Ano:
1942
Género:
Drama
Autor:
Sándor Márai
Sándor
Márai é não só um dos grandes nomes da literatura húngara como da literatura
mundial. Uma das suas obras mais conhecidas, “As Velas Ardem até ao Fim”, pareceu-me
ser a oportunidade ideal para me estrear com este escritor.
Sinopse
“Um
pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus
e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin,
mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia
o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se
a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no
Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos
viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma
força singular...”
O
tema central desta obra é óbvio: a amizade. Sándor Márai dedica todas as
páginas desta sua obra à tentativa de definir o que é realmente a amizade, qual
o seu impacto na vida do ser humano e sob que formas é que esta se pode
manifestar.
O
ritmo da história é propositadamente lento, pois ao autor é evidente que o mais
importante é explorar uma simples conversa entre duas personagens que viram a
sua vida seguir caminhos opostos.
Confesso
que tive sentimentos mistos ao ler esta obra. Por um lado, fiquei maravilhada
com alguns dos parágrafos escritos pelo autor que nos apresenta uma perspectiva
singular sobre a vida, despida de ideias utópicas e friamente directa. Por
outro lado, não pude deixar de aborrecer-me com certas passagens demasiado
esmiuçadas e que foram as principais responsáveis pela lentidão a que decorre a
história, como referido acima.
Mas
se houve algo de que decididamente não gostei em “As Velas Ardem até ao Fim”
foi a, no meu ponto de vista, falsa expectativa criada pela sinopse: esta
promete-nos a descoberta de um grande segredo entre dois amigos de longa data
mas a verdade é que achei o segredo demasiado óbvio desde o início; é preciso
ser-se mesmo muito distraído para não perceber imediatamente qual o teor de “tão
grande” segredo existente entre os dois homens.
Concluindo, “As Velas Ardem até ao Fim” vale pela escrita do autor e pela sua
abordagem tão diferente sobre as relações humanas mas desilude no factor
surpresa.
Ando a ler esse livro há ANOS e tenho-o mantido ali de lado porque não tenho pachorra para o continua.. (Roberta)
ResponderEliminarÉ, de facto, uma leitura lenta e algo pesada mas é um livro bastante pequeno pelo que acho que devias tentar acabá-lo para, pelo menos, ficares a conhecer mais um autor conceituado e um livro considerado por muitos um clássico!
EliminarMariana