Ano: 2015
Género: Espionagem, Policial
Autor: Nuno Nepomuceno
Sinopse:
"Através de uma viagem frenética por entre os deslumbrantes cenários
reais de Londres, Hong Kong, Macau, Praga, Belize, Moscovo e Lisboa, as
missões multiplicam-se, os disfarces sucedem-se. Questões sobre ética,
moral, família e o valor da vida humana são levantadas. E uma teia de
meias-verdades, ilusões, e complexas relações interpessoais é finalmente
desvendada no capítulo final de uma série que já estabeleceu novos
patamares para a ficção nacional."
Opinião:
"Trilogia.
A famosa palavra que uns temem e que outros adoram.
A verdade é que, inevitavelmente, depois de acompanharmos uma história
ao longo de 3 volumes acabamos por sentir que vivemos a mesma com
outra intensidade. Isto é consequência imediata do maior tempo que
passamos a acompanhar as personagens e as peripécias que estas enfrentam.
Foi precisamente isto que me aconteceu com a trilogia
“Freelancer”. Ao acabar o 3º volume, “A Hora Solene”, não fui imune a um
sentimento agridoce: fiquei feliz pois finalmente tudo foi desvendado e
resolvido mas não consegui evitar uma pontada de tristeza por ter de
dizer adeus ao André e aos seus companheiros.
Ao longo dos 3
livros vivi momentos de pura tensão, reviravoltas surpreendentes,
descobri segredos chocantes e comovi-me com a fragilidade do nosso
protagonista. A história foi muito bem pensada desde o início e a sua
execução não deixou nada a desejar.
Algo que destaquei quando
falei nos 2 primeiros volumes e que também se verificou neste livro foi a
ausência de tempos mortos. O ritmo da acção é elevado e está sempre a
acontecer algo de relevante para a história.
Relativamente ao
último livro, “A Hora Solene”, foi notória a evolução na escrita do
Nuno. Tal como o próprio afirma, começou a escrever o volume “O Espião
Português” há mais de 10 anos e, como tal, a diferença entre os dois
livros é notória.
No que à trama diz respeito, consegui desde
cedo perceber a linha de raciocínio do Nuno e, por isso mesmo, esta 3ª
parte não teve tantas surpresas como as duas primeiras. Algo, contudo,
que esteve mais presente neste livro foi a tensão emocional. Afinal, era
necessário um desfecho e este livro esteve repleto de dilemas morais,
de decisões imperiosas e de resoluções pessoais.
Se para mim não
foi fácil despedir-me destas personagens, imagino que para o Nuno tenha
sido ainda mais difícil terminar este capítulo da sua vida. Contudo, tal
como o próprio autor fez questão de ressalvar, este não é o fim da sua
carreira literária pois o mesmo pretende continuar a escrever. A meu
ver, com um começo tão auspicioso, só podemos esperar projectos de
excelência por parte do escritor.
Numa coisa acredito: vou querer estar na frente da fila para comprar os seus trabalhos futuros.
Vivam
os novos autores portugueses por nos mostrarem que a escrita em
Portugal está boa e recomenda-se! E um viva muito especial para o Nuno
Nepomuceno por, apesar de todas as adversidades que teve de enfrentar ao
longo de tantos anos, nunca ter desistido de perseguir esta sua paixão.
Ganhou ele mas, acima de tudo, ganhámos nós, os seus leitores, por termos
tido a oportunidade de viver na primeira pessoa a história do
inesquecível espião português."
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