Hoje temos para vocês um passatempo completamente diferente de tudo aquilo que já tivemos anteriormente. Desta vez, o sortudo vencedor ganhará um exemplar do livro "O Livro do Oráculo Sagrado Feminino" de Vera Faria Leal:
Uma parceria:
Sinopse:
"Vera Faria Leal criou este oráculo baseada em mais de quinze anos de
trabalho nos seus cursos Feminitude Consciente, Masculinidade Consciente
e Sagrado Feminino. Inspirada pelo seu treino como sacerdotisa da Deusa
na tradição celta de Avalon (R.U.). Integra nestas práticas, psicologia
arquetípica, psicanálise dos contos de fadas, mitos, poesia, técnicas
variadas, lunações e a simbologia do Sagrado Feminino. São estes saberes
que compõem os nove naipes deste oráculo, integrados numa só obra pela
primeira vez.O Sagrado Feminino é um caminho iniciático onde as
integrações sucessivas – do inconsciente com a consciência, do feminino
com o masculino, da alma com o espírito - são feitas no corpo que também
se individualiza, no coração onde a chave maior – o amor – só abre a
partir de dentro.Este oráculo de 56 belíssimas cartas é para mulheres e
homens, estes últimos podem ler as cartas femininas como expressões da
energia arquetípica na sua psique, da sua energia yin, da dimensão
feminina da sua alma. As belas e sugestivas imagens das cartas são
completadas no livro-manual com ensinamentos, revelações, inspirações e
mensagens que as expandem e aprofundam!"
Uma parte significativa da minha
infância e adolescência foi passada a ver filmes de artes marciais. Houve mesmo
uma série que foi das minhas preferidas de sempre e que se baseava nessa
temática: “Combate Mortal”.
Por isso mesmo, mal vi a publicidade
anunciando a estreia da série “Into he Badlands” e percebi que as artes
marciais estavam de volta não hesitei em vê-la!
História:
“Numa terra
controlada por Senhores Feudais, esta é a história de um temível guerreiro e de
um jovem especial que embarcam numa jornada rumo a um lugar cheio de perigos, em
busca de conhecimento mas, acima de tudo, em busca da verdade.”
Opinião:
“Vou
começar por referir aquilo de que não gostei na série: o número de episódios.
Seis episódios é muito pouco para uma história tão incrível, entusiasmante e
interessante como esta!
Relativamente
ao que gostei, irei tentar ser breve para não correr o risco de escrever um
verdadeiro livro sobre a série.
Começando
pelo mundo criado, fiquei surpreendida com esta mistura de antigo e moderno que
os
produtores conseguiram imprimir na história. Esta ideia de senhores feudais
em casais antigas, que remonta a tempos históricos, ao mesmo tempo que existem
carros e motos criou uma combinação que tinha tudo para ser um fracasso mas que
se revelou um autêntico sucesso.
Os cenários
são igualmente incríveis e a aposta em cores vivas resulta num verdadeiro
regalo para o espectador.
A história
começa por ser muito simples mas, à medida que prosseguimos na trama,
percebemos que há várias camadas a descobrir, várias conspirações e segundas
intenções e diversas personagens com a sua própria agenda que potencialmente
poderão dar a volta a toda a história.
Relativamente
às cenas de luta, só posso dizer que ainda não acredito que numa série tenham
investido em cenas tão complexas e elaboradas. Só poucos filmes no cinema
costumam ter cenas assim, por isso mesmo dei por mim a repetir essas partes da
série para poder apreciar devidamente cada movimento inteligentemente pensado.
Não
reconheci nenhum actor, contudo, mesmo sem serem oscarizados e estrelas de Hollywood, considero que conseguiram encarnar na perfeição as suas personagens, dando
credibilidade à história e fazendo-nos amar uns e odiar por completo outros. Não é isso mesmo que qualquer criador quer que a sua série suscite nos seus espectadores?
Para concluir, ainda estou
a tentar descobrir a forma ideal de conviver com esta ansiedade causada por
esta espera interminável pela segunda temporada que apenas estreará em 2017. Até lá, resta-me recomendar esta série a todos os amantes deste
género de história. Acreditem em mim quando vos digo que não se arrependerão!"
É o Maestro português mais conhecido e mais querido do público português, e acaba de lançar o seu segundo disco, Ensemble. É já no próximo fim de semana que apresentará o seu novo trabalho. Duas datas a reter: 30 de Abril - Centro Cultural de Belém (bilhetes aqui) e 2 de Maio - Casa da Música (bilhetes aqui). Não faltem. No "entretanto" aqui fica a conversa que tive com o Maestro onde partilhei algumas das coisas que me foram surgindo à medida que ouvia o disco.
Contrariamente ao disco “Solo” em que o piano era o instrumento principal acompanhado pelo violino apenas numa música, aqui o piano continua a ser o personagem principal mas está mais acompanhado. Esta escolha foi propositada ou surgiu naturalmente?
É exactamente isso! A ideia do "Solo" era o de criar um disco intimista. Aqui acrescenta-se o que, em música, se chama de contraponto. No fundo introduzi aqui outras vozes e criei um diálogo entre várias vozes que se abraçam. Neste trabalho senti esta necessidade de juntar essas vozes à tranquilidade, em envolvência, numa luz diferente. Isto tem muito a ver com Sintra. Sintra durante o dia é iluminada de maneiras diferentes, e viver lá fez-me reparar nisso. Foi esta luz, este brilho que quis trazer para este álbum com uma nova envolvência graças à orquestra de cordas. Eu tive, com este álbum, a preocupação de fazer com que as pessoas não quisessem mudar de faixa. Queria que este album fosse uma boa companhia para quem o está a ouvir.
Ontem foi dia 25 de Abril e no álbum há uma música chamada Liberdade. Em 2016 ainda precisamos de relembrar às pessoas, através da arte e da música, a importância da Liberdade?
Essa é uma pergunta bem gira, porque a verdade é que eu acho que sim. A Liberdade (individual e colectiva) é um exercício contínuo que temos de exercer. É fundamental que o façamos. A música Liberdade expressa bem isso... o início é difícil e muito tranquilo até que de repente é como se a música se soltasse. E a liberdade é isso, um exercício que por vezes é difícil de se conseguir.
Uma coisa que reparei que liga os dois álbuns é a sensação de calma e paz que ambos transmitem. Foi algo propositado?
Sim, exactamente. Ainda sinto que o mundo anda muito caótico e por isso quando componho gosto de paz. E gosto de transmitir essa paz. Acho que é precisa. Pelo menos, até agora e nestes dois trabalhos, senti essa necessidade. Não quer dizer que num próximo trabalho não faça algo de totalmente diferente.
(Foto por Rita Carmo)
Fiquei bastante intrigada com a música “Lembro-me”… dura
apenas 37 segundos e aparece inesperadamente. Porque tomou esta opção?
(Risos) Porque essa música é uma lembrança. No meio de tantas coisas de repente surge essa memória fugaz. Uma pequena lembrança, como às vezes temos ao longo do dia.
De todo o álbum a minha música favorita é a Liberdade,
porque quando a estava a ouvir soltou totalmente a minha imaginação. Quando
compõe as suas músicas, acontece-lhe por vezes perder-se em divagações... em
imagens de lugares ou cenas? Isso aconteceu-me a ouvir o disco e tenho alguma
curiosidade em saber se lhe acontece a si também.
Isso é muito bom! Para mim é um pouco diferente porque eu não vejo imagens ou cenas. Eu centro-me nas sensações. Tenho mais sensações do que propriamente imagens ao vivo. Isso tem a ver com o facto de eu viver o mundo desta forma, através de sensações. Como na música liberdade, eu estava a ter aquela sensação inicial do "vai vai vai e depois.... a libertação". É assim que vivo a música, através de sensações que são mesmo corporais.
Actualmente é o rosto mais conhecido da música clássica em Portugal. Sente, de algum modo, uma responsabilidade acrescida por levar esse género musical até ao público português?
Não. Eu gosto simplesmente de partilhar aquilo que gosto com os outros, e faço-o apaixonadamente. Gosto de comunicar com os outros e de lhes dizer o que gosto, não tem a ver com um sentimento de missão nem nada disso. Apenas gosto de partilhar e tem sido muito bom poder fazê-lo.
A maior parte dos artistas do mundo da música utiliza as letras nas suas canções para transmitir as suas mensagens a quem os ouve. No seu caso, não recorre às palavras. Acha que a sua mensagem chega de uma forma igualmente clara até quem o ouve?
Talvez não igualmente. Mas isso tem a ver com o meu estilo musical, porque as imagens que cada um tem e que são proporcionadas pela música têm a ver com a individualidade de cada um. Eu abro um pouco o universo que acho que estou a retratar e cada qual depois interpreta à sua maneira. Penso que é precisamente essa a beleza da música instrumental: é uma coisa sem palavras! Que se gosta e se sente! E depois cada qual tem a liberdade para ver e sentir o que quer.
Para este álbum contou com a participação da Orquestra
Sinfónica Nacional Checa com a qual já tinha trabalhado anteriormente. Sentiu
que agora houve alguma diferença uma vez que agora foi o compositor deste
trabalho?
Sim, muito diferente! Porque estas eram as minhas "palavras" e quando somos nós a escrever não temos de nos explicar tanto. Gostei muito de dirigir a minha própria música. Quando estou a dirigir um Mozart, eu não posso mexer em nada, não posso reescrever o seu trabalho.. mas aqui sou eu! É a minha música! Foi muito bom poder fazer isto e foi uma experiência diferente.
Os prémios que tem ganho e o reconhecimento que
tem tido tem sido incrível. Trabalhou na televisão, na área da cultura,
colaborou juntamente com outros artistas, alguns com estilos totalmente
diferentes como os Da Weasel… Enfim o seu percurso é mesmo notável e
distingue-se claramente de muitos Maestros… O que é que ainda não fez e
gostaria de conquistar no futuro?
Acho que ainda há muita coisa. Eu vou descobrindo a vida e tento estar feliz comigo mesmo e com o meu percurso. Tenho dar voz ao que sinto, e depois tento estar disponível para aceitar o que a vida me traz. Consigo isso gostando do meu próprio mundo e da minha música, mas tendo sempre em atenção os outros. Ter gente que goste da minha música é muito bom, e este disco só aconteceu porque o "Solo" teve uma excelente aceitação por parte do público. Saber que as pessoas vão ouvir a minha música e gostar dela é aquilo que faz valer a pena.
Obrigada ao Maestro Rui Massena por, mais uma vez, se disponibilizar a conversar connosco.
Título: Razões para viver Autor: Matt Haig Edição/reimpressão: 2016 Páginas: 264 Editor: Porto Editora ISBN: 978-972-0-04814-1 Idioma: Português
Sinopse
Um livro sobre como tirar o máximo partido da vida enquanto cá estamos.
Aos 24 anos, o mundo de Matt Haig desabou:
Durante algum tempo, fiquei parado junto ao abismo. Primeiro, a ganhar coragem para morrer; depois, a ganhar coragem para viver.
Este é um relato na primeira pessoa sobre a forma como Matt mergulhou numa crise profunda, triunfou sobre uma doença que quase o matou e reaprendeu a viver.
Quando se está deprimido, sentimos que estamos sozinhos e que mais ninguém está a passar exatamente por aquilo que nos está a acontecer. Temos tanto medo de que os outros nos achem loucos que acabamos por interiorizar tudo. Temos tanto medo de que as pessoas nos ostracizem ainda mais, que acabamos por nos fechar numa concha. E não falamos sobre o que se passa connosco, o que é uma pena, pois ajuda se falarmos sobre o assunto.
Opinião
(por Roberta Frontini)
Gosto de ler vários tipos de livros, mas talvez por ter tirado o curso de psicologia, sempre que vou ler algo para descontrair, gosto de variar o tipo de leitura. No entanto, volta e meia, abro umas excepções. Até porque é sempre importante que continue a ler sobre a minha área e me vá informando.
Posto isto, quando recebi este livro cá em casa, fiquei muito surpreendida. Não tinha ouvido falar nada dele, nem estava a perceber bem sobre o que era. Pudera! O livro ainda não tinha saído para as livrarias. Então, contrariamente ao que costumo fazer, dei uma vista de olhos à sinopse e à ficha técnica. A primeira coisa que me saltou à vista foi o nome do tradutor. De facto, quem traduziu esta obra (e ficam já aqui os meus sinceros parabéns pelo excelente trabalho) foi o escritor Paulo M. Morais (entrevista ao autor aqui). E depois percebi que este não era um livro de auto-ajuda, mas era a história verídica de uma pessoa que passou por uma depressão terrível com uma perturbação de pânico associada. E foi assim que dei por mim logo a abrir o livro, a começar a ler e a devorar logo metade. De facto, as primeiras páginas deste livro devoram-se desenfreadamente. Uma pessoa nem se apercebe porque a escrita é fluída e vai alternando (entre a narração, listas, diálogos, etc.).
Há uns meses desloquei-me ao Porto vários sábados para tirar um curso que adorei. O curso era sobre Terapia com os livros (foi um curso com um casamento perfeito entre duas das minhas grandes paixões) e tenho muita pena de o curso ter terminado sem eu ter tido oportunidade de falar ás minhas colegas sobre a importância deste livro. Tenho a certeza absoluta que durante as consultas o vou recomendar a imensa gente: a doentes deprimidos, doentes com ansiedade, ataques de pânico, mas também o irei recomendar a outros psicólogos, enfermeiros, médicos, pessoas com curiosidade em saber mais sobre estas patologias e, sobretudo, familiares do doente. De facto, frequentemente nas consultas, quando temos a possibilidade de falar com um familiar do doente, é muito típico ouvir gente a perguntar-me "o que é que posso fazer para ajudar?". E este livro tem também isso.
Bom, mas vamos por partes!
De que trata mesmo o livro? De variadíssimas coisas diferentes e é por isso que o meu exemplar está cheio de anotações, post-its e chamadas de atenção.
Esta é a história verídica de uma pessoa que sofreu com estas doenças, é apenas a sua história! Mas sem dúvida que poderá ser muito útil de se ler.
A questão da medicação é abordada e sobre o problema de que se querer resolver o problema apenas através de uma pílula mágica! Muitas vezes ouvi este discurso em consulta "Drª, mas não existe uma pílula mágica que me resolva o problema?"... "infelizmente" não! Por muito apelativo que possa ser. Mas Matt Haig neste livro fala sobre isso, e sobre todas as coisas úteis que poderá fazer para se ajudar.
São várias as áreas abordadas, até aborda as contradições na área da depressão especialmente a nível neuroquímico e apresenta várias teorias. No entanto, e foi isto que gostei, o autor fala de forma rápida e com linguagem muito simples, abordando estritamente o necessário, sem acrescentar "palha" o que torna a leitura acessível e interessante.
O autor é, também, um grande apaixonado por livros e literatura, e por isso foi muito bom ler sobre isso nesta obra, e perceber o poder que os livros tiveram para ajudar o autor a sair da situação em que se encontrava.
Infelizmente, e pelas piores razões, Matt Haig acaba por falar em Portugal, um dos países com maior número de prescrições de antidepressivos (e, já agora, sabiam que em alguns países os livros também são prescritos para tratar algumas patologias do foro mental?).
O autor elenca também vários famosos que sofrem ou sofreram de depressão e ansiedade, na tentaiva de demonstrar que não é o dinheiro nem a fama que trazem razões para viver! Foca ainda a necessidade de se pedir ajuda porque é muito difícil combater esta doença sem o fazer. E é um livro muito actual! De facto, dá a conhecer ao leitor as terapias de terceira geração (como o mindfulness e as terapias da aceitação e do compromisso) que parecem estar muito na moda hoje em dia, mas que estão ligadas, por exemplo, à filosofia budista (que não tem nada de recente!). O interessante é que, por vezes, o autor nem lhes chama estes nomes para não confundir ou tornar mais complicado para o leitor, mas a informação está lá toda, numa linguagem muito adequada para qualquer tipo de leitor.
Enfim, é um livro que irei recomendar imenso a vários tipos de pessoas e fico mesmo muito feliz por ter tido a oportunidade de o ler!
“Ficheiros Secretos” foi das primeiras
séries que vi em toda a minha vida. Por mais estranho que possa parecer, eu via
todos os episódios ainda antes de saber ler (não me perguntem como percebia a
história sem ler as legendas…).
Acho que foi nessa altura que a minha
paixão por histórias de terror teve início, com esta série de episódios repleta
de situações assustadoras, caricatas e misteriosas. Contudo, as últimas
temporadas mudaram o tom da série e os episódios voltaram-se quase
exclusivamente para a temática dos extraterrestres. Apesar de ter visto todas
as temporadas até ao fim, confesso que esta obsessão por seres de outros
planetas me entediou e fez com que a série perdesse muito do seu brilho.
Mesmo assim, quando soube que este ano “Ficheiros
Secretos” iria continuar com novos episódios, algo dentro de mim como que renasceu e, de
repente, senti-me a recuar no tempo e a voltar à minha infância.
Estes novos episódios foram um misto de
nostalgia e emoção. Ver novamente o mítico genérico, que felizmente não sofreu qualquer
alteração, foi uma experiência quase surreal e confesso que ver os actores,
muito mais velhos, me fez ter uma noção mais real do tempo que passou e do quanto eu própria mudei.
Mesmo tendo tido poucos episódios,
esta continuação deu para todos os gostos: houve dois episódios completamente hilariante,
dois episódios voltados para a temática dos extraterrestres e outros 2 histórias que
fizeram relembrar os bons velhos tempos das primeiras temporadas da série.
Apesar de ter terminado com a acção completamente
em aberto e a típica frustração ter aparecido por não me conformar com a espera
que terei de enfrentar para saber o que acontecerá a seguir, voltar a ver “Ficheiros
Secretos” foi uma sensação incrível: agora, tal como as personagens, estou mais
madura e vejo a vida de uma forma completamente diferente; contudo o mistério e
a curiosidade continuam a ser constantes no ser humano e é por isso que histórias
como esta continuam a conquistar pessoas um pouco por todo o mundo.
Neste novo livro, Ione França apresenta uma coletânea de textos, que intitula de Cantos, reflexões sobre o seu quotidiano, em prosa poética. Poesia madura e de grande sensibilidade e espírito crítico que por vezes nos desafia.
Magicamente, a autora envolve as palavras com mantos diversos, seja o da fantasia ou o da crueldade, o da angústia ou da ternura, o da dor ou da alegria, o da revolta ou da compreensão. Cada palavra é como a peça de um puzzle que a poetisa ensaia armar para construir um quadro que revela a sua inquietude pela mesquinhez e crueldade da alma humana, mas também o seu conhecimento e aceitação da beleza e das surpresas do mundo em que vivemos.
Opinião (por Roberta Frontini)
Fiquei curiosa com este livro assim que o vi, não só pela capa que é muito bonita e apelativa, como pelo título. Realmente nos dias que correm, quase parece que é preciso sermos tolos para conseguirmos sermos felizes.
Usando poucas palavras (porque se trata de poesia e não de textos longos cheios de floreados e repletos de coisas nenhuma), Ione transporta-nos para mundos diversos, à medida que mudamos de poemas. São textos repletos de emoção que nos fazem reflectir e que, por vezes, nos inquietam.
Achei que os "Cantos", como ela os denomina, são bastante provocatórios, no sentido em que por vezes são criticas corajosas tecidas pela autora.
Os poemas têm datas e foi para mim interessante ir vendo a "evolução" da Ione à medida que os poemas iam sendo escritos, ao mesmo tempo que me apercebi que alguns demoraram bastante tempo para serem escritor.
O livro é ainda acompanhado de ilustrações que são recortes e colagens interessantes de várias imagens sobrepostas, e que são também da autoria da Ione.
A combinar com as improváveis combinações dos retalhos das imagens, alguns dos temas também combina cenas do quotidiano com improbabilidades, numa busca incessante sobre o nosso mundo interior.
Todos os textos também formam um todo bastante coeso, o que faz com que os poemas faça sentido sozinhos, mas também agrupados.
Os temas são bastante diversos, apesar de haver alguns que são mais vezes referidos.
Há felicidade? Sim.. mas também melancolia e saudade.
Enfim, um livro para se ir lendo e apreciando aos poucos...
"Estrada", primeiro single do novo álbum de Rui Massena, já foi lançado.
Vídeo deste tema está disponível no site da Antena 1.
A 15 de abril o pianista, maestro e compositor Rui Massena regressa aos álbuns em nome próprio com "Ensemble", levantando agora o véu deste novo disco com o lançamento do single "Estrada". O vídeo foi lançado em exclusivo no site da Antena 1, sendo que quem fizer a reserva do álbum no iTunes recebe imediatamente o single “Estrada”, enquanto a pré-compra do disco na FNAC garante um CD autografado.
Este "Ensemble" é o sucessor de "Solo" (2015), uma obra intimista, na qual Massena se focou somente no seu piano. Todavia, agora neste segundo álbum em nome próprio Rui Massena já contou com a participação da Czech National Symphonic Orchestra. O maestro mantém a "tranquilidade" que já caracterizava o seu primeiro disco de originais, mas agora dá-lhe toda uma envolvência orquestral, que traz também uma nova luz às suas composições.
Rui Massena prepara-se ainda para apresentar este "Ensemble" em dois grandes palcos: a 30 de abril atuará no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, seguindo no dia 2 de maio até à Casa da Música, no Porto. Nestas viagens o seu piano estará também acompanhado de uma orquestra de cordas.
The Beatles
3 volumes da coletânea "Anthology" estreiam mundialmente em streaming
Compilações foram remasterizadas nos estúdios de Abbey Road, Londres
Os três volumes da célebre série de coletâneas "Anthology", dos Beatles, estão disponíveis para escuta via streaming em todo o mundo.
Lançadas originalmente em volumes de 2CD entre 1995 e 1996, as três coletânas "Anthology" reúnem gravações raras e inéditas dos Beatles, outtakes e versões alternativas de canções do grupo de Liverpool.
Os single "Free as a Bid" e "Real Love", retirados de "Anthology, Volume 1" e "Anthology, Volume 2", respetivamente, foram finalizados em 1995 por George Harrison, Paul McCartney e Ringo Starr a partir das demos de 1977, gravadas por John Lennon.
Aquando do seu lançamento original, "Anthology, Volumes 1-3" alcançaram os tops de vendas e atingiram a marca de multiplatina em vários países de todo o mundo. "Free as a Bird" tornou-se o 34.º top 10 hit dos Beatles nos Estados Unidos, tendo ainda sido distinguido com o prémio Grammy de Melhor Performance Pop por um Duo ou Grupo. "Anthology, Volume 3" inclui "A Beginning", um tema instrumental com arranjo orquestral gravado originalmente para o álbum "The Beatles" (também conhecido como "The White Album").
"Anthology, Volumes 1-3" foram remasterizados nos estúdios de Abbey Road pela mesma equipa de engenheiros de som responsável pelas reedições de 2009, premiadas então pelos Grammys. Esta mesma equipa conseguiu assim manter, com grande cuidado, a autenticidade e integridade das gravações analógicas originais. As coletâneas estão acompanhadas por um artwork de colagem criado por Klaus Voormann a partir do imaginário clássico dos Beatles.
A 24 de dezembro de 2015, os 13 álbuns de estúdio que os Beatles lançaram no mercado europeu, juntamente com quatro compilações essenciais – "Past Masters (Volumes 1 &2)", "The Beatles 1962-1966", "The Beatles 1967-1970" e "The Beatles 1" – ficaram disponíveis para escuta através de serviços de streaming em todo o mundo. Agora junta-se-lhes esta peça essencial da histórica discográfica dos Beatles, "Anthology, Volumes 1-3".
Mika
Mika lança DVD e Blu-ray com a sua "Sinfonia Pop"
Cantor regressa este ano a Portugal: a 20 de maio no Rock in Rio-Lisboa
No próximo dia 27 de maio será editado "Sinfonia Pop", nome do concerto orquestral concebido por Mika para os arredores do Teatro Sociale, em Como, Itália. "Sinfonia Pop" será lançado simultaneamente em DVD, Blu-ray e formato digital e dele fazem parte algumas das mais célebres canções do percurso do cantor britânico, nomeadamente "Grace Kelly", "Happy Ending", "Love Today", "Stardust", "Elle Me Dit", "Rain", "Relax Take It Easy", "Boum Boum Boum", "Underwater", entre outras.
Mika é um artista único no panorama pop, com grande aclamação internacional, graças à sua voz singular e ao seu talento para a escrita de canções pop.
Mundialmente já vendeu mais de 10 milhões de álbuns, que atingiram a marca de ouro e de platina em 32 países. O músico estreou-se, em 2007, com o single "Grace Kelly", que se manteve cinco semanas no 1.º lugar do top do Reino Unido. Desde então já lançou quatro álbuns de estúdio: "Life in Cartoon Motion", que venceu mais de 7 milhões de cópias e entrou diretamente para o 1.º lugar de vendas em 12 países diferentes; "The Boy Who Knew Too Much", de 2009, que chegou ao top 10 de mais de uma dezena de países e que inclui os sucessos "We Are Golden", "Blame It On the Girls" e "Rain"; "The Origin of Love", lançado em 2012, contém os singles "Celebrate", com Pharrell Williams, e "Popular Song", que foi regravado para um dueto com Ariana Grande, cujo vídeo conta com mais de 115 milhões de visualizações. O seu último álbum, "No Place In Heaven", foi lançado em junho de 2015. Mika também já foi distinguido e nomeado para vários prémios de prestígio, como os Grammys, Brit Awards, The World Music Awards ou MTV Europe.
Filmado nos elegantes arredores do Teatro Sociale, originário do século XIX, em Como, Itália, "Sinfonia Pop" inclui as canções mais célebres de Mika, acompanhadas por uma orquestra dirigida pelo proeminente maestro e compositor canadiano Simon Leclerc. Este concerto foi uma recriação de três concertos que Mika deu com Leclerc no ano anterior, em Montreal, sendo um espetáculo de uma união perfeita entre a pop e a música orquestral. No concerto foram interpretados vários temas do mais recente álbum de Mika, "No Place In Heaven", bem como outros sucessos da sua carreira. Além do concerto de 109 minutos, o DVD inclui ainda uma entrevista com Mika e Leclerc.
Pouco antes da edição deste DVD e Blu-ray, o cantor regressará para um espetáculo em Portugal, marcado para o dia 20 de maio no festival Rock in Rio-Lisboa.
Rodrigo Leão
"o retiro" de Rodrigo Leão chega a Espanha e Brasil e conquista imprensa
Novo álbum de Rodrigo Leão já foi editado no mercado espanhol e a 15 de abril é lançado no Brasil
Depois do sucesso alcançado em Portugal com "o retiro", álbum que entrou diretamente para o 2.º lugar do top nacional de vendas e para o 1.º lugar do top digital, agora Rodrigo Leão prepara-se para lançar este disco tão especial no Brasil, tendo data de lançamento marcada para o próximo dia 15 de abril.
O álbum já foi lançado em Espanha, em dezembro do ano passado, tendo Rodrigo Leão feito uma visita promocional a este país em janeiro que já está a dar os seus frutos. "o retiro" tem mesmo merecido largos elogios por parte da imprensa especializada do país vizinho. Segundo o El País "a música de Rodrigo Leão tem uma vocação cinematográfica". Já o La Razón define Rodrigo Leão como "um dos criadores mais profundos e originais da música portuguesa", destacando "o retiro" como "um projeto orquestral ambicioso (...) pleno de espiritualidade e emoção". Também a Agência EFE, a Radio 3 e a Radio 5 da RTVE têm destacado este novo álbum de Rodrigo Leão.
Uma vez que agora "o retiro" se prepara para chegar ao mercado brasileiro, o Canal Brasil vai recordar, na semana de lançamento, um outro projeto muito particular no percurso de Rodrigo Leão, "A Mãe", com a transmissão do concerto de apresentação deste álbum no Casino Estoril, no qual o músico esteve acompanhado pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa, por Stuart Staples (Tindersticks), pelo argentino Daniel Melingo e pelo seu Cinema Ensemble. A transmissão do concerto realizar-se-á no dia 16, sábado, às 18h, e repete na sexta-feira, dia 22, às 10h.
"o retiro” foi editado no mercado português em novembro do ano passado, com o selo da prestigiadaDeutsche Grammophon, tendo sido gravado com o Coro e Orquestra Gulbenkian. No disco colaboraram o célebre Steve Bartek e Carlos Tony Gomes, nos arranjos orquestrais, a cantora Selma Uamusse, no single "Melancolia", ou João Eleutério, na coprodução. Gravado por Tobias Lehmann(responsável por muitos registos da Deutsche Grammophon) no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em "o retiro" Rodrigo Leão debruça-se sobre importantes questões filosóficas, que se prendem com a procura do sentido da vida e de um lugar no mundo, temas que sempre estiveram presentes nas entrelinhas das suas criações e que são uma das suas principais fontes de inspiração.
Kika
Kika está de volta com um novo single, "If This Is Love"
Canção apresenta novo álbum da jovem cantora e fica disponível a partir de sexta-feira
Kika está de volta com um novo single, "If This Is Love", que serve de primeiro cartão-de-visita do seu segundo álbum de estúdio, a ser lançado proximamente, sendo o sucessor do muito bem-sucedido "Alive", lançado em 2013. O tema fica disponível a partir desta sexta-feira.
"If This Is Love" foi composta em parceria com Vicky Montiel, compositora e grande amiga de Kika, e com a sueca Aleena Gibson, que conheceu através do produtor RedOne (Lady Gaga, Nicki Minaj), com quem já tinha trabalhado no single "Guess It's Alright". "Essencialmente, [o single] tem que ver com uma relação atribulada, em que uma pessoa perdoa tudo por amor, apesar de não saber se o que sente é amor ('if this is love'), e, por outro lado, essa mesma pessoa espera que o amor não corresponda a essa sensação de conflito interior ('don't say that it's love')", diz Kika.
Sobre a colaboração com Aleena Gibson a cantora explica: "Tenho por hábito escrever músicas com a Vicky Montiel, que conheço há muitos anos e que partilha o meu gosto pela música. Considero-a especialmente talentosa com letras. A Aleena trouxe uma perspetiva diferente, partilhando também a sua experiência e, assim, fomos ajustando a música conforme o que nos parecia bem às três".
Kika começou a trabalhar nas canções do seu segundo álbum há sensivelmente um ano, com Dan Mcalister, que já tinha colaborado no disco anterior, e o que aconteceu desde então foi uma grande evolução musical por parte de Kika. "Este álbum tem uma sonoridade com a qual me identifico mais. Adoro todas as músicas e estou, sem dúvida, a cantar de forma diferente, o que seria de esperar, uma vez que vou lançar este álbum três anos depois do primeiro. Estou muito contente com o resultado e acho que o público e os fãs podem esperar ouvir músicas que têm mais que ver comigo e com os meus gostos pessoais. Estou ansiosa para que saia o álbum."
Sei que há pessoas que não me
compreendem quando digo que, por vezes, compro livros pura e simplesmente por
causa da sua capa. É que há obras cujo aspecto, por algum motivo, nos cativa de
tal maneira que temos de as comprar, independentemente da história. Pois bem, “O
Circo dos Sonhos” foi um dos meus mais recentes episódios de “julga um livro
pela capa”.
Sinopse:
“Um misterioso circo itinerante chega sem aviso e sem ser precedido por
anúncios ou publicidade. Um dia, simplesmente aparece. No interior das tendas
de lona às listas pretas e brancas vive-se uma experiência absolutamente única
e avassaladora. Chama-seLe Cirque des Rêves (O Circo dos Sonhos) e só está aberto
à noite. Mas nos bastidores vive-se uma competição feroz -
um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, que foram treinados desde
crianças exclusivamente para este fim pelos seus caprichosos mestres. Sem o
saberem, este é um jogo onde apenas um pode sobreviver, e o circo não é mais do
que o palco de uma incrível batalha de imaginação e determinação. Apesar de
tudo, e sem o conseguirem evitar, Celia e Marco mergulham de cabeça no amor -
um amor profundo e mágico que faz as luzes tremerem e a divisão aquecer sempre
que se aproximam um do outro. Amor verdadeiro ou não, o jogo tem de
continuar e o destino de todos os envolvidos, está em causa, assente num
equilíbrio tão instável quanto o dos corajosos acrobatas lá no alto. Escrito numa prosa rica e sedutora, este romance
arrebatador é uma dádiva para os sentidos e para o coração.O Circo dos Sonhos é uma obra fascinante que fará com
que o mundo real pareça mágico, e o mundo mágico, real.”
Opinião:
“As
primeiras páginas do livro foram das experiências mais avassaladoras que já
tive enquanto leitora. Nelas, a autora coloca-nos no centro da acção, faz-nos
sentir que somos personagens e que estamos a viver aqueles acontecimentos, a
ver tudo com os nossos olhos e a ouvir com os nossos próprios ouvidos. À medida
que continuei a leitura, percebi que esta seria uma jogada que Erin Morgenstern iria
utilizar mais vezes ao longo do livro: em várias passagens ocorre como que uma
interrupção da história principal e a perspectiva muda para o ponto de vista do
leitor que, assim, pode ele mesmo percorrer os vários caminhos do misterioso
circo e entrar nas suas convidativas tendas.
Relativamente à trama principal, numa
fase inicial senti-me simultaneamente confusa e curiosa. Confusa, porque ao
leitor são apresentadas muito poucas explicações sobre a competição que se está
a preparar. É preciso avançarmos bastante no livro para perceber a sua origem,
regras e objectivo. Curiosa, porque a componente mágica da história e a sua
excentricidade fez-me acreditar que este seria um livro completamente diferente
de tudo o que já tinha lido até agora.
Terminada a leitura posso dizer que
estava certa: esta história não se assemelha a nada que eu já tenha visto. A
autora consegue criar um mundo repleto de fantasia através de um circo
simplesmente espectacular. Dei por mim, em quase todas as passagens descritivas
dos cenários, a desejar com todas as minhas forças que este circo realmente
existisse para que eu pudesse visitá-lo. É tudo tão maravilhoso, as tendas
são tão surreais e os artistas tão especiais que sempre que abandonava esta
leitura sentia-me desiludida por ter de voltar para o mundo real.
Aquilo de que menos gostei no livro, por
incrível que pareça, foi o romance. Numa história tão diferente do habitual,
não me agradou que a autora se socorresse desta “bengala” para tentar criar
algo mais interessante. Simplesmente não me convenceu a química entre os
protagonistas e achei tudo demasiado forçado e previsível.
Contudo, tirando o romance, adorei esta
competição mágica e surreal. “O Circo dos Sonhos” foi uma verdadeira viagem
alucinante que, durante alguns dias, me levou para muito longe, para um mundo
fantástico!"
Se vos digo "Bo tem mel" sabem que estou a falar de Nelson Freitas. O músico traz-nos agora um novo álbum, perfeito para os fã do género kizomba com mistura de ReB e HipHop. Desafio-vos a ouvir o álbum Four sem sentir uma vontade louca de se moverem. Eu não consegui, pois o ritomo é absolutamente viciante. No entretanto, deixo-vos a mais recente entrevista do FLAMES precisamente com Nelson Freitas.
O Nelson está sempre a viajar. Existe no entanto algum país ou algum lugar onde nunca foi mas onde gostaria muito de levar este seu novo álbum "Four"?
Sim, há. Amava ir à China e ao Japão. Nunca fui a essa zona do mundo... à Ásia. Gostava de lá ir apresentar o Four.
Lembra-se de alguma história engraçada ou caricata que lhe aconteceu em algum concerto?
Hum... por acaso nunca me aconteceram coisas assim muito loucas. Quando estou no palco foco-me na melodia, nas letras e sinto a música. Não me lembro assim de uma coisa muito muito louca (risos).
A música "Bo tem mel" foi um sucesso estrondoso. O Nelson sentiu a responsabilidade desse sucesso para a criação deste novo álbum?
Não necessariamente. Isto porque, nesta área, se começarmos a pensar desta forma começamos a pressionar-nos demasiado, e isso leva a que vejamos o mundo de uma forma totalmente errada. Eu faço música que vem do coração. Não penso: "Ok isto foi um grande sucesso, vamos tentar fazer algo similar". Não é assim que eu penso quando faço música. Acho que se eu sinto a música e se ela me sai do coração, o mundo vai senti-la também.
Este novo álbum conta, mais uma vez, com a participação de outros artistas como Richie Campbell e Mayra Andrade para citar apenas alguns. Como é que o Nelson decide que quer a participação de um artista numa música? Como é que escolhe um artista específico para determinada música?
Estou sempre a ouvir música, sempre, e estou muito atento ao que se faz por aí. Quando eu faço uma música eu penso logo numa determinada pessoa. Às vezes sei que não será possível ter aquela pessoa na música, mas outras vezes tenho conseguido gravar com os artistas que me vêm à mente quando estou a construi-la. Quando fiz a música “Break of Dawn” pensei logo no Richie Campbell. Liguei-lhe, disse-lhe para vir, ele gostou da música e ficou. Já com a Mayra o processo foi completamente diferente. Sou grande fã do trabalho dela e admiro-a. Então falei com ela, mostrei-lhe uma música, mas ela não gostou. No entanto, ficou interessada em ouvir outras coisas, outras músicas e acabou por gostar da "Nha Baby". Adaptamos a música e assim ficou. Neste caso foi totalmente diferente com o que aconteceu com o Richie Campbell...
Neste novo álbum o Nelson continua a apresentar músicas onde utiliza diversas línguas. Porquê esta escolha?
Isto tem a ver com o facto de eu, por dia, lidar com pessoas que falam diferentes línguas. Por isso eu por dia tenho de falar entre 4 a 5 línguas diferentes... normalmente o inglês, o crioulo, o holandês, um bocado de português também... Por isso o meu cérebro e a minha mente já processa as coisas desta forma. Quando penso numa música ou quando a estou a criar parece que a minha mente já me diz em que língua é que deve ficar. Quando crio uma música penso logo "esta música ficaria melhor nesta língua" ou "este beat está a puxar por esta língua". No fundo tem a ver com a forma como a minha mente já processa as coisas.
Li algures que a música "Bo tem mel" foi criada de forma totalmente espontânea. O Nelson tentou ser espontâneo também neste novo disco?
Essa é uma boa pergunta! Acho que este álbum foi um pouco mais pensado, mas suportado totalmente naquilo que eu sinto. Inicialmente eu não penso que quero fazer isto ou aquilo. Mas para a criação do álbum como um todo é necessário que depois se repensem alguns aspectos. Mas inicialmente faço sempre as coisas de forma espontânea. Sinto uma música, vou para o estúdio, faço o beat e faço o que me sai no momento. Mas depois para a terminar, tens de a repensar, tens de reflectir sobre ela. Ententes? É um processo que inicialmente é espontâneo.
Neste novo álbum o amor está muito presente, quase como se fosse uma personagem principal. É o caso de “Miúda Linda” e “This Love”, mas na verdade o amor está sempre presente em quase todas. O Amor está sempre presente em tudo o que o Nelson faz?
Sim, acho que está sim! O Amor é algo que deveria estar sempre presente. Em tudo. Se olharmos para o "Top 10 Charts" mundial, 'praí 80% das músicas que lá estão são "love songs". Por isso sim, acho que o amor está sempre presente na música e está sempre presente na minha vida (risos). Fiquei com ideia que o Nelson trabalha com o seu irmão. É verdade?
Sim sim, é verdade.
É fácil trabalhar com um membro da sua família?
Nem sempre é fácil trabalharmos com membros da família e com amigos, mas por acaso eu trabalho com familiares e pessoas amigas. Às vezes é verdade que choco com o meu irmão, nós não estamos sempre de acordo em tudo, mas para o bem da música conseguimos sempre dar a volta à situação. Uma coisa que fazemos é nunca misturar as questões pessoas para o bem da música por isso acaba por correr bem.
Muito obrigada ao Nelson pela sua simpatia e disponibilidade e, mais uma vez, parabéns pelo seu mais recente trabalho!
Título: Vamos Comprar um Poeta Autor: Afonso Cruz Edição/reimpressão: 2016 Páginas: 101 Editor: Editorial Caminho ISBN: 9789722127998
Sinopse
Numa sociedade imaginada, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama. E, nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. A protagonista desta história escolheu ter um poeta e um poeta não sai caro nem suja muito - como acontece com os pintores ou os escultores - mas pode transformar muita coisa. A vida desta menina nunca mais será igual…
Uma história sobre a importância da Poesia, da Criatividade e da Cultura nas nossas vidas, celebrando a beleza das ideias e das ações desinteressadas.
Opinião (por Roberta Frontini)
Chega amanhã às livrarias mais um livro de um dos meus autores favoritos da vida: Afonso Cruz. Quando o livro chegou cá a casa, obviamente que tive de o ler imediatamente. Depois sentei-me aqui, à frente do computador, cheia de boas intenções, para vos falar de um dos melhores livros que li este ano. Os dias foram passando, e eu sem saber o que escrever. Isto porque Afonso Cruz me deixa sempre assim, sem palavras. Sem saber o que vos dizer. Apenas com uma enorme vontade de gritar ao mundo "LEIAM ESTE LIVRO!!!!"
Se me pedissem para o definir numa frase eu diria "É um livro do Afonso Cruz" e quem já leu os livros dele saberia perfeitamente o que quero dizer. Este é um livro que só podia ter sido pensado e escrito por ele.
Passa-se num mundo e numa sociedade não muito diferentes dos nossos em que as pessoas têm números em vez de nomes. Tudo é redutível a números e as pessoas conseguem contabilizar sentimentos, emoções.. enfim... tudo, com uma precisão incrível e recorrendo mesmo a percentagens específicas. O materialismo é a base da vida das pessoas (hum... será uma sociedade assim tão diferente?) e um dia a nossa personagem principal decide ir comprar um poeta. Comprar um poeta como se de um animal de estimação se tratasse. Isto porque, nesta sociedade, é mesmo isto que acontece, os artistas são como animais de estimação. E esta compra vai transformar para sempre a vida daquela família.
O livro é pequeno e lê-se muito rápido, por isso não vos posso contar mais sobre a história. Posso dizer-vos que me pareceu que um dos propósitos deste livro é enaltecer a arte e a importância que a cultura pode (e deve ter) na sociedade. Mas o autor não o faz apresentando-nos "apenas" um livro maravilhosamente escrito e uma história inteligentemente construída. No final, no Posfácio, são-nos apresentados factos interessantes, especialmente sobre o impacto que a cultura tem na sociedade, o que mais uma vez demonstra a importância de uma sociedade apostar nas artes. Só nas páginas aprendi imenso! E este é um dos propósitos que procuro sempre nos livros: a apresentação de uma boa história aliada a factos importantes e interessantes.
Não é, apesar do título, um livro focado na poesia, ou nos poetas. O título poderia muito bem ser "Vamos comprar um escritor" e seria igualmente correcto.
A edição está absolutamente maravilhosa. O papel utilizado na capa é daquele rugoso, que dá gosto ao toque. há relevo no título, e a ideia da etiqueta e do código de barras é incrivelmente simples e bela. O interior é igualmente bonito, com letras grandes e bom espaçamento. Uma boa edição sem dúvida.
Enfim, é um livro para os amantes de literatura, para os amantes dos livros, da arte, para os amantes de livros bem escritos... e para abrir os olhos a algumas pessoas (na esperança que estes consigam compreender a mensagem).
Parabéns ao Afonso Cruz por mais um trabalho de sucesso.
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