Título: Cheio de Vida
Autor: John Fante
Editor: Alfaguara Portugal
Edição ou reimpressão: 2016
ISBN: 9789896651374
SINOPSE
Entre a ficção e a autobiografia, Cheio de Vida é contado na primeira pessoa por uma personagem chamada John Fante. É um livro cheio de vida: uma mistura de comédia e drama povoado por personagens fortíssimos, como Nick Fante, o pai, teimoso e terno, dedicado à família e ao seu ofício. E é ainda uma história forte e comovente sobre laços familiares que contribui de forma notável para a herança literária multiétnica dos Estados Unidos.
OPINIÃO
(Roberta Frontini)
Este foi dos livros mais engraçados que li em 2016. Talvez não seja aquele tipo de humor a que estejamos habituados, mas sem dúvida que John Fante me conseguiu fazer rir em várias partes, transformando-se assim numa das leituras mais agradáveis que fiz o ano passado. Neste livro John Fante mistura ficção com realidade, e isso torna o livro ainda mais interessante. O que mais curiosidade me suscitou foi quando vi que Charles Bukowski aponta John Fante como seu mentor/ídolo na escrita. E é fácil de compreender o porquê. A realidade é também aqui apontada de forma crua e sem rodeios, apesar de esta ser um pouco mais amenizada neste livro do que em comparação ao que conheço da escrita de Bukowski.
Esta é então a história do autor (?) e da sua mulher (Joyce) que engravida. Ambos têm então de ajustar-se a esta nova realidade à medida que lutam pelo sonho americano (e contra uma praga de térmitas). A forma como a relação entre as duas personagens evolui graças ao filho que vai nascer é, a meu ver, o ponto crucial da obra. A relação entre as personagens fica então situada entre o drama e a comédia e a forma como ambas lidam com o absurdo do quotidiano vai sendo mostrado ao longo das páginas.
Não é só a transição para a parentalidade e as emoções que esta provoca que é discutida aqui. A importância da família e o fosso intergeracional também têm aqui uma aparição especial e tornam toda a trama mais interessante e humana. As tradições, a religião e as superstições também são motivo de análise (e chacota) por parte do autor e transformam este livro rápido de se ler, em algo extraordinário. No final, fica uma sensação de boa disposição e uma vontade enorme de ir ler mais obras do autor.
Um livro a ler! Por todos!
Um livro a ler! Por todos!
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