Título Original:
White
Rose Rebel
Ano Edição: 2009
Género: Romance
Histórico
Autora: Janet Pasley
Editora: Bizâncio
Os
livros baseados em histórias verídicas sempre me fascinaram pois assumem, logo
à partida, uma posição de destaque dos demais por se tratarem de livros
simultaneamente didáticos ao apresentarem-nos acontecimentos reais e que nos
entretêm pois os autores que optam por abordar um episódio histórico
inteligentemente escolhem sempre personalidades fascinantes.
Pode-se
dizer, então, que “A Rosa Rebelde” encaixa "como uma luva" nesta categoria.
Estamos
em pleno século XVIII e a heroína da história é Lady MacKintosh, uma jovem
escocesa das Terras Altas batizada com o nome Anne, mas mais conhecida pelo
povo como coronela Anne devido à sua bravura e feitos tremendos que realizou
pela defesa do povo escocês contra as investidas dos ingleses numa tentativa de
governarem a Escócia.
Ao
longo de várias batalhas e negociações, Anne lidera o povo Jacobita em prol de uma Escócia
independente e em situação de igualdade com a sua vizinha Inglaterra. As
dificuldades são muitas e os perigos imprevisíveis mas há uma variável
constante nesta equação: a coragem e resiliência de Lady MacKintosh não permitirão
que o povo escocês desista.
Tal
como a própria capa do livro indica, a protagonista desta história é
considerada por muitos como sendo um William Wallace de saias, já que ambos
lutaram pelo mesmo fim: libertar os escoceses da sufocante mão do governo
inglês. Por isso mesmo, a curiosidade e expetativas iniciais eram elevadas, ou
não fosse Wallace uma das personagens históricas que mais me fascina.
Terminada
a leitura posso afirmar que esta obra não desilude. É verdade que o início da
leitura é um pouco dificultado pela existência de diversos clãs escoceses com
nomes algo complicados e pela constante referência a chefes de clãs e famílias
de destaque. Contudo, assim que o leitor se habitua a esses nomes, rapidamente
se foca na história principal… e que história!
Anne é uma mulher absolutamente fascinante: corajosa, teimosa, irreverente e vanguardista. Foi impossível não me deixar surpreender ao descobrir que, em tempos, não há muitos séculos atrás, existiu uma mulher assim, capaz de enfrentar tudo e todos por um ideal.
Anne é uma mulher absolutamente fascinante: corajosa, teimosa, irreverente e vanguardista. Foi impossível não me deixar surpreender ao descobrir que, em tempos, não há muitos séculos atrás, existiu uma mulher assim, capaz de enfrentar tudo e todos por um ideal.
Outro
aspeto interessante no livro é o triângulo amoroso constituído por Anne, pelo
seu marido e pelo seu amigo de infância. Confesso que foi este um dos aspetos
que mais me interessou no livro pois o suspense vai-se adensando a cada página
e a expetativa acerca do desfecho desta situação vai aumentando. A luta
interior de Anne para escolher um dos dois homens, tão diferentes mas igualmente
importantes para si, fascinou-me e impeliu-me a “voltar sempre mais uma página”.
Um
outro ponto forte de “A Rosa Rebelde” assenta no seu teor didático, já que esta
foi literalmente a maior lição de História que alguma vez tive acerca das
Terras Altas da Escócia do séc. XVIII: o funcionamento dos clãs, a cultura
escocesa bem como os deveres e direitos dos homens e mulheres desse país (um
aspeto que me apanhou completamente de surpresa quando descobri que, ao
contrário daquilo que a maioria poderia pensar, neste país as mulheres tinham
tanto ou mais poder do que os homens).
Concluindo,
esta é uma obra fascinante para quem gosta de romances históricos baseados em
acontecimentos verídicos, principalmente para quem, como eu, sempre teve um
fascínio especial pela luta da Escócia em defesa da sua liberdade.
A escócia é um país que me fascina muito, mas não o conhecimento da sua História. No entanto, qualquer romance histórico me fascina.
ResponderEliminarA capa e a sinopse deste livro sempre me aguçaram a curiosidade, mas o teu post confesso que está a aumentar a minha vontade.
Acho que vou dar uma chance a esta obra. Obrigada pelo post Mariana.
Roberta
É MUITO diferente de A Papisa Joana, apesar de ambos terem protagonistas fortes. Este livro assemelha-se mais a um clima como o do filme "Braveheart", por isso se gostaste do filme deverás gostar desta história ;)
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