Título Original: Good Me, Bad
Me
Ano
de Edição: 2017
Género:
Thriller
Autora:
Ali Land
Editora:
Suma de Letras
*
Por Mariana Oliveira *
Quem
não gosta de um bom thriller de vez em quando? Então quando envolve uma
adolescente filha de uma psicopata ainda melhor! Bastou-me ler a sinopse deste
livro para perceber que tinha de lê-lo rapidamente pois algo me dizia que seria
uma leitura de arrepiar… e não estava enganada!
Sinopse:
“Quando
Annie, de 15 anos, entrega a sua mãe, uma assassina em série, à polícia espera
um novo recomeço de vida – mas será que podemos realmente escapar ao nosso
passado?
Com
uma família de acolhimento e um novo nome – Milly – espera um novo começo. Mas
com o julgamento da mãe à porta os segredos de Milly não vão deixá-la dormir…
Quando
a tensão se torna insuportável Milly terá de decidir: será uma Menina Boa ou
uma Menina Má? Porque a sua mãe é uma assassina em série, e ela é sangue do seu
sangue.”
Opinião:
Terminei
a leitura deste livro há poucas horas por isso ainda me encontro meia abalada
com aquele final. Mas não nos precipitemos e comecemos pelo início.
Desde
o primeiro capítulo uma coisa ficou assente: esta história encerra em si um
enorme mistério e a forma intensa como a autora descreve aquilo que se passa
serviu para aumentar a já por si crescente tensão. Capítulo atrás de capítulo
vemo-nos cada vez mais embrenhados nesta trama que deixa à partida uma grande
questão no ar: conseguirá Annie, a jovem adolescente, ser uma Menina Boa
contrariando tudo aquilo que a sua cruel mãe lhe ensinou desde tenra idade?
A
par desta questão, damos por nós igualmente curiosos por saber como será o
julgamento da assassina, ou por outras palavras, como será o reencontro da
jovem com a mãe que se encontra presa por causa da denúncia da própria filha? O
medo e ansiedade crescentes da protagonista acabam por passar para nós,
leitores, e dei comigo a desejar ardentemente chegar à parte do julgamento para
que tudo fosse finalmente desvendado. E não demorei muito pois a forma
inteligente como a autora escreveu os capítulos, curtos e objectivos,
convidam-nos sempre a ler mais uma página daí que esta leitura tenha acabado
por ser uma das mais rápidas que tive este ano.
Enquanto
o julgamento não chega, vamos acompanhando a tentativa de Annie se adaptar à
sua nova vida com uma nova identidade, Milly, e um passado menos sombrio
fabricado. Contudo, o bullying de que é vítima desde cedo fazem prever dias
difíceis para a adolescente que tenta resistir à sua vontade de castigar
aqueles que a fazem sofrer. É precisamente nesta altura que começamos a ver a
Menina Má a querer dar sinais de vida…
E
é assim, neste periclitante equilíbrio que Milly tenta deixar para trás das
costas as horríveis memórias que guarda da sua infância e primeiros anos de
adolescência. No entanto, penso que para os leitores se torna óbvio de que
tanta tensão acumulada terá de rebentar em algum momento e por isso mesmo foi
com um misto de horror e incredulidade que devorei os últimos capítulos desta
história que daria um excelente filme sem qualquer dúvida! O final é realmente
incrível e deixa-nos com uma sensação de espanto que permanece connosco bem
depois de fechado o livro.
Não
podia terminar sem referir um detalhe que para algumas pessoas poderá passar
despercebido mas que para mim me disse muito. Desde o início ao fim de vez em
quando há uma referência à obra “O Deus das Moscas”, pois trata-se da peça de
teatro que Milly e as colegas da escola irão representar. Adorei este detalhe,
não fosse esse livro um dos meus preferidos de todos os tempos!
Recomendo
esta leitura a quem não perde por nada um bom thriller. Acredito que estamos
perante um exemplo ímpar dentro deste género literário!
Deve ser espetacular!
ResponderEliminarEu achei! Se tiveres a oportunidade de o ler Ana não hesites ;)
EliminarAbraço, Mariana.
Não tendo eu ainda lido o livro (sou a Roberta) posso dizer que assim que vi a sinopse me lembrei do Deus das Moscas, por isso esse pormenor está bastante interessante ;)
ResponderEliminarRoberta
Por acaso na altura não me ocorreu esse livro... Mas sem dúvida que foi uma boa jogada por parte da autora!
EliminarMariana