segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

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Livro: O Mundo Imaginário de ... Põe o teu nome aqui




Título: O Mundo Imaginário de ... Põe o teu nome aqui
Autor: Keri Smith
ISBN: 9789896578657
Edição ou reimpressão: 01-2017
Editor: Editorial Planeta
Idioma: Português
Dimensões: 185 x 230 x 16 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 192

SINOPSE

192 páginas de criatividade sem limite!
O livro convida o leitor em cada página a imaginar algo diferente, algo melhor ou algo mais interessante.
Cada página vem com uma proposta diferente para entreter o leitor imaginando um novo mundo.
Keri Smith é a propulsora de um fenómeno de grande sucesso no mundo inteiro com uma colecção única: Destrói Este Diário, Isto não É um Livro e Caos.

OPINIÃO 
(Roberta Frontini)

Sou absolutamente viciada em cadernos de actividades. Assim, é fácil compreender a minha emoção e felicidade quando peguei no mais recente livro editado em Portugal de Keri Smith. Já tenho cá em casa o "Wreck this Journal" e o "Isto não é um livro" (planeio fazer vídeos sobre eles no futuro). São sem dúvida aqueles livros que nos entretêm e nos fazem passar horas a viajar numa outra dimensão.

Este livro apela à imaginação de outra forma... também se podem usar colagens, cores, canetas e lápis, mas o exercício imaginativo está presente em cada folha em forma de pergunta e, no final, teremos reunidas todas as condições para a criação de um mundo só nosso! Um mundo que deixará de ser imaginário e passará a estar materializado em livro.  

Partindo então da premissa "Em que tipo de mundo gostarias de Viver" Keri Smith permite-nos criar um mundo só nosso, com direito a ruas, paisagens, clima, personagens com biografias específicas, moeda própria, normas de conduta específicas, e muito, muito mais. 

Sim, estarás com este livro a criar um mundo utópico, mas porque é que isso significa que é um mundo menos real? ;) 

domingo, 29 de janeiro de 2017

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O teu FLAMES num ano


2016 foi um ano repleto de surpresas. Por ter sido um ano fora do comum, acreditamos que ainda vamos ouvir falar nele bastante em 2017. No FLAMES queremos fazer o mesmo. De um ano que tanta gente apelidou de um dos piores na história da humanidade, nós queremos retirar o que de melhor houve. Assim nasce a rubrica "O teu FLAMES num ano"

Manuela Colaço
2016


Para esta rubrica pretendemos convidar artistas, músicas, escritores, mas também seguidores do FLAMES. A Manuela já nos acompanha há algum tempo, e isso deixa-nos tremendamente felizes, e foi por isso que ficamos extasiadas quando acedeu participar neste desafio. Vejamos então as escolhas da Manuela para 2016. 

Filmes: “Sully” “e “La la land”
Livros: “Um homem chamado Ove” de Fredrik Backman, “A filha desaparecida” de Jane Shemilt e “O silêncio do mar” de Yrsa Sigurdardóttir
Animes :
Mangas :
Eventos, espetáculos e/ou entretenimento: “Concerto do António Zambujo”, “Feira Romana de Bracara Augusta” e Arraial “O Samba e o Vira”
Séries: “Sem limites” “Os mistérios de Dr. Blake” e “Shetland”

Vejam TODAS as participações aqui 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

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Livro: Norma



Título Original: Norma 
Género: Drama, Fantasia 
Ano de Edição: 2016 
Autora: Sofi Oksanen 
Editora: Alfaguara 


* Por Mariana Oliveira*


Tiremos um minuto do nosso tempo para admirar esta capa absolutamente fantástica.

…. 
…. 

Maravilhosa não é? Ao fim de tantos anos de leitora é incrível como ainda me consigo surpreender tanto quando me cruzo com capas tão belas e incomuns. 
Relativamente ao conteúdo, foi com entusiasmo que me aventurei em mais uma leitura de uma autora nórdica. Confesso que a minha experiência por estas andanças é diminuta, mas a fama que os precede augura sempre leituras interessantes. 


Sinopse
“Depois da súbita e suspeita morte da mãe num acidente, Norma Ross fica só. Ao longo de toda a vida, Norma e a mãe tinham sido companheiras inseparáveis, tanto pelos laços de sangue, como por um segredo: os poderes sobrenaturais de Norma. Estes poderes eram para Norma uma bênção e uma cruz que carregava, e a mãe sabia que ela seria ostracizada se se soubesse. Para descobrir os responsáveis pela morte da mãe, Norma começa a trabalhar no mesmo sítio onde a mãe trabalhava. No entanto, se Norma tinha as suas razões para querer aquele trabalho, também o dono do negócio os tinha para a querer a trabalhar ali. Prisioneira de uma rede de enganos e paranóia, Norma tem de lutar pela sua liberdade e pela verdade. Um drama familiar com elementos de sobrenatural, onde o passado e o presente se interligam para revelar o carisma de Norma e do seu mundo.”


Opinião
Onde moro é comum usar-se a expressão “cair de paraquedas” para designar uma determinada situação em que aparecemos quando as coisas já vão adiantadas e nos sentimos algo perdidos até conseguirmos apanhar o fio à meada. Foi precisamente isso que senti ao começar a leitura de “Norma”. Isto porque Sofi Oksanen decide levar o leitor para o meio de diálogos sem nos fazer quaisquer introduções. Assim, cabe-nos a nós tentar juntar as conversas e perceber o que aconteceu anteriormente e que despoletou todo este drama e clima de suspeita. 

Depois de familiarizados com a história, chega o momento de nos deixarmos surpreender pela peculiaridade da mesma: Norma é uma protagonista diferente de tudo aquilo que li até hoje. O seu cabelo com poderes mágicos torna-a numa mulher ímpar ao mesmo tempo que os seus defeitos e fragilidades a mantêm ao nível do comum mortal. Aquilo de que mais gostei nesta obra foi precisamente a descoberta de Norma acerca de si própria e dos seus antepassados. Os seus poderes incríveis que remontam a outras gerações coloriram esta história com um tom mágico.

Relativamente aos vilões da trama, confesso que gostava que tivessem sido ainda mais maldosos. Gosto quando um vilão nos revolta, mexe connosco e nos faz desejar tratar dele com as nossas próprias mãos. Contudo, nesta obra, a Norma e a sua peculiaridade acabaram por ser o grande destaque para mim, deixando para segundo plano as tramóias dos criminosos que a perseguem.

Esta é uma obra que recomendo aos leitores que apreciam livros em que fantasia e realidade andam de mãos dadas num saudável equilíbrio dando origem a uma história que poderia perfeitamente ser real não fossem os toques de fantasia que lhe dão um carácter mágico.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

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O teu FLAMES num ano


2016 foi um ano repleto de surpresas. Por ter sido um ano fora do comum, acreditamos que ainda vamos ouvir falar nele bastante em 2017. No FLAMES queremos fazer o mesmo. De um ano que tanta gente apelidou de um dos piores na história da humanidade, nós queremos retirar o que de melhor houve.

Pedro Santos
2016

Pedro Santos dispensa apresentações. De certo o viram a arrasar, em 2016, no The Voice Portugal. Assim que pisou o palco tornou-se o nosso concorrente favorito e por isso mesmo é uma honra tê-lo a participar nesta nossa nova rubrica. 

Vejam aqui as escolhas FLAMES do Pedro para 2016. 

Página facebook: https://www.facebook.com/madmakkofficial/
Canal Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCm-BxmkuYv2cMuMNkOJ1YBg


Filmes: Deadpool, Star Wars, The Martian, Mad Maxx, Ouija
Livros: Heroin Diaries (Nikki Sixx), Slash (Autobiography)
Animes: Dragon ball
Mangas:
Eventos, espetáculos e/ou entretenimento: The Voice Portugal :p
Séries: Walking Dead, Game Of Thrones, Lucifer, The Flash, Gotham

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

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Livro: Uma parte errada de mim (Paulo M. Morais)



Título: Uma Parte Errada de Mim
Autor: Paulo M. Morais
ISBN: 9789897415609
Edição ou reimpressão: 09-2016
Editor: Casa das Letras
Páginas: 312
Página facebook livro/autor: https://www.facebook.com/Paulo.M.Morais/

SINOPSE

Um testemunho impressionante sobre como, às vezes, é o desvio que nos põe no lugar certo.
Em meia dúzia de meses, Paulo M. Morais ficou sem trabalho, terminou um relacionamento de doze anos e viu-se obrigado a vender a casa. Embora derrotado pelas circunstâncias, queria estar à altura dessa nova etapa de vida e concentrou-se na missão de cuidar da filha pequena e reatar os laços com a avó centenária que o criara. Sobreveio, então, um estranho cansaço, uma exaustão que a médica de família inicialmente atribuiu às pressões de um ano atípico. Podia ser. E, porém, depois de vários sustos e vinte horas nas Urgências do hospital, a verdade veio ao de cima: tinha um linfoma.
Durante o tratamento de oito ciclos de quimioterapia (em que a leitura foi a sua grande companhia), começou a escrever sobre a sua experiência. Mas este livro, embora inclua dados sobre os exames, os internamentos ou os efeitos secundários da medicação, está longe de ser um diário da doença; representa acima de tudo uma revisitação do passado, uma reflexão sobre o valor da vida e a real importância das coisas e das pessoas, o elogio do amor e da paternidade, uma busca contínua das diferentes partes erradas - e certas - que constituem um ser humano que tem de confrontar-se diariamente com o espectro da morte.

Uma Parte Errada de Mim não é, pois, apenas MAIS um testemunho sobre o cancro. É uma reflexão magistral sobre a condição humana, escrita com a beleza e a cadência de um romance no qual se aguarda um final feliz.

OPINIÃO
(Roberta Frontini)

Li este livro num ápice. Assim que chegou não consegui mesmo parar. O problema foi escrever uma opinião para ele depois... custou-me imenso. Tenho sempre muito mais dificuldade em falar de livros de que gosto do que falar dos que odeio. É sempre mais fácil dizer mal e apontar o dedo não é? Talvez...
A verdade é que já tenho recomendado algumas vezes este livro, mas ainda não tenho conseguido falar realmente sobre ele. 

Acompanho o trabalho do Paulo M. Morais através do facebook, e por isso mesmo acompanhei o seu percurso com o cancro. Foi essa a razão que me levou a querer logo ler o livro, e foi giro ir vendo e revendo coisas que tinha visto por lá. 

Comecei esta minha opinião dizendo que o livro se lê num ápice, e é verdade. A forma como está escrito leva a isso. Desengane-se o leitor que achar que, por abordar a temática do cancro, esta será uma leitura lenta e dolorosa (apesar de eu me ter emocionado em algumas partes, mas isso deve-se à forma como eu própria lido com a doença). Este é o relato do Paulo e da sua "aventura" com o cancro, mas também desta aventura de que todos fazemos parte que é viver. É um livro bastante pessoal que conta a sua perspectiva e a sua experiência... mas é ainda mais do que isso. O cancro é quase um pretexto para o autor contar a sua história de vida, as suas memórias e vivências. Foi talvez uma forma que o Paulo encontrou para revisitar o seu passado. É o seu relato ao longo de 8 ciclos de quimioterapia, mas é também o relato do seu percurso no mundo. É uma viagem ao passado do autor, mas é também uma reflexão do autor sobre a vida, a doença e o futuro. Disse-vos que me emocionei algumas vezes, mais pela forma como eu lido com a doença do que propriamente pelo livro em si. Eu sei que esta não era a intenção do autor, e o livro não é de todo lamechas, mas eu não controlo as minhas emoções e por isso mesmo digo, sem vergonha, que sim, chorei ao lê-lo! Houve partes que me emocionaram bastante. Não é essa uma das coisas mais maravilhosas que um livro nos pode dar? O fazer-nos sentir emoções... não apenas contar uma história, mas fazer-nos reflectir e experienciar? E essa parte já não tem só a ver com o livro e o autor, mas sim com as nossas próprias vivências. 

Posto isto, é um livro sobre cancro? Também... mas é mais do que isso... é um livro sobre vida, sobre amor, família... É um livro que de certo tocará as pessoas de diversas formas... É um livro que mais do que oferecer respostas, incentiva ao constante questionamento. É um livro que poderá soltar lágrimas, e rasgadas gargalhadas com o humor negro que se passeia por entre as páginas. É um livro a ler!

domingo, 22 de janeiro de 2017

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Vídeo: 2016 Reading Challenge




Ora fiquem aqui com o meu resultado ao 2016 Reading Challenge

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

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Anime: One Punch Man



Ano: 2015
Género: Comédia, Acção
Nº Episódios: 12


* Por Mariana Oliveira *


One Punch Man” é um anime cuja premissa arriscada o destaca de qualquer outra história que eu tivesse alguma vez visto. 


Sinopse:
“Num mundo de super-heróis, há um que se destaca por ter uma característica invulgar: consegue aniquilar qualquer oponente que com ele se cruze com um simples murro. Não importa o quão poderoso e temível possa ser o adversário, um murro é tudo de que necessita o nosso protagonista para derrotar quem se atrever a enfrentá-lo.” 


Opinião: 
Não sou muito dada a histórias cómicas. Embora a grande maioria dos animes que vejo tenha alguns toques de humor, o facto de se tratarem de cenas pontuais longe de me desagradar acaba por tornar a história mais interessante precisamente porque não caem no exagero. Contudo, quando li a sinopse de “One Punch Man” e percebi que potencialmente tinha uma forte componente humorística, preparei-me para não gostar deste anime que os meus amigos tanto insistiram para que eu visse.

Por isso mesmo, foi com grande surpresa que dei por mim a rir-me com agrado ao longo de todos os episódios, ao mesmo tempo que me surpreendi pela forma original como abordaram esta história.
É que é fácil pensarmos, à partida, que uma história cujo protagonista consegue vencer tudo e todos com um simples murro não tem muito por onde se desenvolver. Aliás, qualquer confronto, por muito difícil que seja, terminará com um único murro do herói, certo? Errado! A verdade é que a história está pensada de uma forma bastante inteligente: existe uma liga de heróis, na qual todos são divididos por escalões consoante os pontos que ganham durante as suas intervenções heróicas.
Assim, acompanhamos as lutas esforçadas dos heróis perante inimigos que surgem a todo o instante ao mesmo tempo que vemos a forma descontraída com que o protagonista derrota aqueles que se cruzam com ele. 

A forma extremamente engraçada como tudo é apresentado, o aspecto e comportamento caricato da grande maioria dos heróis e vilões e o constante tédio do personagem principal por não encontrar ninguém à sua altura tornam este anime numa experiência verdadeiramente engraçada e entusiasmante.
Um anime que recomendo a quem tem uma preferência particular por histórias cómicas com muita acção à mistura.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

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Livro: Porto Revisitado (Germano Silva)



Título: Porto Revisitado
Autor: Germano Silva
ISBN:978-972-0-06308-3
Edição/reimpressão:10-2016
Editor: Porto Editora


Sinopse

"Esta obra não é mais do que uma viagem no tempo por uma cidade, que é o Porto."
Assim descreve Germano Silva esta edição especial, que revisita o Porto através das suas palavras. Nela participam seis dos seus (muitos) admiradores, ilustres portuenses por nascimento ou paixão: Jorge Gabriel, Jorge Nuno Pinto da Costa, Judite de Sousa, Manuel Sobrinho Simões, Pedro Abrunhosa e Sónia Araújo aceitaram escolher algumas das melhores histórias de Germano Silva sobre a cidade. A eles juntou-se Pedro Olavo Simões, que assim se torna, poderá dizer-se, no primeiro biógrafo oficial do autor. 
Mas como há ainda tanto a descobrir sobre o passado da cidade e tanto a aprender com as palavras do jornalista, que, "aos 85 anos, orienta passeios temáticos em que participam pequenas multidões, sofrendo estas para lhe acompanhar a passada", aqui se apresentam também três textos inéditos do autor. 
Neste livro celebra-se mais do que o afeto que Germano tem pelo Porto. Celebra-se o incomparável afeto que os portuenses têm pelo Porto e por Germano.

Opinião
(Roberta Frontini)

A minha admiração pelo Germano Silva é bem conhecida. É raro nos dias de hoje encontrarmos um homem que ame tanto uma cidade que lhe dedique a sua vida. Isso acontece com Germano Silva e tudo o que ele faz pela cidade do Porto é mágico. 

Mágicos foram também alguns dos momentos que ele me proporcionou no Porto, ao me fazer olhar para a cidade com um olhar ainda mais atento... Nunca me esquecerei do dia em que fui à apresentação do "Caminhar pelo Porto" (ver aqui). Nunca me esquecerei do dia da inauguração da Torre dos Clérigos, e da viagem guiada que ele fez pela igreja. Ir ao Porto, caminhar pelo Porto, e encontra-lo é fabuloso, e a festa que ele nos faz (sem sequer saber quem nós somos, mas sentindo que o admiramos) é das sensações mais maravilhosas do mundo. Sempre que o vejo faço questão de lhe dizer o quanto o admiro, e é por isso também que hoje vos trago este livro, para que também vocês o conheçam. 


Este livro é um autentico tesouro e é uma obra obrigatória nas estantes de quem tem o Porto no seu coração. Fisicamente vocês percebem logo que esta edição é linda e muito cuidada, com as folhas laranja, capa dura, uma encadernação de qualidade... fotografias grandes, detalhadas, a preto e branco mas também a cores.

Esta obra reúne textos de outras pessoas e conta com a participação de 6 figuras públicas. Por exemplo, inicia-se com um texto redigido por Rosália Teixeira (administradora da Porto Editora), e com um texto do jornalista Pedro Olavo Simões. Há fotografias da cidade, mas também há fotografias de Germano Silva, desde tenra idade até aos dias de hoje... Há uma biografia também do autor. Por fim, temos crónicas do autor que foram escolhidas pelas seguintes figuras públicas: Jorge Gabriel, Jorge Nuno Pinto da Costa, Judite de Sousa, Manuel Sobrinho Simões, Pedro Abrunhosa e Sónia Araújo. Há ainda 3 crónicas inéditas. Cada figura pública também aproveitou para escrever um pouco sobre Germano Silva. 

Obrigada à Porto Editora por apostar nestas obras... 
Obrigada Germano Silva!

Visto que entramos há pouco em 2017, desejo que cada um de vocês possa, tal como Germano Silva, enveredar por um caminho profissional que vos traga tantas emoções e vos apaixone de tal forma, que vos permita deixar de ser considerado um trabalho... 

sábado, 14 de janeiro de 2017

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

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Livro: No Reino de Gorjuss (de Santoro)


Há livros que falam por si...
Há livros que não precisam de ser discutidos...
Há livros que apaixonam logo...



Título: No Reino de Gorjuss
de Santoro

Editor: Nuvem de Letras
Edição ou reimpressão: 2016
ISBN: 9789896650926


Sinopse

Um livro com capa dura e folhas debruadas a dourado, o que o torna num objecto de oferta muito especial. No Reino de Gorjuss recontam-se seis das histórias de encantar clássicas mais conhecidas do público: Capuchinho Vermelho, Pequena Sereia, Polegarzinha, Branca de Neve, Rapunzel e Alice. Gorjuss é uma das licenças mais bem-sucedidas e uma imagem de marca reconhecida a nível mundial.


Opinião

Quando não sabemos o que oferecer a uma criança, um livro é sempre boa opção. Mas há sempre aquele receio porque nem sempre sabemos se a história é adequada ou não para a criança. 
Neste caso, não se preocupe, porque o livro é perfeito. 
Para além de ser um livro (objecto) muito bonito, que irá brilhar em qualquer biblioteca (até a biblioteca de uma adulto), as histórias são bem conhecidas e têm feito sonhar gerações e gerações de pessoas em todo o mundo. Assim saberá que está a oferecer um livro cujas histórias conhece bem, com a participação das bonecas mais famosas e conhecidas no mundo dos mais novos. 

Cada história termina com uma linda imagem e uma mensagem que é transmitida pela história em si, em jeito de conclusão. E antes de cada história há também uma pequena introdução que dá todo um encanto ao momento e que prepara a criança para o início de mais uma aventura. 

Aproveitem os dias frios de chuva para preparar uns biscoitos com os vossos filhos, e preparar um dia/serão/noite na companhia destas histórias, ao quentinho, acompanhado de um chá e dos biscoitos caseiros.. não é um lindo programa?  
Se estiver sol, podem aproveitar e levar uma mantinha lá fora, na companhia de iguarias caseiras e desta pequena maravilha. 

Mais, se a vossa criança já souber ler, experimente dar-lhe o livro para as mãos e peça para lhe ler.. nem sabe como este momento se pode tornar mágico. Eu já o fiz: 


Mais nada tenho a dizer, apenas tenho um convite para vos fazer: Peguem nele, manuseiem-no... descubram todos os recantos maravilhosos, as ilustrações soberbas, as histórias que encerra... e depois se quiserem, partilhem a experiência!



segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

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Livro: Uma dor tão desigual





Editor: Editorial Teorema
Edição ou reimpressão: 2016
ISBN: 9789724751139

SINOPSE

«Este livro resulta de um desafio feito a oito autores portugueses para que explorassem as fronteiras múltiplas e ténues que definem a saúde psicológica e o que dela nos afasta. Em estilos muito diferentes, um leque extraordinário de escritores brinda-nos com textos que mostram como qualquer um de nós pode viver momentos difíceis e precisar de ajuda.
Estas são histórias de perda, solidão, fraqueza e delírio, mas também de esperança e humanidade. São relatos de gente que podíamos conhecer e talvez conheçamos, histórias íntimas e ricas de homens e mulheres como nós.
A área da saúde psicológica está ainda sujeita a muitos preconceitos, que dificultam a procura de ajuda profissional e estigmatizam quem sofre. Pretende-se com este livro combater esses preconceitos, despertar consciências e ajudar a encontrar uma saída.»

OPINIÃO

(Roberta Frontini)

Este livro chamou-me à atenção por vários motivos: 
1) pela temática que aborda;
2) por ter o "selo" da Ordem dos Psicólogos Portugueses (e para quem não sabe, tanto eu como a Mariana somos psicólogas);
3) pelos autores que escreveram os contos (este livro contem pelo menos 3 autores que eu admiro imenso: Afonso Cruz, Joel Neto e Richard Zimler);
4) por serem contos.. e eu adoro contos. 

Inicialmente a minha ideia era ler os contos e fazer uma análise de cada um tendo em conta as patologias que apresentavam.. mas assim que li o primeiro conto percebi que isso não ía ser possível... algumas patologias não são bem delineadas e isso é das coisas mais interessantes do livro porque, na vida real, as coisas são de facto assim. Outras vezes nem se pode falar numa patologia no sentido de se enquadrar numa nomenclatura específica. É apenas a história de vida de uma pessoa...
Vejamos alguns dos contos com mais algum detalhe: 

Afonso Cruz 

Afonso Cruz apresenta, através de uma história muito bem escrita, um acumulador compulsivo, mas da-lhe um novo olhar. Usa palavras diferentes que raramente são usadas e foca-se num museu de objectos inúteis. Quem toma conta do museu é um senhor que os recolhe e que inventa uma história para cada objecto. Um conto ao estilo de Afonso Cruz onde, quem sabe, o leitor mais experiente encontrará personagens (ou histórias) presentes noutros livros dele...

Dulce Maria Cardoso 

O conto parece estar dividido em duas partes que se interligam.. mas essa interligação é um pouco deixada ao leitor e não foi de todo clara. Fala sobre um homem que inventa o seu passado. Está muito bem escrito, mas faltou-me qualquer coisa... talvez o resto devesse ser deixado à imaginação do leitor...

Gonçalo M. Tavares

Gostei imenso deste conto. É um relato totalmente desigual e insano sobre os pensamentos de um esquizofrénico. Apesar de "louco", lê-se muito bem e é interessante. E parece, de facto, tratar-se de um discurso que frequentemente é ouvido por parte de uma pessoa que sofre desta patologia. 

Joel Neto 

Só o Joel Neto consegue pegar numa história real e conta-la desta forma agradável. Neste conto, inicialmente sente-se alguma crítica por parte do autor relativamente ao excesso de diagnóstico que existe, no entanto, terminei o conto a achar que o Joel Neto nos quis demonstrar que cada um de nós tem algo.. que afinal a loucura está um pouco dentro de cada um. Achei o conto muito bonito, a escrita muito boa e uma linda homenagem. Bem escrito, fácil de se ler... como Joel Neto já nos habituou.

Maria Teresa Horta 

Gostei imenso da ideia deste conto, mas a certa altura torna-se confuso e um pouco cansativo. Trata-se da história de uma mulher que confunde realidade com ficção (o próprio leitor começa a confundir). É a história da sua gravidez e do pós-parto. Repito: a ideia é fabulosa, mas a escrita é cansativa... 

Nuno Camarneiro 

Foi a primeira vez que li algo do Nuno, e posso dizer que o autor me conquistou completamente. A escrita é simples e fluída (e depois fala no Etna, por isso já tem muitos pontos para me conquistar :p ). Trata da história de um homem que é deixado pela mulher e que tem de aprender a se re-organizar (nomeadamente na relação com a filha). Uma escrita mesmo cativante e interessante. 

Patrícia Reis 

Foi a primeira vez que li algo desta autora. Adorei a história mas o que mais gostei foi a escrita. A história, na verdade, é banal (mulher que é deixada pelo marido e que começa a ir a um psicólogo). Vamos acompanhando esta senhora ao longo de 4 consultas. O discurso é que é muito real e é um discurso muito típico destas pessoas. Está muito bem pensado. Gostei bastante.

Richard Zimler 

Foi o meu conto preferido mas que beneficiou pelo facto de ser mais comprido. A história é interessante e o autor consegue abordar vários assuntos diferentes. A ligação com as questões da saúde mental pode não ser tão evidente como nos outros casos, mas este é um dos pontos fortes do conto. Gostei bastante!

No final, o saldo é mais do que positivo. É um livro que vale mesmo a pena e que de certeza irei reler. 

domingo, 8 de janeiro de 2017

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Entrevista: Blogue "O livro pensamento"


Entrevista 
Blogue "O livro pensamento"


Conheci a Edite do blogue "O livro pensamento" no nosso clube de leitura (para mais informações clicar aqui).

Recentemente a Edite decidiu entrevistar-me. Foi uma honra para mim e uma experiência muito agradável. Resta-me agradecer-lhe não só a oportunidade como as palavras que me deixou no seu blogue. Deixo o link para o caso de quererem espreitar a entrevista :) 
Obrigada Edite

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Youtube: TAG 7 Coisas [Blogue FLAMES]


TAG 7 Coisas 
[Blogue FLAMES] 


sábado, 7 de janeiro de 2017

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252º Passatempo do FLAMES - Especial Aniversário


É difícil de acreditar que já passaram 7 anos desde que o FLAMES foi criado.
Como uma ocasião tão especial nunca poderia passar em branco, é com prazer que vos apresentamos o nosso Passatempo Especial de Aniversário!

Como qualquer presente deve ser surpresa, decidimos aguçar-vos a curiosidade não revelando logo de início em que consiste o prémio. Ao longo das próximas semanas vamos literalmente levantar aos poucos a ponta do véu para que possam descobrir em que consiste este presente surpresa!
Vão visitando este post e façam as vossas apostas!


O que estará debaixo da manta?!

PISTA 1

PISTA 2

PISTA 3

PISTA 4

LIVRO 1

LIVRO 2

Livro 3

Livro 4


Passatempo terminado.
Vencedor: Jaqueline Miguel

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

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Livro: As Intermitências da Morte



Ano de Edição: 2014
Género: Drama, Humor
Autor: José Saramago
Editora: Porto Editora


* Por Mariana Oliveira *

Faço parte do grupo de leitores que ficou com aversão às obras de José Saramago por causa de uma decisão do Ministério da Educação a meu ver tremendamente errada: tornar obrigatória a leitura da obra “O Memorial do Convento” para milhares de adolescentes em todo o país. Ainda não conheci ninguém que com 17 ou 18 anos tivesse a maturidade necessária e experiência de leitura para entender a complexidade da escrita do Nobel português. O que resulta desta péssima opção são milhares de alunos a braços com uma leitura demasiado complexa e que acabam por considerar Saramago como sendo um escritor inacessível e desinteressante. 
Foi precisamente por causa disto que demorei anos a atrever-me a dar uma segunda oportunidade aos livros do conceituado escritor português. O receio estava lá e estava pronta para não gostar da obra. Por isso mesmo, foi com surpresa que me deparei com uma das minhas melhores leituras dos últimos tempos! 


Sinopse:
«No dia seguinte ninguém morreu.» Assim começa este romance de José Saramago. Colocada a hipótese, o autor desenvolve-a em todas as suas consequências, e o leitor é conduzido com mão de mestre numa ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor, e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência. 


Opinião:
Mentiria se dissesse que a escrita de Saramago é fácil. Diferente de todos os estilos que encontrei até hoje, a prosa de Saramago é de uma riqueza ímpar. A construção das frases, a inclusão peculiar dos diálogos e os termos utilizados tornaram a leitura de “As Intermitências da Morte” num delicioso desafio.
Relativamente à trama deste livro, não consigo pensar nele sem dividi-lo em duas partes. 


Na primeira metade, Saramago confronta-nos com as alterações inevitáveis que a ausência da morte implica. Habituados a sonhar com essa possibilidade, o autor mostra-nos que o facto de os Seres Humanos se tornarem imortais pode trazer muitos mais inconvenientes do que vantagens.
Socorrendo-se de um sentido de humor absolutamente genial, Saramago dispara em todas as direcções: governos, religiões, sindicatos, seguradoras e até a máfia. Ninguém sai ileso nesta história onde a morte se ausenta e a sociedade vê os seus pilares abalados.
Dei por mim a rir-me com várias passagens e a pensar seriamente sobre alguns dos pontos de vista apresentados pelo autor e nos quais eu nunca tinha pensado anteriormente. 

Na segunda metade do livro a história muda de tom e a prosa torna-se quase poesia quando Saramago começa a focar-se mais nos aspectos da nossa finitude, da inevitabilidade da morte e na importância que a vida de cada um de nós tem. Adorei esta parte da obra que me levou a mergulhar na intimidade da morte e ver-nos a nós, pessoas, sob a perspectiva de uma entidade cuja função é a de terminar com a nossa existência neste mundo. 
Foi com esta segunda metade que fiquei completamente rendida ao autor e com a certeza de que irei voltar às suas obras para voltar a desfrutar da sua genialidade.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

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Livro: Como não morrer de fome em Portugal



Título: Como Não Morrer de Fome em Portugal
Autor: Lucy Pepper
Editor: Objectiva
Edição ou reimpressão: 2016
ISBN: 9789896651329

Sinopse:
Um retrato cómico de Portugal sob o olhar atento e sátiro de uma inglesa. Lucy Pepper é acutilante, divertida e certeira a capacidade que tem para nos descrever, sem nunca denegrir, apontando sempre os nossos pontos fortes e o nosso enorme capital para melhorar enquanto povo e país.

Opinião 
(Roberta Frontini)


Alguns de vocês sabem que não sou 100% portuguesa. A minha mãe é, mas eu tive a sorte de ter nascido em Itália, o país do meu pai. Digo "sorte" não por odiar Portugal, mas porque tenho uma paixão incrível pelo meu país. Somos italianos (ou melhor, sicilianos que não gostamos de misturar cá as coisas!) e, felizmente, em minha casa sempre se viveu muito "à italiana". É por isso também que, apesar de já cá morar há muitos anos, ainda me sinto mais italiana do que portuguesa.
Para "piorar" as coisas, um dia passou-me pela cabeça que tinha de ir morar uns meses para o país que mais me fascinava na Europa: a Inglaterra, país de origem da autora deste livro. E fui! Assim, quando voltei para Portugal, tinha mais umas quantas possíveis comparações que podia fazer (como se não tivesse já suficientes).

Não gosto de comentários xenófobos, nem sequer gosto de generalizar características para um só povo, mas a verdade é que os portugueses têm algumas características que eu me divirto a "apontar" (e que, normalmente, deixam o português que me acabou de ouvir a fervilhar). Por isso mesmo, sempre me senti muito "sozinha" nestas situações e, com o tempo, aprendi a assinalá-las, mas a guardá-las para mim. Eis então que chega este delicioso livro, que me fez querer ir ter com a Lucy, dar-lhe um abraço (e dois beijinhos que eu sou das que dá dois*).

Este livro está brilhante! E não, não diz mal dos portugueses ou de Portugal! Este livro é muito mais do que à partida pode parecer. Pegando em pratos tipicamente portugueses, Lucy Pepper encontra sempre uma forma de introduzir um tópico interessante, normalmente relacionado com a forma como se vive em Portugal, ou a forma como os portugueses são. Traz algumas analogias com outras culturas que bem conhece (neste caso com Inglaterra) pelo que é um livro que alguém que conhece bem esta cultura poderá apreciar ainda mais. Eu voto para meter a Lucy Pepper a escrever crónicas deste género num jornal! Ler o livro da Lucy é rir do início ao fim. É ir virando páginas à medida que nos identificamos com as coisas. É dizer aos outros: "olha esta, deixa-me só ler-te esta páginas! Vê lá se não é mesmo isto que acontece!" 

Gostei de tudo neste livro: do facto de me identificar tanto com a autora, o facto de ela o tornar pessoal e não apenas em meras "críticas" (atenção que as criticas são negativas mas também são, maioritariamente, positivas! E são extensíveis a vários países. A Lucy não idolatra Inglaterra e trata mal Portugal, por vezes faz precisamente o contrário). Gostei do facto de começar em falar no Porto e depois de se centrar numa aldeia. Gostei das analogias à comida (apesar de eu ter deixado de comer carne quando estava em Inglaterra e, por isso, algumas descrições de pratos com carne me fazerem impressão). Gostei da crítica aos empreiteiros (que é das coisas que mais me queixo aqui!). Gostei da forma como a Lucy me fez rir e me fez sentir acompanhada nesta linda aventura que é viver em Portugal.

*quem tiver lido o livro vai compreende.. 

domingo, 1 de janeiro de 2017

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Vídeo: Encontros de autores em 2016


Fiquem com um cheirinho do que foi ouvir e ver estes autores em 2016

Link - https://www.youtube.com/watch?v=3Bj9OZzuhWE


Mário Cláudio
Paulo Kellerman
Fernando José Rodrigues
João Paulo Silva (que por lapso no vídeo aparece como Fernando também)
Luís Mourão
Fausta Cardoso Pereira
Andreia Monteiro
Elsa Margarida Rodrigues
Paulo Assim
Paulo Moreiras
Fernanda Botelho
João de Melo
Tânia Bailão Lopes
Afonso Cruz
Walter Hugo Mãe
Joel Neto
Ella Berthoud
Susan, Elderkin
Carlos Ruiz Zafón


FELIZ 2017 

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