Título Original: Norma
Género: Drama, Fantasia
Ano de Edição: 2016
Autora: Sofi Oksanen
Editora: Alfaguara
* Por Mariana Oliveira*
Tiremos um minuto do nosso tempo para admirar esta capa absolutamente fantástica.
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Maravilhosa não é? Ao fim de tantos anos de leitora é incrível como ainda me consigo surpreender tanto quando me cruzo com capas tão belas e incomuns.
Relativamente ao conteúdo, foi com entusiasmo que me aventurei em mais uma leitura de uma autora nórdica. Confesso que a minha experiência por estas andanças é diminuta, mas a fama que os precede augura sempre leituras interessantes.
Sinopse
“Depois da súbita e suspeita morte da mãe num acidente, Norma Ross fica só. Ao longo de toda a vida, Norma e a mãe tinham sido companheiras inseparáveis, tanto pelos laços de sangue, como por um segredo: os poderes sobrenaturais de Norma. Estes poderes eram para Norma uma bênção e uma cruz que carregava, e a mãe sabia que ela seria ostracizada se se soubesse. Para descobrir os responsáveis pela morte da mãe, Norma começa a trabalhar no mesmo sítio onde a mãe trabalhava. No entanto, se Norma tinha as suas razões para querer aquele trabalho, também o dono do negócio os tinha para a querer a trabalhar ali. Prisioneira de uma rede de enganos e paranóia, Norma tem de lutar pela sua liberdade e pela verdade. Um drama familiar com elementos de sobrenatural, onde o passado e o presente se interligam para revelar o carisma de Norma e do seu mundo.”
Opinião
Onde moro é comum usar-se a expressão “cair de paraquedas” para designar uma determinada situação em que aparecemos quando as coisas já vão adiantadas e nos sentimos algo perdidos até conseguirmos apanhar o fio à meada. Foi precisamente isso que senti ao começar a leitura de “Norma”. Isto porque Sofi Oksanen decide levar o leitor para o meio de diálogos sem nos fazer quaisquer introduções. Assim, cabe-nos a nós tentar juntar as conversas e perceber o que aconteceu anteriormente e que despoletou todo este drama e clima de suspeita.
Depois de familiarizados com a história, chega o momento de nos deixarmos surpreender pela peculiaridade da mesma: Norma é uma protagonista diferente de tudo aquilo que li até hoje. O seu cabelo com poderes mágicos torna-a numa mulher ímpar ao mesmo tempo que os seus defeitos e fragilidades a mantêm ao nível do comum mortal.
Aquilo de que mais gostei nesta obra foi precisamente a descoberta de Norma acerca de si própria e dos seus antepassados. Os seus poderes incríveis que remontam a outras gerações coloriram esta história com um tom mágico.
Relativamente aos vilões da trama, confesso que gostava que tivessem sido ainda mais maldosos. Gosto quando um vilão nos revolta, mexe connosco e nos faz desejar tratar dele com as nossas próprias mãos. Contudo, nesta obra, a Norma e a sua peculiaridade acabaram por ser o grande destaque para mim, deixando para segundo plano as tramóias dos criminosos que a perseguem.
Esta é uma obra que recomendo aos leitores que apreciam livros em que fantasia e realidade andam de mãos dadas num saudável equilíbrio dando origem a uma história que poderia perfeitamente ser real não fossem os toques de fantasia que lhe dão um carácter mágico.
Eu conheci a Sofi Oksanen com o Purge, um livro que adorei e que li em inglês. Ela escreve em finlandês e a tradução não é de todo fácil, pelo que opto por , sempre que posso, ler em inglês. De qualquer das formas, tenho muita curiosidade por este livro. A capa é lindíssima e a história parece-me fantástica! O "cair de pára-quedas" penso que seja normal, os nórdicos não são de muitos rodeios e vão direitos ao assunto, esquecendo-se por vezes de nos enquadrar na história ;) Está na wishlist de livros a comprar e ler este ano!
ResponderEliminarConheço quem tenha lido na língua original e que disse que com a tradução se perdem muitos jogos de palavras e duplos sentidos.
EliminarComo não estou muito habituada aos autores nórdicos estranhei essa abordagem inicial tão directa, mas agora começo a perceber que é normal ahah.
Depois de leres vem cá dizer a tua opinião :) Mariana