Título
Original: Wrong about Japan
Ano
de Edição: 2009
Género:
Memórias
Autor: Peter Carey
*
Por Mariana Oliveira *
Há
vários anos que a cultura japonesa figura na lista de culturas mais fascinantes
do mundo. para mim. Embora não consiga imaginar-me a viver no país nipónico pois valorizo
demasiado a minha “terrinha”, gosto muito de descobrir cada vez mais coisas
sobre esse mundo tão díspar onde a modernidade e os costumes antigos coabitam
lado a lado. Por tudo isto, ler “O Japão é um lugar estranho” foi, para mim,
uma incrível oportunidade de viajar até ao outro lado do mundo e ficar a
conhecer na primeira pessoa esse incrível país!
Sinopse:
“Peter
Carey, escritor e jornalista, viaja até ao Japão na companhia do seu filho
adolescente a fim de ficar a conhecer melhor um estranho fenómeno: há cada vez
mais adolescentes ocidentais a crescer sob a influência da cultura popular
japonesa. Peter Carey conduz-nos através dos labirintos de uma cultura cheia de
códigos mais ou menos impenetráveis para um estrangeiro. Uma cultura bem mais
transparente para um adolescente familiarizado com os universos da manga e do
anime.”
Opinião:
Foi
absolutamente fascinante perder-me nas páginas deste livro. Poder conhecer o
Japão maioritariamente pelo ponto de vista dos animes e mangas e respectivos
criadores foi incrível.
O
autor tem uma escrita bastante simples e não perde muito tempo a tentar
torná-la digna de um Nobel, indo antes directamente ao assunto que o levou ao
Japão: ficar a conhecer melhor esse país tão diferente do mundo ocidental.
Gostei
muito dos relatos dos criadores de manga e anime que foram entrevistados. É
sempre interessante ficar a saber em que é que se inspiraram e como funciona o
seu processo criativo.
Inesperadamente,
também tive a oportunidade de ficar a saber, através de um incrível relato na
primeira pessoa, qual foi o verdadeiro impacto que a guerra entre o Japão e os
Estados Unidos da América teve nas populações japonesas da época. O relato
cruel daquilo que milhares de famílias sofreram deixou-me sem palavras.
Como
seria de esperar, não faltou aqui um relato acerca de detalhes curiosos sobre o
Japão, tal como o hotel em que ficaram alojados pai e filho com a mítica sanita
aquecida (de ressalvar que esta viagem aconteceu logo no início do séc. XXI e
que nessa altura esse tipo de tecnologia ainda era desconhecido pela maioria
das pessoas em todo o mundo).
A
parte final cujo protagonista é o mítico Miyazaki apanhou Peter Carey, o seu
filho e até eu própria de surpresa. Como eu queria estar presente para
testemunhar esse momento onde a barreira linguística não representou qualquer
obstáculo. Quando temos uma mesma paixão em comum, as palavras tornam-se
supérfluas.
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