Título Original: The girl on
the train
Ano
de Estreia: 2016
Género:
Mistério, Drama
Realizador:
Tate Taylor
* Por Mariana Oliveira *
Se
eu fosse um filme, de maneira nenhuma quereria ser uma adaptação de um livro.
Essa função é tão ingrata visto que, para mim, a maioria das adaptações ficam
aquém da obra na qual se inspiraram. Infelizmente, o caso de “A rapariga no
comboio” não foi diferente.
Decidi
ver o filme cerca de dois anos depois de ter lido o livro (opinião aqui) mas as
informações ainda estavam bem presentes na minha memória por isso foi fácil
comparar os dois trabalhos.
Não
posso dizer que este filme tenha sido um completo fiasco, mas não consegue
chegar aos calcanhares da sua versão escrita. O livro tem passagens que me
arrepiaram, ao mudar completamente a minha perspectiva sobre determinada
personagem com duas ou três linhas. A forma como as personagens eram
apresentadas permitia-nos ir até ao âmago dos seus sentimentos e ficar a
conhecer o lado mais negro de cada uma delas. Já o filme acabou por ser
demasiado parado e falhou em algo que o livro conseguiu muito bem alcançar: levar-nos
por uma espiral de dúvidas através de personagens com defeitos à primeira vista
ocultos.
Eu
sei, eu sei… O facto de já saber quem era o assassino não ajudou a que eu
pudesse sequer considerar outras personagens para esse papel, mas a meu ver em
momento algum o filme apresentou argumentos suficientes para nos confundir e
levar por outros caminhos.
E
o que dizer da protagonista? Não tenho nada contra a Emily Blunt, mas achei a
personagem dela tão insonsa e desprovida de carácter. Quando ela gritava e se
afligia eu não conseguia sentir qualquer espécie de empatia. Uma personagem
alcoólica tem tanto para ser explorado mas aqui ficou-se por alguém aborrecido
e irritante.
Contudo,
compreendo que para quem não conhecesse a história este filme poderia ser
minimamente interessante. Mesmo assim, não seria merecedor de todo o burburinho
criado à volta dele.
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