Kendrick Lamar nasceu em 1987. Trata-se de um rapper Americano que tem vindo a ganhar cada vez mais força no mundo musical.
Assim que coloquei o seu novo disco no CD para o ouvir senti logo a irrevêrencia e a originalidade que o destingue dos demais artistas RAP...
Falo-vos do álbum To Pimp A Butterfly que mais uma vez demonstra que Kendrik não é um artista como os outros e que o seu álbum não é apenas mais um álbum de rap. De facto logo na primeira música foi possível sentir a influência do rap conjugado com o jazz... mas ao longo de todo o álbum vamos sentindo notas de outros estilos, como funk, soul e mesmo... a simples fala. Uma "simples" pessoa a falar. A cada música, algo nos surpreende e, com o tempo, começamos a sentir curiosidade.. começamos a pensar "ok, o que é que vem para aí agora..?".
Mais uma vez encontramos um cd de cariz social muito vincado, com um design minimalista mas interessante.
Relativamente a músicas, a primeira, "Wesley’s Theory", conta com a participação de George Clinton e Thundercat e foi produzida por Flying Lotus. A música junta ainda a música "Every Nigger is a Star." Logo de início notamos então a vontade do autor de se ligar a outros artistas e a outras sonoridades já existentes.
Nota-se também a preocupação do músico em falar de outras questões como o consumismo que nos dias de hoje tem atingido valores alarmantes.
"What you want you? / A house or a car? / Forty acres and a mule, a piano, a guitar? / Anything, see, my name is Uncle Sam on your dollar / Motherfucker you can live at the mall"
De momento, este CD já tem tido algum reconhecimento, e alguns já o consideram como dos álbuns mais importantes em termos culturais, no momento.
Não é um disco para se ouvir de ânimo leve... é um CD para ouvir e reflectir. E só quem está disposto a o fazer o conseguirá apreciar em toda a sua plenitude.
Para finalizar, temos um pequeno presente dado aos reais fãs de rap. Imaginem uma música a terminar.. com uma entrevista.. a Tupac Shakur (entrevista conduzida em 1994). Nessa entrevista são discutidos assuntos interessantes como os desequilíbrios monetários, o racismo, etc.
Por fim este foi, para mim, um CD
Surpreendente
Diferente
Social
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