segunda-feira, 26 de abril de 2010

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Livro: Bonjour Tristesse





Título: Bonjour Tristesse
Autor:a Françoise Sagan
Páginas: 156
Publicação: 1954

Este é daqueles livros que acabamos por não gostar muito porque nos obrigam a lê-lo na escola, mas a verdade é que se não me tivessem "obrigado" a le-lo na escola, dificilmente o conheceria.
De qualquer forma, quem saiba ler francês, aconselho mesmo muito a lê-lo nessa língua, porque a tradução perde muito. Em francês cada palavra é saboreada de maneira diferente.

Talvez o que mais surpreendeu a crítica da altura foi o facto do livro ter uma forte solidez narrativa pelo que acabou por ser considerado um "romance psicológico".
Interessante o facto de Sagan ser muito jovem quando escreveu este livro e as circunstâncias na qual foi escrito. De facto, em 1953 (aos 18 anos) a autora reprovou nos exames em Paris pelo que, durante as férias de Verão, escreveu este romance que publicou em 1954 e que foi um sucesso levando a que a sua geração fosse vista com outros olhos... uma geração desiludida, aborrecida e triste. E mesmo com 18 anos, Sagan equipara-se aos grandes nomes da literatura francesa..
Ao longo de todo o livro podemos ver a inspiração que tomou das obras de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. As suas personagens passam pela solidão, tédio, aborrecimento e tristeza. Em vão o prazer é procurado para se descobrir que os prazeres da vida são bem curtos e que, talvez, o homem esteja apenas condenado ao sofrimento.

No entanto, é um livro que pode ser lido com leveza uma vez que a sua leitura é interessante e cativante, mas um bom entendedor percebe o que se encontra nas entrelinhas...

A personagem principal é Cecile, uma jovem adolescente francesa muito desinibida. A paixão envolve todas as personagens deste livro, Cecile e o seu pai um grande sedutor e rico parisiense. Quando o seu pai decide ir passar férias na Riviéra Francesa numa luxuosa mansão, não lhe conta que está prestes a introduzir na sua vida uma nova personagem: Anne! Cecile, uma menina mimada de 17 anos, decide que o seu pai não se pode casar com ela e põe em prática uma série de planos para os separar, planos esses que tomam um rumo inesperado...

O livro foi adaptado para o cinema em 1957 e devo confessar que foi uma boa adaptação, mas como o livro é tão pequenino, penso que valha a pena dar-lhe, antes uma vista de olhos.

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6 comentários:

  1. Também concordo que é imprescindível ler a obra para "saborear" o filme.
    Não conheço a Obra, nem o filme. Espero "ler" ambos!
    Horácio

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  2. Bela review ;) muito bem escrita e aguçou-me a curiosidade eh eh
    Confesso que nunca tinha ouvido falar neste livro (a mim não me obrigaram a ler na escola) e o francês não é o meu forte, mas vou dar-lhe uma oportunidade. Vamos a ver se gosto xD

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  3. Ora bem, este livro só era de leitura obrigatória para o 12º ano de francês :) mas é um óptimo livro!!! ;)

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  4. Curioso, o nome deste livro não me é estranho mas não me recordo de onde o ouvi pela primeira vez...
    Bem, de qualquer maneira, a quase total ausência do Francês no meu vocabulário não me permite lê-lo, pelo menos na versão original, que ao pque parece é a melhor :((

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  5. Mary, é uma pena...o francês é uma lingua fantástica e vale bem a pena lê-lo. De qualquer forma, se tiveres oportunidade de o ler em português, não deixes de o fazer...

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  6. também nunca o li...talvez seja uma vergonha para uma pessoa de naturalidade francesa, mas a verdade é que deixei aquele lindo país e aquela maravilhosa cidade-natal (Paris) aos 10 anos...mas tentarei ler este livro logo que tiver oportunidade!
    que óptima ideia colocar aqui uma obra francesa!
    beijocas às 2:)

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