quinta-feira, 1 de junho de 2017

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Filme: O Primeiro Encontro



Título Original: Arrival
Ano: 2016
Género: Ficção Científica, Drama
Realizador: Denis Villeneuve

* Por Mariana Oliveira *


Depois de várias pessoas me terem recomendado este filme e curiosa para perceber o motivo de todo o burburinho à sua volta, aproveitei o passado Domingo chuvoso para finalmente vê-lo.


Sinopse:
“Quando 12 misteriosas naves extraterrestres aterram espalhadas por vários países do mundo, a professora de linguística Louise Banks é contratada pelo exército norte-americano para tentar arranjar uma forma de comunicar com esses seres de outro planeta para que a Humanidade perceba o que os trouxe à Terra.”


Opinião:
Os primeiros segundos captaram de imediato a minha atenção por causa da música que os acompanha: “On the Nature of Daylight” de Max Richter. Ouvi-a pela primeira vez há vários anos quando vi o incrível filme “Shutter Island” e desde aí que fiquei completamente rendida. A título de curiosidade: gosto tanto desta música que decidi incluí-la numa peça de teatro em que me encontro a colaborar actualmente.

Depois deste agradável impacto inicial, seguiu-se a história propriamente dita que, posso adiantar-vos desde já, foi das melhores tramas que vi nos últimos anos!
Não me recordo de um filme de ficção científica que me tenha cativado desta forma. A linguística é uma temática que me interessa bastante e gostei muito da forma como decidiram incluí-la nesta história. Todo o suspense à volta do propósito que trouxe os extraterrestres ao nosso planeta deixou-me curiosa do início ao fim.

Por causa do género em que o filme se insere, estava à espera de muita acção e cenas de luta contudo não podia estar mais enganada! Esta é uma história com uma componente dramática muito forte e que apela ao nosso lado mais humano. Mais uma vez, temos um filme que nos apresenta o que de mau e bom o Homem tem para dar. Questões como competição vs cooperação e suspeita vs confiança são fulcrais nesta história que nos mostra como é que o medo pode facilmente toldar a nossa mente e levar-nos a tomar decisões precipitadas.
A forma inteligente como a história é apresentada cumpre o seu intuito de surpreender-nos por completo quando a grande reviravolta acontece. E acreditem em mim, é mesmo uma grande reviravolta!

Comovi-me com a história da protagonista que me deixou em lágrimas e que levanta uma questão delicada e controversa. Muito por causa disso considero que aquilo que torna esta história num filme de ficção científica (as misteriosas naves e os extraterrestres que nelas viajam) acaba por ser secundário quando se percebe que este é um filme sobre o ser humano e o infinito espectro de emoções que pode sentir.
... 

É frustrante quando releio aquilo que escrevi e percebo que não consigo transmitir um quinto daquilo que senti ao ver “Arrival”. Por favor, vejam-no!    

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6 comentários:

  1. Para mim foi mesmo o melhor filme do ano passado. Ninguém pode ficar indiferente a este filme.

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  2. Vi este filme um bocadinho a custo dado que, tendo em conta o filme, acho que tem um trailer bastante fraco... depois de o ver também adorei. Só uma pequena opinião minha, concordo contigo quando dizes que este filme não é ficção científica por causa de naves e extraterrestres, mas acho que a história não se iria desenrolar tão facilmente num outro género. Isto é (e sem querer fazer spoilers), há uma pequena questão sobre como a personagem principal faz o que faz que, se pensares no assunto, é um quase paradoxo (o que é genial!) e ia ser difícil de criar num mundo 'normal'.

    Isto é o que mais gosto em ficção científica, a criação de hipóteses/mundos alternativos para explorar o que faria um ser humano (ou uma sociedade inteira) nesses momentos. E a questão levantada neste está tão para lá do esperado que é só magnífico.

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    Respostas
    1. Fiquei com vontade de ver só por causa da última frase (Roberta)

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    2. Basicamente, se tivesse visto o trailer primeiro acho que nunca teria dado uma oportunidade ao filme...
      Concordo com o que dizes: para uma história destas um mundo "normal" seria muito limitativo. Também é isso de que gosto na ficção científica, o leque de possibilidades praticamente infinito que abre. Acabei ainda esta semana o livro "Matéria Escura" de Blake Crouch que é mais um exemplo do quão ambiciosa a ficção científica pode ser. Recomendo-to Eduardo ;) (Mariana)

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  3. Gostei muito. Finalmente um filme em que os extra terrestres vêm para nos ajudar a melhorar :D
    Vanessa Fernandes
    https://bazarnessy.wixsite.com/estranhomundo
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