PARABÉNS Eça de Queirós
166º ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DE EÇA DE QUEIRÓS
(Póvoa de Varzim: 25 de Novembro de 1845 - Paris: 16 de Agosto de 1900)
Talvez um dos problemas de Eça de Queirós é que é um autor de leitura quase obrigatória no sistema de ensino. Nós tivemos a sorte de ler 4 das suas obras, bem antes de termos de o fazer no 12º ano e, talvez por isso, tenhamos uma opinião tão positiva sobre o autor. Mas antes de vos falarmos dos livros que lemos do autor... aqui ficam alguns dados biográficos do autor português que nasceu há 166 anos.
Nome completo: José Maria de Eça de Queirós
Natural de: Póvoa de Varzim
Filho de: José Maria Teixeira de Queirós (Rio de Janeiro) e de Carolina Augusta Pereira d'Eça (Monção)
Um dado curioso é que os pais do escritor não eram casados antes do seu nascimento. O casamento só seria realizado quando o pequeno Eça tinha 4 anos.
Estudou Direito na Universidade de Coimbra. Em Coimbra, foi amigo de Antero de Quental.
Terminado o curso, foi viver para Lisboa, onde exercia advocacia e jornalismo.
Mais tarde, foi administrador do Concelho de Leiria. Foi aí que escreveu "O crime do Padre Amaro" que se desenrola, precisamente, em Leiria, e que é considerado por muitos como o melhor romance realista português do século XIX.
Aos 40 anos, casa com Emília de Resende, com quem teve 4 filhos: Alberto, António, José Maria e Maria.
Estudou Direito na Universidade de Coimbra. Em Coimbra, foi amigo de Antero de Quental.
Terminado o curso, foi viver para Lisboa, onde exercia advocacia e jornalismo.
Mais tarde, foi administrador do Concelho de Leiria. Foi aí que escreveu "O crime do Padre Amaro" que se desenrola, precisamente, em Leiria, e que é considerado por muitos como o melhor romance realista português do século XIX.
Aos 40 anos, casa com Emília de Resende, com quem teve 4 filhos: Alberto, António, José Maria e Maria.
Obras do autor:
O mistério da estrada de Sintra (1870)
O Crime do Padre Amaro (1875)
A Tragédia da Rua das Flores (1877-78)
O Primo Basílio (1878)
O Mandarim (1880)
As Minas de Salomão (1885)
A Relíquia (1887)
Os Maias (1888)
Uma Campanha Alegre (1890-91)
O Tesouro (1893)
A Aia (1894)
Adão e Eva no paraíso (1897)
Correspondência de Fradique Mendes (1900)
A Ilustre Casa de Ramires (1900)
A Cidade e as Serras (1901, póstumo)
Contos (1902, póstumo)
Prosas bárbaras (1903, póstumo)
Cartas de Inglaterra (1905, póstumo)
Ecos de Paris (1905, póstumo)
Cartas familiares e bilhetes de Paris (1907, póstumo)
Notas contemporâneas (1909, póstumo)
Últimas páginas (1912, póstumo)
A Capital (1925, póstumo)
O conde de Abranhos (1925, póstumo)
Alves & Companhia (1925, póstumo)
Correspondência (1925, póstumo)
O Egipto (1926, póstumo)
Cartas inéditas de Fradique Mendes (1929, póstumo)
Eça de Queirós entre os seus - Cartas íntimas (1949, póstumo)
Os seus livros estão traduzidos em mais de 20 línguas diferentes.
O mistério da estrada de Sintra (1870)
O Crime do Padre Amaro (1875)
A Tragédia da Rua das Flores (1877-78)
O Primo Basílio (1878)
O Mandarim (1880)
As Minas de Salomão (1885)
A Relíquia (1887)
Os Maias (1888)
Uma Campanha Alegre (1890-91)
O Tesouro (1893)
A Aia (1894)
Adão e Eva no paraíso (1897)
Correspondência de Fradique Mendes (1900)
A Ilustre Casa de Ramires (1900)
A Cidade e as Serras (1901, póstumo)
Contos (1902, póstumo)
Prosas bárbaras (1903, póstumo)
Cartas de Inglaterra (1905, póstumo)
Ecos de Paris (1905, póstumo)
Cartas familiares e bilhetes de Paris (1907, póstumo)
Notas contemporâneas (1909, póstumo)
Últimas páginas (1912, póstumo)
A Capital (1925, póstumo)
O conde de Abranhos (1925, póstumo)
Alves & Companhia (1925, póstumo)
Correspondência (1925, póstumo)
O Egipto (1926, póstumo)
Cartas inéditas de Fradique Mendes (1929, póstumo)
Eça de Queirós entre os seus - Cartas íntimas (1949, póstumo)
Os seus livros estão traduzidos em mais de 20 línguas diferentes.
As obras que lemos do autor foram:
"O crime do Padre Amaro"
"O primo Basílio"
"O primo Basílio"
"O tesouro"
"Os Maias"
"Os Maias"
"O crime do Padre Amaro" - A história de "O crime do Padre Amaro" é bastante conhecida (infelizmente), devido às péssimas adaptações cinematográficas que têm sido feitas. No entanto, a nosso ver, é uma obra fantástica, MUITO bem escrita, que nos impregna na sua leitura e não nos deixa pousar o livro 1 minuto, na esperança de podermos chegar ao fim para conhecer o destino de cada uma das personagens. Trata-se de uma obra polémica, que causou protestos por parte da Igreja Católica (e por parte da avó de uma das autoras deste blogue, que ficou escandalizada quando soube que a neta de 12 anos, andava a ler o livro).
"O tesouro" - O conto "O tesouro", faz parte do livro de contos de Eça de Queirós. Neste conto, o autor reflecte sobre a natureza humana e a sua relação com o mundo material. É um conto, realmente, fantástico.
"O primo Basílio" - O livro constitui uma análise da família burguesa urbana no século XIX. O autor pretendia, com esta obra, fazer um retrato da burguesia, a fim que esta (que era a que mais livros lia) ao ler o seu romance, se revisse nele e pudesse, desta forma, alterar o seu comportamento (digamos, o Eça tinha veia de psicólogo!).Talvez este tenha sido, dos livros do autor, o que menos interesse nos despertou, e o que menos gostámos. No entanto, existe uma personagem fantástica que nos ficou sempre impressa: a da criada. Mas vejamos como se desenrola a história. Um casal burguês (Jorge e Luísa) tem de separar-se. Luísa permanece em casa (em Lisboa) onde acaba por ter encontros amorosos com o seu primo: Basílio. No meio de umas tantas personagens, surge então Juliana a criada, que atormenta Luísa com chantagens para que não revele o seu segredo.
"Os Maias" - O livro "Os Maias" é, sem dúvida, um livro delicioso. Sim, as descrições que o autor faz ao longo do livro, dão-nos "cabo da cabeça", mas é esse o seu cunho pessoal. E ele é louvado, também, por isso, e por o fazer muito bem. É talvez a obra mais conhecida do autor Português. A história principal (e inicial) é a seguinte: Afonso da Maia casa-se com Maria Eduarda Runa e com ela têm o seu único filho Pedro da Maia (frágil criatura) que se casa, contrariamente ao desejo do pai, com Maria Monforte. Desse casamento, nascem dois filhos: Carlos Eduardo e Maria Eduarda. Entretanto, Maria Monforte foge com um italiano (Tancredo) levando, com ela, Maria Eduarda. Desesperado, Pedro volta para casa do pai com Carlos, onde comete suicídio (altura em que ficamos completamente arrasados e em que deixamos soltar, por um momento, algumas lágrimas e soluços). E se não imaginam o que vai acontecer de seguida, é muito estranho, porque a história é muito conhecida e, a própria forma como o livro está escrito, nos faz logo antever o que vai acontecer. Mas desengane-se o leitor se pensa que, por a história ser tão previsível, que vamos chegar ao final do enredo em breves instantes, pois o livro é uma beldade com 925 páginas! E porquê? Porque o livro apresenta-nos 3 gerações da família Maia. Foi escrito, numa altura, em que o mundo dava passos importantes no campo das ciências, e Eça de Queirós pega em pormenores interessantes para enriquecer a sua obra (como a questão da hereditariedade genética). A Psicologia também se começava a afirmar melhor nesta altura, e Eça tira proveito disso para criar personagens com personalidades muito distintas e interessantes. É pena ser um livro de leitura obrigatória em algumas escolas pois, se por um lado isso ajuda a fazer com que os alunos tenham contacto com a obra, por outro lado pode gerar animosidade por parte de alguns leitores (menos interessados nas leituras).
Enfim, esperamos com este SUPER post, poder dar a conhecer um pouco do que Eça é e foi para nós, e um pouco do que ele nos deu: horas (longas por vezes) de boa literatura, de diversão, de curiosidade...enfim...de entretenimento de(com) qualidade!
Enfim, esperamos com este SUPER post, poder dar a conhecer um pouco do que Eça é e foi para nós, e um pouco do que ele nos deu: horas (longas por vezes) de boa literatura, de diversão, de curiosidade...enfim...de entretenimento de(com) qualidade!
Realmente um mega post, mas com Eça há sempre espaço para mais. :)
ResponderEliminarÉ verdade, a maioria das pessoas tem um relação conflituosa com as obras do autor precisamente por causa das descrições e do carácter obrigatório da sua leitura. Por mim, garanto que "Os Maias" e o conto "O tesouro" foram das poucas leituras obrigatórias que gostei. Quanto às descrições, quem lê livros da época já sabe com o que conta.
Sei que é uma vergonha mas vou ser sincera: nunca li nenhum livro do Eça de Queirós, apesar de ter alguns em casa (nomeadamente os conhecidíssimos "Os Maias" e "O crime do padre Amaro"). Penso que o principal motivo se prende com o facto de já conhecer as histórias e, por causa disso, ficar desmotivada em ler duas obras que, penso eu, serão uma leitura algo "pesada" comparativamente com o que se lê hoje em dia.
ResponderEliminarDe qualquer das formas, Parabéns ao Eça de Queirós e parabéns à autora do post que ficou muito interessante (ao ponto de me fazer sentir mal por nunca ter lido os livros dele...).
Bom fim-de-semana!
Mary, gostamos mesmo muito do Eça e, contrariamente ao que se pensa, ele não é muito mais pesado do que se lê hoje. Mas olha, podes sempre saltar à frente de algumas descrições mais maçudas (mas nós não dissemos isto!) :)
ResponderEliminar"Os Maias" foi o livro que mais demorei a ler e tenho a dizer que achei várias partes um aborrecimento total, pelo que deixava de o ler durante umas semanas... mas agora que, finalmente, acabei de o fazer, sinto-me bastante satisfeita por isso. :)
ResponderEliminarTenho pena que não tenho falado no João da Ega (uma espécie de alter-ego do Eça, segundo a minha professora de Português), a minha personagem preferida.
Cátia, obrigada pelo comentário. Infelizmente é quase sempre impossível podermos falar e tudo o que queremos nos nossos posts, mas lançamos-te um desafio: visto que é a tua personagem favorita, experimenta a fazer um pequeno textinho sobre ele e nós o publicaremos. Que dizes?
ResponderEliminarFLAMES!