dia 05 de Março de 2016 desloquei-ma à Livraria Arquivo (de que vos tenho vindo a falar algumas vezes aqui no blogue) para um evento muito especial: a apresentação do livro "Contos Imperfeitos". 

O livro chamou-me à atenção quando vi uma foto dele no facebook da Livraria Arquivo. Adorei logo a capa, mas o culpado pela compra foi, mais uma vez, a presença de um conto do Afonso Cruz

O livro custa 13 euros e já se encontra à venda na fnac (para além da Livraria Arquivo claro). Para comprar o meu utilizai o vale de 25% de desconto que vinha na Box da My Own Portugal - vejam aqui e aqui

A apresentação oficial do livro já tinha acontecido no Mosteiro da Batalha. E porquê lá? Porque para a realização deste livro os autores foram convidados a passar 2 dias lá para se inspirarem para a escrita dos contos. Visitaram o castelo de dia e de noite, e pelo que contaram, a experiência parece ter sido deveras interessante. 

Para este projecto foi fundamental o apoio do director do Mosteiro, Joaquim Ruivo e da Livraria Arquivo enquanto própria editora do livro, representada por João Nasário. 

O livro já está a ser traduzido para italiano (estou bastante curiosa para depois ver o resultado final). 

Em baixo seguem as fotos de alguns dos autores presentes.

João Nasário, Paulo Kellerman, Joaquim Ruivo

Paulo Kellerman referiu que a escrita é, em geral, um processo muito solitário e que este projecto permitiu que uma actividade que é assim por natureza, acabou por se transformar numa partilha de ideias com os outros. 

Fernando José Rodrigues

Aceitou logo participar no projecto porque percebeu que seria bastante enriquecedor. A visita ao mosteiro de noite foi das coisas de que mais gostou e deu-lhe novas ideias. 

João Paulo Silva

Luís Mourão

Foi o autor mais divertido da noite e, segundo os colegas, o mais entusiasmado no mosteiro. Luís Mourão referiu que o projecto é muito interessante e que Portugal está repleto de outros locais como o Mosteiro da Batalha pelo que seria de esperar que houvesse outros projectos deste género. No entanto essa não é a realidade e, apesar de esta ser uma coisa simples de se fazer, a verdade é que não se faz. O autor referiu ainda não não sentiu pressão nem imposições da parte dos outros e que o que este projecto lhe trouxe foi, para além do livro, o estreitamente de amizades e a descoberta de outras. O livro é muito diversificado tendo em conta a grande quantidade (e qualidade) dos autores, o que tornou o "Contos Imperfeitos" num objecto interessante. 

Fausta Cardoso Pereira

Gostou muito de participar no projecto por ser um projecto "fora da caixa". Referiu que esta era uma experiência diferente e podê-la levar aos leitores foi fantástico.

Andreia Monteiro

Tem um natural entusiasmo pelo mosteiro. Referiu que escrever sobre o mosteiro não foi fácil porque não se conseguiu despegar da emoção que sente pelo local. 

Elsa Margarida Rodrigues

Para a autora esta foi uma tarefa extremamente difícil "Foi uma honra, um orgulho, mas um desafio". Elsa referiu que não se sentia muito ligada ao Mosteiro, mas que com este livro passou a fazer parte da história do mosteiro, e o mosteiro passou a fazer parte da sua própria história. 

Paulo Moreiras

Para além de autor, foi também o revisor de todo o livro. 

sábado, 26 de março de 2016

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Canal FLAMES: As obras do Luís Miguel Rocha




Faz hoje 1 ano que o Luís nos deixou.. está na hora de voltarmos a falar nele. 
Para isso convidei o André de Oliveira. 
Espero que gostem!

quinta-feira, 24 de março de 2016

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Livro: Quattrocento


 Ano de Edição: 2009
Género: Mistério, Romance
Autora: Susana Fortes


Desde que vi a série "Da Vinci's Demons" que fiquei muito curiosa em relação à família Médicis. Assim, mal tive a oportunidade de ler algo relacionado com eles, ainda que ficcionado, não hesitei!

Sinopse:
"A solução de um segredo com 500 anos está próxima. Mas o Vaticano fará tudo para impedir a sua revelação….
Florença, 1478. No quinto domingo depois da Páscoa, a História do Renascimento italiano, e talvez a de toda a Europa, esteve prestes a dar uma reviravolta. Na catedral da cidade reunia-se a brilhante e turbulenta nobreza local, encabeçada pelo indiscutível homem forte da República, Lourenço de Médicis, o Magnífico. No momento culminante da missa, quando o sacerdote erguia o cálice com o vinho consagrado, um grupo de conspiradores puxou das adagas, ocultas sob as capas, e atacou a família do mecenas. Estes factos, conhecidos como A conjura dos Pazzi, marcaram durante gerações a memória dos florentinos pela sua natureza violenta e indecorosa. Vários artistas ilustres do Renascimento, como Botticelli, Verrocchio e Leonardo da Vinci, fizeram referência a este acontecimento em quadros repletos de referências simbólicas".


Opinião:
"Sabem quando um livro é mau ao ponto de, por vezes, vos fazer querer desistir de lê-lo? Pois bem, este foi pior porque me fez querer abandonar a leitura do início ao fim! Contudo, como ainda não aprendi a desistir de leituras, obriguei-me a terminá-lo...
O problema não está na escrita, que é mediana. Assenta, isso sim, na história, mais precisamente na previsibilidade e falta de originalidade! 
Contada sob o ponto de vista de 2 personagens, uma no presente e outra no ano de 1478, o mistério sobre o atentado que abalou fortemente a família Médicis vai sendo desenvolvido a um ritmo penoso, em que os passos das personagens são por demais evidentes e fáceis de prever.
Para piorar a situação, a autora decidiu criar um romance entre a protagonista, do tempo presente, e uma personagem que, e acreditem que não sou nada preconceituosa com a questão da diferença de idades, tem literalmente idade para ser pai dela! Não me entendam mal pois não foi a questão da idade que tornou este romance tão estranho, mas sim a relação que ambos tinham antes de se envolverem. Foi, a meu ver, um romance demasiado forçado em que eles não combinavam nada. Ele parecia mesmo ser o pai dela e não o seu amante...
Depois, para piorar ainda mais a situação, eis que a autora decide desvendar todo o mistério de uma forma tão abrupta que até senti a necessidade de voltar uns parágrafos atrás para ver se não tinha saltado nenhuma parte. A sensação com que o leitor fica é a de que a escritora se cansou de escrever o livro e decidiu terminá-lo com meia dúzia de páginas.

Esta experiência traduziu-se na pior leitura do ano. Não diminuiu em nada o meu fascínio pela família Médicis mas ensinou-me uma preciosa lição: tenho mesmo de aprender a desistir de leituras visto que há tantos livros bons à espera de serem lidos que não devo desperdiçar o meu tempo com os que não o merecem."


Por Mariana Oliveira
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Evento: EXIB - Évora 2016


A EXIB Música realiza-se pela primeira vez em Portugal, o primeiro mercado especializado em música Iberoamericana para a Europa, criado pela Asociación Cultural Expo Iberoamericana de Música e que nos últimos dois anos decorreu em Bilbao. Já obteve a distinção do EFFE Label – Europe for Festivals, Festivals for Europe (Comissão Europa).

Évora será a primeira cidade portuguesa a receber o EXIB, de 04 a 07 maio de 2016.Trata-se uma iniciativa pioneira de antevisão de Lisboa, Capital Iberoamericana 2017.

Este evento que procura fomentar pontes de contacto com a Europa e o Mundo, incentivando o intercâmbio de bens e serviços da indústria musical que tem por base os valores, símbolos, costumes e línguas de cada país. Todos os anos o Exib Música reúne um prestigiado grupo de profissionais da indústria musical, como programadores de festivais, salas de concerto, editoras discográficas e imprensa internacional, com o objetivo de ouvir e selecionar para a programação dos seus espaços, novas propostas, talentos, grupos e projetos. Este ano terá também lugar o Primeiro Encontro de Jornalistas da área da Música.

São 4 dias dedicados à música ibero-americana; gala de abertura e encerramento; 18 showcases de música nos espaços exteriores da cidade; 100 artistas em palco; + 50 conferencistas; master classes, documentários, fóruns de música e línguas originárias.


quarta-feira, 23 de março de 2016

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Entretenimento: The 1975 - I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It


The 1975
I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It

Lançamento: 26 de fevereiro de 2016
Artista: The 1975
Género: Indie rock e pop


Este é o segundo CD da banda e tem, sem dúvida, um ar fresco.. Não só pelo aspecto físico do álbum como das músicas. 
O primeiro single do álbum foi o Love Me, e o segundo UGH!
O álbum tem recebido excelentes críticas por parte de experts e, sem dúvida, que tem sido uma maravilha ouvi-lo. 


1. "The 1975" 1:23
2. "Love Me" 3:42
3. "UGH!" 3:00
4. "A Change of Heart" 4:43
5. "She's American" 4:30
6. "If I Believe You" 6:20
7. "Please Be Naked" 4:25
8. "Lostmyhead" 5:19
9. "The Ballad of Me and My Brain" 2:51
10. "Somebody Else" 5:47
11. "Loving Someone" 4:20
12. "I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It" 6:26
13. "The Sound" 4:08
14. "This Must Be My Dream" 4:12
15. "Paris" 4:53
16. "Nana" 3:58
17. "She Lays Down" 4:01

Total: 73:55


Confesso que algumas das músicas me tomaram totalmente de surpresa pela calma que transmitem. 
Mas nem todo o album é assim, e apesar de este álbum se destingir do outro, parece haver uma espécie de continuidade relativamente ao álbum anterior. 
É sem dúvida alguma uma experiência interessante a de colocar o álbum, fechar os olhos e permitir-nos viajar.. porque é precisamente isso que conseguirão se assim o entenderem. 


Nota-se que todo o álbum se destaca pela sinceridade que imprime, sendo que a música nos permite compreender a essência do grupo..Permite-nos compreender de onde vêm (o background) e antever onde poderão chegar!

É um álbum para qualquer pessoa? Não acho que seja.. mas para os amantes de género é sem dúvida uma obra de arte!

Relativamente aos temas abordados.. não poderiam ser mais variados e vão desde a religião, à depressão, à popularidade, às adições, enfim...

Permitam-se meter os phones, deitar-se na cama, e simplesmente experimentar ouvir!


Sincero
Apaixonante
Alternativo

terça-feira, 22 de março de 2016

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116º Entrevista do FLAMES: Gil do Carmo


Gil do Carmo

Chama-se "A uma voz" e é o novo álbum de Gil do Carmo (opinião do álbum aqui).
Este foi então o pretexto para trazer mais um grande artista ao FLAMES. Fiquem com a nossa conversa, e conheçam o novo álbum do músico.

A TODOS OS ARTISTAS O FLAMES PERGUNTA 


Quais são os artistas que mais o inspiram?
Não é fácil nomear alguns, mas há músicos e músicas que eu ouço ad eternum. Tenho a influência da minha família, Lucília e Carlos do Carmo, mas posso pensar em Egberto Gismonti, Tom Waits, Fausto… mas haveria muitos outros… não é fácil escolher. 

Quem é normalmente o responsável pela composição das vossas músicas? É o Gil que costuma fazer tudo?
Desde sempre que gosto, e canto, as minhas letras. Neste disco conto com o talentoso Yami como co-autor das músicas, mas sou eu que faço as minhas letras todas. No disco anterior, o Sisal, temos orquestra, muitos convidados, muitos instrumentistas, muitos arranjos, coros… achei que fazia sentido que este fosse um disco mais de banda. A sonoridade foi aparecendo naturalmente e desta forma o disco tornou-se acústico, graças ao trabalho dos geniais músicos com os quais trabalho. Queria que este disco não fosse complicado e que tivesse o fio condutor da voz onde a simplicidade se notasse música após música. 




Há algum local onde gostariam de tocar e ainda não tiveram oportunidade de fazê-lo?
Sim, há muitos, em Portugal mas também lá fora. Espero que mais cedo ou mais tarde eu consiga realizar o sonho que tenho de tocar em alguns locais. Combinando o sonho e a minha vontade, acho que conseguirei que aconteça. Acho que se deixarmos de sonhar é mais difícil construir o futuro. Claro que na vida há acções que não se concretizam, mas o sonho ajuda-nos.

Lembra-se de alguma situação caricata que já lhe aconteceu num concerto?
Sim... tantas… É característico nos músicos estarmos sempre a pegar partidas uns aos outros. Há sempre aquela brincadeira típica de escondermos os instrumentos ou de metermos algo desalinhado. Mas uma vez aconteceu uma engraçada. Estamos, penso que no Algarve, e reparámos que o produtor estava com vontade de namorar com uma determinada pessoa. Todos percebemos isso então arranjámos maneira de ter acesso ao quarto de hotel dele e fizemos de forma a que ele não conseguisse entrar. Bloqueámos a porta usando cadeiras e a cama… Isto não se faz!!! (risos)… Não se faz… mas esta "boa onda" é muito boa entre nós.


AO GIL DO CARMO O FLAMES PERGUNTA 

O disco Sisal tem uma orquestra, muitos instrumentos… este álbum destaca-se e parece quase uma antítese desse álbum… 
Sim... às tantas até é...

Foi propositado ou foi algo que aconteceu?
Não foi pensado, aconteceu naturalmente. Aconteceu comigo e com os geniais músicos com quem trabalho. Fomos gravando ao vivo, fomos experimentando, e foi o que ficou. Nós queríamos que o disco tivesse uma mensagem simples e eficaz e acho que isso ficou e acompanha todas as músicas.


Estive a ouvir o álbum, e uma das coisas que sobressaiu foi a mistura de sonoridades e géneros. Como define o seu estilo musical?
Essa é uma pergunta mesmo muito difícil… Não lhe sei dizer. É uma música muito minha, tendo sempre Lisboa como ponto de partida. O fado também é uma das bases para onde parto para todos os géneros musicais que Portugal acabou por influenciar pelo mundo fora, África, Índia, Sul da América... É uma miscigenação de culturas com a cultura portuguesa que tem tanta influência.

E como define este seu novo álbum?
Este álbum é um conjunto de histórias e vivências… Eu penso que só com isso se consegue um álbum, com as convivências do quotidiano. São 13 histórias de recantos de Lisboa, de sítios que visitei, locais que conheço… Eventualmente tem amores e (des)amores, tem Lisboa que é apaixonada e única. Lisboa é única nas várias Lisboas que se poderá viver. É uma cidade muito cosmopolita neste momento, das mais cosmopolitas. As gentes que se vêm agora lá são provenientes de todo o Mundo…

Porquê este nome para este álbum?
Este nome tem um sentido duplo. Se é verdade que acontece todo ele “A Uma Voz” precisamente porque só há uma voz, também me dá a sensação que hoje em dia é necessária uma voz. Dá-me a sensação que estamos numa altura de existência humana e civilizacional em que temos de viver “a uma voz”! Andamos todos com muita pressa, muito preocupados, as coisas não estão para brincadeira... é importante encontrarmos esta voz pelo bem da nossa própria sobrevivência enquanto espécie.

Que temas conseguiu explorar neste novo disco que ainda não tinha conseguido abordar nos seus trabalhos anteriores?
Sinceramente não pensei nisso.. nem sei se eventualmente exploro algo de diferente.. bom.. talvez sim. Por exemplo, na música “A Menina Do Calção Branco” refiro-me à lenda que diz que “A garota de Ipanema“ tenha sido, na verdade, tuga. Esse foi o ponto de partida para a criação da música.

O fado sempre esteve muito presente na sua vida… sente que as pessoas à sua volta esperavam que este seu novo álbum se debruçasse sobre o fado?
Acho que as pessoas não me vêm como um fadista tradicional, logo não me parece que esperassem isso deste disco. No entanto, eu gosto sempre de partir dessas influências do fado para a minha música.

Há influência da literatura em pelo menos uma música, sedo que pelo menos o Jorge Amado é mencionado numa música. Já que no nosso blogue a literatura é um ponto muito forte, ficámos curiosas em saber se a literatura de alguma forma influenciou o seu trabalho.

Ah... que bom que gostam de literatura! Nas minhas músicas há muita influência da literatura. Eu tenho o hábito desde miúdo de ter sempre poesia na mesa-de-cabeceira, para além da leitura que estou a fazer no momento. A leitura e a poesia acompanham-me desde miúdo. É muito difícil para mim referir-me a apenas um autor ou poeta, mas gostava de fazer referência a Herberto Helder. Por uns tempos até vão falar nele porque faleceu recentemente, mas eu acredito que eventualmente daqui a uns 100 anos ele será considerado um poeta tão grande quanto Fernando Pessoa. Mas há outros poetas de que gosto imenso… nem é preciso nomear Fernando Pessoa. Um outro ponto de referência é para mim Sophia de Mello Breyner.

Que outros projectos tem para o futuro?
Neste momento vou-me focar neste novo disco. O nosso objectivo agora é o de pegar nele, fazer a apresentação dia 30 de Março no B.Leza em Lisboa, e depois levá-lo a todos os lugares que conseguirmos. Claro que já estou a pensar noutros projectos, eventualmente num disco futuro, mas por agora gostaria de colher os frutos que conseguir deste álbum.

segunda-feira, 21 de março de 2016

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Livro: Xafir e a feiticeira do Pântano


Ficha Técnica

Título: Xafir e a Feiticeira do Pântano
Autores: Alexandra Abrantes, Alice Caetano
Ilustrações: Elsa Martins
Edição/reimpressão: 2016
Páginas: 48
Editor: Alfarroba
ISBN: 9789898745569
Coleção: Infanto-Juvenil
Idioma: Português
Público alvo: 3-6 anos | 6-12 anos | Toda a família

Adquirir AQUI 
Sinopse
Esta é a história de Xafir, que vivia na parte alta do bosque Tarálida, onde o sol era mais brilhante, e de como, com a ajuda de amigos, fez que a feiticeira do pântano deixasse de transformar tudo em pedra.
Opinião

Se é verdade que sou daquelas pessoas que acha que nem todos os livros infantis devem ter ilustrações, também é verdade que há livros cujas ilustrações e cores me fazem enlouquecer. E é por isso que acredito que se deva ir alternando estes livros. 
Esta obra faz parte daquela categoria dos livros com ilustrações maravilhosos. As ilustrações e as cores são fantásticas e só isso fez com que, quando este livro chegou cá a casa, me chamasse logo à atenção. 
As cores guerridas percorrem todo o livro e não só a capa e penso que as mesmas permitirão bons momentos enquanto lê esta história a uma criança. 

Este livro é relativamente grande para livro infantil, mas a forma como está escrito dá para se ir parando, pois as autoras vão focar pequenas histórias de cada vez, apesar de haver uma trama principal. 

De facto nesta história enveredamos numa aventura com Xafir e os seus amigos, em buscar de uma solução para um feitiço que uma terrível feiticeira colocou. Mas pelo caminho muita coisa vai acontecer. Um crocodilo vai ficar doente, o Xafir vai descobrir que adora pintar e que a cidade pode ter muitos encantos.. e uma bailarina vai mudar de casa... e muito... muito mais!

Enfim, um livro ternurento onde se denota bem a influência das artes por parte das autores, e a vontade de contar uma história bonita para os mais novos.  

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