Título
Original: Ender’s Game
Ano:
2013
Género:
Ficção Científica, Acção
Realizador:
Gavin Hood
Na
já por si parcial batalha de livros contra a sua versão cinematográfica, eis
que decidi comparar o filme de ficção científica “O Jogo Final” com a sua versão
em papel, que já tem quase 40 anos. O resultado? Uma vitória clara para o
livro!
Se
é verdade que quem nunca tinha lido a obra ficou relativamente satisfeito com o
filme, não é menos verdade que os fãs de Orson Scott Card e da sua obra, um clássico
da ficção científica, ficaram tremendamente desiludidos com o filme (podem ler a minha opinião sobre o livro bem como a sinopse da história aqui).
Para
mim, dois aspectos em essencial contribuíram para que não conseguisse ficar
agradada com a película.
Em
primeiro lugar, o principal foco do livro está no desenvolvimento, maturação e
crescente complexidade do pensamento do protagonista, Ender. Ao longo dos
capítulos, acompanhamo-lo à medida que vai crescendo e começa a atribuir novos
significados àquilo que acontece à sua volta e ao que é verdadeiramente
esperado que ele faça. Já o filme centra-se nas cenas de treinos e de batalhas,
sendo as partes da acção o cerne de toda a história.
O
segundo aspecto que ficou completamente negligenciado no filme foi o
interessante esquema montado pelos irmãos de Ender no planeta Terra enquanto o caçula
da família estava algures numa escola espacial a preparar-se para salvar a
Humanidade. Os interessantes diálogos perpetuados pelos dois irmãos e o
estratagema que arranjaram para, mesmo não passando de adolescentes, dominar a
Terra recorrendo, simplesmente, à sua superioridade intelectual foi um dos
pontos altos do livro e deixou-me completamente rendida à genial ideia
desenvolvida pelo autor. Contudo, no filme, não há sequer um qualquer vestígio
de uma pequena referência a esse acontecimento, ou seja, na versão cinematográfica
os dois irmãos ficam para segundo plano (ou será mais 10º plano?) e o
espectador fica privado de conhecer um aspecto tão interessante desta história.
Entendo
que seja difícil para qualquer realizador adaptar uma história para o cinema,
ainda para mais quando se trata de um livro de culto para os fãs de ficção
científica, quer seja pelo factor tempo quer seja pelas massas que tem que
agradar na sala de cinema, mas como fã da obra de Orson Scott Card não pude
deixar de sentir que muito mais podia ter sido feito e um filme mediano poderia
ter sido uma obra-prima do cinema. Foi pena.
Olá Mariana... vi o filme mais por causa da tua opinião do livro, e fiquei bastante desiludida... fi pena os aspectos que apontaste :/ (Roberta Frontini)
ResponderEliminarO livro é milhões de vezes melhor!
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