sábado, 28 de fevereiro de 2015

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Entretenimento: CARLÃO; XANA TOC TOC; PANDA E OS CARICAS; FLORENCE + THE MACHINE; U2; CUT SLACK; PAUS; DEAD COMBO


Novidades no mundo da MÚSICA :) 

Carlão lança "Os Tais", primeiro single do álbum "Quarenta" - Carlão celebra com grande acuidade e humor, estilo inconfundível da sua escrita, a maturidade dos seus (quase) quarenta anos de existência, neste primeiro single "Os Tais", um retrato da alegria e estabilidade que a vida familiar lhe trouxe após décadas a explorar o fio da navalha, abraçando o aforismo "conhece-te a ti mesmo". E em "Os Tais", percebemos que essa busca foi e é uma tarefa hercúlea mas não foi e continua a não ser estéril. O beat é de Branko - dos Buraka Som Sistema – e leva-nos numa viagem musical em primeira classe, com escala na África do século XXI, que continua a mostrar novos mundos musicais ao mundo. Depois dos Da Weasel, Algodão e 5-30 (com Fred e Regula), Carlão escreve um novo capítulo da sua carreira, agora com um álbum em nome próprio. Uma edição culturafnac, que será lançada no final de Março e que terá distribuição digital com o selo da Universal Music Portugal. O single "Os Tais" é a peça angular de um puzzle intrincado que, uma vez completo, revela o universo de Carlão, feito de prosa, música e de uma capacidade de análise prístina dos seres e do mundo actuais.

XANA TOC TOC - "Xana Toc Toc no seu Trolipop" volta ao 1º lugar de vendas na tabela de DVD Mundo mágico da Xana Toc Toc continua a encantar os mais novos "Xana Toc Toc no seu Trolipop", o novo disco de uma das personagens mais adoradas do universo infantil em Portugal, voltou ao primeiro lugar do top de DVD. A nova aventura da Xana Toc Toc, também editada em CD, chegou às lojas em novembro do ano passado. Aqui, está de volta o mundo mágico da Xana Toc Toc, onde as aventuras não param. Com "Xana Toc Toc no seu Trolipop" os mais pequenos podem conhecer o colorido Trolipop e viajar à boleia das músicas da Xana Toc Toc no seu mundo mágico, cheio de aventura, criatividade, fantasia e diversão. A Xana Toc Toc não estava em casa. Na ilha dos Sonhos perguntámos à Borboleta dos Segredos onde estava a nossa amiga. "Foi fazer uma grande viagem no seu Trolipop", respondeu. A Borboleta piscou-nos depois o olho, apontou as suas antenas para o ar e levantou voo, deixando atrás dela um rasto de magia. Xana Toc Toc continua a bater recordes: no total, já vendeu mais de 121 mil discos, tem nove galardões de platina na categoria de DVD, 15 mil livros vendidos e mais de 20 milhões de visualizações de vídeos na Internet. Os destaques maiores são "Xana Toc Toc", "Aldeia Colorida" e "A Dança Toc Toc". A apresentação da Xana Toc Toc e do seu maravilhoso mundo encantado está feita. Esta é uma viagem que todas as crianças vão adorar!

PANDA E OS CARICAS - Espetáculo nomeado para os prémios Marketeer 2015 - Mais de 35 mil pessoas viram em dezembro os 14 espetáculos do Panda e os seus amigos "Panda e os Caricas, o Musical", espetáculo que em dezembro levou milhares de crianças a conviver com o Panda e os Caricas, está nomeado para a edição deste ano dos prémios Marketeer na categoria de Eventos e Entretenimento. A nomeação sucede após 14 espetáculos dados por todo o país. No total, foram mais de 35 mil os espetadores do musical, e as seis sessões que decorreram em Lisboa, a jeito de exemplo, estiveram totalmente esgotadas. Este musical produzido em parceria pela Universal Music Portugal e o Canal Panda, foi inspirado nos dois discos do grupo, as crianças são convidadas a ajudar a Pipa a escolher a profissão que melhor a caracteriza, tudo num ambiente com muita música, ritmos alegres e animação. O Matias, a Clarinha, a Pipa e o Pedro conquistaram a amizade do Panda – mas também cativaram a atenção e o carinho das crianças portuguesas. Foram esses meninos e meninas que tornaram o primeiro "Panda e os Caricas" um caso raro de sucesso: o CD e o DVD, que foi número 1 das tabelas durante meses, venderam mais de 70 mil unidades. A votação dos prémios Marketeer, que inclui também categorias como televisão, banca e agências de comunicação, publicidade e meios, entre muitas outras áreas, decorre até 10 de abril.

FLORENCE + THE MACHINE "How Big How Blue How Beautiful" é editado a 1 de junho Primeiro single "What Kind of Man" já disponível Florence Welsh e os Florence + the Machine estão de volta. "How Big How Blue How Beautiful" é o novo álbum da cantora, o terceiro da sua carreira, e chega quatro anos após o anterior "Ceremonials". O disco sai a 01 de junho mas a pré-venda no iTunes já está disponível. Na encomenda, os fãs recebem imediatamente o primeiro single, "What Kind of Man". O resultado em álbum da nova fase da vida de Florence é "How Big, How Blue, How Beautiful", conjunto de canções escritas e gravadas ao longo de 2014. O disco é produzido por Markus Dravs, que já trabalhou com nomes como Björk, Arcade Fire e Coldplay. Paul Epworth, Kid Harpoon e John Hill são alguns dos convidados. O disco é melodicamente rico, vivo, desconcertante nos momentos certos e poderoso em diversas frentes. Florence nunca soou melhor. O produtor Markus Dravs, lembra a cantora, gravou alguns álbuns dos Arcade Fire e "Homogenic", da islandesa Björk. Sobre este disco, Florence diz: "É um disco muito importante para mim”. Markus Dravs tem o "equilíbrio entre o orgânico e as capacidades eletrónicas, gerindo bem esses dois mundos". "É bom com sons grandes, e eu gosto de sons grandes. É bom com trompetes, e eu quis ter uma secção de metais neste disco", frisa Florence Welsh. Will Gregory, dos Goldfrapp, coordenou um conjunto de músicos que deram uma ajuda a Florence no novo álbum. O video de "How Big How Blue How Beautiful" teve estreia ontem à noite. Realizado por or Vincent Haycock e coreografado por Ryan Heffington, pode ser visto aqui. Florence and The Machine regressam a Portugal no dia 18 de Julho, no âmbito do Festival Super Bock Super Rock.

U2 - Curta-metragem para "Every Breaking Wave" já disponível Tema pertence ao disco "Songs of Innocence" e filme foi realizado por Aoife McArdle - "Every Breaking Wave" é um dos temas do último álbum dos U2, editado no ano passado. A faixa inspirou a curta-metragem com o mesmo nome realizada pela irlandesa Aoife McArdle e agora disponível. Localizado nas ruas da Irlanda do Norte na década de 1980, "Every Breaking Wave", a curta-metragem, centra-se em temas como o abandono emocional e a incerteza dos relacionamentos amorosos. O filme segue dois adolescentes, um católico e outro protestante, que se apaixonam no meio da violência. "Quis fazer um filme sobre o que era ser adolescente no começo dos anos 1980 na Irlanda do Norte. Todas as diferentes pressões: as da amizade, de te apaixonares pela primeira vez, tudo no meio de grandes problemas. A violência estava à porta de nossa casa. Lembro-me bem de como era crescer quando havia bombas e forças polícias e militares à volta", diz Aoife McArdle, nascida em Belfast, sobre o filme centrado na canção dos U2. The Edge, guitarrista dos U2, teceu rasgados elogios ao trabalho de McArdle: "A curta-metragem alarga o tema que esteve por detrás do último álbum, a experiência de crescermos nos anos 1980 em Dublin. Aoife estava em Belfast nessa altura. Achamos que o trabalho dela ficou extraordinário". Também o cineasta Spike Jonze elogiou o filme, que diz "capturar o sentimento" de "ser adolescente e sentir o primeiro amor", e Alejandro González Iñárritu, realizador do recente "Birdman", definiu a curta-metragem como uma obra com "força, visão e ambição". O novo álbum dos U2, "Songs of Innocence", foi editado oficialmente no passado mês de outubro e teve entrada direta para o primeiro lugar da tabela de vendas em Portugal. "Songs Of Innocence" é o trabalho mais pessoal dos U2 até à data, mostrando assim as razões que levaram a banda a juntar-se. A família, as relações e a descoberta são alguns dos temas tratados neste álbum, o qual foi gravado em Dublin, Londres, Nova Iorque e Los Angeles, tendo sido produzido por Danger Mouse, Paul Epworth, Ryan Tedder, Declan Gaffney e Flood.

CUT SLACK 'Last Night' é editado pela Universal Music em parceria com o Tradiio - Cut Slack, artista e produtor português, lançou o seu EP de estreia em 2012, auto-intitulado "Cut Slack", onde se destacam as participações de Da Chick, Nuno Just e Thunder and Co. Participou posteriormente num concurso de remixes para os franceses Yelle, onde foi um dos finalistas vencedores. Entre os seus últimos trabalhos como produtor e compositor destacam-se os singles "DYE" e "ONO" dos Thunder and Co, o tema "O Mambo Está Nice" do último álbum de Sensi, e "A Razão da Distração", primeiro single de O Martim, e está actualmente a produzir o álbum da Da Chick, o EP da Isaura e o seu primeiro álbum em nome próprio. O single "Last Night", o mais recente trabalho de Cut Slack, com a participação do Ghetthoven nas vozes, é editado digitalmente pela Universal Music Portugal em resultado da parceria com o Tradiio anunciada no final do ano passado. Este single inclui ainda uma remistura inédita por Ohyeah.

PAUS esgotam LUX e seguem para 20 datas na Europa O Lux esgotou na noite de sábado (dia 14/02) para receber os PAUS, antes da partida da banda para uma digressão de 1 mês com 20 concertos. Espanha, França, Bélgica, Reino Unido, Holanda e Itália recebem o grupo já a partir de dia 17 de Fevereiro. Até 14 de Março, os PAUS estão ausentes do país para uma tour de clubes em o trabalho do grupo será divulgado, nomeadamente o último disco da banda, intitulado "Clarão", com distribuição europeia via PIAS, sendo que em Portugal conta com a chancela da Universal Music Portugal. Após o périplo pela Europa, segue-se o regresso a Portugal com várias surpresas e o início da preparação do próximo trabalho de estúdio. PAUS on tour: 
Fevereiro
17th Sala Costello (Madrid) + IEPI, SPN
18th Sala Sidecar (Barcelona) + IEPI, SPN
19th The 1988 club, Rennes, FR
20th Muziekodroom, Hasselt, BE
21st The Lexington, London, UK
25th De Gudde Wellen, Luxembourg, LUX
26th LuxorLive, Arnhem, NL
27th Vera, Groningen, NL
28th Winston, Amsterdam, NL

Março
01st Mad Café, Liège, BE
03rd Mudd Club, Strasbourg, FR
05th Locomotiv, Bolonia, IT
06th Milano, Salumeria della Musica, IT
07th Turim - Venue Spazio 211, IT
08th Mattatoio n.5, Montepulciano, IT
10th Jerkow, Toulouse, FR
11th Bar Medialuna. Pamplona, SPN
12th Festival Lekuek (Gernika) SPN
13th Zona C (Santiago de Compostela ) SPN
14th Sala Bukowski (Donosti), SPN

DEAD COMBO Digressão norte-americana arranca em Março - Banda sonora de novo filme com Will Smith inclui duas canções do grupo. Os Dead Combo, formados por Tó Trips e Pedro Gonçalves, arrancam a 6 de março uma digressão por território norte-americano. O primeiro concerto decorrerá em Portland e até 15 de março serão oito os concertos do grupo repartidos entre os Estados Unidos da América e o Canadá. Seattle, a 7 de março e Vancouver, no dia seguinte e no dia 10, são os concertos que se seguem na digressão. A 12 de março o duo viaja até Montreal, e as três datas finais serão em Quebec, Nova Iorque e Nova Jérsia, a 13, 14 e 15 de março, respetivamente. Ao mesmo tempo, chega aos cinemas o filme "Focus", que tem na sua banda sonora dois temas dos Dead Combo: "Rumbero" e "Lisboa Mulata". O filme é escrito e realizado por Glenn Ficarra e John Requa e tem Will Smith, Margot Robbie e Rodrigo Santoro nos principais papéis. Nos Estados Unidos, "Focus" estreia-se a 27 de fevereiro, estando prevista a sua chegada a Portugal a 12 de março. "A Bunch of Meninos", editado no ano passado, é o mais recente álbum dos Dead Combo, o sexto da sua discografia. O trabalho é composto por 13 canções, assinadas integralmente pela dupla que forma a banda, e conta com a produção de Tó Trips e Pedro Gonçalves em parceria com Hélder Nelson. Os Dead Combo reeditaram o disco em novembro, juntando-lhe um DVD com oito temas gravados ao vivo no Theatro Circo, em Braga.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

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Livro: Os Cachorros/Os Chefes




Título Original: Los Chachorros/ Los Jefes
Ano de Edição: 2011
Género: Contos
Autor: Mario Vargas Llosa


O nome Mario Vargas Llosa é sobejamente conhecido no mundo da literatura, ou não se tratasse de um recente vencedor do prémio Nobel nessa mesma área. Por isso mesmo, foi com entusiasmo que me aventurei na leitura de uma obra constituída por contos com décadas de existência.


"Os Chefes (1959) foi a primeira obra publicada de Mario Vargas Llosa, e com ela obteve o seu primeiro reconhecimento literário, o Prémio Leopoldo Alas.
Segundo o autor, «Os Chefes é um pequeno microcosmo do que viriam a ser o resto dos meus livros.» Quando escreveu Os Cachorros (1967) o escritor peruano já era mestre de todas as faculdades da sua narrativa, pelo que este livro acaba por ser uma mostra da diversidade das paixões pessoais e colectivas.
Como afirma Mario Vargas Llosa: «De todas as obras que escrevi, esta é a que tem as interpretações mais diversas.» A partir dos adolescentes protagonistas dos dois textos, o autor reflecte sobre a tirania e a violência que marcam uma sociedade e frustram as expectativas dos seus habitantes."


Confesso que não estou muito habituada a ler contos daí que, à partida, não soubesse bem o que esperar.
Basicamente, a escrita de Llosa tem o seu encanto apesar de no caso do conto "Os Cachorros" ter sentido que viajava no tempo e que estava, novamente, perante uma obra de José Saramago. "Para onde foram todas as regras de pontuação?", dei por mim a pensar. Aliás, acho que a escrita de Saramago é bem mais simples que a que este autor sul-americano nos apresenta neste conto. Daí que, apesar de algo interessante, esta primeira história tenha um pouco aquém das expectativas.
Os restantes 6 contos foram escritos numa prosa muito mais agradável e convidativa. Todos eles são histórias simples mas inteligentes, que acabam por ter sempre um detalhe que faz toda a diferença e que deixa no leitor ou um sorriso nos lábios ou um assunto sobre o qual pensar.
Aquilo de que mais gostei é o retrato que Mario Vargas Llosa traça do seu país natal, o Perú. Senti-me, literalmente, a viajar pelas ruas descritas, sofri com o calor dos locais retratados e observei com encanto as suas paisagens. Sem ser muito descritivo, Llosa consegue transportar o leitor para o local onde as personagens vivem as suas aventuras e desventuras.
No seu todo, não posso dizer que esta seja uma obra que me tenha arrebatado por completo contudo proporcionou-me uma boa leitura e aguçou o meu apetite para ficar a conhecer outros livros deste conceituado escritor.


Por Mariana Oliveira

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

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95ª Entrevista do FLAMES: Célia Correia Loureiro (escritora portuguesa)


Célia Correia Loureiro


Célia Correia Loureiro nasceu em Almada, em 1989. Licenciou-se em Informação Turística pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, mas garante que a sua vocação é a escrita. Desde cedo começou a contar histórias através de ilustrações. Aos doze anos leu o seu primeiro romance e, desde aí, não parou de ler nem de escrever. Com algumas obras terminadas, apresenta-se aos leitores através da Alfarroba com "Demência" em Nov. de 2011 e, em Out. de 2012 lança, pela mesma chancela, "O Funeral da Nossa Mãe". Posteriormente, publica "A Filha do Barão" pela Marcador.

Filme preferido: E Tudo o Vento Levou
Livro preferido: E Tudo o Vento Levou
Anime preferido: Não tenho
Manga preferido: Dragon Ball
Evento/Espectáculo ou programa de Entretenimento preferido: Não tenho
Série preferida: Sex and the City

Nasce-se escritor ou aprende-se a ser escritor? 
Nasce-se escritor, sem dúvida. O que não significa que não se possa apenas descobrir isso bem mais tarde. Há quem “aprenda” a ser escritor, ou “se faça” escritor. Mas a distinção é clara entre uns e outros. 

Para ti ser escritora é, acima de tudo, satisfazer a tua ânsia em escrever ou proporcionar boas horas de leitura a quem compra as tuas obras? 
Para mim ser escritora é, sobretudo, procurar compreender-me melhor. Exorcizar a multitude de emoções e de personalidades que me compõe. É poder ser esquizofrénica sem que isso me cause mal. E, por felicidade, há quem encontre algo de bom na minha esquizofrenia. 

Qual foi o melhor elogio sobre o teu trabalho que recebeste até hoje?
Dizerem-me que sou humana nos meus livros é algo espectacular. Transpor humanidade para qualquer tipo de arte não é fácil. É fácil dissertarmos sobre amor e o tempo, ser-se doce ou amargo, mas não é fácil mostrarmos a complexidade, o sujo e o puro, que é ser-se humano, e ainda assim enojarmo-nos e comovermo-nos no mesmo parágrafo. Dizerem-me que o meu trabalho tem muito de humano é muito gratificante.

Olhando, em retrospectiva, para as obras que publicaste até agora, tendo essa oportunidade mudarias alguma coisa? 
Mudaria, sim. Nada será jamais perfeito, porque qualquer coisa que eu faça agora sairia sempre melhor se a fizesse daqui a uns anos. Pelo menos é o que sinto em relação aos livros que escrevi. Sobretudo em relação ao Demência, que é ainda muito carne da minha carne. Estou a reescrevê-lo aos poucos e tenciono tentar voltar a publicá-lo um dia. Falhei nalguma pesquisa e nalguma técnica. Agora conseguirei fazer melhor (nunca perfeito, contudo). Falta-lhe chegar a muita gente. 

Achas que ser uma escritora tão jovem em Portugal é uma vantagem ou mais uma desvantagem? 
Como disse em entrevista anterior ao Sol, a escrita não pode ser vista à luz da idade. Continuo a pensar assim. Cada vez mais ser-se jovem não é impeditivo de se escrever bem, e mesmo a sociedade já entendeu isso.

Como perspectivas o futuro da tua carreira?
Enquanto viver vou escrever, isso é certo. Se haverá quem queira ler-me ou quem queira publicar-me, isso já é outra coisa :)

Muito obrigada Célia pela simpatia!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

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Filme: Nunca me deixes (2010)





Ficha Técnica

Título original: Never Let Me Go
Duração: 103 minutos
Ano: 2010
Género: Drama, Romance, Ficção Cientifica
Cast:
Carey Mulligan ... Kathy
Andrew Garfield ... Tommy
Izzy Meikle-Small ... Young Kathy (as Isobel Meikle-Small)
Charlie Rowe ... Young Tommy
Ella Purnell ... Young Ruth
Charlotte Rampling ... Miss Emily

Site oficialhttp://www.foxsearchlight.com/neverletmego/



Trailer




Opinião

Quando ouvi este título pela primeira vez, a primeira coisa que pensei foi: mais um romance da treta! Mas não, este não é, claramente, um romance da treta, e foi dos filmes mais interessantes que vi nos últimos tempos.
E porque o decidi ver? Porque o trailer mostrou-me um elenco de peso!

Este filme tem um pouco de tudo: romance, inveja, ciume, tragédia e, sobretudo, o ingrediente mágico: MISTÉRIO. Curiosamente esta é uma adaptação cinematográfica a uma obra de Kazuo Ishiguro. Foi pena, acho que se tivesse sabido antes talvez teria lido primeiro o livro. Ou talvez não, quem sabe. De facto a ficção cientifica não é, claramente, o meu género de leitura favorito, mas devo dizer que esta história está mesmo magistral.

O filme é ambientado num passado que nunca existiu, um passado em que a esperança média de vida ronda os 100 anos. No fundo a história apresenta-nos três personagens (e sim, trata-se de um triângulo amoroso). A parte do triângulo amoroso sinceramente achei-o bastante previsível e desnecessariamente melodramático, mas penso que esta não é a parte mais importante deste filme. Estas três personagens principais moram num colégio interno onde o mais importante é que se alimentem de forma saudável e que tenham muito cuidado com tudo o que lhes possa fazer mal, pois estes três jovens têm uma finalidade muito importante... O que é, não vos posso mesmo contar. Seria um grande spoiler, mas é-nos revelado mais ou menos a meio da história. A partir da altura da revelação, continuamos a acompanhar a vida destas crianças que, com o tempo amadurecem, e seguem o seu percurso rumo aquilo que lhes espera.

Uma história dramática, intensa.. um retrato cruel de uma sociedade que [não] existiu...

Mas este filme não é apenas fabuloso por causa da história que encerra. Toda a forma como o filme foi concebido é magistral, com a escolha de tons mais monocromáticos e que apelam a outros tempos, ou a crueza de certas imagens que chamam a uma melancolia e tristeza e que nos ajuda a fazer sentir como as personagens. Não é um filme para nos meter "bem dispostos". É um filme para nos meter a pensar e nos fazer reflectir. É um filme que nos faz torcer pelo bem das personagens até ao final. É um filme tão bem feito, que nos deixa uma sensação estranha no final. Talvez estes pontos que, para mim, foram os mais positivos, sejam bastante criticados entre as pessoas que realmente percebem de cinema e filmagens. Esta, claro, é apenas a minha opinião, agora vocês vejam e depois digam-me algo!

Roberta Frontini

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

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Livro: 18 Segundos



Título Original: 18 Seconds
Ano de Edição: 2006
Género: Policial
Autor: George D. Shuman
Editora: Editorial Presença


Já tinha ouvido falar deste livro há vários anos atrás mas confesso que nunca esteve no topo da minha lista de leituras prioritárias. Contudo, quando o vi à venda a um belo preço numa feira de velharias nem sequer hesitei!


Sinopse:
"Esta primeira obra de um autor que desempenhou uma actividade policial durante vinte anos é um livro que surpreende, arquitectado com um realismo convincente. Sherry Moore é invulgarmente bela, cega, vulnerável e compassiva. A sua mente tem uma característica única, a de poder «ver» o que ficou gravado nos últimos 18 segundos de memória que antecedem a morte de uma pessoa. Essa capacidade cedo a põe em contacto com as forças da lei a quem ajuda a resolver casos criminais. Quando a tenente O’Shaughnessy começa a investigar casos de desaparecimento de jovens mulheres em Wildwood, na Nova Jérsia, as duas mulheres juntam forças para capturar um tenebroso serial killer, acabando por encontrar-se em poder do assassino... Um novo estilo de thriller, não aconselhável a cardíacos."


Opinião:
Este livro segue a tradicional receita de policiais norte-americanos: um assassino desprezível e sem quaisquer escrúpulos e um agente da força policial, neste caso uma tenente, que tudo fará para travar a vaga de terríveis crimes. Até aqui, nada de novo...
No entanto, confesso que não estava à espera de sentir uma afinidade tão grande com certas personagens, principalmente a tenente O'Shaughnessy e o detective John Payne. São pessoas de carne e osso que tentam conciliar as suas vidas pessoais com as exigências de um agente da lei.  A tensão vai aumentando na medida desejada e, apesar de ter sempre a sensação de já ter visto algo de semelhante neste ou naquele filme, o autor conseguiu manter-me interessada na resolução desta caça do gato e do rato. O final foi satisfatório e George D. Shuman soube utilizar um elemento surpresa para criar um maior impacto no leitor (elemento esse que, por razões óbvias, não revelarei!).
Contudo, há um aspecto que a meu ver prejudica em muito a obra pois as expectativas do leitor acabam por sair algo defraudadas. Ao que me refiro? À ausência de Sherry Moore durante grande parte do livro. Em números redondos, ela deve aparecer num terço do livro (se tanto!). Sendo esta uma obra cujo título e sinopse se baseiam fortemente nesta prodigiosa cega, não pude deixar de me sentir algo enganada ao ver que ela assume um papel bastante secundário durante grande parte da história e, assim, "18 Segundos" acaba por se tornar demasiado semelhante aos demais policiais já publicados.
Mesmo assim, para os fãs deste género literário não penso que ler esta obra seja uma má experiência pois creio que lhes proporcionará algumas horas de entretenimento.


Por Mariana Oliveira

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

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161º Passatempo do FLAMES (em parceria com a Editorial Planeta)



Temos um exemplar deste livro para oferecer.

Já sabem, preenchem os formulários e..

BOA SORTE :)

 TERMINADO

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

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Livro: Penélope - Liberdade, Medo e Solidão (Coletânea)




Ficha Técnica

Título: Penélope - Liberdade, Medo e Solidão (Coletânea)
Editor: Livros de Ontem + The Art Boulevard
Género: Conto + Fotografia
Autores: Álvaro Cordeiro, Ana Rita Sousa, Bárbara Lopes, Edson Athayde, Hélder Magalhães, Luísa Carvalho, Cidália Carvalho, Rita Só, Sílvia Mota Lopes , Soraia Ribeiro, Vasco Ricardo
Fotografia: Catarina Lopes, Flávio Moreira, Felipe Almeida, Fabielle Vieira, Paulo Cintra, Marina Barbim, Ricardo Reis Pereira, Ana Costa, Cristiana Gomes, Fábio Roque. 
Ilustração: André Freitas Santos.
Páginas: 225


Sinopse

Esta publicação junta num só livro 10 contos, 10 fotografias e 1 ilustração de 21 novos autores de expressão portuguesa, dando-lhes assim uma oportunidade de mostrar o seu trabalho e se integrar no mundo editorial. O primeiro número desta grandiosa coletânea tem o tema “Liberdade, Medo e Solidão”, promovendo assim trabalhos de grande qualidade artística e introspetiva. A coletânea Penélope pretende ser uma montra para a elevada qualidade artística e literária dos novos autores, constituindo-se assim como um meio de promoção e apoio aos jovens artistas de expressão portuguesa.


Opinião

É sempre complicado fazer uma opinião de livro de contos, mas à semelhança do que tenho feito em posts anteriores de livros de contos, vou dar a minha opinião breve sobre cada um dos contos. 

Conto: Quatro 
Autor: Edson Athayde
O Autor Edson Athayde foi convidado para escrever este conto nesta colectânea. Achei que o conto estava bem escrito e que tinha bastante potencial. Podia ter sido mais desenvolvido, eu teria gostado mais se assim fosse, mas a moral do mesmo é fantástica. Como disse, a ideia estava muito bonita.  


Conto: Todos os dias
Autor: Álvaro Cordeiro
Quando comecei a ler este conto já sabia que ía ficar, mais uma vez, deliciada com a escrita do autor. Álvaro Cordeiro tem uma escrita muito bonita e cuidada. Gostei bastante deste conto que conta uma parte da vida de duas personagens: Anselmo e Daniel. Terão eles algo em comum? 
Espero que gostem tanto da escrita do escritor como eu gosto, já tinha lido o seu livro "Nós, Vida" e adorado a forma como descreve pequenos e insignificantes gestos que, com a sua escrita, se tornam majestosos. Vale a pena ler!


Conto: Coração sem-abrigo
Autor: Ana Rita Sousa
Este conto deixou-me colada ao livro... esquecendo-me de tudo e de todos, mergulhei nas histórias de Leonel e Vasco, e deixe-me embrenhar pelas suas vidas. Um conto que me surpreendeu bastante pela escrita mas, sobretudo, pelo retrato que consegue tecer sobre alguns tipos de pessoas em Portugal, com uma vertente crítica que se entre vê bem nas entre-linhas.


Conto: A noite e a luz
Autor: Bárbara Lopes

A palavra que me vem à mente assim que penso neste conto é: originalidade. De facto, não é todos os dias que nos deparamos com um texto em que o narrador e personagem principal é.. uma ratazana. Eu destesto ratazanas, tenho uma verdadeira fobia a ratos e foi também por isso que algumas descrições feitas pela autora me conseguiram arrepiar. Um texto interessante sobre a escuridão, o poder hipnotizador da luz... enfim.. é preciso lerem para saberem mais...
 
Conto: Eis o que se decidiu cumprir
Autor: Hélder Magalhães
Este não é apenas um texto qualquer... ou um conto qualquer... o autor utiliza uma linguagem poética muito própria, que me deixou perplexa. Um conto que claramente se destaque dos outros, neste livro, pela sua linguagem. Gostei bastante de conhecer mais este autor. Neste conto seguimos um homem num momento muito particular da sua vida, mas para descobrirem qual é terão de dar uma oportunidade a este livro. 


Conto: Psicopata passageiro
Autor: Luísa Carvalho
 
O conto de Luísa Carvalho foi dos melhores contos que li nos últimos tempos. Num curto espaço de tempo (um conto) e centrando-se num curto período temporal (um trecho de uma viagem de autocarro), a autora conseguiu contar-nos uma história com uma excelente estrutura e com algum mistério. Senti-me agarrada à história desde o início e senti a atmosfera que a autora criou. Muito bem estruturado e escrito, proporcionou-me um bom momento de lazer ao mesmo tempo que me presenteou com algumas das frases mais bonitas que li nos últimos tempos. Parabéns à autora. 
 
Conto: Histórias de um Barreiro por trás dos montes
Autor: Cidália Carvalho
Mais um conto que me deixou estarrecida. Passa-se no Alentejo e a história de Cidália nos relata é de uma doçura inacreditável. Adorei a escrita e a história! 5 estrelas!
Neste conto, acompanhamos um pouco dos últimos anos de vida do Ti'Chico e viajamos esporadicamente ao seu passado, para compreendermos melhor esta personagem...


Conto: Decidi que escreveria
Autor: Rita Só
Gostei bastante da ideia deste conto, no entanto achei que poderia ter sido mais desenvolvido. Não deixou de ser um texto bastante original da qual não posso falar ou estragaria a surpresa quando o lessem. Parabéns à autora pela ideia!

Conto: Viajando em contramão
Autor: Sílvia Mota Lopes
Este conto era dos que tinha mais curiosidade em ler por gostar imenso dos trabalhos da Sílvia (em termos de pintura). Esta era então a minha oportunidade para ver como se saía ela na escrita, e não fiquei nada desiludida. A Sílvia é uma artista no verdadeiro sentido do termo, tendo escrito este conto maravilhoso onde reúne duas personagens que se tinham desencontrando. Neste conto a autora utiliza ainda a poesia para complementar o enredo. Gostei muito. 


Conto: Os contornos da Alma

Autor: Soraia Ribeiro

Mais um conto inteligente e interessante que reflecte sobre questões importantes como o medo e, sobretudo, a solidão. Gostei da história e da forma como nos foi contada. Neste conto são-nos apresentadas mais duas personagens cujos destinos se cruzavam ocasionalmente, mas cujo laço será reforçado por um importante evento...

Conto: Escape
Autor: Vasco Ricardo
Mais um conto cuja palavra que me ressoa na cabeça é: originalidade. Neste conto Vasco Ricardo deixou-me completamente colada às páginas com o rol de personagens que nos vai apresentando e que se vão entrecruzando. Num registo diferente do normal, o autor conseguiu construir diálogos inteligentes onde aproveita para tecer algumas acutilantes criticas à sociedade. Deixou-me água na boca para ler mais coisas dele. 



Avaliação final:


Roberta Frontini

domingo, 15 de fevereiro de 2015

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Entretenimento: DIOGO PIÇARRA; LIKE US; ANTÓNIO ZAMBUJO; XINOBI; VIOLETTA; CHERRY; LADY GAGA E TONY BENNETT; MADONNA; IVETE SANGALO; ÀTOA; SAM SMITH;RUI MASSENA


Novidades no Mundo da Música!

DIOGO PIÇARRA - "Tu e Eu" estreou na rádio e em todas as plataformas digitais - O vídeo pode ser visto aqui. Diogo Piçarra estreia-se com o single "Tu e Eu", a canção que serve de avanço ao primeiro álbum do cantautor, a editar no final do mês de Março. Produzido por Fred Ferreira (Banda do Mar, Orelha Negra, Buraka Som Sistema), o álbum mostra Diogo Piçarra, não só na sua faceta de intérprete, mas também como compositor e letrista das 12 canções que compõem o disco e ainda como multi-instrumentista. Conhecido do grande público ao ter vencido a edição dos Ídolos (SIC) em 2012, Diogo Piçarra juntou desde então uma legião de fãs que o seguem e incentivam nas suas redes sociais. Os números impressionam: 9 milhões de visualizações no Youtube, o qual conta com mais de 66 mil seguidores, 93 mil fãs no Facebook, no Instagram mais de 15 mil e no Twitter cerca de 10 mil seguidores. "Tu e Eu" pode ser ouvido em todas as plataformas digitais.


100 mil visualizações do vídeo "Tu e Eu" em 3 dias - Foram precisos apenas 3 dias para que o vídeo oficial de "Tu e Eu", o single de estreia de Diogo Piçarra, atingisse as 100.000 visualizações. Um número extraordinário que o artista festeja sobretudo com os fãs que o seguem desde 2012, data em que venceu o concurso televisivo Ídolos, transmitido na SIC.

LIKE US - Álbum de estreia reeditado a 23 de fevereiro Pré-venda chega ao iTunes e garante vários downloads imediatos - Os Like Us, nova sensação da pop portuguesa, vão reeditar a 23 de fevereiro o seu álbum de estreia. A pré-venda do disco arrancou no iTunes, e quem fizer a compra antecipada do álbum terá alguns downloads imediatos. A partir de hoje está disponível em todos os parceiros o single "Holla Day" F.U.M.O. Remix. A pré-venda da reedição de "Like Us" no iTunes, para além do single remisturado, inclui o download imediato do vídeo "I Feel Alive" disponível a dia 9 de fevereiro, enquanto no dia 16 é disponibilizada a nova versão de "The Signs" feita por Andie Kross. A nova edição juntará aos temas originais uma faixa nova, "Ela Sabe", que estava somente disponível a quem comprava o disco no iTunes, e remisturas de diversos DJs para os temas mais bem sucedidos do grupo. Entretanto, os Like Us estrearam recentemente um novo vídeo, "I Feel Alive", gravado ao vivo. Aveiro, Setúbal e Guimarães, na reta final de 2014, foram cidades que acolheram o quarteto em concertos esgotados. Antes, a banda havia tocado por exemplo na primeira parte dos R5, grupo de Ross Lynch, protagonista de uma série de TV de sucesso, que trouxe ao Coliseu de Lisboa a sua "Louder World Tour". Os vídeos dos Like Us superaram já a marca de um milhão de visualizações no canal VEVO, e a banda tem marcado presença em diversos programas televisivos. Os Like Us lançaram o single de apresentação, "You Mean The World to Me" na primeira metade do 2014 e desde aí a banda tem provado ser o novo fenómeno da pop em Portugal. 

ANTÓNIO ZAMBUJO Triunfa em França com 13 concertos em 12 dias - Artista regressa a Portugal para concertos nos Coliseus - Terminou, no passado domingo, a maratona de 13 concertos em 12 dias, que levou António Zambujo a 6 cidades francesas e deixou o público gaulês irremediavelmente rendido ao seu talento e encanto. Em apenas dois dias foram vendidos mais de 1.000 discos no prestigiado evento Folle Journée de Nantes, logo após ter atingido o primeiro lugar do Top World Music do iTunes Francês. Aos concertos, António Zambujo somou um périplo mediático pelos meios de referência franceses: deu 14 entrevistas à imprensa escrita, participou em 6 programas de rádio e 2 dos seus concertos foram transmitidos, em directo, em canais de televisão franceses. Em Paris, Laval, La Fleche, Challans, Cholet e Nantes, António Zambujo, acompanhado de uma equipa de 6 pessoas, actuou para um total de 8 500 espectadores. O artista português regressa agora a casa para continuar a apresentar "Rua da Emenda" - já galardoado com a marca de Ouro e prestes a atingir a Platina - ao público nacional, subindo aos palcos dos Coliseus (Lisboa, 19 e 20 de Fevereiro e Porto, 21 de Fevereiro) para três espectáculos que já se encontram praticamente esgotados.

XINOBI - ESTREIA O VÍDEO DE "REAL FAKE" - Xinobi acaba de estrear o visual oficial de "Real Fake", o mais recente single do álbum "1975", que já pode ser visto aqui. O vídeo foi realizado por Rui Vieira e produzido pela Playground. E é o próprio Xinobique nos conta a história: "Este é um filme sobre um rapaz apaixonado por uma rapariga. Ela é a mais popular - aquela que é inatingível e que remete o rapaz para a esperança do amor platónico. Um acontecimento traumático leva-o a sentir sensações que pensava inalcançáveis. A rapariga que tanto o fascina materializa-se entre o palpável e a miragem. Torna-se numa numa história de amor fracturada em dois quadrantes: o Falso que assume o papel do conforto e o Real que anula a esperança ao rapaz." "Real Fake" é também um novo pretexto para redescobrirmos a viagem pelas influências da house, do disco, funk, dub jamaicano e surf guitar que o alter-ego de Bruno Cardoso nos propõe no seu álbum de estreia, que foi lançado em Outubro passado.
Xinobi é um dos fundadores da essencial editora independente Discotexas.
Ficha técnica do vídeo:
Director: Rui Vieira
DOP: Leandro Ferrão
Production Co: Playground
Producers: Joana Lisboa, Márcia Meireles & Rute Avelar
Cast: India Coimbra & Rafael Caetano
Colourist: Scott Harris - Glassworks Amsterdam
Flame artist: Mário Gaspar - Ingreme

VIOLETTA "Violetta Em Concerto" com músicas ao vivo, inéditas e ainda karaoke - Depois de 3 discos editados, dois com a distinção de disco de Platina, a cantora mais famosa do canal Disney, Violetta, regressa aos discos com "Violetta em Concerto". O novo disco é um CD/DVD composto por temas ao vivo e inclui ainda 5 músicas inéditas. O DVD integra 11 vídeos e versões Karaoke e Sing Along de vários temas. Na mesma altura, Violetta lança-se numa tour que engloba vários espétaculos à volta do mundo. A artista estreou-se em Portugal, em Lisboa, para 6 concertos no MEO Arena, com mais de 70 mil espetadores. Mais recentemente, a série mais famosa do Disney Channel começou a ser transmitida em canal aberto, na SIC.

CHERRY - ESTREIA O VÍDEO DE "WHAT IF IT RAINS?" - Acaba de estrear o novo vídeo de Cherry, "What If It Rains?", gravado em Sintra e em formato Live Sessions. Disponível aqui através do VEVO. Apesar do título e de falar sobre medo (de viver, de arriscar, de se libertar), esta é uma canção solarenga. Como pista, a cantora diz que "é uma metáfora para aquelas pessoas que querem ter tudo sobre controlo, com tanto medo que têm de sofrer". Como está escrito no booklet:

We feel fear because we need to
We feel guilt because we have to
Fear and guilt are just tools
But sometimes we mistake them as rules.

Editado pela Universal Music Portugal, em parceria com a Blim Records, "London Express" já está nas lojas, e é uma colecção de canções que revelam histórias sobre mulheres (reais e do nosso imaginário), contadas e cantadas numa pop melódica e recheada de momentos. Descoberta em palco, o ambiente em que se sente mais livre, Cherry nasceu em Lisboa mas vive e trabalha actualmente em Londres.

LADY GAGA E TONY BENNETT: JUNTOS NOS GRAMMYS
O novo DVD e Blu Ray "Cheek to Cheek Live!", que os juntou em palco em Nova Iorque, para actuação inesquecível, já está disponível. O Washington Post afirma que eles são "dois artistas divinos em palco, donos de uma química única". Lady Gaga e Tony Bennett vão interpretar nos Grammys uma das canções que está presente no álbum "Cheek to Cheek", editado em Setembro do ano passado, e no novo DVD e Blu Ray "Cheek to Cheek Live!", que acaba de chegar às lojas portuguesas. As 19 canções, em dueto e a solo, foram gravadas no Lincoln Center, em nova Iorque, para um especial da PBS, a aclamada televisão pública americana. Em "Cheek to Cheek", os clássicos do Great American Songbook, como "Anything Goes", "Nature Boy" ou o próprio tema-título ganharam nova vida pela voz das duas estrelas, mas também pelo toque de alguns dos músicos mais experientes do mundo do jazz como Mike Renzi, Harold Jones ou Brian Newman. Para este DVD e Blu Ray, a esses músicos junta-se uma orquestra de 39 elementos, conduzida por Jorge Calandrelli.

MADONNA - ESTREIA "LIVING FOR LOVE" NO SNAPCHAT
O primeiro visual oficial para o álbum "Rebel Heart" acaba de estrear e está disponível em exclusivo na aplicação móvel Snapchat.
Os realizadores do vídeo são os franceses Julien Choquart e Camille Hirigoyen, mais conhecidos como JACK. Parte da equipa trabalhou com a artista em "4 Minutes".
Numa frase, o Snapchat permite aos utilizadores criar histórias e trocar entre si fotos e vídeos que se "auto-destroem" após alguns segundos. Na mais recente actualização da app, a CNN, MTV, Cosmopolitan, National Geographic ou a Vice, entre outros, decidiram juntar-se como parceiros editoriais.
Na contagem decrescente para o lançamento de "Rebel Heart", que chega às lojas a 9 de Março, Madonna vai também actuar na cerimónia dos Grammys. A pré venda do disco está disponível no iTunes (recebendo 6 canções de imediato no acto da encomenda, incluíndo este "Living for Love") e na FNAC (com um desconto especial).

IVETE SANGALO Ao vivo em Portugal - Ivete Sangalo regressa para concertos em Lisboa e Guimarães.
"Multishow Ao Vivo - Ivete Sangalo 20 anos", é o quarto albúm ao vivo da cantora e compositora brasileira Ivete Sangalo, gravado durante uma apresentação realizada na Arena Fonte Nova, em Salvador, para 50 mil pessoas, no dia 14 de dezembro de 2013. O álbum já está a ser lançado pela Universal Music em formato de CD/DVD.
Este espetáculo festeja os 20 anos de carreira de Ivete Sangalo e conta no alinhamento com alguns dos seus maiores êxitos e muitas músicas novas.
É com este alinhamento que a cantora baiana fará a sua festa em Portugal, com dois espetáculos inesquecíveis, ao festejar os seus 20 anos de carreira, junto dos seus fãs, dia 13 de março no MEO Arena em Lisboa e dia 14 de março no Multiusos de Guimarães, garantindo muitas novidades e surpresas, que vão certamente contagiar a plateia.
A música começa a tocar e os acordes são conhecidos. A melodia envolve e começa a vontade de dançar. A voz marcante só faz confirmar o que já se sabia desde o início: é uma música de Ivete Sangalo e vai aquecer o público presente, numa combinação perfeita entre o corpo, a mente e a alma.
Na estreia deste novo espetáculo, Ivete contará com novos cenários, novas coreografias e com a alegria de sempre.
Ivete Sangalo 20 anos de carreira ao vivo num só concerto.

ÀTOA - No Tradiio e na Universal Music - Chamam-se ÁTOA porque no início foi assim, tudo era um pouco à toa: formaram uma banda do nada, faziam músicas quando lhes apetecia e não tinham grandes objectivos. São 4 grandes amigos de 18 anos, são de Évora e hoje a realidade mudou: têm dois objectivos - fazer boa música cantada em português e agradar ao público. Em Outubro ganharam o desafio do Tradiio, e o Tradiio convidou-os para gravar um vídeo e uma entrevista. O vídeo para a versão acústica de "Falar a Dois", a música com que ganharam o desafio, estreia em breve. Mas os ÁTOA não ganharam só o desafio e a gravação do vídeo para o Tradiio. A Universal Music e o Tradiio têm uma parceria através da qual, todos os meses, a Universal propõe a um dos 50 melhores classificados da plataforma a distribuição digital de um single. No processo de escolha, a Universal deparou-se com os ÁTOA e imediatamente percebeu o potencial da banda, a frescura e o talento existente nas duas composições que tinham disponibilizado no Tradiio. Apresentaram mais de 10 canções, que convenceram de forma inequívoca. Desde esse momento até à assinatura do contrato entre os ÁTOA e a Universal Music decorreram escassas semanas. Agora preparam-se para entrar em estúdio e viver uma das experiências mais incríveis das suas vidas - gravar o primeiro disco. Os ÁTOA são: Guilherme Alface - voz, guitarra, piano; João Direitinho - guitarra, voz, piano; Rodrigo Liaça - bateria, percussão, voz, piano; Mário Monginho - baixo, guitarra.

SAM SMITH Foi o grande vencedor dos prémios Grammy 2015 Músico britânico distinguido com álbum "In The Lonely Hour" e tema "Stay With Me".  O músico britânico Sam Smith foi distinguido na noite de ontem com quatro prémios Grammy. O cantor venceu nas categorias de "Melhor Novo Artista", álbum pop, com "In The Lonely Hour", "Canção do Ano" e "Gravação do Ano", estas duas últimas para a faixa "Stay With Me". Sam Smith havia já feito história nas nomeações, por ser o primeiro artista masculino em 34 anos a ser nomeado para os quatro principais galardões e o primeiro artista britânico a lograr tal feito. A edição de 2015 dos Grammy premiou também Beck, que ganhou o prémio de "Álbum do Ano" com "Morning Phase", editado em fevereiro do ano passado. O disco do músico norte-americano foi também eleito o "Melhor Álbum Rock" de 2014. Eminem levou para casa o galardão de "Melhor Álbum de Rap", com "The Marshall Mathers LP2", enquanto Kendrick Lamar venceu na categoria de "Melhor Atuação Rap", com o tema "i". Lady Gaga e Tony Bennett, e o álbum gravado por ambos em conjunto, "Cheek to Cheek", foram premiados pelo "Melhor Disco de Pop Tradicional". A banda sonora do filme "Frozen" levou para casa o prémio de "Melhor Compilação". A 57.ª edição dos míticos prémios Grammy decorreu na noite passada no Staples Center, em Los Angeles, e contou com a perfomances de Sam Smith com Mary J. Blige, Hozier com Annie Lennox, Ariana Grande e ainda Paul McCartney com Rihanna e Kayne West.

RUI MASSENA - "Solo" entrou para o 8.º lugar no top de vendas nacional Primeiro disco a solo do maestro acaba de chegar às lojas. "Solo" é o nome do disco de estreia do músico Rui Massena. O trabalho, que acaba de chegar às lojas, entrou diretamente para o 8.º lugar na lista de discos mais vendidos em Portugal. Ao mesmo tempo, foi revelado o vídeo de "Família", uma das canções de "Solo", e foi lançado no site do músico. Nesta fase podem ser também revelados os dois concertos de apresentação do disco em Lisboa e no Porto: o Centro Cultural de Belém, na capital, recebe o músico a 16 de abril, e a Casa da Música, na invicta, acolhe uma atuação do maestro a 19 de abril. Conhecida figura do panorama cultural nacional, que ajudou a transformar Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura num estrondoso caso de sucesso, por exemplo, chegou agora a hora de ser conhecido o primeiro apanhado de canções escritas para piano. Rui Massena apresenta assim o seu "Solo": "São peças ao piano, onde espelho o meu mundo interior, seja um momento ou um amor. Quis que no seu conjunto construíssem um disco que me transmita tranquilidade", revela. Um nevão, uma janela, uma inércia, uma musa, um futuro português, uma família – tudo se integra, de forma harmoniosa, num disco que surpreende. Que volta a dar razão a Mário Laginha, pianista de primeira água, que disse um dia que Rui Massena "é um dos poucos Maestros que não tem medo de arriscar". Com "Solo", vale a pena ir mais longe: Rui Massena não tem medo de ser feliz. E de nos fazer felizes a todos, com estas apaixonantes bandas sonoras para os filmes que havemos de fazer.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

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Filme: Bestas do Sul Selvagem



Título Original: Beasts of The Southern Wild
Ano: 2012
Género: Drama, Fantasia
Realizador: Benh Zeitlin


Cada vez é-me mais difícil encontrar filmes que me desafiem e comovam, por isso mesmo, só posso estar agradecida pelo dia em que decidi ver este filme de que tinha ouvido falar há uns anos atrás.

Sinopse:
"Numa comunidade esquecida e separada do mundo por um enorme dique, Hushpuppy, uma menina de seis anos, vive entregue a si mesma, num ambiente quase selvagem. Com a mãe desaparecida há anos e um pai ausente e descuidado, a pequena vê o mundo como uma frágil rede de seres que respiram, pulsam e de cujo perfeito funcionamento depende todo o Universo. Por isso, quando uma enorme tempestade, o furacão Katrina, faz subir as águas e submerge a aldeia os verdadeiros problemas começam. Para piorar a situação, o pai de Hushpuppy descobre que tem uma doença terminal fazendo com que a vida da criança entre num verdadeiro colapso. Desesperada por reparar a estrutura do seu mundo, salvar o pai e a sua aldeia inundada, a menina tem de aprender a sobreviver sozinha.

 Opinião:
Se tivesse que descrever este filme numa palavra essa seria: comovente.
Comovi-me logo nos primeiros 10 minutos graças à fantástica banda sonora e à surpreendente cena em que Hushpuppy e os seus vizinhos e amigos fazem uma grande festa com direito a fogo de artifício. Penso que essa foi das cenas mais belas que já vi no cinema até aos dias de hoje.
A história é também ela comovente: os seus protagonistas fazem parte do grupo de pessoas que são ignoradas pela sociedade, que tentam sobreviver à sua maneira mas sem que isso as faça perder o orgulho nas suas origens e na sua forma de vida pobre e humilde.
A pequena Hushpuppy é do mais fofo e interessante que há. Apesar de tão nova, é visível nela a marca de um passado duro e exigente. Mesmo assim, ela não deixa de fantasiar, tal como qualquer criança da sua idade, e torna-se, assim, muito interessante ver o mundo pelos olhos de um ser humano de apenas 6 anos.
A relação de Hushpuppy com o pai é central em todo o filme, mas transforma-se no auge de toda a acção mais para o final, sendo que não pude deixar de me comover com o laço que une estas duas pessoas, reforçado pelas dificuldades que enfrentaram juntos ao longo dos anos.
Esta é uma história perfeita para quem gosta de filmes que mostram a realidade tal como ela é; para quem valoriza, acima de tudo, as relações humanas e para quem percebe que a força de viver pode mais do que qualquer obstáculo que se cruze no nosso caminho. 
Uma história genuína, especial e tocante. Recomendo-o vivamente!


Por Mariana Oliveira

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

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94º Entrevista do FLAMES: PAUS (banda portuguesa) - Respostas por Hélio


PAUS


Em Julho de 2014 o FLAMES publicou uma entrevista feita aos PAUS (podem ver aqui ‐ http://flamesmr.blogspot.pt/2014/07/56‐entrevista‐paus‐banda‐portuguesa.html). O sucesso da banda desde então tem vindo a aumentar, e a 14 de Fevereiro arranca a tour europeia dos PAUS durante os meses de Fevereiro e Março... motivo mais que suficiente para voltarmos a conversar com eles! Marquem na agenda então: Lux (Lisboa) a 14 de Fevereiro.

Vocês já correram vários países, chegámos a falar sobre isto na nossa última entrevista. Que países fazem parte desta vossa mais recente tour? 
Esta tour começa em Portugal e passa por Espanha, França, Bélgica, Reino Unido, Luxemburgo, Holanda e Itália.
Vocês nunca quiseram cingir a vossa música apenas ao panorama nacional, mas estavam à espera de uma aceitação tão grande lá fora?
A aceitação ainda está a acontecer. Leva tempo a construir uma carreira lá fora; começas praticamente do zero. Neste momento já conseguimos passar por uma série de festivais que são importantes para o nosso target e isso vai-nos ajudando na construção dessa carreira. 

Que diferenças têm encontrado entre o vosso público lá fora e os portugueses? 
O público de fora parte para os nossos concertos sem qualquer tipo de expectativa, ou preconceito – positivo, ou negativo. Isso faz com que estejamos constantemente a ser confrontados com opiniões muito honestas e de reacção imediata, baseada, somente, no que sentiram no concerto. Cá, para o bem e para o mal, já há uma franja grande de pessoas que nos conhece. 

Que país não faz parte desta vossa tour mas que quererão ir tocar? 
Queremos muito começar a tocar frequentemente na Alemanha. 

E para Portugal? Têm coisas agendadas? 
Temos já algumas coisas agendadas, que serão anunciadas a seu tempo. Agora, a prioridade é esta tour.

Nesta tour vão-se centrar no vosso último disco? O que pode esperar o público da vossa prestação? 
Vamos iniciar a morte deste disco. Já o rodámos, em 2014, pela Europa e pela América, por isso, esta tour será o início do seu fim. Depois da tour começamos a escrever o próximo. O público pode esperar 4 músicos que já rodaram muito bem estas músicas e que, como tal, vão apresentar um set coeso.
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Livro: Contagem Decrescente




Ficha Técnica

Autor: Bruno Franco
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 532
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895121090



Sinopse

31 de Dezembro. Passagem de ano.
Rodrigo Tavares, um proeminente detective da Polícia Judiciária, encontra-se em Almada para assistir ao espectáculo pirotécnico quando recebe um telefonema que muda a sua vida por completo, levando-o a perceber que tinha chegado o momento que tanto temera: a concretização de uma ameaça homicida proferida pelo assassino que mais lhe custara capturar no passado. Rodrigo tem até dia 15 de Janeiro para deter o assassino, ou as consequências serão devastadoras. E não apenas para si.
Quando o detective observa a forma excruciante e desumana como a primeira vítima fora assassinada, percebe a importância e a seriedade do que está a acontecer, e é então que começa a corrida contra o tempo.
O que começa por ser uma caça ao homem transforma-se rapidamente em algo muito maior e aterrorizador. Ao mergulhar num mundo de trevas e muitas dúvidas, medo e desespero, Rodrigo receia o futuro como nunca antes o fizera.


Opinião


Começo por dizer que eu não conhecia o autor nem o seu livro anterior, e só me apercebi que este seria um 2º livro quando o comecei a ler. No entanto Bruno Franco conseguiu perfeitamente transmitir-nos a história da melhor forma, sem haver necessariamente a obrigatoriedade de lermos o primeiro (claro que uma pessoa depois acaba por ficar curiosa). Apesar de o livro numa fase inicial me ter aguçado a vontade de ler o primeiro, a longo prazo, como tinha muita informação e spoilers, a vontade esbateu um pouco. Portanto esta questão penso que seja uma faca de dois gumes. Por um lado, o autor ao revelar tanta coisa sobre o primeiro livro, não nos deixou desamparados. Senti-me à vontade com toda a narrativa, e nunca me senti perdida, mas por outro lado, quem não leu o primeiro talvez vá perder um pouco a vontade de o fazer, dado que já fica a conhecer demasiado sobre o que se passou. Pessoalmente eu gostei desta opção tomada pelo autor, que não é uma opção fácil de tomar mas que penso que seja bastante importante. 

Quando o autor me contactou para ler a sua obra eu tinha a vaga sensação de já ter visto a capa a deambular pelas redes sociais (convenhamos, é uma capa bastante chamativa e bem conseguida), e quando soube que se tratava de um policial pensei logo que o quereria ler. Os policiais são, a par com o romance histórico, o meu género favorito. Assim mergulhei numa "aventura" com Rodrigo Tavares e os seus companheiros e familiares. 

O que mais gostei no livro foi a capacidade que Bruno teve de nos apresentar factos históricos de forma não maçadora e integrativa. Esta não é uma tarefa fácil e ultimamente cheguei a ler livros de bons escritores que falhavam redondamente ao nos "impor" informação de forma muito pouco natural. Aqui isto não aconteceu. Nota-se não só um grande cuidado na forma de trasmitir a infomação como se nota também o rigor e o trabalho de pesquisa intenso que foi perpetuado pelo mesmo. Este é um dos aspectos que me deu a certeza de que Bruno é um autor com imenso potencial. Tenho a certeza que vai continuar a crescer enquanto autor. Tratando-se do seu segundo livro, penso que ele esteve muito bem. 

Mas o autor esteve bastante bem em vários outros pontos: desde as descrições de alguns monumentos e zonas portuguesas, à utilização de múltiplos pontos de vista, à descrição das mortes violentas, e à utilização de alguma técnica que nos fazia querer sempre ler "só mais um capítulo". Bruno Franco consegue com esta obra enaltecer também alguns dos nomes mais importantes da história de Portugal, como Fernando Pessoa, Camões ou mesmo D. Sebatião. É um livro carregado de informação, mas também de simbolismo. 

A personagem principal também não é aquela personagem típica. Adoro "bons" heróis imperfeitos, e diferentes. Rodrigo Tavares para mim é um homem carregado de ressentimento, mágoa e dificuldades emocionais que interferem com o seu dia a dia e com as relações que vai estabelecendo. Mesmo fisicamente o autor foi capaz de se distanciar dos estereótipos e do típico homem caucasiano louro alto e, de "preferência", de olhos azuis, para nos apresentar um herói de raça negra, muito menos típica no mundo literário. Parabéns também ao autor por esse passo arrojado. 

Apesar do número de páginas nos poder "assustar", a verdade é que esta foi uma leitura bastante rápida e fluída (eu própria fiquei espantada com a rapidez com que devorei esta obra), e o final deixou-me a ferver por querer saber mais. Quero saber o que se vai passar a seguir, quero continuar a acompanhar o detective Rodrigo Tavares e tentar saber se algumas das minhas suspeitas se concretizarão. 


Roberta Frontini

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