Na passada quinta-feira (26 de Janeiro de 2012) dirigimo-nos a Lisboa para o Evento: Café com Susanna Tamaro depois de termos ganho um concurso entre a Fnac e a Editorial Presença.
Foi a primeira vez que a autora veio a Portugal, e apesar de estarmos cheias de trabalho, era uma oportunidade que não podíamos mesmo perder!
A autora começou por referir que "estou muito comovida por ver que há tanta gente nesta cidade interessada em livros ... que são uma coisa do século passado".
Aproveitou para deliciar os fãs com algumas histórias pessoais.
" Fiz apenas um curso de escrita criativa. O resto aprendi no curso da vida. (...) Neste momento, sinto-me um bocado peixe fora de água com tanta tecnologia"
"O livro, como a poesia, muda-nos a vida, e faz com que todas as pessoas se sintam parte de um mesmo muito, mesmo antes desta história da globalização."
"Escrevo de uma forma antiga, e mesmo assim tenho muitos leitores no mundo, porque sei que há gente com uma relação verdadeira com a literatura".
"Para fazermos um livro, temos de ter muito tempo, temos que estar muito tempo sozinhos e pensar durante muitos anos, renunciando às coisas mundanas e concentrando-nos no estudo".
"Vivo numa pequena casa do campo, tenho muitos animais, mas também muitos amigos (não sou uma pessoa selvagem). Viver na Natureza é uma fonte de grande inspiração. A Natureza dá-nos metáforas e ajuda-nos a reflectir. Se eu passasse a minha vida em festas ou a aparecer na TV, os meus livros seriam completamente diferentes."
Para nos encontrarmos com a escritora, como dissemos no início, tínhamos de participar num concurso. As 15 frases melhores, ganhavam. A nossa pergunta foi a seguinte:
"Se pudesse protagonizar um dos seus livros qual seria?"
Ao que a autora respondeu: "Gostaria de ser o esquilo da grande árvore".
"Quando escrevo, penso, se eu não me emociono os outros leitores não se irão emocionar (...) e às vezes choro, até deixar de conseguir ver o ecrã. (...) Vivemos num mundo em que há muita vergonha dos sentimentos. É lindo quando os livros nos fazem chorar". E nós concordamos com ela!