Título: “Shooting Dogs”/ "Beyond the Gates" (título alternativo)
Ano: 2005
Género: Drama
Direcção: Michael Caton-Jones.
Elenco: John Hurt, Hugh Dancy, Dominique Horwitz, Clare-Hope Ashitey, Nicola Walker, Louis Mahoney, David Gyasi, Jack Pierce, Steve Toussaint, Victor Power.
Em 1994, o Ruanda foi alvo de um dos maiores genocídios a que a Humanidade alguma vez assistiu. Hutus aproveitaram a morte por atentado do presidente do seu país, Juvenal Habyarimana, para dar início a uma verdadeira “caça ao homem” contra os Tutsi, da qual resultaram cerca de 800 mil mortos. Contudo, é provável que muitos de nós não nos lembremos de ouvir falar de tal acontecimento. Tal facto deve-se à atitude que o resto do mundo assumiu perante este massacre: ignorar.
Felizmente, como em tudo, existem excepções e “Shooting Dogs” é uma delas. Neste filme, completamente baseado em factos verídicos, ficamos a conhecer aquilo que realmente se passou no Ruanda através das adversidades que um conjunto de refugiados viveu numa escola local – Ecole Technique Officielle.
Temos a oportunidade de perceber como é que Joe Connor, um jovem professor inglês, juntamente com o padre Christopher lutaram não só contra os Hutus que cercavam a escola dia e noite, mas também com a ONU que se recusava a prestar auxílio ao povo Tutsi.
Tudo isto é-nos apresentado de uma forma extremamente realista e dramática, com imagens de alguma violência. Do ponto de vista técnico e gráfico, percebemos que se trata de um filme limitado, assemelhando-se mais a um documentário; mas a intensidade emocional que consegue transmitir aqueles que o visionam garante que a sua mensagem principal não passe despercebida: a maldade e a barbaridade humana podem atingir níveis que nunca imaginamos serem possíveis.
Com este filme, Michael Caton-Jones faz uma dura crítica ao mundo Ocidental, acusando-o de, não raras vezes, ignorar aqueles do, frequentemente denominado, “terceiro mundo”.
Um pormenor fantástico do filme assenta no significado do seu título – Shooting dogs – com o qual Michael Caton-Jones conseguiu transmitir aquilo que considera ter sido a posição assumida pelo resto do mundo. Mas para se perceber esse significado, há que ver o filme…
Trailer
Gostei de como escreveste este post...confesso que nunca vi o vídeo e, tens razão, não ouvi falar no massacre...
ResponderEliminaro massacre ja o conhecia...infelizmente!
ResponderEliminaro filme nao tenho a certeza se o vi, mas ja ouvi falar dele de certeza! estou a gostar da evolução do blog!continuem!!!:)