Título
Original: Arrival
Ano:
2016
Género:
Ficção Científica, Drama
Realizador:
Denis Villeneuve
* Por Mariana Oliveira *
Depois
de várias pessoas me terem recomendado este filme e curiosa para perceber o
motivo de todo o burburinho à sua volta, aproveitei o passado Domingo chuvoso
para finalmente vê-lo.
Sinopse:
“Quando
12 misteriosas naves extraterrestres aterram espalhadas por vários países do
mundo, a professora de linguística Louise Banks é contratada pelo exército
norte-americano para tentar arranjar uma forma de comunicar com esses seres de
outro planeta para que a Humanidade perceba o que os trouxe à Terra.”
Opinião:
Os
primeiros segundos captaram de imediato a minha atenção por causa da música que
os acompanha: “On the Nature of Daylight” de Max Richter. Ouvi-a pela primeira
vez há vários anos quando vi o incrível filme “Shutter Island” e desde aí que
fiquei completamente rendida. A título de curiosidade: gosto tanto desta música
que decidi incluí-la numa peça de teatro em que me encontro a colaborar
actualmente.
Depois
deste agradável impacto inicial, seguiu-se a história propriamente dita que,
posso adiantar-vos desde já, foi das melhores tramas que vi nos últimos anos!
Não
me recordo de um filme de ficção científica que me tenha cativado desta forma.
A linguística é uma temática que me interessa bastante e gostei muito da forma
como decidiram incluí-la nesta história. Todo o suspense à volta do propósito
que trouxe os extraterrestres ao nosso planeta deixou-me curiosa do início ao
fim.
Por
causa do género em que o filme se insere, estava à espera de muita acção e
cenas de luta contudo não podia estar mais enganada! Esta é uma história com
uma componente dramática muito forte e que apela ao nosso lado mais humano. Mais
uma vez, temos um filme que nos apresenta o que de mau e bom o Homem tem para
dar. Questões como competição vs cooperação e suspeita vs confiança são
fulcrais nesta história que nos mostra como é que o medo pode facilmente toldar
a nossa mente e levar-nos a tomar decisões precipitadas.
A
forma inteligente como a história é apresentada cumpre o seu intuito de
surpreender-nos por completo quando a grande reviravolta acontece. E acreditem
em mim, é mesmo uma grande reviravolta!
Comovi-me
com a história da protagonista que me deixou em lágrimas e que levanta uma questão
delicada e controversa. Muito por causa disso considero que aquilo que torna
esta história num filme de ficção científica (as misteriosas naves e os
extraterrestres que nelas viajam) acaba por ser secundário quando se percebe
que este é um filme sobre o ser humano e o infinito espectro de emoções que
pode sentir.
...
É
frustrante quando releio aquilo que escrevi e percebo que não consigo
transmitir um quinto daquilo que senti ao ver “Arrival”. Por favor, vejam-no!
Para mim foi mesmo o melhor filme do ano passado. Ninguém pode ficar indiferente a este filme.
ResponderEliminarConcordo plenamente contigo Pedro! (Mariana)
EliminarVi este filme um bocadinho a custo dado que, tendo em conta o filme, acho que tem um trailer bastante fraco... depois de o ver também adorei. Só uma pequena opinião minha, concordo contigo quando dizes que este filme não é ficção científica por causa de naves e extraterrestres, mas acho que a história não se iria desenrolar tão facilmente num outro género. Isto é (e sem querer fazer spoilers), há uma pequena questão sobre como a personagem principal faz o que faz que, se pensares no assunto, é um quase paradoxo (o que é genial!) e ia ser difícil de criar num mundo 'normal'.
ResponderEliminarIsto é o que mais gosto em ficção científica, a criação de hipóteses/mundos alternativos para explorar o que faria um ser humano (ou uma sociedade inteira) nesses momentos. E a questão levantada neste está tão para lá do esperado que é só magnífico.
Fiquei com vontade de ver só por causa da última frase (Roberta)
Eliminar
EliminarBasicamente, se tivesse visto o trailer primeiro acho que nunca teria dado uma oportunidade ao filme...
Concordo com o que dizes: para uma história destas um mundo "normal" seria muito limitativo. Também é isso de que gosto na ficção científica, o leque de possibilidades praticamente infinito que abre. Acabei ainda esta semana o livro "Matéria Escura" de Blake Crouch que é mais um exemplo do quão ambiciosa a ficção científica pode ser. Recomendo-to Eduardo ;) (Mariana)
Gostei muito. Finalmente um filme em que os extra terrestres vêm para nos ajudar a melhorar :D
ResponderEliminarVanessa Fernandes
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