Título Original: Clay
Ano: 2011
Género: Romance, Drama, Suspense
Autor: David Almond
Autor: David Almond
Editora: Livros Horizonte
Um escritor pode ser muito talentoso, contar histórias fantásticas e criar personagens incríveis, contudo, se não conseguir que o leitor "viva" as suas histórias, sinta na pele as emoções das personagens embrenhando-se por completo nas páginas de um livro, então não consegue atingir aquilo que muitos poucos autores conseguem. E um desses autores especiais é David Almond, que com "Que monstros fabricamos?" conseguiu apresentar uma obra que perdura na memória do leitor muito depois da última página ter sido lida.
A história apresenta-nos David, um jovem cuja vida em nada difere dos demais da sua idade. Contudo, a chegada de um misterioso e estranho rapaz, Stephen Rose, à sua aldeia vem alterar por completo a sua realidade.
Muito se diz acerca de Stephen, sobre o seu passado sombrio, e o comportamento diferente e estranho do mesmo apenas serve para aumentar os receios de todos que com ele se cruzam. Contudo, David sente-se estranhamente ligado a este jovem que passa os seus dias a esculpir figuras em barro. Assim, é inevitável que uma amizade entre os dois surja. Uma amizade que conduzirá David a um caminho perigoso, assustador e muito perturbador...
Como reagirá David quando os dois rapazes criarem... um verdadeiro monstro?
O que mais gostámos neste livro foi a aparente facilidade com que David Almond consegue fazer com que o leitor "entre" no ambiente por ele criado: um ambiente sombrio, assustador, onde parece que a qualquer momento algo de realmente aterrador está prestes a acontecer.
Sendo uma obra com uma escrita bastante simples, com frases claras, curtas e sem grandes floreados, o seu teor não deixa de ser viciante. Assim, à medida que íamos avançando na leitura, não conseguimos evitar ser "arrastadas" para a realidade de David, à medida que este se depara com situações cada vez mais intensas e perigosas.
Este é um livro que recomendamos a todos aqueles que gostam de histórias envoltas em mistério, com um toque de terror à mistura.
Para si, qual foi a mensagem da obra?
ResponderEliminarE para si? Qual foi a mensagem?
EliminarPara mim o ponto central da obra assenta no poder da fé, do acreditar em algo. O autor explora o alcance da verdadeira crença: de quando se acredita em algo de tal maneira que isso pode mesmo acabar por tornar-se real, por mais assustador que possa ser ou impossível que possa parecer.
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