segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

0

131ª Entrevista do FLAMES + O teu FLAMES num ano: Bruno Martins Soares


Em 2016/2017 criámos no FLAMES a rúbrica: O teu FLAMES num ano 2016

Este ano vamos recomeçar uma nova O teu FLAMES num ano 2019

Espero que gostem!


Bruno Martins Soares


Bio do autor

Escritor, argumentista, dramaturgo e publicitário, Bruno Martins Soares ganhou o Prémio Nacional de Jovens Criadores na vertente de Literatura, tendo representado Portugal na Feira de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo em Turim em 1997, onde o seu conto “Mindsweeper” foi publicado em italiano. Após vários contos e textos publicados em várias colectâneas e publicações de referência, a trilogia de FC/Fantasia “A Saga de Alex 9” foi lançada pelas mãos da editora Saída de Emergência a partir de 2009. Entretanto, já publicou vários outros livros e contos, tanto em Português como em Inglês, incluindo os romances de FC “The Dark Sea War Chronicles” (agora adaptados para Português) e “Laura and the Shadow King”, cuja versão portuguesa será editada em 2020.

Em 2013, co-escreveu e co-produziu a longa-metragem “Regret”, da produtora Castaway Entertainment com distribuição nos EUA e Canadá. Entre 2015 e 2017, escreveu e co-produziu a curta-metragem “Desvio”, Award of Merit da Best Shorts Competition, para além de três outras curtas-metragens e dois pilotos para televisão. A sua peça “O Papel” foi também encenada pela produtora This Is That.

Como jornalista, escreveu para o Diário de Notícias e para a Ideias & Negócios e foi correspondente em Portugal da Jane’s Defence Weekly, a maior revista do mundo de defesa militar. Também colaborou com The Washington Post.

Como entrou para o mundo da escrita? 

Escrevo ficção desde os meus 12 anos. Vagueei sem nexo em romances inacabados até ter chegado à praia paradisíaca dos contos, hehe. Nunca mais parei de escrever. Em 1994 concorri ao Concurso Nacional Jovens Criadores e ganhei uma menção honrosa. Em 1996 voltei a concorrer e ganhei – fui representar Portugal na Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo em Turim 1997. Depois tive um período de transição difícil de volta aos romances. Foi em 2008 que publiquei finalmente o primeiro volume de A SAGA DE ALEX 9 pelas mãos da Saída de Emergência, uma trilogia que teve bastante sucesso. Entretanto já publiquei A BATALHA DA ESCURIDÃO, outra trilogia de Ficção Científica, desta vez pelas mãos da Editorial Divergência, e estou a escrever mais uma saga neste momento, LAURA E O REI DAS SOMBRAS, que vai sair para o ano. 

Quem foram os escritores que o influenciaram? 

Sofri muitas influências, tanto a nível de estrutura narrativa como de estilo. Virginia Woolf, Boris Vian, Marguerite Duras são referências. Mas também fui muito influenciado por Frank Herbert, por exemplo, e outro tipo de autores como Louis L’Amour, Mickey Spillane, Robert Ludlum e Alistair McLean. Noutra lógica, falaria de Frank Miller e Kazuo Koike, mas esta é uma conversa muito longa. 

Como surgiu a ideia para escrever o seu livro? 

É relativamente difícil de identificar exactamente de onde vêm as minhas ideias. Elas demoram a aparecer e desenvolvem-se ao longo de anos. O meu último romance, A BATALHA DA ESCURIDÃO, é uma espécie de Batalha do Atlântico da Segunda Guerra Mundial mas no Espaço e noutro sistema solar. Também tem referências às guerras napoleónicas, por exemplo, e a romances de espionagem. 

Quais foram as maiores dificuldades em transmitir as suas ideias para o papel? E o que foi mais fácil? 

Ui! Esta é outra longa conversa. Não te esqueças de que escrevo ficção há 35 anos! Quando comecei, a dificuldade era o estilo, a escrita das cenas, a capacidade de imprimir as emoções certas e os argumentos certos em cada cena. Hoje, isso já me surge como uma segunda natureza. Com a experiência que tenho, sinto que neste momento a dificuldade principal é a estrutura narrativa e a construção da cena: determinar que acções vão ocorrer em que cena. 

Qual/quais conselhos daria a um autor iniciante? 

Falhar. Falhar muito. Falhar muitas vezes. Só raros iluminados começam por escrever uma obra-prima. A grande maioria dos escritores escreve muita porcaria antes de conseguir escrever algo de jeito. Assim, eis um conselho: não tenham medo de falhar. Escrevam e escrevam e escrevam. 


O teu FLAMES num ano 2019


Filmes: Joker
Livros: The Blood of Elves
Animes: Inuyashiki
Mangas: (Não li mangas este ano, mas assinalo a morte de Kazuo Koike) Samurai Executioner
Eventos: Fórum Fantástico 2019
Séries: Chernobyl

Algumas obras do autor: 



Partilha no Facebook, Twitter ou Google Buzz:
Partilha no teu Facebook Partilha no teu Twitter Pubblica noGoogle Buzz

0 Opiniões:

Enviar um comentário

Obrigada por ter passado pelo nosso Blog e por comentar! A equipa do FLAMES agradece ;)

1%

1%