quarta-feira, 22 de abril de 2015

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Livro: O Prisioneiro do Céu (Carlos Ruiz Zafón)



Título Original: The Prisoner of Heaven
Ano da 1ª edição: 2011
Género: Mistério, Drama, Romance
Editora: Editorial Planeta

A ansiada leitura da última parte da trilogia do "Cemitério dos Livros Esquecidos" prometia muitas surpresas e revelações. Por isso mesmo, o nosso entusiasmo inicial não podia ser maior!

Sinopse:
"Barcelona, 1957. Daniel Sempere e o amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, regressam à aventura, para enfrentar o maior desafio das suas vidas. Quando tudo lhes começava a sorrir, uma inquietante personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo, enterrado há duas décadas na obscura memória da cidade. Ao conhecer a verdade, Daniel vai concluir que o seu destino o arrasta inexoravelmente a confrontar-se com a maior das sombras: a que está a crescer dentro de si.
Transbordante de intriga e de emoção, O Prisioneiro do Céu é um romance magistral, que o vai emocionar como da primeira vez, onde os fios de A Sombra do Vento e de O Jogo do Anjo convergem através do feitiço da literatura e nos conduzem ao enigma que se esconde no coração de o Cemitério dos Livros Esquecidos."

 Opiniões:

Mariana

A minha experiência de leitura deste terceiro livro teve um maior foco na componente emocional.
Depois de me afeiçoar de uma forma completamente inesperada à dupla Daniel e Fermín, foi com um misto de tristeza e alegria que os acompanhei ao longo de mais esta aventura.

Em "O Prisioneiro do Céu" Zafón explicou muitos dos mistérios que ficaram por desvendar no segundo volume, "O Jogo do Anjo". Finalmente, o leitor fica a perceber o porquê de aparentes incongruências nesse segundo livro e entende qual o objectivo do autor desde o início. A trama foi, assim, muito bem conduzida e manteve-me presa do início ao fim na expectativa de desvendar todos os mistérios.
Apaixonada como sou pelos capítulos que remontam ao passado nas obras de Zafón, foi com satisfação que percebi que grande parte deste livro é constituída por viagens no tempo de forma a ficarmos a saber quais os passos que algumas personagens tomaram para chegarem ao momento actual.
A escrita, tal como eu estava à espera, não desiludiu, muito pelo contrário: deslumbrou! Se eu pudesse escolher ter o dom da escrita de qualquer pessoa em todo o mundo não pensaria duas vezes em escolher o Carlos Ruiz Zafón. É um verdadeiro mestre!

Contudo, tal como disse, a componente emocional foi o factor predominante nesta minha leitura: senti que estava a despedir-me de personagens de que gostava muito e cheguei mesmo a procrastinar a leitura das últimas páginas porque não queria dizer-lhes adeus.
Espero mesmo que Zafón decida continuar a criar histórias com a dupla Daniel e Fermín pois já sinto falta da sua amizade, curiosidade, perspicácia e, acima de tudo, sentido de humor!

Restam-me as outras obras deste dotado autor espanhol. Não faço ideia se conseguirão equiparar-se a esta trilogia, mas estou disposta a deixar-me seduzir novamente pelas suas palavras e a entrar noutra aventura. No entanto, sei que independentemente do que venha a ler no futuro, esta trilogia terá sempre um lugar especial na minha lista de "livros da minha vida".

Roberta

Carlos Ruiz Zafón deixou-me com a cabeça a fervilhar de perguntas quando terminei o livro "O jogo do Anjo". 

O que aconteceu nesse livro??? 
Como??!?!? 
Porquê!?!? 
Preciso de respostas!!!

Claro que todas estas perguntas eram acompanhadas de especulações da minha parte, mas há uma coisa de que não gosto nos livros/filmes: finais abertos! Eu quero que o autor me conte tudo e me deixe sem interrogações. Quero que ele me explique e me responda a todas as perguntas que me pairam na cabeça durante a leitura. 
Claro que eu não vi problemas em isso ter acontecido em "O jogo do anjo" pois sabias que depois poderia tirar todas as minhas dúvidas com o 3º livro da "trilogia" dos livros esquecidos (pelo menos era isso mesmo que eu esperava que fosse acontecer), e foi precisamente por isso que assim que acabei o "O jogo do anjo" me lancei na leitura deste livro.
Carlos Ruiz Zafón, mais uma vez, conseguiu provar-me que é um dos melhores escritores de todos os tempos! 
Conseguiu responder às minhas perguntas anteriores (afinal eu bem que suspeitava de algumas coisas), e conseguiu continuar a surpreender-me com a sua escrita e, sobretudo, com a trama que construiu. 
Nesta história, Daniel deixa de ser o protagonista e é o grande e fantástico Fermín (a minha personagem favorita) que ganha todo o protagonismo. 
Muitas perguntas são respondidas, mesmo perguntas que, ao longo da leitura dos outros livros, nem me passaram pela cabeça. Vidas e destinos vão-se entre-cruzando, e a ligação e afecto que sinto pelas personagens foi-se fortalecendo. 
Sem dúvida que os livros de Carlos Ruiz Zafón me vão acompanhar para a vida, e quero mesmo que todas as pessoas que conheço e de que gosto possam lê-los. 

É difícil falar-vos de um terceiro livro de uma "trilogia" sem entrar em spoilers, e por isso mesmo tive imensas dificuldades em escrever este post. A verdade é que gostaria mesmo de vos transmitir a felicidade que tive ao ler este livro e dizer-vos que de certeza que não se irão arrepender de dar uma oportunidade a este autor. Leiam, no entanto, os livros por ordem. Acho que é o que faz mais sentido.

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