quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

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Livros: O Bando dos Quatro




Colecção: O Bando dos Quatro
Género: Mistério, Aventura
Autor: João Aguiar


Sempre que um ano termina e um novo começa faço um exercício de revisão. Não só dos últimos 365 dias que passaram mas dos últimos anos que "voaram". Eis, então, que ao fazer a minha habitual viagem no tempo me recordei da primeira colecção de livros que me apaixonou e que entrou comigo no início deste milénio e século: o" Bando dos Quatro".


Esta colecção, da autoria do saudoso João Aguiar, tinha como protagonistas 4 jovens portugueses que, em cada livro, se deparavam com um intrigante mistério. A partir daí, eram páginas e páginas de puro prazer que só terminava no último ponto final.


Recordo-me que a minha personagem preferida era o Tio João, um senhor com um sentido de humor sagaz e que dava um toque divertido e especial a cada história.
Ao longo dos anos li vários livros desta colecção mas aquele que mais me marcou foi o primeiro da colecção e também o primeiro que li: "O Bando dos Quatro - A Estrela das Doze Pontas". Foi amor à primeira vista e esta minha paixão ainda durou alguns anos (tendo sido, entretanto, substituída por outras colecções que mais tarde vim a descobrir).

Muitos anos mais tarde, já na escola secundária, tive o privilégio de conhecer o próprio João Aguiar que nunca realmente percebeu o quanto os seus livros me marcaram. Ainda hoje guardo com especial carinho o meu exemplar de "O Bando dos Quatro - A Estrela das Doze Pontas" assinado por ele e recordo a resposta que ele me deu quando lhe perguntei qual era o seu escritor português preferido: "O Tio Luís!" 

Após uns segundos de puro silêncio entre os alunos ele lá nos esclareceu com um sorriso: "Estou a falar de Luís de Camões" :)


Os últimos textos que li deste autor diziam respeito à sua crónica na revista "Super Interessante" e foi com grande tristeza que soube da sua morte prematura.



Não sei se algum dia ele percebeu o impacto que teve em muitos jovens leitores portugueses. Talvez sim, talvez não. Contudo, acredito que o simples facto de poder escrever o que lhe ia na alma já lhe era suficiente, e saber isso também me basta.


Por Mariana Oliveira

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