Leitores:
Alípio Vieira Firmino (LinkedBooks)
Joana S. Almeida
Mariana Oliveira
Roberta Frontini
Título: A Felicidade
Autor: Lluís-Anton Baulenas
Não é todos os dias que 4 pessoas decidem comprar exactamente o mesmo livro. A conclusão de tudo isto? Um post inédito no FLAMES: 4 leitores dão a sua opinião. Esperamos que gostem!
Sinopse:
"Barcelona, 1909. Todas as noites, no Teatro Soriano, Nonnita executa o seu número de variedades nadando praticamente nua com uma foca. O italiano por quem se apaixonou e de quem espera um filho, desapareceu de repente sem deixar rasto; e, todas as noites, no regresso a casa, os seus mortos vêm consolá-la e dar-lhe forças. Mas a cidade está a sofrer uma transformação radical, com demolições em massa no seu bairro e bombas anarquistas que todos os dias fazem ir qualquer coisa pelos ares; e Nonnita está a ficar cansada de lutar… Eis senão quando aparece no teatro Demi Gambús, o sucessor de uma longa linhagem de ladrões de casaca, para assistir ao espectáculo. Será que Nonnita lhe vai conseguir cobrar a felicidade que um dia ele lhe roubou? Na linha de A Sombra do Vento, este é um romance admirável de amor e ódio, dúvida e descoberta, esperança e desforra. Na Barcelona primorosamente recriada por Lluís-Anton Baulenas, circulam saltimbancos, oportunistas, activistas políticos e jovens que saíram das aldeias em busca da sobrevivência na cidade grande, cujas pequenas histórias anónimas constroem, afinal, a História com H grande. E, à medida que as páginas vão avançando - como referiu o jornal El País -, o leitor consegue sentir a ilusão de que, sim, agora é feliz."
Opinião - Alípio
“A Felicidade” de Lluís-Anton Baulenas foi um livro que nos despertou bastante curiosidade na Feira do Livro do Porto em 2014, não somente pelo valor que se destacou (3€) mas também pela vontade que tínhamos em participar numa leitura em conjunto. No entanto foi a opinião de HP\De Tijd na capa que terá sido o verdadeiro mote para tomarmos a opção de compra. A obra foi descrita como: “Um romance tão delirante como A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón”, e sendo nós apreciadores dessa pérola da literatura, não houve sequer necessidade de votos nem grandes juízos para chegarmos ao consenso de o comprar.
Acho que foram sem dúvida alguma, uns 3€ muito bem gastos. O autor revelou de facto qualidades que adoro. Para começar, tem o cuidado de ambientar o leitor à época em que toda a trama se desenrola. Ou seja, é descritivo o suficiente sem se tornar maçudo (acontecimentos históricos e monumentais, modo de vida…).
A introdução dos personagens reporta-nos passagens das suas vidas que nos leva a amá-los ou odiá-los na hora. Foi instantâneo o apego que senti em relação a uma delas, Nonnita Serrallac (personagem principal). Uma mulher com coragem suficiente para o mais bravo dos guerreiros a querer como aliada numa luta pela vida. Uma coragem do tamanho do seu coração, portadora de uma bondade tal, que lhe consegui perdoar todas as trapaças em que se envolveu. Após feitas as “apresentações”, o entrosamento entre elas vai-se desenvolvendo com naturalidade e fez-me sentir como um espectador de novela, em que cada dia passado gerava um novo episódio, levando-nos a ansiar pelo capítulo seguinte.
Lluís Anton Baulenas, a meu ver, precisa ainda de aperfeiçoar alguns aspectos, tais como os diálogos (por vezes não sabia quem era que estava a falar). É necessária uma leitura MUITO atenta ou então podemos ficar confusos num ápice, pelo que tive que recuar algumas vezes em certos parágrafos para me situar. Em suma, acho que o conjunto desses “episódios” resultaram num desfecho que me deixou admiravelmente surpreso e satisfeito. Quando terminámos a leitura, cheguei à conclusão que esta obra, tal como os seus personagens, ou se ama ou se odeia, como podem constatar nas opiniões aqui apresentadas. Se já tiveram oportunidade de a ler, deixem a vossa em forma de resposta.
“A Felicidade” de Lluís-Anton Baulenas foi um livro que nos despertou bastante curiosidade na Feira do Livro do Porto em 2014, não somente pelo valor que se destacou (3€) mas também pela vontade que tínhamos em participar numa leitura em conjunto. No entanto foi a opinião de HP\De Tijd na capa que terá sido o verdadeiro mote para tomarmos a opção de compra. A obra foi descrita como: “Um romance tão delirante como A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón”, e sendo nós apreciadores dessa pérola da literatura, não houve sequer necessidade de votos nem grandes juízos para chegarmos ao consenso de o comprar.
Acho que foram sem dúvida alguma, uns 3€ muito bem gastos. O autor revelou de facto qualidades que adoro. Para começar, tem o cuidado de ambientar o leitor à época em que toda a trama se desenrola. Ou seja, é descritivo o suficiente sem se tornar maçudo (acontecimentos históricos e monumentais, modo de vida…).
A introdução dos personagens reporta-nos passagens das suas vidas que nos leva a amá-los ou odiá-los na hora. Foi instantâneo o apego que senti em relação a uma delas, Nonnita Serrallac (personagem principal). Uma mulher com coragem suficiente para o mais bravo dos guerreiros a querer como aliada numa luta pela vida. Uma coragem do tamanho do seu coração, portadora de uma bondade tal, que lhe consegui perdoar todas as trapaças em que se envolveu. Após feitas as “apresentações”, o entrosamento entre elas vai-se desenvolvendo com naturalidade e fez-me sentir como um espectador de novela, em que cada dia passado gerava um novo episódio, levando-nos a ansiar pelo capítulo seguinte.
Lluís Anton Baulenas, a meu ver, precisa ainda de aperfeiçoar alguns aspectos, tais como os diálogos (por vezes não sabia quem era que estava a falar). É necessária uma leitura MUITO atenta ou então podemos ficar confusos num ápice, pelo que tive que recuar algumas vezes em certos parágrafos para me situar. Em suma, acho que o conjunto desses “episódios” resultaram num desfecho que me deixou admiravelmente surpreso e satisfeito. Quando terminámos a leitura, cheguei à conclusão que esta obra, tal como os seus personagens, ou se ama ou se odeia, como podem constatar nas opiniões aqui apresentadas. Se já tiveram oportunidade de a ler, deixem a vossa em forma de resposta.
Opinião - Joana
Para mim, é literalmente o pior livro que eu já li.
Opinião - Mariana
Foi na Feira do Livro do Porto, no ano passado, que comprei este livro. Foram dois os motivos que me levaram a comprá-lo: o primeiro prendeu-se com o seu reduzidíssimo preço e o segundo baseou-se numa frase na capa que comparava Lluís-Anton Baulenas a Carlos Ruiz Zafón, um dos meus autores preferidos de sempre.
Pois bem, deixem-me começar por clarificar uma coisa: este autor não tem nada a ver com o incrível Zafón! A única coisa que têm em comum é o facto de ambos escolherem Barcelona como palco das suas histórias. E as semelhanças ficam-se por aqui.
Agora relativamente à obra "A Felicidade", foi com pesar que percebi que o autor não tinha uma escrita que me cativasse. A premissa do livro é interessante, contudo Baulenas perde-se muito na descrição de detalhes e episódios que não são muito relevantes para o desenrolar da trama e isso acaba por desmotivar os leitores.
As personagens são várias, cada uma com as suas características particulares. Gostei mais de umas do que de outras, mas não posso dizer que tenha adorado nenhuma delas. Eram, como posso explicar... esquisitas!
Contudo, nem tudo é negativo neste livro pois houve duas coisas que me agradaram: gostei do sentido de humor do autor e da ironia que imprimiu na história, um pouco naquela ideia de "cá se fazem cá se pagam"; também apreciei bastante os últimos capítulos pois senti que aí o autor conseguiu dar à história um ritmo interessante e os acontecimentos sucederam-se de uma forma curiosa e engraçada. Se todo o livro tivesse seguido o exemplo destes últimos capítulos sem dúvida que "A Felicidade" teria despertado em mim um interesse muito maior.
Opinião - Roberta
Há livros que nos cativam logo desde início... Outros custam a começar, mas depois não os conseguimos largar. Há ainda os que nos surpreendem no final, ou os que até são fabulosos inicialmente, mas que depois murcham no final.
Há muitos tipos de livros, mas o livro A Felicidade não se enquadra em nenhuma das categorias anteriores. Este livro, posso dizê-lo com a maior segurança, foi a maior porcaria que já li em toda a minha vida.
Alguém poderá agora começar a pensar "então porque o leste?", boa pergunta. Na feira do livro do Porto anterior nós os 4 adquirimos o livro e, tal como demonstra a foto em cima, estavamos carregados de vontade e expectativa para o começar a ler em conjunto. A prespectiva de podermos vir a trocar opiniões entre nós, conversar e ser acompanhados durante a sua leitura era algo que me motivou imenso, e penso que foi essa a principal razão pela qual o decidi iniciar. No entanto, penso que fui a primeira a começar-me a queixar da falta de qualidade do livro. Nunca nos dias da minha vida me custou tanto ler um livro, e se não fosse o facto de termos começado esta aventura em conjunto, nunca o teria terminado.
Perdi horas e dias da minha vida a ler esta grandessíssima porcaria, por isso mesmo não me vou alongar mais e vou enumerar de forma sucinta os aspectos negativos dele.
Aspectos negativos:
- A capa é absolutamente horrível.
- Na contracapa este livro é comparado com "A sombra do vento"... só se esqueceram foi de dizer que as duas obras são totalmente distintas e que o que uma tem de qualidades a outra tem de defeitos.
- Quem é que, no meio de uma narrativa, utiliza a expressão "etc etc?".
- As imagens e cenas de sexo e de violência com animais são das coisas mais nojentas que já li na vida.
- Nonita é a personagem principal e é também, a meu ver, a pior personagem que já foi criada na história da literatura. A personagem não tem ponta por onde se lhe pegue.
- Num mesmo diálogo uma personagem trata a outra por tu e depois por você e depois por você de novo... o autor faz menção a isso mesmo, mas nem se dá ao trabalho de nos explicar.
- Este parece ser um dos grandes problemas do autor. Não gosta de explicar as coisas e dá-lhes um "final" mágico. A título de exemplo, e sem querer deixar nenhum spoiler, o autor decide que certas coisas acontecem porque sim. Numa dada cena em que as coisas poderiam ter corrido mal, o autor prefere explicar que "mesmo que alguém tivesse visto não diria nada" a ter de explicar. É difícil explicar sem dar spoilers, mas se alguém quiser saber mais pode-me contactar. O que quero dizer é que em vez de ele explicar de forma a que faça sentido, prefere não explicar dizendo que nada de mal poderia acontecer... porque sim (no fundo é isto).
- A linguagem é muitas vezes porca e desnecessária.
- Por vezes as mudanças de cenários são feitas de forma abrupta sem qualquer explicação ou menção.
- Os diálogos são forçados e muito... hum... idiotas!
- Os tempos verbais são alterados ao longo do texto. Por vezes numa mesma página o autor fala no passado, depois no presente, depois noutro tempo verbal qualquer.. enfim..
- A trama principal era muitas vezes esquecida para se centrar em pormenores desnecessários.
- Não vou sequer pronunciar-me sobre o título... vi tudo menos felicidade (especialmente em mim...!!).
Aspectos positivos:
- Aprendi que nunca mais vou perder o meu tempo a ler coisas que não valem a pena...
Deveria ser possível pedirmos o nosso dinheiro de volta (e especialmente o tempo perdido nisto). Quanto às estrelas, 0 (ZERO). E só meti 1 no Goodreads porque não há a possibilidade de meter o zero!
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