domingo, 31 de maio de 2015

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Deixava de dormir por...: Novidades do mês de Maio


Pois bem. O calor chegou, as alergias da Primavera estão a atacar em força e os gelados já fazem parte da sobremesa  de qualquer refeição. Contudo, há algo que não muda, independentemente da estação do ano. De que falamos? Da nossa paixão pelos livros, claro está!
O mês de Maio não fugiu à regra e deixou-nos de água na boca...


Apesar de só estar disponível em Junho, tivemos o prazer de ler esta obra ainda este mês por isso, para nós, foi das melhores novidades de Maio! 

"O êxito de vendas mais rápido de sempre. O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros. Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente. Até que um dia... Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos. De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, absorvente, perturbador e arrepiante."


"Corre o ano de 1947, e o nonagenário Sherlock Holmes vive em Inglaterra, numa casa de campo perto da costa. Holmes vive com a sua caseira e o filho desta, o jovem Roger, a quem o desconhecimento da diferença entre abelhas e vespas se revelará fatal. A rotina decorre entre a solidão pacífica do seu escritório e as abelhas — as «criaturas metódicas» que habitam o seu colmeal —, enquanto tenta lutar diariamente contra os efeitos da idade sobre a sua prodigiosa mente e o receio da perda irreversível das memórias de casos passados. Eis que surge então um manuscrito inacabado, sobre um caso de há 50 anos que o detetive nunca solucionou e que agora se sente determinado a concluir: Londres, uma mulher bonita com um comportamento instável, um marido irado, um misterioso jardim e uma morte súbita. Holmes embrenha-se na difícil tarefa de reavivar a memória e assim terminar o manuscrito. Em Sr. Sherlock Holmes, Mitch Cullin revela-nos a experiência de uma mente brilhante ao longo de décadas, que desvendará o mais importante dos mistérios: o da natureza humana."


Descoberto em 2012, A Eterna Demanda é o romance póstumo de uma das mais aclamadas escritoras norte-americanas. Neste trabalho é-nos revelado um dos lados mais pessoais da autora, numa comovente exploração da identidade que forjamos para nós próprios e para os outros. A Eterna demanda é, talvez, o seu trabalho mais pessoal e apaixonado, e cativará, sem dúvida, os milhões de leitores que sempre estimaram as suas obras ao longo de gerações. 
"Randolph, um jovem norte-americano, parte em viagem pela Europa e pela Ásia numa procura incessante de experiências e sabedoria. Em Paris conhece Stephanie. Filha de pai chinês e mãe norte-americana, também ela percorre o mundo à procura do seu lugar entre duas culturas aparentemente opostas. Ao longo do tempo, numa série de encontros e desencontros, ambos descobrem que se pode conciliar experiência e sabedoria, heranças ocidentais e orientais, mas há um preço a pagar."


"A História costuma recordar os imperadores, senadores, poetas e historiadores que construíram Roma, mas relega para segundo plano as mulheres que, frequentemente na sombra, também desempenharam um papel decisivo. Reia Sílvia, depois de ter sido violada, deu à luz os gémeos Rómulo e Remo, fundadores de Roma. Agripina, mãe do imperador Nero, ficou para a História como assassina impiedosa e, paradoxalmente, como uma mãe com um amor incondicional pelo filho. Já Valéria Messalina, terceira mulher do imperador Cláudio, consta que fugia da residência imperial para se prostituir, tal era a sua avidez por sexo. Helena de Constantinopla teve um papel crucial no Cristianismo, tanto mais que, reza a lenda, foi ela que descobriu a cruz onde Cristo foi crucificado. Estas são algumas das mulheres que Carla Hilário Quevedo apresenta num livro que nos traz 14 curtas histórias biográficas de mulheres célebres e influentes na construção de Roma e do seu império. Destacando diferentes características, explicações e interpretações para histórias clássicas que tendemos a considerar demasiado longínquas para a nossa compreensão moderna, a autora mostra-nos estas mulheres a partir de uma nova perspectiva. Mas as histórias revelam mais: o que os romanos esperavam das suas mulheres ou qual era afinal o seu papel num mundo em que apenas os homens podiam falar em público. Um livro essencial para perceber as mulheres de Roma e a forma como temas como o adultério, a maternidade ou o casamento eram vistos na sociedade romana."


"Por que é que os institutos de estatística tentam medir as gorjetas que damos aos taxistas e as drogas que consumimos? Como é que uma noitada em Paris nos anos 80 determina a austeridade que nos é imposta? Por que não basta estar sem trabalho para ser considerado desempregado? Como é possível que aquilo que é dito pelo presidente do Banco Central Europeu influencie a prestação da nossa casa? Como é que as agências de rating se tornaram tão poderosas ao ponto de fazerem cair governos? Sem darmos por isso, a nossa vida é governada por números que nos são impostos e cuja origem desconhecemos. Ouvimos diariamente falar de “rating”, “PIB”, “saldo externo” ou “default”, mas uma grande fatia da população não entende a mecânica que está por trás desses conceitos, o que limita a sua capacidade de perceber e criticar opiniões e decisões do governo, dos partidos da oposição e das instituições internacionais. Nesta viagem pelo mundo dos números que ditam a nossa vida, numa linguagem acessível e recorrendo a exemplos do dia-a-dia e da História recente de Portugal, o jornalista Nuno Aguiar explica-nos as origens e implicações dos indicadores que vemos todos os dias serem repetidos nos telejornais e que invadiram o nosso discurso público. Só compreendendo a sua história, a forma como são calculados, aquilo que nos dizem e o que não nos revelam, seremos capazes de os questionar."






 "Liberte-se do stress com este livro para colorir especial para adultos. Um livro que promove o relaxamento, a concentração e a criatividade. "Mandalas e Outros Desenhos da Selva para Colorir" reúne belíssimas imagens que acabarão por se transformar em verdadeiras obras de arte."






"Juan e Maria Bento, as personagens centrais que constroem os seus próprios destinos, ficarão para a memória leitora como um par improvável e apaixonados já vistos – entre o anarquismo convicto de Juan e a militância inflexível de Maria Bento, que as ligações ao KGB disciplinam, há uma ponte incerta que oscila, baloiça e finalmente se verga ao peso da paixão."






"Lupita é uma mulher fora de série. Forte. Ardente. Inesquecível. Numa sociedade obcecada com as aparências, o dinheiro e o poder, ela é uma heroína improvável. Uma lutadora que protege os mais fracos e injustiçados. Na sua busca por amor, ela dá por si no lugar errado à hora errada. Bastarão apenas uns segundos para mudar a sua vida. Ao testemunhar um assassinato, Lupita passa a ser uma mulher marcada. Mas a revolta que nasce dentro de si é mais forte do que o medo que sente. A vítima, Arturo, era o único homem em que acreditava incondicionalmente. A sua morte leva-a a tomar uma decisão extrema: lutar até ao limite das suas forças e fazer justiça… por Arturo, por si própria e por todos aqueles que não têm voz. A escritora mexicana Laura Esquivel, autora do clássico contemporâneo Como Água para Chocolate, está de volta com uma parábola mágica sobre afetos, coragem e redenção. A sua linguagem plena de misticismo e espiritualidade dá vida a uma mulher excecional, uma heroína atípica que ficará gravada para sempre na memória dos leitores."

quinta-feira, 28 de maio de 2015

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Livro: A Espia do Oriente




Ano de Edição: 2015
Género: Acção, Espionagem
Autor: Nuno Nepomuceno
Editora: Topbooks


Pensei que o Nuno Nepomuceno tinha decidido adoptar uma abordagem diferente daquela que teve com "O Espião Português" mas eis que ele insiste! Insiste em criar livros viciantes, absorventes e intensos. O resultado? Mais uma série de horas em que ignorei o mundo e me perdi nas páginas desta incrível obra!


Sinopse: 
"Dubai, Emirados Árabes Unidos. 
De férias na região, um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projecto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem. Contudo, de regresso à Europa, uma das suas operacionais resolve trair o sindicato do crime e oferece-se para trabalhar como agente dupla ao serviço da inteligência britânica. O mistério adensa-se quando esta mulher, de nome de código China Girl, impõe como única condição colaborar com André Marques-Smith (...) Obrigados a trabalhar juntos para evitarem um atentado a uma importante líder europeia, uma atmosfera tensa, de suspeição e desconfiança, instala-se de imediato entre os dois. Mas que segredos esconderá esta mulher, cujo próprio nome é uma incógnita? Serão as suas intenções autênticas? Será o espião português capaz de resistir à sua invulgar e exótica beleza? (...) Por entre os cenários reais de Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, o autor transporta-nos para um mundo de mentiras, complexas relações interpessoais, e reviravoltas imprevisíveis. Uma reflexão profunda sobre os valores tradicionais portugueses, contraposta com a sua já habitual narrativa intimista e sofisticada, e que vai muito além do tradicional romance de espionagem." 


Opinião:
Como disse depois de ler "O Espião Português", a primeira parte da trilogia "Freelancer", não sou fã de histórias de espiões. Simplesmente, não sou capaz de perceber o fascínio por detrás de filmes como o 007 e demais histórias do mesmo género. Contudo, há algo que o Nuno Nepomuceno consegue nos seus livros que me prende por completo à trama que cria. 

Para começar, o autor dá-me a oportunidade de concretizar uma das minhas paixões: viajar em descoberta de novos locais. Em "A Espia do Oriente" somos levados do Dubai para Londres, passando pelas ruas de Budapeste sem esquecer um dos locais mais emblemáticos do nosso país: o Mosteiro dos Jerónimos. O Nuno descreve cada local com uma exactidão e pormenor que consigo imaginar cada estátua, cada edifício histórico bem como o ambiente e aura envolventes. Tudo isto é, ainda, complementado com a referência à sua construção e até lendas associadas.  Até o Mosteiro dos Jerónimos, que já tive a oportunidade de visitar, me pareceu um edifício novo e mágico pelas palavras do autor!

Mesmo tratando-se de uma trilogia, graças aos esclarecimentos sobre o que aconteceu anteriormente que, inteligentemente, o Nuno acrescenta no livro, qualquer pessoa pode ler esta obra sem ter lido a primeira parte. Contudo quem leu o primeiro livro terá aqui um prazer especial pois nesta obra temos a oportunidade de ficar a conhecer o lado mais humano e íntimo das personagens que povoaram o livro "O Espião Português". Foi com esta segunda parte que me senti mais próxima das personagens, que passei a vê-las como pessoas e não apenas como espiões, simples máquinas de trabalho implacáveis.

Tal como a sinopse deixa antever, a componente de romance está mais presente neste livro. Contudo, para alegria minha, o autor conseguiu evitar as situações lamechas e não exagerou neste aspecto conseguindo, desta forma, envolver o leitor num romance que, ao invés de assumir o protagonismo no livro, apenas está presente para unir algumas pontas e complementar a obra.

Em relação ao ritmo de "A Espia do Oriente" a palavra que encontro para descrevê-lo é vertiginoso! É isso de que mais gosto em Nuno Nepomuceno: não perde tempo com coisas que não interessam, não abranda a velocidade dos acontecimentos desde a primeira página à última. Há sempre algo a acontecer, reviravoltas inesperadas e obstáculos imprevisíveis. Sem esquecer um detalhe interessante: em alguns momentos o autor levanta o véu acerca de acontecimentos que irão acontecer no futuro, sem esclarecer por completo o leitor deixando-o, assim, repleto de curiosidade. Tudo isto componentes que são os grandes culpados pelo vício em que esta leitura se torna.

Para terminar, pois este post já vai longo, destaco mais quatro aspectos: adoro as piadas que o Nuno Nepomuceno faz em relação à classe política (será que ele leu os meus pensamentos? É que identifico-me com todas elas!) bem como adorei a Diva. Ri-me a bom rir e fiquei fã dela! Por mim, lia um livro só sobre ela! E o que dizer do epílogo? Não, não me refiro à forma como ele nos surpreende por completo relativamente a estas páginas já quando a obra vai avançada (quem ler a obra compreenderá o que quero dizer...), falo antes da escrita: intensa, poética e repleta de frases soberbas! Deixou-me a imaginar que o autor pode, facilmente, enveredar por outro género literário caso assim o pretenda.
Por fim, não podia falar desta obra sem referir como fiquei arrepiada, sem ar e de boca aberta com o final. É SUPOSTO EU CONSEGUIR ESPERAR ATÉ AO PRÓXIMO LIVRO?! Não sei como vou aguentar até saber o que acontece a seguir. Os próximos meses avizinham-se penosos...

Concluindo, é um orgulho ler obras assim escritas por portugueses. É com alguma vergonha que admito que o meu rácio de autores portugueses está muito baixo em comparação com a quantidade de obras estrangeiras que leio, mas são obras como "A Espia do Oriente" que me dão a esperança de que um dia tal venha a mudar.


Por Mariana Oliveira

quarta-feira, 27 de maio de 2015

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101ª Entrevista do FLAMES: Cuca Roseta (artista portuguesa)



Já foi apelidada de "A Nova Voz do Fado" e é um facto incontornável de que Cuca Roseta, de apenas 33 anos, já conquistou o seu lugar junto aos grandes nomes do fado dos dias de hoje.
Editou o seu primeiro disco em 2011 baptizando-o com o seu próprio nome, "Cuca Roseta". Seguiu-se, dois anos depois, "Raíz" que confirmou o talento da fadista e a admiração de uma fiel legião de fãs. Presenteia, agora, os seus fãs com o seu terceiro trabalho - "Riû". 
O FLAMES esteve à conversa com a Cuca e o resultado segue-se nas próximas linhas!  


A todos os artistas o FLAMES pergunta...

Porquê a escolha do nome artístico Cuca Roseta?
Cuca é mesmo o meu nome, nem os meus pais me chamam Maria Isabel, que é o nome com o qual fui registada porque não permitiam Cuca no Registo Civil. Mas sempre toda a gente me tratou por Cuca desde bebé. Excepto os professores da faculdade, mas eu não me identificava. 


Quais são os artistas que mais a inspiram? 
No fado, a Amália Rodrigues, o Camané, a Ana Moura, é neles que mais me inspiro. Mas fora do fado, as músicas que geralmente ouço, diria que o Frank Sinatra, o Michael Jackson, os Beatles, os Queen… Também gosto de música francesa. 


Qual é o local onde mais gostaria de actuar? 
(pensa durante uns segundos) Eu não crio muitas expectativas, vivo muito o presente. A única coisa que eu peço é poder continuar a cantar o fado. E sim, eu gosto muito de ser embaixadora de Portugal lá fora, portanto gostava de poder continuar a levar o fado a outros países. 


Que mensagem gostaria de ver a ser erguida num cartaz durante um concerto seu? 
(pensa durante uns segundos) Gostava muito de ver mensagens relacionadas com o interior e não com o exterior. Isto é, algo que dissesse que eu tinha tocado na vida de alguém. Algo como “obrigado por teres mudado a minha vida”, ou algo do género. 


Então as típicas mensagens de “Cuca, és linda” não são tanto a "sua onda"?
Exacto, são bonitas, mas a beleza acaba, desaparece. Mas a beleza interior não. 


Recorda-se de alguma situação caricata que tenha acontecido num concerto seu e que queira partilhar?  
(risos) Sim, lembro-me perfeitamente. Numa tour que fiz na Holanda, eram cerca de 15 concertos, os meus músicos resolveram deixar crescer a barba. Só que no último concerto, sem eu saber, cortaram todos a barba e deixaram uns bigodes muito esquisitos. Então quando eu entro em palco, sem saber de nada, aproximo-me do guitarrista e vejo-o assim e depois reparo em todos os outros. Foi horrível, ter de aguentar um ataque de riso. Foi pior do que atuar para 15.000 pessoas, ou para o Presidente da República, ou para os reis da Suécia… Foi mesmo difícil ultrapassar este ataque de riso. 


À Cuca Roseta o FLAMES pergunta...

A Cuca acredita que nasceu para cantar o fado tal como acredita no destino. Foi a Cuca quem escolheu o fado ou foi o fado que a escolheu a si? 
Eu acredito no fado, acredito no destino e acredito que o fado me escolheu a mim. Eu não cresci num bairro lisboeta, cresci perto da praia, nenhum dos meus amigos ouvia fado. E então, aos 18 anos entrei pela primeira vez numa casa de fado e apaixonei-me perdidamente. É mesmo o destino, a vida levou-me para ali. E a partir daí nunca mais parei. A princípio foi complicado, ninguém gostava de fado. Quando dizia que cantava as pessoas não percebiam porquê. Ia para as casas de fado sozinha, porque os meus amigos não achavam muita piada. E queria conhecer cada vez mais este mundo, estas pessoas. 


Foi uma caminhada solitária porque o fado não é muito popular nas camadas mais jovens? 
Agora é mais, mas na altura não. Tenho 33 anos e comecei aos 18, não havia ninguém da minha idade nestes círculos na altura. Mas eu ia sempre e olhando para trás valeu bem a pena. 


No passado foi presença assídua nas casas de fado da capital portuguesa. Acha que essas são as melhores escolas para qualquer iniciante no fado? 
Sem dúvida! Aliás, é a única escola. Os estrangeiros costumam perguntar se há escolas de fado, mas não… o fado é algo que tem de ser vivido. O fado é uma música de improviso. É chegar a um restaurante onde não se conhece ninguém e pedir para cantar, é preciso ter lata para chegar à beira de alguém e dizer “quero cantar isto neste tom”. Mas é o primeiro grande desafio. Depois é preciso continuar, ouvir e conhecer os que sabem mais do que nós. 


Há relativamente pouco tempo participou como júri num programa da TVI de novos talentos da música. Acha que o nosso país recebe de braços abertos os novos talentos ou, pelo contrário, apresenta-lhes alguns entraves numa fase inicial? 
Eu acho que o nosso país tem um problema: não consegue dar apoio suficiente aos vencedores. Existem muitos e bons talentos em Portugal e eu acho que as pessoas os valorizam muito. Eu própria fiquei muito impressionada com algumas vozes neste programa! Mas ser artista não é só ter uma boa voz, é preciso saber cantar, ter presença, carisma, saber dar entrevistas, também ser um bocadinho modelo e ator. E o que acontece em Portugal é que pessoas com uma óptima voz saem destes programas e não têm uma base que os apoie, que lhes dê aquilo que precisam para brilhar. Dou o exemplo do David Bisbal, com quem já trabalhei, saiu da Operação Triunfo e tinha tudo, tinha os melhores, a melhor equipa a apoiá-lo: compositores, músicos, fotógrafos… e é isto que falta no nosso país, este apoio aos novos talentos. 


Para além de cantar a Cuca também compõe alguns dos seus temas. Onde vai buscar a sua inspiração para as letras que escreve? 
Tenho sempre muito cuidado com este processo criativo. Eu sou psicóloga e sou apaixonada pelo comportamento humano e gosto muito de observar. Inspiro-me geralmente em paisagens… começo a pensar sobre a vida e surgem-me ideias. 


Então, estar a uma secretária não é o processo ideal para si? É melhor quando está numa esplanada a ver a paisagem? 
Bom, as ideias surgem-me espontaneamente, mas depois disto há muitas horas de trabalho sentada a uma mesa. Tenho de trabalhar as palavras, quais as rimas e a métrica certas, quais as palavras que ficam bonitas cantadas, porque nem todas as palavras são bonitas cantadas. Então, há muitas horas de trabalho depois de me surgir a ideia. 


Porque escolheu o nome "Riû" para este seu mais recente disco?
(pensa durante uns segundos) É uma maneira de mostrar o álbum, porque tudo vai no mesmo sentido. A capa, uma foto tirada pelo Bryan Adams, a rir, as cores, as letras das músicas. Queria demonstrar que o fado é intenso sem ser necessariamente triste. As músicas deste álbum são todas positivas, não digo que são todas alegres porque também falo de algumas coisas que não são tão alegres assim, mas no fundo, retiro sempre o positivo de todas as situações. É algo muito meu. E "û" porque queria jogar com rio (do verbo rir) e com rio (de água), todos os meus álbuns têm um elemento da natureza: o primeiro uma pena, o segundo uma raíz e este o rio. 


Que diferenças vão encontrar os seus fãs entre este seu trabalho e os seus álbuns anteriores? 
Este é mais leve, mais fresco e mais positivo. É mais virado para as marchas do que para as músicas melancólicas. Mas sou eu… Nas minhas músicas e letras a mensagem é sempre a mesma. Eu vejo sempre o lado positivo, esforço-me por isso, e mantenho-me sempre igual. Também vai permitir-me uma dinâmica diferente nos concertos o que é muito interessante, vou ter músicas mais alegres e músicas mais melancólicas o que vai enriquecer os concertos, penso eu. 


Mas porquê esta mudança? 
Eu nunca penso em nada sobre os meus álbuns, não sabia como ia ser este álbum. Começo sempre a juntar reportório e vejo onde isso me leva. Eu só sabia que queria que fosse algo que tivesse a ver com a água (sei que o meu próximo será algo relacionado com o fogo, mas é tudo o que sei, porque é o quarto elemento da natureza que me falta), não sabia qual seria o conceito. Mas, entretanto, surgiu a alegria, as viagens, os sabores, o bem-estar. Acho que não poderia encarar o processo de outra forma. Eu acredito em Deus e vou vivendo com o que me surge, as relações que vivi neste último par de anos. Fui pedindo ideias a pessoas que já eram minhas amigas e a ideia foi crescendo. Sabes, o fado fala sempre sobre a nossa vida, o próximo álbum também será o resultado do que vou viver nos próximos tempos. 


O fado é o cartão de visita de Portugal no estrangeiro. Sente, por isso mesmo, uma responsabilidade acrescida quando canta lá fora? É uma experiência muito diferente em comparação a cantar em solo luso? 
É. É muito diferente. As pessoas em Portugal percebem a nossa língua, portanto percebem logo a mensagem. Mas o fado ultrapassa as fronteiras, é por isso que o considero milagre. As pessoas lá foram valorizam mais o fado do que os próprios portugueses. Vivem mais, choram mais, riem mais. E sim, é uma responsabilidade gigante. Somos o cartão de visita, temos de nos portar bem lá fora (risos). Temos a possibilidade de contribuir para o nosso país, não só culturalmente mas também ao nível do turismo, porque ao darmos a conhecer Portugal estamos a aguçar a curiosidade e a vontade de nos descobrirem. Somos os embaixadores de Portugal lá fora, reflectimos o fado e a sua origem e, portanto, sente-se uma responsabilidade acrescida. 


Como imagina que seja o futuro do fado em Portugal? 
Eu estou muito contente! Atualmente temos muitos fadistas e todos muitos diferentes, o que é óptimo! Eu agrado a uns, a Ana Moura a outros, a Mariza a outros... Quanta maior a diversidade, a mais pessoas agradamos e levamos o fado. Neste momento, acho eu, o fado tem um futuro brilhante! 


Muito obrigada à Cuca pela simpatia e um obrigada especial à Cátia sem a qual esta entrevista não teria sido possível!

terça-feira, 26 de maio de 2015

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Eventos: Feira do Livro de Lisboa - Datas importantes 2015 - Paulinas Editora, Porto Editora



E aqui ficam mais algumas datas importantes para a Feira do Livro de Lisboa 2015.

A partir deste link ou clicando na foto em baixo - http://www.readoz.com/publication/read?i=1066776&designmode=true#page1

Fiquem a conhecer as datas da Paulinas Editora.


O Grupo Porto Editora leva autores portugueses e estrangeiros à Feira do Livro de Lisboa



Lançamentos em agenda 
 Os Deuses e a Origem do Mundo, de António de Freitas, com apresentação de António de Castro Caeiro e José Augusto Ramos, 29 de maio, às 18:30;
 Para Onde Vai Portugal?, de Raquel Varela, com apresentação pelo psiquiatra António Coimbra de Matos, 5 de junho, às 18:30;
 Corações Crescidos (coleção Crescer Com Pinta), de Vera Lisa Barroso e ilustrado por Alexandre Esgaio, 14 de junho, às 16:00.

Sessões de autógrafos em destaque: 
 Laurentino Gomes, 28 de maio, 17:00; 
 Mário Soares, 30 de maio, 17:00 
 Mário de Carvalho, 30 de maio e 13 de junho, 15:30; 
 Richard Zimler, 30 e 31 de maio, 15:30; 
 José Luís Peixoto, 31 de maio, 16:00;
 Robert Muchamore, 31 de maio e 1 de junho, 15:00; 
 Manuela Gonzaga, 31 de maio e 6 de junho, 16:00; 
 Gonçalo M. Tavares, 5 de junho, 17:30; 
 José Rentes de Carvalho, 6 e 7 de junho, 16:00; 
 Francisco José Viegas, 6 de junho, 16:00 
 José Eduardo Agualusa, 7 e 13 de junho, 16:00; 
 Chiara Gamberale, 7 de junho, 16:00; 
 Manuel Jorge Marmelo, 7 de junho, 16:00; 
 Luísa Ducla Soares, 10 de junho, 15:30 
 Rafael Chirbes, 13 de junho, 15:00

segunda-feira, 25 de maio de 2015

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Eventos: Feira do Livro de Lisboa - Datas Importantes



Bom dia! 
Esta semana começa a Feira do Livro de Lisboa. 

Aqui ficam as informações sobre as sessões de autógrafos dos autores da Esfera dos Livros. 
Tome nota! 


A Esfera dos Livros Stand - B 74 e B 76 

30 de Maio 16:30 - Inês Franco com Guia Prático de Maquilhagem 
30 de Maio 18:00 - Jessica Athayde com Não Queiras Ser Perfeita. Mas faz o Melhor para Ti 
31 de Maio 16:30 - Pedro Jardim com O Monstro de Monsanto 
31 de Maio 18:00 - Gustavo Santos com A Força das Palavras, Arrisca-te a Viver e Agarra o Agora

06 de Junho 16:30 - Pedro Pinto com Serpa Pinto e O Último Bandeirante 
06 de Junho 18:00 - Isaltino Morais com A Minha Prisão 
07 de Junho 16:30 - Joana Roque com Receitas para Todos os Dias, O Que Faço Hoje para Jantar? Cozinhar, Celebrar e Partilhar e Feito em Casa 
07 de Junho 18:00 - Ágata Roquette com A Dieta dos 31 Dias, As Regras de Ouro da Nutricionista e As Receitas - Dieta dos 31 Dias 
07 de Junho 18:00 - Margarida Vieitez e Fernando Mesquita com SOS Manipuladores 

10 de Junho 16:30 Magda Gomes Dias com Crianças Felizes 
10 de Junho 17:00 Conversa sobre o tema "A Guerra Colonial" com Sofia Branco, Dora Alexandre, Ana Sofia Fonseca e Nuno Tiago Pinto - Praça Amarela 
10 de Junho 18:00 Maria Elisa Domingues com Confissões de uma Mulher Madura e Amar e Cuidar
14 de Junho 16:30 Catarina Furtado com O Que Vejo e Não Esqueço
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Entretenimento: Lady Bird books in Charnwood Museum (written in English and Portuguese)


 Lady Bird books in Charnwood Museum


I moved very recently to Loughborough and in one of my exploring days I found the Charnwood Museum. If you have the chance to go to Loughborough you should definitely check this.

We always complain about the fact that most of culture is paid.. in here it is for free.


Talking with Carol, the nice lady working there, she introduced me to the Lady Bird books, and after I bought my first book I can definitely understand why an entire generation loved it. 


This year is the 100 years of Ladybird Books. Therefore, the Ladybird Project appears. But before the events that are going to take place in October 2015, people can visit the museum and enjoy a nice chair that tells you stories, or simply relax and learn about the story of the company in Loughborough. 

For further information please contact Ashleigh Jayes, Project Coordinator, on Ashleigh.jayes@charnwood.gov.uk or by telephone on 0780 919 8591.
Follow on Twitter @lovelborotales #lufftales
or on Facebook /LoveLoughboroughTales


Mudei-me recentemente para Inglaterra e descobri a maravilhosa cidade de Loughborough onde nasceu uma editora que deliciou uma série de gerações de crianças. Os Lady Bird books tiveram tanto sucesso que acabaram por ser comprados pela própria Penguin, que agora detém os seus direitos. 

Eu já comprei o meu livro e fiquei encantada. Consigo completamente compreender o porquê de os livros terem encantado uma série de crianças. 

A editora trabalhava em conjunto com psicólogos de forma a encontrar palavras que ajudassem a desenvolver o vocabulário das crianças. As colecções de livros eram divididos por níveis. Os psicólogos acreditavam que, se as crianças aprendem uma série de palavras mais cedo, aprenderiam a ler mais e melhor. 


Para festejar os 100 anos da editora, o Museu de Charnwood abriu um pequeno espaço com uma cadeira que.. lê historias aos mais pequenos (e aos maiores também que eu experimentei). 

Adorei aprender mais sobre esta editora. Deixo-vos fotos. Espero que gostem :) 








sábado, 23 de maio de 2015

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Passatempo: 167º Passatempo do FLAMES


Há coisas que não devem nem podem ser esquecidas. E, felizmente, há obras que contribuem para isso mesmo. É com imenso prazer que temos para oferecer, em parceria com a Editorial Bizâncio, um exemplar do livro "O Meu Testemunho Perante o Mundo" de Jan Karski:



Sinopse:
"Publicada pela primeira vez nos EUA em 1944, esta obra fazia também parte da missão de denúncia e apelo a que o autor se propusera. Jan Karski, membro da resistência polaca, foi nesse ano o mensageiro do povo polaco junto do seu governo no exílio, o mensageiro dos judeus perante o mundo e o homem que alertou para o genocídio judaico, que ele mesmo presenciara, quando ainda era possível detê-lo. Além dos documentos e relatórios que deveria entregar ao seu governo no exílio e aos aliados, conseguiu ainda entregar ao presidente Roosevelt documentos relatando o que vira no Gueto de Varsóvia e no campo de concentração de Izbica Lubelska, os quais fazem também parte desta obra. Apesar de inicialmente ter sido um bestseller, a obra foi acolhida com alguma frieza pelas autoridades ocidentais e acabou por cair no esquecimento; o mundo não estava então preparado para os relatos de Karski, e o reconhecimento surgiu tardiamente. Obra capital de um Justo entre as Nações, proibiu e proíbe, em definitivo, as palavras «Não sabíamos»."

TERMINADO

sexta-feira, 22 de maio de 2015

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Livro: O meu memorial (Fernando Cardoso)




Título: O Meu Memorial
Autor: Fernando Cardoso
Edição/reimpressão: 1998
Páginas: 128
Editor: Editora Portugalmundo
ISBN: 9789729288425




quinta-feira, 21 de maio de 2015

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Espectáculo: Peça de teatro "À Direita de Deus Pai - Uma Desgarrada em Dois Actos"




O teatro é uma das minhas grandes paixões, por isso foi com enorme prazer que fui assistir, muito recentemente, a mais um trabalho desenvolvido pel'O Teatrão, tal como foi o caso de "O Contrabaixo".
Desta vez a história tinha um título bastante curioso, "À Direita de Deus Pai - Uma Desgarrada em Dois Actos", e a sinopse prometia...

Sinopse:
"Jesus e São Pedro descem à Terra e disfarçam-se de peregrinos para poderem testar a caridade de Peralta, camponês que, mesmo não tendo um tostão, tem coração para dar e vender. Habituado a partilhar tudo o que tem com os seus próximos, o honesto Peralta supera a prova celestial com distinção e vê-se premiado com um monte de patacas de ouro e cinco desejos à sua escolha. No entanto, os seus pedidos são tão estrambólicos que vêm abalar a ordem natural das coisas, e até a Morte e o próprio Diabo vêm dar um ar da sua graça nesta comédia cheia de peripécias."


Opinião:
Este espectáculo proporcionou-me um excelente serão por vários motivos.
Em primeiro lugar, os actores foram absolutamente excepcionais. Muitos deles têm diferentes papéis durante o espectáculo, o que só prova o seu talento e versatilidade.
A encenação estava fabulosa e não deixou de me surpreender com detalhes interessantes e inteligentes e incluiu um detalhe que me apanhou de surpresa: o espectáculo conta com música e canções ao vivo! Um pormenor delicioso!

Relativamente à história, tal como se deseja de uma boa comédia, ri-me e acompanhei com agrado as peripécias de todas as personagens. Contudo foi um inesperado momento dramático que, para mim, marcou o espectáculo. O silêncio na sala, durante esses preciosos segundos, foi sepulcral e aumentou ainda mais o seu efeito.

Um último detalhe que não posso deixar de aplaudir: dependendo da cidade onde o grupo actua, durante os dias que antecedem o espectáculo, convida pessoas do grupo de teatro local para fazerem parte da peça. Quão fantástico é isto?!

Resta-me aconselhar todos os fãs de teatro a irem ver este e outros espectáculos pois garanto-vos que darão o vosso tempo por muito bem aplicado.
A Cultura em Portugal só pode sobreviver com o contributo de todos nós!


Por Mariana Oliveira

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Entretenimento: Novidades no mundo da musica


Novidades

VIRGEM SUTA 
Estreiam "Ela Queria", o primeiro avanço do novo disco 

Os Virgem Suta acabam de estrear "Ela Queria", o primeiro single do novo trabalho. O terceiro disco da banda de Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda tem edição prevista para Setembro. "Ela Queria" inicia o processo de revelar, aos poucos, o cuidadoso trabalho de estúdio que foi sendo feito. De Beja para Portugal e para o mundo, muito desse revelar promete ser feito em palco, com os Virgem Suta a preparar os próximos concertos. Tanto o álbum homónimo de 2010 como "Doce Lar", editado em 2012, valeram-lhes duas nomeações para os Globos de Ouro. O sucessor promete ser uma descoberta no final do Verão e inclui canções que nos vão surpreender, como já nos surpreenderam "Linhas Cruzadas" (que já conta com quase um milhão de visualizações no You Tube), "Maria Alice" ou "Beija-me Na Boca".

TIAGO BETTENCOURT 
Estreia-se nos coliseus de Porto e Lisboa em novembro

Concertos levam álbum "Do Princípio" a duas salas emblemáticas

Tiago Bettencourt vai subir ao palco dos coliseus de Porto e Lisboa no próximo mês de novembro: primeiro o músico atua a norte, no dia 07, e na semana seguinte, a 14, é a vez da sala da capital receber o espetáculo do músico.

"Do Princípio", álbum de 2014 do músico, estará em evidência nos concertos nas salas que Tiago Bettencourt diz serem as “mais emblemáticas” de Portugal. "Vamos seguros, e com esperança de que seja um dia de reencontros, e que todos aqueles que ao longo do tempo se cruzaram com minha música estejam presentes para desta vez cantarmos todos juntos, eles comigo, e eu com eles. Estes coliseus vão ser um gigante obrigado a todos os que, algures nestes 14 anos, abriram a porta da sua casa para uma canção minha entrar", vinca o músico. "Do Princípio", editado originalmente em maio de 2014, surgiu no final do ano nas lojas numa nova edição com seis temas gravados ao vivo no Concerto mais Pequeno do Mundo da Rádio Comercial. "Morena" e "Aquilo Que Eu Não Fiz" são dois dos mais emblemáticos temas do disco e grandes sucessos dos tempos recentes da música portuguesa. É chegada a hora dos coliseus para Tiago Bettencourt: "Estão todos convidados. Vou, como no princípio, dar o melhor de mim", sublinha.

Bilhetes - Coliseu do Porto 
Bilhetes - Coliseu de Lisboa 

DIANA KRALL
Ao Vivo no MEO Arena para apresentar o seu mais recente álbum "Wallflower"

Com 2 décadas de carreira, Diana Krall é um dos maiores ícones vivos do jazz. É a artista do género que mais vendeu até hoje, contabilizando-se o colossal número de 15 milhões de discos. Para além dos créditos que o seu reportório acolhe, já produziu Barbra Streisand e foi directora musical e principal arranjadora do título "Kisses on the Bottom" (2012), de Paul McCartney.

De timbre contralto, canta com uma suavidade aveludada e encantatória, sobre notas de piano que maneja num virtuosismo candente e cristalino. Prodigiosamente iniciou-se nas teclas de marfim branco e preto aos 4 anos de idade, começando a tocar na sua cidade natal, Nanaimo (Canadá), ainda na adolescência. Depois de estudar nos Estados Unidos, os concertos ganharam volume na Califórnia, onde viveu até ao início dos anos 90. De regresso ao país de origem, estreia-se com o LP "Stepping Out" (1993), disco de standards e clássicos do jazz. Desde então editou 12 álbuns, mais uma porção de registos ao vivo e em DVD. O último registo é incrivelmente surpreendente e com ele iniciará uma digressão europeia nos últimos meses deste ano. Chama-se "Wallflower" - título inspirado num tema de Bob Dylan -, constituindo-se de canções originalmente pop (também folk), de bandas e artistas que a acompanharam na adolescência: Eagles, Elton John, The Mamas & The Papas, entre outros.

"Wallflower" inclui igualmente participações de Michael Bublé e Bryan Adams - também responsável pela fotografia de capa do disco -, um inédito de Paul McCartney e é produzido por David Foster, o multi-galardoado compositor/produtor e actual responsável maior da Verve. Nº 1 por duas semanas consecutivas no Top Nacional de Vendas, o trabalho que foi editado já este ano tem recebido a aclamação da crítica. No MEO Arena, o novo registo de Diana Krall, sempre com um sabor jazzy, será o grande destaque de uma noite inesquecível, a 24 de Setembro.

Bilhetes à venda - aqui.

JAMES BAY
Álbum de estreia "Chaos and the Calm" elogiado pela crítica

Disco elogiado entre outros pelo New York Times, Billboard e Rolling Stone

O álbum de estreia de James Bay, "Chaos and the Calm", acabado de chegar ao mercado, revela-se já um sucesso comercial mas também entre a crítica: New York Times, Billboard e Rolling Stone são apenas algumas das publicações que já teceram rasgados elogios ao álbum do músico. O New York Times, por exemplo, diz que Bay cruza influências da folk e soul num género muito próprio. O músico, prossegue o jornal, "é tudo isso e mais". Já a Billboard diz que James Bay é o próximo grande nome da folk ao passo que a Rolling Stone enaltece o bom gosto das canções do britânico. Entre colegas músicos, há também elogios para James Bay. Sam Smith, por exemplo, diz que "todos" precisam de ouvir o músico, um verdadeiro "talento", e Hozier foi outro nome que demonstrou já publicamente apreço pelas canções do músico. James Bay, de 24 anos, é um compositor de Hertfordshire, a cerca de 40 quilómetros de Londres. Este ano o músico foi premiado com o "Critics Choice Award" nos Brit Awards. Este prémio já distinguiu no passado nomes como Sam Smith, Adele ou Ellie Goulding, entre outros. "Chaos and the Calm", o álbum de estreia que acaba de ser posto à venda, chegou a número 1 na tabela de discos do Reino Unido. James Bay é já um dos grandes fenómenos do ano. A juntar ao disco de estreia há a registar um concerto no NOS Alive, onde o músico toca a 09 de julho, primeiro dia do certame. Esta será a estreia de Bay em palcos portugueses.

DIOGO PIÇARRA
Confirmado para o Festival MEO Sudoeste

Vídeo de "Tu e Eu" já ultrapassou os 2 milhões de visualizações

Diogo Piçarra foi anunciado como cabeça de cartaz do Palco Jogos Santa Casa, no dia 6 de Agosto, no Festival Meo Sudoeste. Esta será a estreia do artista na Zambujeira do Mar. Este anúncio vem depois de Diogo Piçarra ter esgotado as duas salas onde apresentou o seu disco, Armazém F em Lisboa e Hard Club no Porto. Diogo Piçarra editou o seu álbum de estreia, "Espelho", em março, com entrada direta para o 1.º lugar do top de vendas. O vídeo do primeiro single, "Tu e Eu" ultrapassou recentemente o estrondoso número de 2 milhões de visualizações. Em palco, Diogo Piçarra (voz, guitarra e piano) será acompanhado por Filipe Cabeçadas (bateria), Miguel Santos (baixo) e Francisco Aragão (guitarras e teclado).

Diogo Piçarra está também em fase de preparação da ESPELHO SESSIONS, um novo espetáculo pensado para clubes e eventos especiais. A estreia acontece em Junho.

RUI MASSENA 
Em projeto solidário contra a obesidade infantil

Músico contribui com uma faixa para movimento World Carrot Lollipop

O maestro e compositor Rui Massena, autor do recém-editado disco "Solo", contribui com a faixa "D Day" para um novo movimento que pretende chamar a atenção para a lutar que se deve travar à obesidade infantil.

O movimento World Carrot Lollipop pretende - de Portugal para o mundo - lutar contra a obesidade infantil. O objetivo é lutar por um estilo de vida mais saudável e a causa pretende ser viral: cada fotografia tirada com uma cenoura da campanha deve ser partilhada nas redes sociais com as seguintes hashtags: #worldcarrotlollipop #vitamimos #contraaobesidade. A faixa "D Day", de Rui Massena, dá música à campanha. De recordar que o álbum de estreia do compositor, editado pela Universal Music Portugal, escalou as tabelas de vendas logo após a sua saída, tendo o músico apresentado recentemente o disco em dois concertos praticamente lotados: primeiro no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e depois na Casa da Música, no Porto.

LINDA MARTINI 
Novo vídeo para "Tamborina Fera" realizado por fã

Ainda em digressão com o mais recente álbum "Turbo Lento", os Linda Martini foram no passado dia 21 de março surpreendidos com o pedido de um fã para filmar o ensaio de som e concerto no Teatro Aveirense, em Aveiro. "O Miguel Serra pediu-nos para filmar o ensaio de som e o concerto. Aceitámos e umas semanas mais tarde recebemos este vídeo de surpresa", revelou a banda. Miguel Serra enviou um vídeo com as imagens desse dia, sonorizado com "Tamborina Fera", um dos temas do álbum “Turbo Lento”. “Não tocámos esta música nesse concerto, mas o Miguel editou as filmagens que tinha de tal forma que nos sentimos muito identificados com a abordagem. E é por isso que queremos, hoje, partilhar este vídeo convosco. Obrigado Miguel!" Os Linda Martini continuam a sua digressão pelo País, temporariamente sem Cláudia Guerreiro que anunciou publicamente a sua gravidez e impossibilidade de se manter a tocar ao vivo. A baixista foi substituída, nos últimos concertos da banda, por Makoto (Paus). A banda encontra-se também em fase de composição e preparação de um novo álbum, cuja edição se prevê para 2016.

ÁTOA 
ÁTOA confirmados no MEO Sudoeste

Banda sobe ao Palco Jogos Santa Casa no dia 6 de Agosto

Os ÁTOA foram confirmados no alinhamento do Palco Jogos Santa Casa do MEO Sudoeste. Esta será a estreia da banda num grande festival de verão, o concerto acontece no dia 6 de Agosto.

Também foi confirmada a presença dos ÁTOA na Queima das Fitas de Évora, a sua cidade natal.

Estes são para já os concertos anunciados:
30 de Maio: Lisboa - Escola Secundária do Restelo (showcase acústico)
3 de Junho: Évora - Queima das Fitas de Évora
6 de Agosto: Zambujeira do Mar - Meo Sudoeste
15 de Agosto: Reguengos de Monsaraz - Exporeg

O single "Falar a Dois", tema que apresenta os ÁTOA e que recentemente chegou ao mercado, já é um sucesso - o seu videoclip já foi visto cerca de 75 mil vezes na Internet, a música chegou ao 1º lugar do Top 50 dos mais virais da plataforma Spotify, em Portugal e foi ouvida mais de 10.000 vezes só na primeira semana no MEO Music. O single estreou recentemente nas rádios portuguesas e apresenta ao grande público os quatro jovens amigos de Évora que formam o grupo.

Os ÁTOA são Guilherme Alface (voz, guitarra, piano), João Direitinho (guitarra, voz, piano), Rodrigo Liaça (bateria, percussão, voz, piano) e Mário Monginho (baixo, guitarra). O nome surgiu, dizem, porque "no início foi assim, tudo era um pouco à toa". Foi formada uma banda "do nada", as músicas surgiam quando lhes apetecia e não havia grandes objectivos. Hoje, a realidade mudou, e há duas grandes metas para os ÁTOA - fazer boa música cantada em português e agradar ao público. "Falar a Dois" é o primeiro exemplo a chegar aos ouvidos dos portugueses.

Entrevista dos ATOA ao FLAMES aqui - http://flamesmr.blogspot.com/2015/05/99-entrevista-do-flames-atoa-banda.html

CUCA ROSETA 
Novo disco "Riû" chega às lojas

Terceiro disco da fadista foi produzido pelo brasileiro Nelson Motta

O novo disco de Cuca Roseta, "Riû", está à venda desde hoje. O trabalho foi produzido pelo brasileiro Nelson Motta e nele a fadista canta músicas de nomes como Sara Tavares, Júlio Resende, Mário Pacheco, João Gil, Jorge Drexler e Ivan Lins, entre outros. "Riû", terceiro álbum de estúdio da fadista, conta ainda com dois temas originais compostos especialmente por Cuca Roseta por Bryan Adams e Djavan - este último empresta também a sua voz ao tema "O Amor Não é Somente Amor". A fotografia da capa de "Riû" é de Bryan Adams e o trabalho tem a produção de Nelson Motta que já trabalhou com nomes basilares da música brasileira como Elis Regina, Gal Costa, Daniela Mercury ou Marisa Monte. O disco, antecedido pelo single "Amor Ladrão", será apresentado ao vivo dia a 02 de junho no Casino do Estoril e a 03 de junho na Casa da Música, no Porto, em exclusivo para quem compre o disco nas lojas FNAC.

TAYLOR SWIFT 

TAYLOR SWIFT ARREBATA 8 PRÉMIOS BILLBOARD E ESTREIA VÍDEO COM ELENCO DE LUXO

Taylor em destaque numa noite em que também brilharam Sam Smith, Hozier, Iggy Azalea e Enrique Iglesias. A madrugada trouxe mais uma cerimónia dos Billboard Music Awards, o evento da revista americana, responsável pelas importantes tabelas de vendas daquele país. Taylor Swift foi a grande vencedora, com 8 prémios, incluíndo Melhor Artista, Melhor Álbum e "Billboard Chart Achievement Award", entregue pelo impressionante êxito do álbum "1989" no top dos Estados Unidos. Com um total de 20 estatuetas Billboard ao longo da sua carreira, Taylor torna-se assim a artista mais premiada dos #BBMA. Mas um dos grandes momentos da noite aconteceu logo ao início, com a estreia do seu novo vídeo "Bad Blood", que conta com versos de Kendrick Lamar e a participação de um elenco de luxo: Selena Gomez, Karlie Kloss, Jessica Alba, Lena Dunham, Ellie Goulding, Hayley Williams (dos Paramore), Cindy Crawford, Ellen Pompeo, Cara Delevigne ou Serayah (da série Empire). O vídeo já está disponível globalmente. Com "Fancy", Iggy Azalea e Charli XCX foram as vencedoras de Melhor Canção Rap (Iggy ganhou ainda dois outros prémios: Melhor Artista Streaming e Melhor Artista Rap). Sam Smith foi escolhido Melhor Artista Masculino e Melhor Novo Artista. "Take Me To Church", de Hozier, venceu na categoria de Melhor Canção Rock. Enrique Iglesias levou para casa o prémio de Melhor Canção Latina, atribuído a "Bailando", e Melhor Álbum Latino, para "Sex and Love". Sem surpresas, "Frozen" foi a Melhor Banda Sonora.

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Entretenimento: Concertos




Concerto de Joana Lisboa
Bar A Barraca
Dia 5 de junho - 22h00

Conhecam o single aqui


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Miguel Corvo 
4 de junho
Auditório Carlos Paredes
22h00

quarta-feira, 20 de maio de 2015

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Entretenimento: O novo CD de Kendrik Lemar



Kendrick Lamar nasceu em 1987. Trata-se de um rapper Americano que tem vindo a ganhar cada vez mais força no mundo musical.

Assim que coloquei o seu novo disco no CD para o ouvir senti logo a irrevêrencia e a originalidade que o destingue dos demais artistas RAP...

Falo-vos do álbum  To Pimp A Butterfly que mais uma vez demonstra que Kendrik não é um artista como os outros e que o seu álbum não é apenas mais um álbum de rap. De facto logo na primeira música foi possível sentir a influência do rap conjugado com o jazz... mas ao longo de todo o álbum vamos sentindo notas de outros estilos, como funk, soul e mesmo... a simples fala. Uma "simples" pessoa a falar. A cada música, algo nos surpreende e, com o tempo, começamos a sentir curiosidade.. começamos a pensar "ok, o que é que vem para aí agora..?".


Mais uma vez encontramos um cd de cariz social muito vincado, com um design minimalista mas interessante.
Relativamente a músicas, a primeira, "Wesley’s Theory", conta com a participação de George Clinton e Thundercat e foi produzida por  Flying Lotus. A música junta ainda a música "Every Nigger is a Star." Logo de início notamos então a vontade do autor de se ligar a outros artistas e a outras sonoridades já existentes.

Nota-se também a preocupação do músico em falar de outras questões como o consumismo que nos dias de hoje tem atingido valores alarmantes.

"What you want you? / A house or a car? / Forty acres and a mule, a piano, a guitar? / Anything, see, my name is Uncle Sam on your dollar / Motherfucker you can live at the mall"

De momento, este CD já tem tido algum reconhecimento, e alguns já o consideram como dos álbuns mais importantes em termos culturais, no momento.

Não é um disco para se ouvir de ânimo leve... é um CD para ouvir e reflectir. E só quem está disposto a o fazer o conseguirá apreciar em toda a sua plenitude.

Para finalizar, temos um pequeno presente dado aos reais fãs de rap. Imaginem uma música a terminar.. com uma entrevista.. a Tupac Shakur (entrevista conduzida em 1994). Nessa entrevista são discutidos assuntos interessantes como os desequilíbrios monetários, o racismo, etc.

 

Por fim este foi, para mim, um CD

Surpreendente
Diferente 
Social


segunda-feira, 18 de maio de 2015

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Filme: The face of love (2013)





Ficha Técnica

Realizador: Arie Posin
Writers: Matthew McDuffie, Arie Posin
Cast: Annette Bening, Ed Harris, Robin Williams
Ano: 2013
Género: Drama, Romance
Duração: 92 minutos



Trailer





Opiniões

Vários são os motivos que me podem levar a querer ver um filme: os actores, a história, o local onde é filmando ou.. o trailer! E foi precisamente o trailer deste filme que me fez ter vontade de o ver. É verdade que os actores que o protagonizam são muito conhecidos e de um talento indescritível, mas foi a história que encerra este filme que me fez querer visioná-lo.

Convenhamos, a premissa é absolutamente genial e poderia realmente acontecer a qualquer um de nós... Se viram o trailer não necessitam que vos conte a história.. e penso que concordarão comigo que se trata de uma história bastante invulgar. 

A par desta brilhante ideia, estão as fantásticas interpretações das personagens. A começar por Ed Harris que consegue fazer o papel de dois homens fisicamente iguais, mas com tantas diferenças a nível de personalidade.. pelo menos, o actor conseguiu fazer-me detestar o marido da protagonista, e simplesmente AMAR o professor de pintura que, mais tarde, ela encontra. 

Annette Bening também está deslumbrante, conseguindo interpretar uma mulher cujas emoções chegam a roçar a loucura. É muito fácil empatizar com ela e entender algumas das suas mais difíceis escolhas. 

E depois temos o fabuloso e inconfundível Robin Williams.. num papel totalmente distinto dos que estamos habituadas, e ter visto este filme após a sua morte foi um pouco difícil para mim.

Em suma, é uma filme bastante bom, com uma óptima ideia, bem concretizada, boas interpretações.. um filme a ver e rever sem dúvida. 

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