Paulo M. Morais
(imagem de Hervé Hette)
Lisboa foi a cidade que viu
nascer o autor Paulo M. Morais em 1972. É jornalista freelancer e já viajou imenso
pelo mundo fora. Foi em 2013 que lançou, pela Porto Editora, a sua primeira
obra “Revolução Paraíso”. Vamos então conhecê-lo melhor…
Qual
é a sua nacionalidade: Portuguesa
O
seu Filme favorito: Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola
O
seu Livro favorito: sempre o próximo
O
seu Anime favorito: filmes de Hayao Miyazaki
O
seu Manga favorito: não tenho
O
seu Evento/Espectáculo de música/Programa de Entretenimento favorito: Feiras
do Livro
A
sua Série de televisão favorita: Sete Palmos de Terra
O
seu livro retrata uma época que já foi muito falada, quer em filmes, quer em
livros e documentários. Não teve medo de “arriscar” num assunto já tantas vezes
abordado?
Por diversas razões, o Revolução Paraíso impôs-se
com uma força que fui incapaz de contrariar. Quis viver o meu pós-25 de Abril e,
ao mesmo tempo, procurei ser imaginativo no tratamento desse período histórico.
Se calhar arrisquei ao escolher um assunto bastante badalado. Mas os
comentários de leitores que tenho recebido têm sido muito reconfortantes e
recompensadores da aposta.
Gostaria
de ver o seu livro adaptado para o cinema? Acha que seria possível?
Sou apaixonado por cinema, pelo que seria fantástico
ver o romance adaptado a filme. Parece-me que o plano histórico-ficcional seria
facilmente transposto para o grande ecrã; já a personagem Eva do Paraíso e toda
a ação do Sótão das Delícias constituiriam um enorme desafio para o realizador...
Um
livro deste género requer imensa investigação por parte do autor. É, a seu ver,
muito importante que um escritor goste da temática que está a abordar, ou pensa
que é mais importante que o escritor siga as “modas” literárias da altura para
ter sucesso?
Julgo que se me limitasse a seguir as modas
literárias, sem ter gosto pelas mesmas, jamais poderia aspirar a qualquer
sucesso. Se calhar nem sequer seria publicado. Os leitores percebem muito bem
quando um autor está a ser genuíno ou falso. Escrevi o Revolução Paraíso porque
a temática do pós-25 de Abril é realmente entusiasmante. E por ter achado que
podia acrescentar uma “leitura” diferente e romanceada dessa época.
Alternar
realidade e ficção como fez no seu livro é uma tarefa mais árdua, ou sente que
assim tem o trabalho “facilitado”?
À partida, pensei que o fundo histórico me
facilitasse a escrita do romance; mas no fim, o trabalho revelou-se muito
difícil e complexo. Começou logo pela delicada escolha dos episódios reais a
incluir no livro. Depois, veio o puzzle de entrelaçar as peças históricas e
ficcionais que resultou, por vezes, num verdadeiro pesadelo. De tal forma que
no livro que escrevi a seguir não quis ter qualquer amarra histórica!
O
Paulo é um escritor bastante ativo nas redes sociais e interage com alguns dos
seus leitores… já alguém lhe contou alguma história interessante relacionada
com a leitura do seu livro que gostasse de partilhar connosco?
Houve um leitor que me disse ter chegado a pensar
que o sótão que ele tem com vista para a Praça de São Paulo é o que aparece no
livro. Fiquei de visitar o espaço, um dia... Também houve um leitor que me
disse, emocionado, que tinha tido uma Pandora na sua vida e que, por isso, essa
fora a personagem de que mais gostara. É uma sensação extraordinária tocar assim
na vida dos leitores.
Em
todas as nossas entrevistas pedimos à pessoa entrevistada para deixar uma
pergunta para a próxima pessoa a entrevistar. No seu caso, foi o autor Jeff
Abbot que lhe deixou uma pergunta (pode ver a sua entrevista aqui - http://flamesmr.blogspot.pt/2013/08/entrevista-jeff-abbott.html). A pergunta foi: What are you working on now?
Neste momento estou a terminar a estruturação de um
novo romance. A fase de pesquisa incluiu visitas a cemitérios. Quando dizia o que
andava a fazer, os meus amigos e familiares ficavam a olhar para mim com um ar
entre o espantado e o arrepiado... “Cemitérios?! Brrr...”
Agora é a sua vez... Pedimos-lhe para deixar uma pergunta ao
próximo entrevistado e, se possível, que fosse “diferente”:
Quando tem de “matar” alguma das suas personagens,
emociona-se? Chega a chorar quando dá cabo dela?
As administradoras do blogue com o autor - Janeiro 2014
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