segunda-feira, 29 de julho de 2013

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Livro: A Escola Nocturna - O Legado



Autor: C.J. Daugherty
Tema: Prosa Narrativa
Ano: 2013

"O Legado" é o 2º volume da série "A Escola Noturna"

Sinopse:
"Passou um ano desde que Allie entrou na Academia Cimmeria, onde encontrou novos amigos, um novo amor e, sobretudo, um porto de abrigo. Mas dentro dos muros de Cimmeria existe um grave perigo. Um grupo misterioso e perverso está a tentar destruir a academia e tudo quanto esta representa. Os alunos correm perigo e, como se não bastasse, a família de Allie está no centro da tempestade. Consciente de que os segredos podem destruir até a relação mais forte, a rapariga terá de escolher entre salvar a família e confiar nos amigos. A vida de Allie transformou-se numa perigosa encruzilhada, onde tudo está em jogo. Até o amor..."

Opinião:
Como vocês sabem, os nossos gostos são bastante eclécticos e, apesar de termos preferências de leitura (ex. policiais e romances históricos), acabamos sempre por ler uma grande variedade de temáticas e gostamos disso! Este foi o primeiro livro passado num internato que lemos.
 
Gostámos particularmente da forma como C. J. Daugherty lança para o ar uma atmosfera de desconfiança e mentira que paira ao longo de todas as páginas e nos faz desconfiar de todas as personagens. Nesse sentido, é sem dúvida um trabalho memorável! Assim, com esta obra somos catapultados para uma mini-sociedade em que tentamos, a todo o instante, descortinar os motivos de cada um para algo que ainda nem sabemos se fizeram.
Neste livro encontramos, novamente, Allie, a protagonista, que terá de "lutar" contra ameaças externas, mas também conflitos interiores! De facto, não só terá de lutar contra o que ameaça a Escola Nocturna, mas encontrar-se-á "implicada" num triângulo amoroso muito interessante.
Encontramos, também, outras personagens de quem gostamos, outras que odiamos... Sylvain é um rapaz francês com o qual não nos conseguimos "ligar" durante todo o livro; Rachel, é a amiga de Allie e, apesar de gostarmos dela, temos o pressentimento de que, em livros futuros, grandes coisas serão reveladas... estaremos atentas para os próximo(s) livro(s). Depois temos a Jo que despoleta em nós sentimentos contraditórios. Temos ainda a Jules, a Isabelle, a Nicole... enfim, tudo personagens que enriquecem esta empolgante história!

Uma história a conhecer, especialmente para quem gosta de suspense e de ficar agarrado às páginas de um livro, cheio de vontade para saber o que irá acontecer...
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54º Passatempo do FLAMES (em parceria com a EDITORIAL MINERVA)

 

Temos uma nova parceria com a EDITORIAL MINERVA e, como tal, temos um novo passatempo. 
Para ganhares o livro "Palmadas e Rebuçados" tens apenas de preencher o formulário e esperar que o teu número seja o sorteado pelo random.org. 

Boa sorte a todos!

Sinopse: Estes contos foram escritos porque sim e são absolutamente despretensiosos, despreocupados, livres, esvoaçantes, combatem os preconceitos, as ideias-feitas e tratam de assuntos/temas/problemas/ideias universais. São contos contemporâneos, lúdicos, burlescos, hilariantes, cómicos, revolucionários, desconcertantes, cáusticos, patéticos (no sentido mais nobre do termo), humorísticos, irónicos, polémicos, críticos, mordazes, subtis, insólitos, inesperados, inovadores, originais, diferentes, ousados, arrasadores, errantes, loucos, dionisíacos, existencialistas, psico-terapêuticos, desbragados, destruidores de mentalidades tacanhas e fechadas, desconfiguradores, demolidores, palavrosos, debochados, alquímicos, antropológicos, às vezes eróticos, filosóficos, políticos, históricos, sociais, culturais, estéticos, ambientais, teológicos, religiosos, anti-clericais, diabólicos, endeusados, monárquicos, republicanos, democráticos, reais, ilusórios, fantasmagóricos, anti-policiais, embriagantes, excessivos, psicanalíticos, calmantes (concorrentes do Xanax e do Valium), hiperbolizantes, instintivos, anti-claustrofóbicos, anti-stresse, anti-crise(s), DIVERTIDOS. (Já chega!) A leitura continuada destes contos assumidamente minimalistas provoca dependência; contudo, eles são também a terapia que faltava, a sessão de psicanálise sem pagamento de consulta (que é tudo menos barata), o exorcismo, a catarsis para todas as doenças e para todas as crises. Não é um livro de auto-ajuda mas este ajuda mesmo pois até agora não consta que alguém se tenha suicidado após a sua leitura!

Nota: O FLAMES não se responsabiliza por extravios ou qualquer dano que o prémio sofra durante a sua entrega. O seu envio será, gentilmente, feito pela editora. 
NOTA: Caso não vos apareça a setinha para descerem (no formulário), cliquem nele e desçam usando a seta do teclado :) Qualquer problema adicional, contactem-nos.

domingo, 28 de julho de 2013

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18ª Entrevista: Maria Teresa Maia Gonzalez (escritora)



Maria Teresa Maia Gonzalez

Maria Teresa Maia Gonzalez é uma autora que dispensa apresentações! No passado dia 26 Julho de 2013, fomos gentilmente convidadas pela Editora Babel para a entrevistar. Foi um privilégio enorme conversar e aprender com uma escritora que tanta “companhia” nos fez durante a adolescência, graças a todas as obras que lemos da autora. Vamos então conhecê-la um pouco melhor. 

NOTA: A entrevista foi feita presencialmente e, posteriormente, transcrita aqui.

Qual é a sua nacionalidade: Portuguesa
O seu Filme favorito: Um dos filmes sobre a juventude de que mais gosto é o filme francês "Connet". Um filme sobre a vida que também gosto muito é “A vida é bela”. Gosto mais de cinema europeu.
O seu Livro favorito: A Bíblia, mais especificamente o Evangélico de S. João
O seu Anime favorito: não tenho
O seu Manga favorito: não tenho
O seu Espectáculo de Música Favorito: Teatro. Gosto muito de teatro.
A sua Série favorita: Gosto muito de séries inglesas de um modo geral. Têm muito boa qualidade.


(FOTO: A autora a chegar ao nosso local de encontro... a editora BABEL)

As suas obras abarcam imensas temáticas. Existe algum tema que ainda não abordou que gostaria de focar num próximo livro?
Existem duas temáticas que estou cada vez mais empenhada em abordar: uma é a temática da doença mental, a outra é a temática da morte. Já escrevi alguma coisa sobre a doença mental, nomeadamente no livro “Voa comigo” (Presença). Quero cada vez mais chamar à atenção das pessoas sobre isto. Eu sou voluntária há muitos anos por isso esta questão da saúde mental interessa-me muito. A saúde mental é algo de muito abrangente. Há quem pense que doença mental são “os maluquinhos” ou quem pense que se trata de depressão e pouco mais. Mas a verdade é que qualquer um de nós pode sofrer com isto. Qualquer pessoa, durante a sua vida, pode ter algum problema relacionado com isto. Relativamente ao tema da morte, tenho-o abordado várias vezes. Recentemente publiquei um livro sobre isto "O meu avô foi para o céu" (Presença). No fundo, pretendo ajudar as crianças e os adolescentes a lidar com a perda. Portanto estas são as duas temáticas nas quais quero continuar a debruçar-me. Essencialmente eu escrevo para celebrar a vida e a morte e a saúde mental fazem parte da vida. Não há nenhuma família em que não se veja nalguma altura algo relacionado com isto. São, a meu ver, temáticas importantes. A própria morte também faz parte da vida e quer a morte quer a doença mental devem ser encaradas pelas pessoas com naturalidade. Acredito que quanto mais se fala nisto menos medo há pois a forma de combater o medo é falarmos e aprofundarmos as coisas para que os “fantasmas” comecem a desaparecer.

Já escreveu livros exclusivamente para adultos? 
Sim. Normalmente as pessoas dizem que conhecem todos os meus livros, mas eu tenho mais de 100 livros e alguns são, efetivamente, para adultos. É o caso de "A Cruz vazia" (Arcádia - Babel), "Judas, o Cireneu e Eu" que também é para adultos. Tenho poesia também no livro "Retratos imperfeitos". Tenho um livro de crónicas para adultos chamado "Boa educação". Finalmente tenho um livro da Babel chamado "Anti-Bonsai" onde abordo temáticas muito sérias. Não é um livro para adolescentes.

Sabemos que já foi Professora. Sim, é verdade... fui professora durante 15 anos. Alguma vez algum aluno ou outra pessoa lhe pediu para abordar uma temática específica?
(risos) Cinquenta mil vezes! Mas na verdade, eu só escrevo sobre o que está cá dentro, no meu coração. E o que tenho no coração, para lá chegar, passa por vários filtros que são pessoais. Sou eu que tenho de dar valor e que tenho de priorizar e organizar as coisas. Acho que tenho de escrever sobre aquilo que conheço melhor e há temáticas sobre as quais sei pouco, de forma pessoal claro. Há temáticas que eu não conheço e eu gosto de escrever sobre aquilo que conheço e que, de alguma forma, vivenciei  por mim ou por familiares, amigos etc. Lembro-me de uma rapariga muito nova que há uns anos se fartava de escrever à minha editora a pedir para eu escrever sobre a diabetes. Mas eu não tenho diabetes, não conheço ninguém com diabetes, não me "deparei" com a diabetes... nunca vivi com ninguém que tenha diabetes. Não tenho material para escrever sobre essa doença. Claro que existe muita informação, mas toda ela está "fora" de mim. Aí há muito material, mas a matéria tem de vir de dentro de mim. Só assim me faz sentido. 



Já utilizou como protótipo para as suas personagens pessoas reais que conheceu?

Todas as minhas personagens são inspiradas em pessoas que conheço e, por vezes, em mim própria. Algumas são verdadeiras mantas retalhos, uma mistura de várias pessoas que me são próximas, outras têm partes de mim, especialmente se eu gosto da personagem. Se não gosto da personagem (o que me acontece muitas vezes) aí já não o faço, já não lhe dou bocadinhos de mim própria. As minhas personagens e histórias nascem todas do convívio com as pessoas. Criar do zero, isso nunca faço... só Deus o pode fazer. Portanto sim, já usei.. já me baseei em familiares, alunos, filhos dos meus alunos... é muito interessante isso.

Muitos dos seus livros não têm os “finais felizes” aos quais estamos habituados. Há alguma razão específica para isso?
Sim. Isso acontece porque, em primeiro lugar, eu não acredito em "fins". A vida é uma história interminável. Não acaba aqui. Agora, há pessoas que morrem mais cedo, outras mais tarde. Para mim a morte não é uma tragédia, o que é trágico é morrer sem ter vivido. É o que acontece à protagonista de "A Lua de Joana". O desperdício das drogas... é incrível o que se perde com elas. Quem as consome não está a viver. Depois, eu costumo dizer que "gente feliz não tem história", embora o conceito de felicidade não é bem o que se espera. Os finais felizes dos filmes e de alguns livros não me agradam porque nada têm haver com a realidade, com a vida. Os maus não são sempre maus nem têm de pagar pelo que fizeram, e os bons nem sempre são bons e têm a recompensa "final". Na vida, todos somos maus e bons. Somos pessoas. Há momentos em que nos sentimos realizados, há momentos em que nos sentimos em paz e isso já é muito bom, e há momentos em que nos sentimos revoltados, desanimados, vingativos, enganados, tristes, deprimidos, etc., e esses momentos não são felizes, mas fazem parte da vida. A felicidade é uma conquista, não é uma meta, e é alcançada a vários níveis: familiar, filial, no trabalho... no lazer, na pintura, na leitura... A felicidade é uma conquista e há lutas e dissabores... há perdas por vezes! E são elas que nos fazem crescer.

Há algum livro ao qual, se fosse hoje, daria um final diferente?
Não, creio que não. Os livros só são meus enquanto os escrevo. Depois é de quem os lê (não de quem os compra) mas de quem os lê, de quem se apropria deles. Isto porque cada qual lê os livros à sua maneira, à luz de experiências que já passou, dos seus valores, das suas características, da sua personalidade. É o "todo" que nós somos que lê. Por isso o sentimos à nossa maneira. Uma vez aconteceu-me uma coisa belíssima. Fui a uma escola de crianças com problemas visuais. Nem todos eram cegos, mas uma grande maioria era e, mesmo assim, quiseram que eu autografasse o livro. Foi fantástico. Alguns dos meus livros estão em audiobooks, mas "A Lua de Joana" não está. Nunca mais me vou esquecer de uma menina que veio ter comigo. Era cega e um dia pediu à mãe para lhe ler o livro. E o que ela me disse foi que tinha gostado tanto do livro que o ía querer ler mais vezes. Mas como não tinha audiobook e não queria estar sempre a chatear a mãe para lho ler, decidiu transcrever o livro todo em Braille. E então, quando ela chegou ao pé de mim, apresentou-me o livro e disse-me: "Esta é a minha Lua de Joana". E ela tinha razão. Aquele era o livro dela. Este foi, para mim, o melhor prémio. Se eu não tivesse ganho mais nenhum prémio, este ter-me-ía bastado. Ela reparou que eu comecei a chorar, mas expliquei-lhe que por vezes também choramos quando estamos felizes. Para além do mais, senti que aquele livro estava a servir de ligação para aquela mãe e aquela filha, através da leitura e da construção do livro, pois a mãe ditava e ela escrevia. Tudo isto encheu-me as medidas. O livro é de quem o lê, não são meus. Eu escrevi-os. Enquanto os escrevo são meus, posso criá-los, recriá-los, mexê-los... depois deixam de me pertencer.


Quando acaba de escrever um livro, a quem dá a lê-lo pela primeira vez?
Sempre ao editor. Pode acontecer numa história pequenina que eu a leia em voz alta, antes, a uma pessoa especial. Por vezes dou esta prendinha a alguém. 


Em todas as nossa entrevistas pedimos à pessoa entrevistada para deixar uma pergunta para a próxima pessoa a entrevistar. No seu caso, foi a autora Maria Isabel Loureiro que lhe deixou uma pergunta
A pergunta foi:  Qual foi o livro que mais prazer lhe deu escrever e porquê?
O que ainda não escrevi. Antes de cada livro é isso que sinto, isto porque eu não tendo a revisitar os meus livros. Só o faço quando vou a uma escola. Não tenho um sentimento de posse para com eles. Se me perguntasse qual a personagem que mais gosto diria que é o Pedro do livro “Pedro e o Pápa”. Eu costumo dizer que quando for grande quero ser como esse menino. Claro que há muitas mais personagens que me deram especial prazer a ser “criadas”, mas o Pedro é a personagem que se identifica mais com o ideal de Ser Humano que eu tenho.

Sem saber qual é a próxima pessoa a ser entrevistada, por favor, deixe-nos uma pergunta para lhe fazer: Qual a personagem que acha mais interessante das que criou?


Muito obrigada à escritora Maria Teresa Mais Gonzalez pela sua simpatia e disponibilidade!

sábado, 27 de julho de 2013

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17ª Entrevista: Maria Isabel Loureiro (escritora)


Maria Isabel Loureiro




Maria Isabel Loureiro nasceu na Figueira da Foz tendo estudado em Coimbra (onde tirou o curso do Magistério Primário) e em Lisboa (curso de Educação Pela Arte) onde atualmente reside. É autora de 104 livros didáticos e 17 infanto-juvenis de entre os quais contam-se: "Coleção Pituxa", "Coleção A Vovó Ensina-te…", "A Viagem da Sementinha", "Coleção Sementinhas", "João e o Pardalito de Bico Amarelo", "Quando eu era menina". Recentemente esteve envolvida no projeto “Colectânea de Contos - A Magia das Chaves”. Vamos então conhecê-la melhor e saber mais sobre esta obra.


Qual é a sua nacionalidade: Portuguesa

O seu Filme favorito: Não tenho
O seu Livro favorito: O pequeno príncipe
O seu Anime favorito: Não tenho
O seu Manga favorito: Não tenho
O seu Espectáculo de Música Favorito: CHITTY, CHITTY, BANG, BANG - musical a que assisti em Londres com os meus netos
A sua Série favorita: Dr. House

Considera que o trabalho desenvolvido pelo Ministério da Educação em Portugal tem colhido os frutos pretendidos no âmbito de um país mais letrado ou ainda há um longo caminho pela frente?
O Ministério da Educação tem, de facto, desenvolvido esforços no sentido de conseguir um país mais culto. Não direi que esses esforços tenham sido infrutíferos, mas há muito, muito a fazer!...

Depois de ter escrito 104 livros didáticos e 17 infanto-juvenis, qual é a principal diferença que vê na Maria Isabel Loureiro de agora e na de outrora?
Desde os meus oito anos que escrevo contos, contos pequeninos, quase sempre com animais. A minha "biblioteca"era constituída por livros da coleção Manecas e pelos meus próprios livros, que escrevia em folhas que arrancava aos meus cadernos dos trabalhos de casa. Escrevia as histórias que imaginava nessas folhas e ilustrava a capa numa folha que tirava aos cadernos de desenho. Cozia a lombada com uma agulha e linha. Isto acontecia porque não dispunha, naquela época, da mesma facilidade de adquirir papel que têm as crianças de hoje. Quero com isto dizer, que não sinto grande diferença entre a Maria Isabel de outrora e a Maria Isabel de hoje, porque desde pequenita que escrevo "livros". Anexei uma foto minha na idade em que escrevia os meus contos: oito anos. Frequentava a Escola de Almedina, em Coimbra.



Recentemente esteve envolvida no projeto “Colectânea de Contos - A Magia das Chaves”. Pode-nos explicar um pouco como surgiu e no que consiste?
Este projeto, A Magia das Chaves, surgiu de uma forma “mágica”!
Tenho, na casa de férias que está na família há três gerações, em Quiaios, vila próxima da Figueira da Foz, uma parede onde fui afixando todas as chaves antigas que fui recolhendo, por oferta de amigos, ou adquiridas em antiquários.
Um dia, ao olhar para aquela parede, interroguei-me: o que me motivou para a recolha destas chaves?
A resposta veio de seguida: foi o facto de cada uma encerrar uma história.
Que magia teria cada chave para contar?
O que poderia ter-se passado dentro da porta a que cada uma pertencia?
Comecei, então, a criar um conto ‑ o primeiro escrito para a magia!
Lembrei-me de que seria interessante que outras pessoas imaginassem também uma história com uma chave.
Surgiu, assim, o convite, através de uma página criada no Facebook, “Desafio ao Conto”.
Convidei a minha amiga da Figueira da Foz, Alice Mano-Carbonnier, para me ajudar no empreendimento. Escrevemos e divulgámos um regulamento. Juntámos a nós o amigo José Carlos Pereira.
Era fundamental que todos os autores dos contos publicados aceitassem que os seus direitos de autor revertessem a favor da ACREDITAR –Associação de pais e amigos de crianças com cancro.
A adesão foi surpreendente! Mais de 100 pessoas responderam com um ‘gosto’ e partilharam a ideia. Entre estas, 42 abriram a porta à sua imaginação. Alguns fizeram-no pela primeira vez; outros eram já escritores experientes e consagrados.
Creio que a vontade de ajudar crianças, neste caso as da ACREDITAR, reforçou a motivação dos diversos autores. 32 de Portugal e 10 do Brasil apostaram nesta magia.
No início, pensámos selecionar os melhores contos. Porém, um problema imperou de imediato: todos eram excecionais!!! Decidimos, então, oferecer aos leitores a possibilidade de ler todos. Duas das autoras, a Luz Curvo Semedo e a Cristina Silveira, revisoras experientes, abraçaram o trabalho de revisão dos textos. Obrigada, amigas!
As chaves, que dormiam na minha parede há tantos anos, finalmente despertaram. A parede foi fotografada, graciosamente, e é agora capa desta obra literária.
Outra autora deu-nos a mão, ajudando a descobrir um espaço condigno para se fazer o lançamento. Carinhosamente, o Palácio da Independência abriu as suas portas para acolher o evento.
A dr.ª Teresa Caeiro, captou a atenção de todos, quer pela sua simpatia, quer pela forma feliz como fez a apresentação cultural do livro.
Fantásticos artistas, graciosamente, fizeram a animação musical e cultural do evento: o violinista Ricardo Ramos, a cantora lírica Cristina Miranda, a fadista Filipa Pais e os atores Paulo Pereira e Céu Neves .
A magia não parou de acontecer: duas autoras brasileiras, uma de Diadema, São Paulo, e outra de Pouso Alegre, Minas Gerais, viajaram até Portugal para o lançamento do livro, em que cada uma tinha um conto. No Palácio da Independência, o encontro com os outros autores foi MÁGICO!
Todos receberam um diploma de participação na Antologia de Contos A MAGIA DAS CHAVES.
Portugal e Brasil estavam, mais uma vez, unidos por grandes laços de amizade.
As chaves da minha parede abriram portas para o sucesso luso-brasileiro de A MAGIA DAS CHAVES.



Eis a nota introdutória do livro  A MAGIA DAS CHAVES:


Há projectos que se desenvolvem quase por si só - parece que têm vida própria.
Há sonhos que se concretizam quase sem darmos por isso – levantam voo mesmo sem asas.
Há pessoas que nunca abandonam os seus projectos nem descartam os seus sonhos.
Há projectos, sonhos e pessoas que são mágicos. E este é um deles.

O projecto é da escritora de livros infantis Maria Isabel Loureiro que sonhou juntar, numa pequena antologia, autores reconhecidos, com obra publicada, e gente que nunca tinha feito da escrita uma experiência séria. Surgiu "Desafio ao Conto", a página no Facebook que Maria Isabel criou para lançar o repto a quem quisesse escrever um conto. O tema era "A Chave" – uma ideia que a autora há tempos acarinhava dentro de si. Publicou-se um Regulamento e, num instante, a página ganhou mais de uma centena de adeptos. Num prazo curto, sem outro incentivo que não fosse dar largas à imaginação, sem outro estímulo que não fosse traduzir em palavras o que lhes ia na alma, sem outra recompensa que não fosse participar num desafio literário, os contos começaram a aparecer dos dois lados do Oceano. A simpatia, a generosidade e o entusiasmo da Maria Isabel Loureiro contagiaram toda a gente. E a magia aconteceu.
Assim nasceu "A Magia das Chaves".        

Alice Mano-Carbonnier/José Carlos Pereira

Em todas as nossa entrevistas pedimos à pessoa entrevistada para deixar uma pergunta para a próxima pessoa a entrevistar. No seu caso, foi a autora Inês Botelho que lhe deixou uma pergunta (pode ver a sua entrevista aqui - http://flamesmr.blogspot.pt/2013/07/entrevista-ines-botelho.html) – A pergunta foi: 
"Se construísse um conto ou um livro a partir de um quadro, que obra escolheria?"
Escolheria um quadro do pintor português João Vaz de Carvalho. Cada quadro seu sugere-nos uma história para crianças. Adoro observá-los quando expõe (TREMA-GALERIA DE ARTE), pois sinto-me inspirada para imaginar vários contos.

Sem saber qual é a próxima pessoa a ser entrevistada, por favor, deixe-nos uma pergunta para lhe fazer: Qual foi o livro que mais prazer lhe deu escrever e porquê?
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53º Passatempo FLAMES (em parceria com a editora Livros de Ontem)



Sinopse

"Nós. Vida. Ivo tem cinquenta anos e é médico. Lara é a sua mulher, são casados há vinte e quatro anos. Rico é escritor e tem a idade de Ivo. Max, Míria e Milo são irmãos, com idades descendentes pela ordem indicada, sendo Max o mais velho, com vinte e um anos. Nora, Dino e Túlio parecem ter a idade de Max, embora Túlio seja mais velho nas dores da existência e Nora mais nova na pureza dos sonhos. Anísia, Lígia e Narda já passaram os vinte e cinco anos, cada uma de maneira diferente. E Nina, quem é?..."

"Mais uma moedinha, mais uma voltinha"... mas aqui no Flames é "Mais uma parceria... mais um PASSATEMPO!".
Em parceria com a Livros de Ontem temos para oferecer 1 exemplar do livro - "Nós, Vida" de Álvaro Cordeiro.

Já sabem, preencham o formulário e... BOA SORTE!

Têm até ao dia 5 de Agosto para participar.

Nota: O FLAMES não se responsabiliza por extravios ou qualquer dano que o prémio sofra durante a sua entrega. O seu envio será, gentilmente, feito pela editora. 
NOTA: Caso não vos apareça a setinha para descerem (no formulário), cliquem nele e desçam usando a seta do teclado :) Qualquer problema adicional, contactem-nos.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

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Série: Ficheiros Secretos



 
Título Original: The X Files
Ano de Estreia: 1993
Nº Temporadas: 9
Género: Mistério, Policial, Terror
Criador: Chris Carter


A série de que aqui falámos há muito pouco tempo, Hannibal, conta com a participação da actriz Gillian Anderson, que se celebrizou no papel da agente Dana Scully numa das séries de maior sucesso da década de 90: "Ficheiros Secretos". Por isso mesmo, foi com bastante saudade que decidimos recordar aquela que ainda hoje é uma das nossas séries de eleição.
 
 
Em Ficheiros Secretos os protagonistas são os dois agentes do FBI Dana Scully e Fox Mulder. Estes são incumbidos da tarefa de investigar todos os fenómenos paranormais que chegam às mãos desta famosa agência de investigação. Contudo, como seria de esperar, alguns casos acabam por revelar-se um mistério muito mais complexo e perigoso do que aquilo que inicialmente seria possível prever, e muitas vezes os dois jovens agentes terão que lutar pelas suas próprias vidas ao longo de episódios repletos de mistério, reviravoltas e contratempos.
 
 
Chris Carter, o criador desta série, teve aquilo a que gostamos de chamar de "rasgo de genialidade" quando, em plenos anos 90, decidiu criar uma série até à data completamente original: uma série que se desenrola à volta de casos altamente misteriosos, com algum terror e muito drama à mistura. E se os episódios em si são de excelente qualidade, os protagonistas completam este quadro, ou não se tratassem de duas personagens interessantes, antagónicas mas que ao mesmo tempo se complementam: sendo Scully a mulher da Ciência e cabendo a Mulder o papel de homem da Fé.
O único aspecto negativo a apontar a "Ficheiros Secretos" é mesmo a relativamente fraca qualidade das últimas temporadas da série, uma vez que o seu criador começou, a nosso ver, a focar-se demasiado na temática dos extraterrestres e acabou por desviar-se do tema inicial, acabando por tornar-se algo repetitivo e maçador.
Mas, mesmo assim, "Ficheiros Secretos" será para sempre uma série de culto, com milhões de fãs em todo o mundo e que, apesar de já ter estreado há 20 anos, tem potencial para conquistar qualquer pessoa que decida começar a vê-la hoje. Recomendamos!
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Passatempo: 52º Passatempo do FLAMES (em parceria com a Alphabetum Edições Literárias)


Temos mais um passatempo para vocês, em parceria com a Alphabetum Edições Literárias, desta vez com um livro que não podia ser mais actual - "A era dos malditos" de Ana Gonçalves:



Sinopse
"Um dia os malditos – desempregados, miseráveis, precários, enganados, distraídos, informados, pobres, remediados – acordaram. Bastou sentirem o chão fugir-lhes dos pés. Bastou perderem o pouco que ainda tinham: os parcos subsídios de desemprego, os salários desvalorizados, as pensões de miséria, o Estado Social imberbe.“A Era dos Malditos” conta a história de uma revolta que já há muito se anunciava. A revolta do exército de desempregados, de gente a quem lhes foi roubada qualquer ideia de futuro, que invade as ruas das principais cidades, destrói uma sociedade construída sobre alicerces demasiado débeis, desnorteia governos que há muito haviam deixado de contar com o apoio dos cidadãos.Um dia tiraram-lhes tudo, pensando que era possível viver-se com quase nada ou mesmo com nada. O resultado é invariavelmente o mesmo: a revolta.A luta dos malditos só nos pode ser familiar: a luta por uma vida com dignidade, apenas isso. A pretexto de uma crise e da condição de urgência resultante dessa crise, eliminou-se o pouco que restava aos malditos, os que já o eram antes da famigerada crise e aos que passaram a sentir na pele essa condição de “malditos”, os mesmos que não questionavam o presente e quando passaram a fazê-lo, deixaram de vislumbrar qualquer ideia de futuro. A única luz ao fundo do túnel que lhes resta está nas ruas."


Têm até ao dia 3 de Agosto para participar. Para o fazer, apenas têm que seguir este link:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=608470662526395&set=a.280483765325088.71797.103707256336074&type=1&theater

Boa sorte!


Nota: O FLAMES não se responsabiliza por extravios ou qualquer dano que o prémio sofra durante a sua entrega. O seu envio será, gentilmente, feito pela editora. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

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Livro: Os Anagramas de Varsóvia



Título: Os Anagramas de Varsóvia
Autor: Richard Zimler
Título Original: The Warsaw Anagrams
Género: Histórico e policial
Páginas: 362


E cá está... mais um livro de Richard Zmler que se tornou num dos meus livros favoritos de todos os tempos. Por motivos pessoais, a IIª Guerra Mundial sempre me interessou muito.. e é por isso mesmo que por vezes já me cansei de estar sempre a ler, basicamente, as mesmas coisas e os mesmos relatos. 
Mas este é totalmente diferente.
Trata-se de um policial histórico que se passa num gueto judeu da Polónia. Desta vez o narrador é uma personagem que aparenta não ser quem é, e que deveria estar morto. Será que está?

Erik Cohen é encerrado no gueto com a sua família: uma sobrinha, um sobrinho-neto e um grande amigo chamado Izzy. Uns tempos depois, o sobrinho-neto desaparece e é encontrado morto. Estava nú e o corpo profanado. Mas esta era apenas uma das mortes que iria assombrar o gueto. Quem estaria por detrás disto e porquê? E porque razão outras crianças foram mortas e profanadas?
Será que alguém irá descobrir o mistério?

Uma obra que retrara um dos tempos mais obscuros da história da Humanidade, mas que o faz de forma totalmente original. Já era ora de alguém escrever um livro sobre esta temática, mas com uma abordagem diferente e um ponto de vista claramente original. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

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51º Passatempo (em parceria com a autora Elizabeth Hoyt)


Ela oferece o seu corpo, mas não o seu coração


Bom dia:
Lembram-se da entrevista que fizemos à autora Elizabeth Hoyt (aqui)?

Pois bem, a autora enviou-nos um livro dela em PORTUGUÊS e... AUTOGRAFADO!!!!

E este livro pode ser teu!!!!

Sinopse:
"Durante anos, Melisande Fleming amou Lorde Vale de longe... 
Quando ele é abandonado no dia do casamento, ela enche-se de coragem e oferece-se para ser sua mulher. 
Finalista dos Rita Awards de 2009 "

Preenche o formulário abaixo disponibilizado até ao dia 28 de Julho e...Boa sorte!!


Nota: O FLAMES não se responsabiliza por extravios ou qualquer dano que o prémio sofra durante a sua entrega. O seu envio será, gentilmente, feito por nós. 
NOTA: Caso não vos apareça a setinha para descerem (no formulário), cliquem nele e desçam usando a seta do teclado :) Qualquer problema adicional, contactem-nos.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

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Série: Hannibal


 
Ano de Estreia: 2013
Género: Drama, Policial
Temporadas: 2
Produtor: Bryan Fuller


Hannibal Lecter é, incontestavelmente, o psicopata mais conhecido em todo o mundo. Deve ser difícil encontrar alguém que não conheça o famoso psiquiatra que esconde um terrível segredo: quando não está a ajudar pessoas a lidar com os seus problemas mentais, dedica-se a matar pessoas e... a comê-las!
Foi com base nesta premissa que Bryan Fuller decidiu criar uma série que tem tanto de original como de intenso: "Hannibal".
 
 
A história é protagonizada por Will Graham, um professor universitário que, simultaneamente, trabalha para o FBI graças à sua capacidade única e invulgar: consegue estabelecer uma empatia com os criminosos de tal maneira que se coloca na sua mente e reconstrói todos os passos de um crime até ao mais ínfimo pormenor.
Contudo, a genialidade de Will acaba por também se revelar um problema quando o jovem professor começa a ter dificuldades em desligar-se dos seus casos e o equilíbrio entre sanidade e loucura se começa a tornar cada vez mais ténue. Sendo assim, Will Graham decide buscar ajuda, e quem melhor que o famoso psiquiatra Hannibal Lecter para o ajudar?!...
 
 
Esta série é aquilo a que chamamos de um "crescendo de intensidade". O primeiros episódios não conseguem destacar-se dos demais episódios das inúmeras séries policiais que existem mas, à medida que a trama se desenrola e a personagem principal, Will, se vai tornando cada vez mais desiquilibrada e sensível, somos como que "sugados" por esta história e a série ganha um renovado interesse.
De facto, Bryan Fuller conseguiu criar uma série que conjuga na perfeição o suspense e o drama ao apresentar-nos personagens incrivelmente reais: "quebradas", com medos e defeitos. O factor psicológico é central na série e as conversas entre Will e o seu psiquiatra, Hannibal, são simultaneamente intensas e inteligentes.
Uma série que aconselhamos a todos os fãs do infame Hannibal Lecter e a todos aqueles que não perdem a oportunidade de acompanhar uma boa história de suspense mesclada com psicologia e drama, muito drama. 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

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50º Passatempo do FLAMES (em parceria com o autor)


O FLAMES tem para oferecer, em parceria com o autor Carlos Nuno Granja, 1 EXEMPLAR deste seu livro!

Preenche o formulário abaixo disponibilizado até ao dia 26 de Julho e...Boa sorte!!

PASSATEMPO TERMINADO!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

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Livro: À Procura de Sana


Autor: Richard Zimler
Páginas: 253

Foi com este livro que iniciámos a nossa incursão pelo mundo da escrita de Richard Zimler. Fãs dele pela personalidade, disponibilidade e carinho que demonstra por todos os seus leitores, iniciámos a leitura de "À Procura de Sana" com as expectativas muito elevadas...
Logo este se tornou num dos melhores livros que já lemos, não só pela história fenomenal que combina realidade com ficção, como pela escrita do autor. De facto, ler um livro de Richard Zimler não é apenas conectar-se com uma história, personagens, factos e locais...é muito mais do que isso... É ligar-se às vivências de cada personagem, viver com elas uns tempos... imaginá-las ao nosso lado e aprender. Sim aprender, porque ler Richard Zimler permite-nos "beber" cultura. Estamos a falar de um daqueles autores que escreve no sentido de nos enriquecer, e não só para nos contar uma história que nos entretém por algumas horas.

Mas para vos contar a história do livro, quem melhor que o próprio autor? De facto, numa entrevista feita para o FLAMES a 19 de Abril de 2013 (aqui) o autor falou-nos no seu livro:

"Tudo começou em 2000 numa viagem que fiz à Austrália e que tinha uma escala em Londres. Ao todo, a viagem durou 35 horas. Por isso tudo, fiquei muito esgotado. Estava desnorteado e não conseguia dormir por causa da diferença de horários. Estava muito mal e foi muito difícil para mim. Tudo foi uma experiência muito interessante. Quem me "salvou" foram os escritores e os bailarinos que conheci, pois estávamos lá num festival que envolvia a escrita mas também a dança. Neste romance, conto esse evento da minha vida. Lá, encontrei uma bailarina que dizia ser italiana mas que, mais tarde, descobri ser palestiniana. Essa bailarina, Sana, reconheceu-me e falou comigo. Disse que adorou o meu livro "O último cabalista de Lisboa" e que tinha sido um livro importante para ela. E, assim, desenvolvemos uma relação de amizade (daquelas que se estabelecem quando viajamos). No dia seguinte, estava no café que se encontrava fora do hotel, e ouvi uns estilhaços e um corpo a cair. Alguém se tinha suicidado (ou tinha sido morto não se sabia). Fiquei muito traumatizado. Não foi nada fácil. O romance conta a minha procura pela história de Sana. Queria saber porque se tinha suicidado e o que teria acontecido. É uma história que envolve a Palestina, Israel e, no fim, terrorismo. O livro é uma mistura da minha vida com ficção."

Um livro fenomenal que aconselhamos a toda a gente (especialmente aos mais curiosos) e que se tornou, como já dissemos, num dos nossos livros favoritos!

ATENÇÃO: O livro"À Procura de Sana" contém pelo menos 2 spoilers ao livro "O último cabalista de Lisboa" pelo que, se quiserem ler este segundo livro, tenham cuidado e passem essas linhas (são poucas) em frente...
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16ª Entrevista: Inês Botelho (Escritora)


Inês Botelho


Nascida a 3 de Agosto de 1986, Inês Botelho começou a estudar música entre os 5 e os 6 anos de idade. Mas a autora não gosta só de tocar piano ou da escrita. De facto, é apaixonada pela representação. Foi nas férias de verão de 2002, entre o 10º e o 11º que Inês escreveu A Filha dos Mundos, o primeiro livro da trilogia O Ceptro de Aerzis. Para além destes 3 livros, é ainda autora de Prelúdio e O passado que seremos. Colabora também com a Revista Bang!. Vamos então conhecê-la melhor…

Para mais informações:
Site da autora: http://www.inesbotelho.com/ 
Facebook da autora: https://www.facebook.com/pages/In%C3%AAs-Botelho/190027857681462?v=wall

Qual é a sua nacionalidade: Portuguesa
O seu Filme favorito: Já respondi antes a este mini-questionário introdutório, porém parece-me sempre estranho e artificial eleger uma única obra como favorita. Nenhum trabalho é perfeito ou capaz de se sobrepor a todos os outros e, além disso, acho a pluralidade bem mais interessante. Por isso, deixem-me aproveitar para, com mais tempo e calma, acrescentar alguns elementos às minhas escolhas. Portanto, alguns filmes favoritos: Magnolia (Paul Thomas Andersen), Howl (Rob Epstein e Jeffrey Friedman), The Dreamers (Bernardo Bertolucci), Trois couleurs: Bleu (Krzysztof Kieslowski), Le scaphandre et le papillon (Julian Schnabel)
O seu Livro favorito: Novas Cartas Portuguesas (Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa), As Cidades Invisíveis (Italo Calvino), The Sound and the Fury (William Faulkner), The Bloody Chamber (Angela Carter)
O seu Anime favorito: Ana dos cabelos ruivos, A Princesa Mononoke, O Castelo Andante
O seu Manga favorito: não tenho
O seu Espectáculo de Música Favorito: Quintas de leitura (Evento); Correntes D'Escritas (Evento); o extinto programa Câmara Clara; os actuais Agora e Ler +, Ler Melhor
A sua Série favorita: das exibidas recentemente, Fringe, American Horror Story, Game of Thrones

Tem feito inúmeros encontros em escolas... como tem sentido o impacto dos seus livros nos mais novos?
Suponho que eles conseguem responder a esta questão melhor do que eu, pois é-me difícil avaliar essa parte. Em todo o caso, parece-me que a trilogia tem muitos leitores nas camadas mais jovens e que, de forma geral, é bem recebida. O que isso desencadeia e a que outros livros os conduz, desconheço. Mas ficarei contente se contribuir para um amor à literatura. Do mesmo modo, espero que os encontros em escolas ajudem a gerar interesse pela literatura e a desmistificá-la enquanto actividade enfadonha.

Como licenciada em biologia, acha que esta área a irá influenciar em alguns dos seus próximos livros? 
Claro. Aliás, de uma ou outra forma, a biologia influencia todos os meus livros. É inevitável. Tenho-a na linguagem e no raciocínio. Há termos, ângulos de descrição, aspectos realçados que derivam da minha formação em biologia. E não me interessa negá-la ou reprimi-la. Gosto de a ter por lá, entre as frases e o enredo. Além disso, os conhecimentos de geologia, botânica, zoologia, etologia e ecologia são muito úteis para a criação de outros mundos e novas espécies. A biologia é uma das minha paixões iniciais, mais ou menos a par da literatura. Afastei-a um pouco do dia-a-dia ao optar por continuar os estudos na área da literatura, mas anda a apetecer-me trazer a biologia para o epicentro de um livro, transformá-la numa parte fulcral de um enredo. Talvez o faça com certa brevidade.

A maioria das adolescentes entre o 10º e o 11º ano, não imagina um verão sentada a escrever um livro... um livro que se tornaria no primeiro de uma trilogia. Como sentiu o processo de escrita nessa altura? 
Sôfrego e intuitivo. Agora controlo muito todo o processo; conheço os meandros do jogo e sei utilizá-los para criar o que pretendo. Mas o primeiro livro foi quase uma avalancha. Uma avalancha até um pouco irreflectida.

Quando começou a escrever "A filha dos Mundos", já tinha os outros dois livros em mente?
O meu processo de escrita compreende três partes: investigação, escrita e revisão. Durante a primeira fase recolho toda a informação de que preciso para criar os alicerces da história, estudo certos aspectos para evitar bases falaciosas e preparo a narrativa, ou seja, moldo as personagens, conheço-lhes intimamente a pele e o pensamento, e determino os pontos fulcrais do enredo. Assim, quando começo a escrever já tenho uma série de linhas orientadoras. Portanto, no dia em que escrevi a primeira palavra de A Filha dos Mundos, sabia que existiriam mais dois livros e quais seriam os seus principais acontecimentos.

A sétima arte é uma das suas paixões... Preferiria escrever um guião para um filme, ou tornar-se numa personagem principal?
Escrever um guião. Há uns anos, provavelmente escolheria a segunda hipótese. Mas hoje acho que as minhas capacidades de representação não ultrapassam a mediania. Duvido que conseguisse sequer imitar a destreza com que certos actores e actrizes incorporam uma personagem. Às vezes basta-lhes um olhar. Ou um gesto minúsculo, ou uma qualquer ligeira inflexão vocal. Essa capacidade de serem a personagem e de a comunicarem inteira espanta-me e maravilha-me. A representação não é uma arte que me saia com naturalidade. Não lhe compreendo os mecanismos como entendo os da escrita. Por isso, preferiria sem dúvida dedicar-me a um guião.

A autora norte-americana Elizabeth Hoyt (http://flamesmr.blogspot.pt/2013/06/entrevista-elizabeth-hoyt.html) deixou-lhe a seguinte pergunta:

"What is a book by another author that you wish you had written?"

Com mais ou menos trambolhões, quero sempre a minha carreira, não a de outros, ainda que admire os seus percursos. Tendo de escolher, talvez o The Bloody Chamber da Angela Carter. Fascina-me a forma como ela trabalha os contos populares e contos de fadas, como consegue criar novos contos de fadas enquanto captura o maravilhoso dos contos base e os revira, expondo-lhes uma panóplia de significações e influências. Contudo, duvido que conseguisse produzir um texto em inglês tão interessante. Talvez devesse escolher um livro português. Talvez A Neve de Ana Teresa Pereira, uma dessas pequenas pérolas que nos encantam. Em todo o caso, prefiro-os escritos por elas. De certa forma, foram-me importantes enquanto escritora. Principalmente, adorei lê-los.

Sem saber qual é a próxima pessoa a ser entrevistada, por favor, deixe-nos uma pergunta para lhe fazer:
Se construísse um conto ou um livro a partir de um quadro, que obra escolheria?

OBRIGADA

domingo, 14 de julho de 2013

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Passatempo: 49º Passatempo do FLAMES

O FLAMES tem um novo passatempo para começar a semana em grande!
Em parceria com a Livros Horizonte, temos para oferecer 1 exemplar do livro "As primeiras cinco páginas" de Noah Lukeman:
Sinopse
"
A rejeição é uma realidade frustrante e frequente, sobretudo para os escritores principiantes.
Os editores recebem e rejeitam centenas de manuscritos todos os meses. Se o trabalho deles é saber escolher, o objetivo do escritor é conseguir que o seu texto se destaque imediatamente nessa pilha de propostas. E essa qualidade extraordinária deve transparecer logo nas primeiras páginas.
Nesta obra são desvendados os fundamentos de uma escrita de qualidade e os erros a evitar. Com a ajuda destas dicas preciosas e dos exercícios no final de cada capítulo, independentemente do seu nível de experiência ou género literário, os autores poderão melhorar a sua técnica e alcançar o sucesso a que tanto aspiram.

A edição portuguesa inclui uma introdução de Paulo Ferreira, fundador da Booktailors e dinamizador de workshops ligados ao marketing e comunicação editorial."
«As Primeiras Cinco Páginas é um dos melhores livros que li. Escrevi (e publiquei) muitos romances na última década… mas gostava de ter lido o livro de Lukeman quando comecei a escrever ficção. Se todos os romancistas deste país tivessem Lukeman como editor, haveria muito mais prosa de qualidade nas prateleiras.»
- Barnes & Nobles

«Li-o de uma ponta à outra no dia em que o comprei e, imediatamente, comecei a rescrever as primerias três páginas do meu romance… Recomendo vivamente este livro aos escritores que desejam ser publicados e têm de lidar com agentes e editores.»
- The Writer’s Roost

«Lukeman prestou um grande serviço à comunidade de escritores ao acender esta luz ao fundo do túnel. As Primeiras Cinco Páginas vale o seu peso em ouro, e deveria ser lido por todos os escritores experientes e amadores.»
- InscriptionsMagazine.com


Têm até ao dia 23 de Julho para participar.
Inscrevam-se no formulário abaixo disponibilizado e... Boa Sorte!!

Nota: O FLAMES não se responsabiliza por extravios ou qualquer dano que o prémio sofra durante a sua entrega. 

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Homenagem: Cory Monteith


11 Maio 1982 - 13 Julho 2013

 
Cory Monteith foi encontrado morto ontem no seu quarto de hotel em Vancouver. O actor tinha 32 anos e ainda não foi identificada a causa da sua morte.

Nascido no Canadá a 11 de Maio de 1982, Cory cresceu com a mãe uma vez que, aos 7 anos, os seus pais se divorciaram.
Cory Monteith ficou conhecido por todos pelo papel que desempenhou na série "Glee", tendo dado vida ao jovem estudante Finn Hudson, ao lado da actriz, e sua companheira na vida real, Lea Michele.  
Embora tenha participado em vários filmes, tais como "O último destino 3", "Bloody Mary" e "Killer Bash", nem sempre viveu da sétima arte tendo mesmo chegado a trabalhar, durante algum tempo, na construção civil. 

A sua inesperada morte chocou todos os fãs de uma das séries que mais sucesso teve entre os adolescentes nos últimos anos.
Ficará para sempre a memória de um actor que, apesar da sua luta contra a droga desde tenra idade, conseguiu vingar no mundo da representação e ser visto e ouvido por milhões de pessoas em todo o mundo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

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Eventos: Festivais de Verão 2013


O calor chegou em força e nada melhor para refrescar as nossas noites do que um incrível serão num dos vários festivais de Verão que decorrerão no nosso país.
Enquanto a crítica estrangeira já reconheceu, há já alguns anos, que Portugal é um dos pontos de passagem incontornáveis para qualquer festivaleiro que se preze, ainda há muitos portugueses que, por vezes, desperdiçam uma oportunidade de se aventurarem num festival próximo de si e de viver todas as emoções que só um evento deste tipo pode proporcionar.
Assim, com o intuito de motivar aquelas pessoas que ainda estão a ponderar se devem ou não experimentar pela primeira vez uma ida a um festival e, também, para poupar tempo aos festivaleiros do costume, aqui ficam os alinhamentos dos mais conhecidos festivais de Verão portugueses:
 
 
 
12 Julho
Green Day
Vampire Weekend
Two Door Cinema Club
Biffy Clyro
 
13 Julho
Depeche Mode
Editors
Jurassic 5
2ManyDJS
 
14 Julho
Kings os Leon
Phoenix
Tame Impala
Band of Horses
 
 
 
 
18 Julho
Arctic Monkeys
Johnny Marr
Azealia Banks
Anarchicks
 
19 Julho
The Killers
Kaiser Chiefs
Tomahawk
Black Rebel Motocycle Club
 
20 Julho
Queens of the Stone Age
Gary Clark Jr.
Ash
Miss Lava
 
 
 
18 Julho
The Smashing Pumpkins
Bush
Beware of the Darkness
We Trust
 
19 Julho
David Guetta
La Roux
James Morrison
Orelha Negra
 
20 Julho
30 Seconds to Mars
Klaxons
Rui Veloso
Virgem Suta
 
 
 
 
 
7 Agosto
Avicii
Alesso
Djeff
 
8 Agosto
Pitbull
Richie Campbell
DJ Vibe
Konshens
 
9 Agosto
Fatboy Slim
Janelle Monáe
Tiago Bettencourt                             Pete Tha Zouk
 
 
                                                           10 Agosto
                                                                 Cee Lo Green
                                                                Calvin Harris
                                                                    Expensive Soul
                                                                Mind Da Gap
 
                                                                                                      11 Agosto
                                                                                                      Snoop Lion
                                                                                                      Orelha Negra e convidados
                                                                                                      DJ Ride
                                                                                                      Solange
 
 
Boas noites de Verão!!!
 

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