quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

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Filme: Bestas do Sul Selvagem



Título Original: Beasts of The Southern Wild
Ano: 2012
Género: Drama, Fantasia
Realizador: Benh Zeitlin


Cada vez é-me mais difícil encontrar filmes que me desafiem e comovam, por isso mesmo, só posso estar agradecida pelo dia em que decidi ver este filme de que tinha ouvido falar há uns anos atrás.

Sinopse:
"Numa comunidade esquecida e separada do mundo por um enorme dique, Hushpuppy, uma menina de seis anos, vive entregue a si mesma, num ambiente quase selvagem. Com a mãe desaparecida há anos e um pai ausente e descuidado, a pequena vê o mundo como uma frágil rede de seres que respiram, pulsam e de cujo perfeito funcionamento depende todo o Universo. Por isso, quando uma enorme tempestade, o furacão Katrina, faz subir as águas e submerge a aldeia os verdadeiros problemas começam. Para piorar a situação, o pai de Hushpuppy descobre que tem uma doença terminal fazendo com que a vida da criança entre num verdadeiro colapso. Desesperada por reparar a estrutura do seu mundo, salvar o pai e a sua aldeia inundada, a menina tem de aprender a sobreviver sozinha.

 Opinião:
Se tivesse que descrever este filme numa palavra essa seria: comovente.
Comovi-me logo nos primeiros 10 minutos graças à fantástica banda sonora e à surpreendente cena em que Hushpuppy e os seus vizinhos e amigos fazem uma grande festa com direito a fogo de artifício. Penso que essa foi das cenas mais belas que já vi no cinema até aos dias de hoje.
A história é também ela comovente: os seus protagonistas fazem parte do grupo de pessoas que são ignoradas pela sociedade, que tentam sobreviver à sua maneira mas sem que isso as faça perder o orgulho nas suas origens e na sua forma de vida pobre e humilde.
A pequena Hushpuppy é do mais fofo e interessante que há. Apesar de tão nova, é visível nela a marca de um passado duro e exigente. Mesmo assim, ela não deixa de fantasiar, tal como qualquer criança da sua idade, e torna-se, assim, muito interessante ver o mundo pelos olhos de um ser humano de apenas 6 anos.
A relação de Hushpuppy com o pai é central em todo o filme, mas transforma-se no auge de toda a acção mais para o final, sendo que não pude deixar de me comover com o laço que une estas duas pessoas, reforçado pelas dificuldades que enfrentaram juntos ao longo dos anos.
Esta é uma história perfeita para quem gosta de filmes que mostram a realidade tal como ela é; para quem valoriza, acima de tudo, as relações humanas e para quem percebe que a força de viver pode mais do que qualquer obstáculo que se cruze no nosso caminho. 
Uma história genuína, especial e tocante. Recomendo-o vivamente!


Por Mariana Oliveira

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