sexta-feira, 25 de outubro de 2013

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25ª Entrevista: William Landay (escritor)


 William Landay

WIlliam Landay © John Earle

William Landay nasceu em 1963 em Boston e não é um mero escritor. Antes de se dedicar aos livros, William foi advogado. Em 2003 ganhou o prémio de melhor debut crime novel pela British Crime Writers Association logo com o seu primeiro livro - Mission Flats. Mas este foi apenas o seu primeiro prémio... Dos seus livros (3 até agora) 2 ganharam prémios e 1 foi nomeado. Vamos conhecê-lo melhor...

Siga o seu trabalho no seu site oficial - http://www.williamlanday.com/


Qual é a sua nacionalidade: Norte-Americano


O seu Filme favorito: Gosto de demasiados filmes para poder escolher apenas um. Alguns dos meus favoritos, daqueles que me lembro assim de cabeça são: “Chinatown”, “The Shawshank Redemption”, “The Godfather 1 e 2”, “Raging Bull”, “Casino” … e muitos outros.

 O seu Livro favorito: Novamente, há demasiados bons livros para que eu possa escolher apenas um: “The Great  Gatsby”, “The End of the Affair” de Graham Greene, “A Perfect Spy” de John le Carre, “Love in the Time of Cholera” de Gabrial Garzia Marquez, “The Age of Innocence” de Edith Wharton, “”Atonement” de Ian McEwan, “Lonesome Dove” de Larry mcMurtry (“Lonesome Dove” é sobre uma deslocação de uma manada no Oeste Americano há um século atrás – é um excelente livro).
O seu Anime favorito: Não tenho.
O seu Manga favorito: Não tenho.
O seu programa de Entretenimento favorito: Desportos, normalmente Basebol, Basquetebol ou Futebol Americano.
A sua Série de televisão favorita: “The Wire”


1- Alguma vez se imagina como sendo uma personagem dos seus próprios livros. Ou há alguma personagem com a qual se identifique?

 Nunca. As minhas personagens são ficcionais. Nunca as imagino como sendo eu mesmo.


1- Do you imagine yourself as a character of your own books? Or, is there any character you identify with?

Never. My characters are fictional. I never imagine them as myself.

2- Como é que as redes sociais (como por exemplo o Goodreads) alteraram a relação que os escritores têm com os seus fãs nos dias de hoje? Como é que isso aconteceu consigo?

É óbvio que as redes sociais permitem aos leitores chegarem diretamente ao escritor. Eu gosto de falar com os leitores, mas isso pode tornar-se difícil pois consome imenso tempo e cada hora que passamos a responder aos e-mails dos leitores é mais uma hora que não podemos passar a escrever.


2- How did social networks (such as Goodreads) change the relationship that writers and fans have nowadays? How was it for you?

 Obviously it allows readers to reach the writer directly. I enjoy speaking with readers, but it can be difficult because it is very, very time-consuming, and every hour you spend answering reader’s emails is an hour that you cannot spend writing.


3- De que forma é que acha que a sua profissão de advogado influencia os seus livros? Sente-se uma pessoa privilegiada?

 A minha experiência como advogado dá-me uma fluência na linguagem e procedimentos que os advogados e polícias utilizam. Mas eu nunca me baseio diretamente nos meus casos da vida real.

 Agora em relação a ser um privilegiado, sim, sem dúvida que é um privilégio ser um escritor nos dias de hoje. Há muito poucas pessoas que conseguem escrever profissionalmente como eu. É um presente do qual estou grato todos os dias.


3- In what way do you believe that your work as a lawyer influenced your books? Do you feel that you are privileged?


My experience as a lawyer gives me a fluency in the language and procedures lawyers and cops use. But I never draw directly on my own cases.

As for whether I am privileged, yes, it is definitely a privilege to be a writer in today’s world. There are very few people who get to write professionally, as I do. It is a gift I am grateful for every day.

4- No livro “Em Defesa de Jacob” falou sobre genética e a sua influência no nosso comportamento. Foi difícil a pesquisa que teve de fazer?

 Não, a pesquisa é divertida. Escrever sobre isso é que é difícil.


4- You talked in the book Defending Jacob about genetics and the influence of it on our behavior. Was the research hard to do?

No, the research is fun. It’s the writing that’s hard.


5- Tem algum conselho que gostaria de dar àqueles que estão a pensar em escrever o seu primeiro livro?

Trabalhem muito. Ignorem os céticos. Acreditem em vocês e no vosso livro.


5- Do you have any piece of advice for those who are thinking about writing their first book?

 Work hard. Ignore skeptics. Believe in yourself and in your book.


6 – Colocámos um desafio ao nosso último escritor entrevistado, o português Álvaro Cordeiro: o que perguntaria ao próximo escritor que entrevistaremos, mesmo sem saber de quem se trata? Eis o que ele respondeu: "porque é que vale a pena criar?"

Criar é algo que os escritores simplesmente têm que fazer. É a forma como pensamos, a forma como entendemos o mundo à nossa volta.


6- We presented our last interviewed writer, the Portuguese Álvaro Cordeiro, a challenge: what would you like to ask to the next writer even without knowing who he or she is? We always do it. Is a way to connect all interviews. That’s what he said: Why is it worth to create?

 Creating is something writers simply have to do. It is the way we think, the way we understand the world around us.


7- Agora diga-nos: o que gostaria de perguntar ao próximo escritor?

 No fim da sua vida, o que gostaria que as pessoas dissessem sobre os seus livros ou sobre a sua escrita? Como gostaria de ser recordado enquanto artista?


7- Now tell us: what would you like to ask to the next writer?

At the end of your life, what would you like people to say about your books or your writing? How would you like to be remembered as an artist?

Muito obrigada por esta oportunidade!

Thank you so much for this opportunity!

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