Título
Original: The tiny wife
Ano
de Edição: 2014
Género:
Drama, Comédia
Autor:
Andrew Kaufman
*
Por Mariana Oliveira *
Tenho
uma confissão a fazer: o principal motivo que me levou a adquirir este livro
foi a sua capa. Pronto, já deitei esse segredo cá para fora!
Agora
concentremo-nos na história que é o que realmente interessa aqui.
Sinopse:
“Um
ladrão entra armado num banco mas não pede dinheiro. Em vez disso, exige a cada
cliente o objecto que tenha para si maior significado. Todas as vítimas
sobrevivem ao assalto mas a partir daí coisas estranhas começam a suceder-lhes:
a tatuagem de uma sobrevivente salta-lhe do tornozelo e começa a persegui-la;
outra vítima acorda e descobre que é feita de rebuçado; entre outras situações
caricatas. Uma das vítimas, Stacey Hinterland descobre que encolhe,
gradualmente, a cada dia que passa e nada que o marido ou o filho possam fazer
conseguirá inverter o processo.
Esta
história é uma fábula sobre como podemos perder-nos nas circunstâncias e
encontrar-nos no amor de outra pessoa.”
Opinião:
Não
posso dizer que tenha adorado esta história, nem tampouco a detestei. Com isto
já devem ter percebido que foi uma leitura mediana.
A
nível estético, para além da capa o livro surpreende-nos com ilustrações que
dão outra vida à história e que contribuem muito para a componente estética
desta obra.
Relativamente
à história, achei-a demasiado simples a par com a escrita de Andrew Kaufman que
não me deslumbrou.
Desde
cedo percebemos qual é a intenção do autor: pretende despertar-nos para o facto
de muitas vezes na vida preocuparmo-nos com coisas irrelevantes ao passo que
descuramos aquilo que realmente importa. Sim, eu sei que já todos ouvimos isto
mas nunca é demais lembrarmo-nos de que só temos uma vida que, por sinal, passa
bastante rápido e que não deve ser desperdiçada com coisas supérfluas.
O
autor usa de algum sentido de humor para transmitir a sua mensagem, mas
confesso que não me ri por aí além. Contudo, apreciei o teor caricato das
histórias de cada uma das vítimas do assalto. Falta de imaginação é problema
que não afecta Andrew Kaufman que se lembrou de pegar numa tatuagem de um leão
e fazê-la saltar da perna da pessoa em causa e persegui-la incessantemente dias
seguidos. Este é só um exemplo do teor estapafúrdio que abunda nestas páginas e
que tornam este livro num dos mais curiosos que li este ano.
Apenas
lamento que o autor não tenha explorado mais a temática principal que já é
muito abordada em literatura. Ao fim e ao cabo, não aprendi nada de novo com
esta leitura.
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