Livro disponível em Portugal a partir de 8 de Junho
Título Original: The Girl on the Train
Ano de Edição: 2015
Género: Mistério, Drama
Autora: Paula Hawkins
Editora: Topseller
Ouvi falar deste livro pela primeira vez através de alguns vídeos no Youtube. O burburinho à volta dele despertou a minha curiosidade e foi com alegria que soube que teria a oportunidade de deitar mãos a esta obra para, como vim a descobrir, devorá-la!
Sinopse:
"O êxito de vendas mais rápido de sempre. O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros.
Todos os dias, Rachel apanha o comboio...
No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.
De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, absorvente, perturbador e arrepiante."
Opinião:
As expectativas iniciais eram bastante elevadas, o que por vezes pode resultar em desapontamento. Contudo, este livro conseguiu fazer algo que já não me acontecia há muito tempo: manteve-me acordada até madrugada, incapaz de ir dormir sem saber como terminaria a história.
Basicamente, toda a história se foca num crime que aconteceu e na procura da identidade do criminoso. É engraçado pois inicialmente fiquei com uma personagem na mira como a provável responsável pelo sucedido e acabei mesmo por acertar! No entanto, ao invés de isso servir para me desmotivar, teve o efeito contrário pois, ao longo da minha leitura, fui sendo confrontada com provas que apontavam para outros cenários e isso obrigou-me a pensar, a comparar dados qual verdadeira detective!
Mais do que a história em si, para mim "A Rapariga no Comboio" ganha pela capacidade da autora de, com uma simples frase, virar completamente a linha de pensamento do leitor. Não foram poucas as vezes em que terminei um capítulo com um verdadeiro arrepio na espinha. É incrível como meia dúzia de palavras me deixavam tão surpresa.
Outro aspecto que destaco na obra é a perspectiva da personagem principal. Narrada sob 3 pontos de vista, grande parte da história é contada pela voz de Rachel, uma alcoólica. Este foi um detalhe completamente novo para mim pois nunca tinha tido a oportunidade de viver algo pelos olhos de alguém que luta contra a tentação de se perder por completo nos prazeres do álcool. E, como podem imaginar, investigar um crime quando se passa metade do tempo sob o efeito de várias bebidas não pode ser de grande ajuda, daí a trama ganhar contornos mais misteriosos e complexos já que Rachel tem perdas de memória e tem de fazer um esforço extra para reunir as várias pistas.
Relativamente às personagens, estas são, na sua maioria, pessoas com um passado difícil e sofredor que, por isso mesmo, dão um tom mais sombrio à história e criam um ambiente sufocante e de uma urgência latente. Senti-me inquieta por várias vezes, como se estivesse a penetrar num universo completamente diferente do habitual, quase como se estivesse a assistir a um filme de cinema independente que marca pela sua originalidade.
Relativamente às personagens, estas são, na sua maioria, pessoas com um passado difícil e sofredor que, por isso mesmo, dão um tom mais sombrio à história e criam um ambiente sufocante e de uma urgência latente. Senti-me inquieta por várias vezes, como se estivesse a penetrar num universo completamente diferente do habitual, quase como se estivesse a assistir a um filme de cinema independente que marca pela sua originalidade.
Não poderia terminar sem fazer menção da escrita de Paula Hawkins: muito fluída e clara sem se demorar com detalhes desnecessários. Basicamente, a autora vai directa ao assunto proporcionando-nos, assim, uma leitura rápida e compulsiva. Tão compulsiva ao ponto de, tal como disse inicialmente, eu ter aguentado um dia cheia de sono por não ter conseguido pousar o livro antes de terminá-lo na noite anterior.
Uma obra que recomendo a qualquer fã de livros de mistério com um drama intenso à mistura!
Por Mariana Oliveira
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