quarta-feira, 1 de agosto de 2018

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129ª Entrevista do FLAMES: Moonspell (respostas por Fernando Ribeiro)


Moonspell 
(respostas por Fernando Ribeiro) 


Que artistas mais vos inspiram? 
Acho que são muitos para nomear todos mas eu consigo dar só uma mão cheia deles que fizeram mesmo a diferença para nós: BATHORY, CELTIC FROST, TYPE O NEGATIVE, ROOT, FIELDS OF THE NEPHILIM 

Há algum local onde gostariam muito de ainda vir a tocar? 
Temos algumas lacunas especialmente muita da Ásia e a Austrália mas, na verdade, acho que já tocámos em mais sítios do que alguma vez esperaríamos. Pessoalmente, gostaria de tocar no Irão com a Orquestra Nacional de Teerão, não sei porquê, tem-me passado isso pela cabeça. 

Lembram-se de alguma situação caricata que tenha ocorrido num concerto e que gostariam de partilhar? 
Tocar é estar sempre num arame, as coisas não são assim tão previsíveis ou nem tudo está sobre controlo. Tivemos cenas altamente caricatas, claro, quedas, desmaios, pregos e das melhores que me lembro ultimamente foi ver o Pedro Paixão fora dos teclados a ver a Alma Mater da plateia em S. Paulo e depois regressar ao palco mesmo a tempo da entrada de teclas. Foi esquisito. 

Já está em pré-venda uma edição muito especial e limitada do vosso concerto do Campo Pequeno em Lisboa. Depois de tantos anos enquanto banda, como vivem o lançamento de um novo trabalho? 
É um documento importante e todos estes lançamentos tem esse condão de resumir um pouco a nossa história, desta vez ao vivo, e fazer-nos pensar e ver como estamos ao vivo, o que podemos mudar, melhorar, pôr, tirar. Depois existem as recordações do dia de gravação que são imensas. Mas, na verdade, o momento vai ser receber a edição física já que muita gente trabalhou para aquele “objecto” ser fantástico, mas eu fico muito mais excitado com o processo de um novo disco para ser honesto. 

Depois de um Verão preenchido em Portugal, vão estar durante cerca de 2 meses em digressão internacional. Encontram diferenças entre atuar aqui e lá fora? 
Acho que a recepção aos Moonspell em Portugal está cada vez melhor e felizmente conseguimos sair, com bons resultados, do eixo Lisboa-Porto. Temos tocado noutras cidades e vilas e tenho gostado muito, e no processo muita gente tem também ficado mais interessada no Metal e na nossa banda. As tours lá fora são diferentes, muito diferentes, cada noite é um sítio. A próxima é nos EUA e é sempre uma incógnita, mas é para fazer com dedicação e divertirmo-nos um pouco também, já que não há outra hipótese na América senão rir e tentar a nossas sorte pela décima quinta vez ;) 

Ao longo da vossa carreira tiveram a oportunidade de pisar palcos com outras grandes bandas, como os Kiss. Existe alguma banda ou artista com a qual gostariam muito de poder vir a colaborar? 
Tantos. Uns serão mais prováveis, outros nem tanto, alguns já contámos com a sua colaboração. Pensámos no Peter Murphy para o Extinct mas o manager nunca nos respondeu, por exemplo. Assim de repente, talvez o Messiah Marcolin num tema. 

No livro do Ricardo S. Amorim, José Luís Peixoto conta como os Moonspell tiveram um papel importante na escrita dos seus livros. De que forma a literatura tem impacto no vosso processo de criação musical? 
É central à nossa criação todo esse aspecto literário. O José Luis foi o melhor exemplo, mas muita da nossa criação literária, que molda a nossa música, bebe muito de livros, poesia, ficção, não ficção. Continuo a ler muito e a ter sempre ideias por causa disso. 

Os Moonspell são uma banda incontornável no panorama nacional independentemente do género que se gostem. Sentem o peso dessa responsabilidade? 
Não. Pelo contrário, achamos que não temos o respeito da cena tanto quanto se calhar merecíamos. Não por questões musicais mas por outras, assim parece. O que é facto é que quase ninguém aprendeu nada com a nossa luta e conquistas. Por isso, não somos responsáveis por esta cena, apenas calhou estarmos nela mas nem ela se identifica connosco nem nós com ela, aliás como está no livro. 

O livro fez-vos reflectir sobre o passado e, tal como faz parte da banda, planear de alguma forma acções futuras? 
Sim. Penso que uma das maiores conquistas do Ricardo for ter a banda a ler e a sentir este livro, talvez como ninguém. Permite-nos ver a nossa própria história em zoom out, ver a grande fotografia e isso será sempre muito importante e estamos gratos por isso. É um manual para estar numa banda. 

Muito obrigada ao Fernando Ribeiro por esta extraordinária oportunidade. 




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