Título Original: HET ACHTERHUIS – Dagboekbrieven
Ano: 1947
Género: Drama, Histórico
Autor: Anne Frank
O ano está mesmo a acabar e por isso nada melhor do que terminar com um post sobre um dos livros mais conhecidos e lidos em todo o mundo. O Diário de Anne Frank começou por ser “apenas” um livro que com o passar do tempo deu origem a mais livros, documentários, filmes, museus… O que não é propriamente de admirar tal é a qualidade desta história e o fascínio que suscita naqueles que dela tomam conhecimento.
O livro, escrito na primeira pessoa, relata-nos a luta pela sobrevivência da jovem, de apenas 13 anos, Anne Frank num esconderijo que se tornou o seu refúgio entre 1942 e 1944. Tudo começou quando as tropas nazis invadiram a sua cidade natal, Amesterdão (Holanda), e Anne e a sua família, sendo judeus, se viram forçados a esconder, juntamente com outros judeus, numa zona secreta de uma casa para evitarem ser levados para um campo de concentração.
A partir daí, acompanhamos o dia-a-dia destes resistentes: os seus medos, angústias, esperanças e, também, alegrias.
Apesar de ser muito interessante e comovente, na nossa opinião este livro pode fazer com que algumas pessoas desanimem a determinada altura devido à característica que, ironicamente, mais o destaca: a sua fiel descrição da realidade. É que se tal pode ser extremamente cativante em alguns momentos da história, noutros acaba por tornar-se algo entediante. É que não é qualquer um que ficará interessado com as descrições exaustivas de alguns diálogos e situações vividas pelos protagonistas da história.
Mesmo assim, este é um livro que vale sem dúvida alguma a pena ser lido, por uma série de razões:
- Permite-nos assistir à tremenda evolução de Anne, que começa esta história como uma simples menina de 13 anos, mas quando escreve a sua última entrada no diário apresenta uma maturidade fora do comum para uma adolescente de apenas 15 anos;
- Dá-nos a oportunidade de “viver” um acontecimento, já tantas vezes descrito, pelos olhos de alguém que realmente sofreu na pele a perseguição nazi;
- Alerta-nos, tal como muitos outros trabalhos acerca do Holocausto Nazi, para aquilo que o ser humano é capaz de fazer. Pois, embora possamos caír na tentação de pensar que isso faz parte do passado e não passam de comportamentos “primitivos”, não devemos esquecer-nos que tudo isto aconteceu há bem menos de 100 anos.
Boas leituras!
Resta-nos desejar a todos um óptimo 2011!!
Nós cá estaremos para continuar com este blogue que tantas alegrias nos tem dado ao longo dos últimos 12 meses.
Obrigada a todos que nos acompanharam na nossa viagem. Continuem connosco! :)
Não podia concordar mais com este post ;) FELIZ 2011:)
ResponderEliminarA propósito do vosso post, não resisto e transcrever este texto. Bom Ano!
ResponderEliminarMartin Niemaller, um pastor alemão, no campo de concentração de Dachau, escreveu:
Na Alemanha, primeiro eles vieram prender os comunistas e eu não falei porque não era comunista. Então eles vieram buscar os judeus e eu não falei porque não era judeu. Depois eles vieram atrás dos sindicalistas e eu não falei porque não era sindicalista. A seguir eles vieram atrás dos católicos e eu não falei porque era protestante. Finalmente quando eles me vieram buscar, já não sobrava ninguém para falar.
HJ
Este livro tenho de ler de novo! quando o li ainda era uma miuda!
ResponderEliminarEm relação ao Amante de Sonho, eu adorei e emprestei a uma amiga minha e o comentário dela ao livro foi: "há muito tempo que um livro não me prendia desta maneira" Acho que vale a pena ler!
Feliz 2011 para ti também Robertini! ;)
ResponderEliminarHJ, esse texto para nós é uma novidade e dá mesmo que pensar.
ResponderEliminarObrigada!
Mais um livro que faz parte dos meus preferidos.
ResponderEliminarAnne Frank. Uma rapariga com uma maturidade avançada para a sua idade. Os relatos do Holocausto, visto de "dentro" é aterrador. Mas sempre temos o lado amoroso, a paixoneta da Anne para compensar o lado pesado e angustiante.