O FLAMES convida..
(Nova rubrica no canal onde temos um convidado para escrever uma opinião)
Sinopse
Opinião
(por convidado: Eduardo Dias)
Tales of the Arabian
Nights é dos
jogos mais divertidos que joguei este ano e, como o jogo está muito relacionado com
contos, como o próprio nome indica, sugeri ao Flames que escrevessem sobre
o jogo.
Cada jogador começa com um personagem dos
contos de Mil e Uma Noites, Aladdin, Ali Baba, Scheherazade (a filha do vizir que contou 1001 histórias ao rei Shahryār para escapar a morte),
ou outras e vai percorrendo o tabuleiro.
Em cada turno um jogador tira uma carta de encontro e aí começa a diversão. Há vários tipos de cartas de encontro mas, após um lance de dados (há sempre um pouco de sorte num conto fascinante), o jogador é posto numa situação em que este terá que tomar uma decisão.
Vamos ver um exemplo:
Tirei um carta de ‘Efreeteh (um génio poderoso e geralmente diabólico).
Como tirei um 7 nos dados e estou numa casa com um 4 o livro dos contos diz-me que é um ‘Efreeteh demoníaco (ver tabela com o 116 no livro).
Que decisão vou tomar? Como o número 116 no livro dos contos tem a letra M, tenho que escolher uma das opções possíveis na tabela de reacções possíveis (ver abaixo).
Aqui vai depender de como as pessoas quiserem jogar. Se estiverem muito concentradas na vitória irão tentar escolher a reacção que melhores ganhos lhes pode trazer. Ou então levam o jogo como aquilo que é, o conto das aventuras do herói ou heorina que vocês estão a viver.
Eu escolhi ser o Ali Baba e uma das minhas habilidades é a de me saber esconder e roubar (stealth and stealing) por isso deciso atacar.
Volto ao livro dos contos para saber o meu destino e isto é o que acontece:
“Alguém muito atraente aproxima-se de ti, dá-te o braço e caminhando junto a ti faz promessas de amor eterno. Antes de conseguir sequer responder um génio poderoso aparece à tua frente e acusa-te de lhe roubares o seu amor. - ‘Prepara-te para morrer’ - grita o ‘Efreeteh demoníaco.
Com a cabeça às voltas decides desembainhar a espada. O teu oponente ri de te ver completamente sem hipóteses e à sua merçê. Por pena apenas te parte um braço e não a espinha antes de ir embora com o seu relutante prémio humano.”
Com este evento ganho um ponto de história, um de destino e fico aleijado – Wounded.
Isto é algo que acontecerá durante todo o jogo. As nossas decisões dão-nos pontos de história e destino (é assim que se ganha o jogo), mas também podem trazer consequências que ficam connosco. Algumas más, como ser amaldiçodo, transformado num animal, preso, ou boas como casar, ser transformado num sultão ou ganhar determinação para cumprir o nosso destido!
A maior queixa que vão encontrar sobre este jogo é a ‘falta de estratégia’, não há uma forma optimal de se jogar para ganhar. Por outro lado, o que é apontado como o que torna este jogo tão interessante são as mil e uma possibilidades como cada aventura se desenrola. Para os apreciadores de histórias, mesmo que não sejam grandes apreciadores de jogos de tabuleiro, este é definitivamente um jogo que deviam experimentar.
Ed
PS: Se já jogam há algum tempo podem sempre procurar online pelas regras do ‘Storytelling variant’. Nesta versão dá-se uma maior liberdade aos jogadores para descrever como toda a sua aventura se desenrola e, embora tenha de acontecer o que é descrito naquele pequeno parágrafo do livro de contos, os jogadores são premiados pela sua forma de descrever cada capítulo da história e o jogo ganha uma nova magia.
0 Opiniões:
Enviar um comentário
Obrigada por ter passado pelo nosso Blog e por comentar! A equipa do FLAMES agradece ;)