segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

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132ª Entrevista do FLAMES + O teu FLAMES num ano: João Barreiros


Em 2016/2017 criámos no FLAMES a rúbrica: O teu FLAMES num ano 2016

Este ano vamos recomeçar uma nova O teu FLAMES num ano 2019

Espero que gostem!

João Barreiros



Bio do autor:
Licenciado em Filosofia e docente durante muitos anos, é geralmente considerado o melhor escritor de Ficção cientifica Portuguesa, estando traduzido em várias línguas. Acumula e acumulou a escrita com actividades várias, como a direcção de colecções de ficção especulativa (na Gradiva e Clássica) ou a participação no Grande Ciclo do Filme de FC de 1984 patrocinado pela Cinemateca Portuguesa e Fundação Gulbenkian.

Como entrou para o mundo da escrita?
Sempre escrevi. Desde miúdo. Escrevi aquele tipo de coisas que, hoje em dia, mais vale esquecer e que nunca serão reveladas. Ganhei, durante os anos da bota, uns dois ou três prémios que me convenceram, na minha juvenil inocência, que afinal até conseguia escrever qualquer coisa.
Por fim consegui publicar um conto meu, “O caçador de Brinquedos”, na extinta OMNIA. E participar na elaboração do Grande Festival do Filme de Fc na Cinemateca Portuguesa. Daí passei a fazer crítica literária no jornal Público. Sempre a arrasar, discretamente, todos os horrores que por cá se publicavam. Talvez para me calar, a Caminho resolveu publicar a minha primeira colectânea de contos, O CAÇADOR DE BRINQUEDOS E OUTRAS HISTÓRIAS. E, dois ou três anos mais tarde, o gigantesco TERRARIUM em colaboração com o Luís Filipe Silva.
E o resto é história...

Quem foram os escritores que o influenciaram?
Depende da era geológica em que os li.
Quanto tinha oito, nove anos, foi com certeza o H G Wells, com a MÁQUINA DO TEMPO.
Depois disso descobri o Salgari (AS MARAVILHAS DO ANO 2000)e o Burroughs ( Tarzan, of course).
Aí pelos 11 anos, apanhei os primeiros e únicos exemplares que havia lá em casa da colecção Argonauta e, não fossem os censores familiares começarem na habitual senda de protestos, li-os noite alta, em segredo:
ESTAÇÃO DE TRÂNSITO do Simak
O HOMEM DEMOLIDO do Bester
MISSÃO INTERPLANETÁRIA do Van Vogt
Todos os livros do Stefan Wul, claro.
E, ainda mais às escondidas do que qualquer outro, o AMIRÁVEL MUNDO NOVO, 1984, JUSTIÇA FACIAL
Aos 14 li de uma ponta à outra o DESPERTAR DOS MÁGICOS do Pauwels e do Bergier. A leitura do livro e das suas múltiplas referências levou-me a procurar o Lovecraft e outros autores malditos.

Como surgiu a ideia para escrever o seu livro?
Em todos os casos desde o Caçador ao Terrarium quis tentar fazer qualquer coisa que nunca antes tivesse sido feita por cá. Não procurar imitar os autores lidos, mas sim tentar subverter o género. Criar voz própria.

Quais foram as maiores dificuldades em transmitir as suas ideias para o papel? E o que foi mais fácil?
No momento em que somos possuídos pelas musas, as dificuldades desaparecem. Basta começar a enegrecer a página. Maior problema? A primeira linha. Preencher o vazio.

Qual/quais conselhos daria a um autor iniciante?
Tentar, deitar fora, tentar de novo até que dê certo.


O teu FLAMES num ano 2019

Filmes: Dr. Strangelove, Forbidden Planet
Livros: Alastair Reynolds, Peter F. Hamilton, Ian M. Banks, Paul McAuley, Dan Simmons, James Tiptree, etc, etc
Animes: Akira, Ghost in the Shell
Mangas: Nausicaa, tudo o que venha do Otomo.
Eventos: Fórum Fantástico
Séries: The Expanse, Years and Years, the Boys

Algumas obras do autor:







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