Autor: Richard Zimler
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 424
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04490-7
Sinopse:
Até que ponto um único assassinato pode iluminar a crise moral em que se encontra o país?
6 de julho de 2012. Henrique Monroe, inspetor-chefe da Polícia Judiciária, é chamado a um luxuoso palacete de Lisboa para investigar o homicídio de Pedro Coutinho, um abastado construtor civil. Depois de interrogar a filha da vítima, Monroe começa a acreditar que Coutinho foi assassinado ao tentar defender a perturbada adolescente do violento assédio sexual de algum amigo da família. Ao mesmo tempo, uma pen que o inspetor descobre escondida na biblioteca da casa contém alguns ficheiros com indícios de que a vítima poderá também ter sido silenciada por um dos políticos implicados na rede de corrupção que o industrial montara para conseguir os seus contratos. Tendo como pano de fundo o Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, que sofre sob o peso dos seus próprios erros históricos, Richard Zimler criou um intrigante policial psicológico, com uma figura central que se debate com os seus demónios pessoais ao mesmo tempo que tenta deslindar um caso que irá abalar para sempre os muros da sua própria identidade.
6 de julho de 2012. Henrique Monroe, inspetor-chefe da Polícia Judiciária, é chamado a um luxuoso palacete de Lisboa para investigar o homicídio de Pedro Coutinho, um abastado construtor civil. Depois de interrogar a filha da vítima, Monroe começa a acreditar que Coutinho foi assassinado ao tentar defender a perturbada adolescente do violento assédio sexual de algum amigo da família. Ao mesmo tempo, uma pen que o inspetor descobre escondida na biblioteca da casa contém alguns ficheiros com indícios de que a vítima poderá também ter sido silenciada por um dos políticos implicados na rede de corrupção que o industrial montara para conseguir os seus contratos. Tendo como pano de fundo o Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, que sofre sob o peso dos seus próprios erros históricos, Richard Zimler criou um intrigante policial psicológico, com uma figura central que se debate com os seus demónios pessoais ao mesmo tempo que tenta deslindar um caso que irá abalar para sempre os muros da sua própria identidade.
Opinião:
Ainda está para vir (ou não!) um livro de que não goste de Richard Zimler.
No entanto, este foi o livro que menos gostei de todos os que já li dele (vejam a minha opinião sobre À Procura de Sana; Os Anagramas de Varsóvia; O último cabalista de Lisboa; Goa e o guardião da aurora; Meia-noite ou o Princípio do mundo; e Trevas de Luz).
No entanto, este foi o livro que menos gostei de todos os que já li dele (vejam a minha opinião sobre À Procura de Sana; Os Anagramas de Varsóvia; O último cabalista de Lisboa; Goa e o guardião da aurora; Meia-noite ou o Princípio do mundo; e Trevas de Luz).
Como sabem, Richard Zimler é um dos meus escritores favoritos de todos os tempos!
Neste livro, surpreendeu-me imenso ao ter mudado, radicalmente, de temática. Arrisco-me a dizer que este é o livro dele mais "diferente" de todos os outros, mas espero que não se trate de um livro que marca uma mudança de estilo e de temática! Quero desesperadamente mais romances históricos escritos pelo autor! A minha sanidade mental e felicidade dependem disso :) !
Escrito num estilo mais contemporâneo, mas não deixando de usar a escrita crua e real que tanto o caracterizam e que tanto adoro, Richard Zimler apresenta-nos um policial passados nos nossos dias.
As pesonagens são bem dissecadas e estão carregadas de pormenores. É fácil criarmos empatia com as mesmas, colocarmo-nos do lado delas e sentir as emoções que o autor tão bem nos queria transmitir.
Interessante também o facto de o autor colocar, como personagens, pessoas que tão bem "conhecemos" e que fazem parte do real quotidiano da sociedade portuguesa. Sem medo, Richard Zimler acaba por, mais do que nos apresentar um policial, por nos mostrar os podres na nossa sociedade, uma sociedade cada vez mais corrompida e sem escrúpolos. Estamos a atravessar um período de crise terrível! Mas mais do que a crise económica que nos avassala, a pior crise que vejo é mesmo a crise moral e de valores, e foi aí que o livro me conseguiu tocar mais! Sem dúvida que consigo sentir bem (infelizmente) a crise moral que estamos a ultrapassar e que está a afectar todos quanto nos rodeiam. Isto é algo que me deixa profundamente triste, mas que não vou aprofundar neste post. Deixo apenas, aqui, este meu pequeno reparo.
Mais uma vez, o "mistério" está presente. O autor tem este dom, de deixam o leitor preso à trama pelo véu de mistério que gosta de tecer.
Sendo eu psicóloga, e apesar de amar policiais, posso dizer que também uma das coisas que gostei mais no livro não foi a questão da personalidade múltipla, mas sim o sofrimento que a personagem principal sente devido aos maus tratos infantis de que foi vítima. Aliás, mais do que empatizar com Henrique Monroe eu senti uma grande empatia pelo irmão (Ernie). Adorei a estrutura psíquica que Richard Zimler criou nesta personagem.
Amantes de policias contemporâneos - têm aqui um livro a não perder!
Neste livro, surpreendeu-me imenso ao ter mudado, radicalmente, de temática. Arrisco-me a dizer que este é o livro dele mais "diferente" de todos os outros, mas espero que não se trate de um livro que marca uma mudança de estilo e de temática! Quero desesperadamente mais romances históricos escritos pelo autor! A minha sanidade mental e felicidade dependem disso :) !
Escrito num estilo mais contemporâneo, mas não deixando de usar a escrita crua e real que tanto o caracterizam e que tanto adoro, Richard Zimler apresenta-nos um policial passados nos nossos dias.
As pesonagens são bem dissecadas e estão carregadas de pormenores. É fácil criarmos empatia com as mesmas, colocarmo-nos do lado delas e sentir as emoções que o autor tão bem nos queria transmitir.
Interessante também o facto de o autor colocar, como personagens, pessoas que tão bem "conhecemos" e que fazem parte do real quotidiano da sociedade portuguesa. Sem medo, Richard Zimler acaba por, mais do que nos apresentar um policial, por nos mostrar os podres na nossa sociedade, uma sociedade cada vez mais corrompida e sem escrúpolos. Estamos a atravessar um período de crise terrível! Mas mais do que a crise económica que nos avassala, a pior crise que vejo é mesmo a crise moral e de valores, e foi aí que o livro me conseguiu tocar mais! Sem dúvida que consigo sentir bem (infelizmente) a crise moral que estamos a ultrapassar e que está a afectar todos quanto nos rodeiam. Isto é algo que me deixa profundamente triste, mas que não vou aprofundar neste post. Deixo apenas, aqui, este meu pequeno reparo.
Mais uma vez, o "mistério" está presente. O autor tem este dom, de deixam o leitor preso à trama pelo véu de mistério que gosta de tecer.
Sendo eu psicóloga, e apesar de amar policiais, posso dizer que também uma das coisas que gostei mais no livro não foi a questão da personalidade múltipla, mas sim o sofrimento que a personagem principal sente devido aos maus tratos infantis de que foi vítima. Aliás, mais do que empatizar com Henrique Monroe eu senti uma grande empatia pelo irmão (Ernie). Adorei a estrutura psíquica que Richard Zimler criou nesta personagem.
Amantes de policias contemporâneos - têm aqui um livro a não perder!
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