quinta-feira, 10 de abril de 2014

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Livro: O Sorriso aos Pés da Escada


  
 
Título Original: The Smile at the Foot of the Lader
Ano: 1948
Género: Auto-descoberta
Autor: Henry Miller

 

Nem todos os livros podem ser geniais e mexer connosco, certo? Pois bem, a obra “O Sorriso aos Pés da Escada” serviu para me provar isso mesmo.

 
A história criada por Henry Miller tem como protagonista um palhaço, Augusto, que consegue levar, como nenhum outro, o seu público à apoteose. O problema na vida de Augusto é que, apesar de conseguir levar alegria à vida daqueles que assistem aos seus espetáculos, falha redondamente em conseguir ele próprio ser feliz. Por isso mesmo, decide abandonar o seu circo e partir em busca daquilo que o poderá realmente fazer feliz.

 
Apesar de a premissa desta pequena história ser interessante, a verdade é que, para mim, Henry Miller falhou em transmiti-la. Mesmo tendo sido publicada pela primeira vez em 1948 e de ser considerada por muitos como uma obra de referência de um escritor também ele extremamente conceituado, a verdade é que me apoio, para formar a minha opinião, numa afirmação do próprio Henry Miller sobre “O Sorriso aos Pés da Escada” quando este disse que esta tinha sido a sua mais estranha história que alguma vez escrevera: eu também a achei estranha, demasiado estranha.

O palhaço Augusto basicamente falhou em cativar a minha atenção e não consegui sentir-me minimamente interessada na sua busca pela felicidade. As ideias no livro são algo repetitivas, pouco desenvolvidas e as poucas frases realmente originais e belas são insuficientes para salvar esta obra.

Qual o propósito de Henry Miller ao escrever este livro? Pois bem, apesar de o autor explicar ao leitor o que pretendia com “O Sorriso aos Pés da Escada” numa breve nota no fim da obra, admito que não interpretei esta história da forma como ele a queria transmitir.

Bem, termino tal como comecei: nem tudo aquilo que lemos pode integrar o nosso grupo de obras de referência, por isso não quero dizer que este livro seja uma nódoa, mas simplesmente falhou, e por uma grande margem, o alvo. O meu alvo.

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3 comentários:

  1. a muito tempo quero ler esse por causa de uma pequena resenha no fim do livro Bisa Bia! opiniões a parte ainda pretendo ler o Sorriso!! Marcos Punch.

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  2. Encontrei por acaso este comentario que respeito mas nao partilho. Ou melhor aceito que se iniciou a leitira com uma expectativa como disse, talvez ai tenha diminuido o efeito do melhor resultado. Gostava de a convidar a pensar na relacao forma e conteudo. A construcao e a composicao textual deste micro é a meu entender quase genial, se para o ser devesse chegar a compreensao estetica de todos os leitores. Como referiu, nao chegou a si. Tenho opiniao particular como sendo uma das obras literarias do século XX. Penso que o estranhamento seja a capacidade sublime de uma expressao artistica. Este livro consegue-o na perfeicao. Este fenomeno nao é so formal mas de um todo, segundo a minha opiniao. Porque sera que um desenho incompleto nao tem o mesmo efeito que um hiper realista? Creio que uma pergunta seja mais importante que uma resposta. Por vezes reler uma obra revisitar um lugar, olhar de novo um desenho nos ajude a tocar a felicidade de entender. Deixo esse voto nessa leitura, com uma saudacao amiga.

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    Respostas
    1. Obrigada pela opinião tão bem fundamentada!
      Depois de apresentadas as coisas sobre esse prisma, pode ser que um dia dê uma nova oportunidade ao livro para tentar lê-lo sob esse ponto de vista.
      Abraço, Mariana

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