Ficha Técnica
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 264
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896571191
Sinopse
«Por qualquer estranha razão, sentimo-nos mais próximos de algumas das nossas criaturas sem sabermos explicar muito bem o porquê. De entre todos os livros que publiquei desde que comecei neste estranho ofício de romancista, lá por 1992, Marina é um dos meus favoritos.»
«À medida que avançava na escrita, tudo naquela história começou a ter sabor a despedida e, quando a terminei, tive a impressão de que qualquer coisa dentro de mim, qualquer coisa que ainda hoje não sei muito bem o que era, mas de que sinto falta dia a dia, ficou ali para sempre.»
Carlos Ruiz Zafón
«Marina disse-me uma vez que apenas recordamos o que nunca aconteceu. Passaria uma eternidade antes que compreendesse aquelas palavras. Mas mais vale começar pelo princípio, que neste caso é o fim.»
«Em Maio de 1980 desapareci do mundo durante uma semana. No espaço de sete dias e sete noites, ninguém soube do meu paradeiro.»
«Não sabia então que oceano do tempo mais tarde ou mais cedo nos devolve as recordações que nele enterramos. Quinze anos mais tarde, a memória daquele dia voltou até mim. Vi aquele rapaz a vaguear por entre as brumas da estação de Francia e o nome de Marina tornou-se de novo incandescente como uma ferida fresca. Todos temos um segredo fechado à chave nas águas-furtadas da alma. Este é o meu.»
Opinião
Só depois de ter durante anos o livro "A Sombra do Vento" (opinião aqui) na minha estante, é que me decidi a lê-lo. Não consigo sequer enumerar a quantidade de pessoas que me dizia para ler o livro. Daí até ler todos os seus livros foi não só um passo simples, como natural. Assim, logo a seguir à leitura da obra "A Sombra do Vento" seguiu-se a leitura de "O jogo do anjo" (opinião aqui) e, finalmente, "O Prisioneiro do céu".
Marina é uma obra que nos é apresentado num registo totalmente diferente. A sua escrita foi claramente direccionada para um público mais jovem. Mas senti eu isso? Não, de todo...
Mais uma vez o autor nos presenteou com uma obra de rápida leitura, e a editora juntou-se ao mesmo para tornar a leitura ainda mais agradável para o leitor. Desde a capa fantástica (a foto mas também a parte prateada da edição especial de aniversário) ao tipo de letra maior e mais espaçado, a editora Planeta fez chegar ao público português uma obra que tem tanto de arrepiante como de fantástico.
Não posso dizer que o final me tenha surpreendido, adivinhei quase desde início o que se estava a passar, mas isso não alterou quase nada a minha percepção sobre a obra, apesar de ter alterado um pouco a pontuação. E mais uma vez me apercebo que não preciso de dar 5 estrelas a um livro para que ele seja categorizado num dos meus livros favoritos.
É sempre maravilhoso viajar com Carlos Ruiz Zafón, conhecer melhor a sua Barcelona e privar com personagens tão dispares e, ao mesmo tempo, tão interessantes..
Esta é claramente uma obra que se afasta do meu género favorito (género fantástico), e no entanto como conseguiu Carlos Ruiz Zafón prender-me desta forma? Só ele com a sua escrita inebriante o conseguiria fazer... deixou-me literalmente colada a partir da primeira página.. mesmo suspeitando eu de tanta coisa, conseguiu arrepiar-me, acelerar-me o coração, fazer-me viajar e temer por tanta coisa..
Uma obra incontornável, que aconselho a um público um pouco mais jovem (o que eu teria AMADO ler esta obra no final da minha adolescência)!!
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