quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

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Livro: O Espião Português (Nuno Nepomuceno)


Capa actual

Capa antiga
Ano de edição: 2012
Género: Espionagem, Ação
Autor: Nuno Nepomuceno

Como já tive oportunidade de referir anteriormente junto de alguns amigos, após ler “O Espião Português” o primeiro pensamento que me ocorreu foi de que alguém deveria multar o Nuno Nepomuceno por ter escrito uma história tão viciante e, com isso, ter interferido nas minhas tarefas diárias.
  
O protagonista em “O Espião Português” é o jovem André Marques-Smith. Com um cargo de grande importância no Ministério dos Negócios Estrangeiros, é durante as suas perigosas missões a mando da Cadmo, uma organização semigovernamental internacional, que o jovem português revela quem realmente é: um espião treinado para enfrentar as mais perigosas situações e para cumprir as suas tarefas, por mais difícil que seja o obstáculo e mais improváveis as hipóteses de sucesso.
Contudo, no início desta aventura, André está muito longe de imaginar que as maiores surpresas e desilusões da sua vida estão ao virar da esquina e que tudo aquilo que toma como garantido poderá não passar de uma grande mentira.
  
Nada habituada a ler histórias de espiões, devo ser uma das 10 pessoas no mundo que foge a sete pés de qualquer filme do famoso espião 007, fui completamente apanhada de surpresa por este livro.
A verdade é que esta obra me agarrou desde a primeira página para apenas me soltar finda a última frase.
   
O primeiro culpado para esta minha alienação do mundo durante a leitura de “O Espião Português” é o ritmo em que a história decorre. Tempos mortos, passagens maçadoras e capítulos sem qualquer interesse para o desenvolvimento da trama não têm lugar nas páginas escritas pelo autor. A ação decorre a um ritmo de tal forma alucinante que a expetativa acerca do que vai acontecer a seguir leva o leitor a querer ler sempre “apenas mais uma página”.
  
A escrita de Nuno Nepomuceno também teve a sua quota-parte de responsabilidade no vício em que este livro se tornou para mim: clara, direta, sem floreados desnecessários e com o interessante pormenor de nos transportar para a mente das várias personagens de uma forma tão natural, que a mudança frequente dos pontos de vista em que a história é contada se torna facilmente percetível e contribui para um aprofundar da personalidade de cada personagem do livro.
   
O terceiro e último ponto que alegarei perante todos os que negligenciei durante a minha leitura por estar completamente absorta neste livro são as reviravoltas que a história sofre ao longo de mais de 300 páginas. Sei que não é bonito ler-se de boca aberta mas acreditem que foi mais forte do que eu. Afinal, já não havia coração para tantas surpresas!
  
Em jeito de conclusão: não. Continuo a não gostar de filmes e histórias de espiões. Contudo, abro uma exceção muito especial para a obra de estreia de Nuno Nepomuceno, “O Espião Português", que me mostrou que é possível ficar fascinada com um livro de um escritor português que escreve sobre espiões, associações secretas e cidades europeias maravilhosas que aqui servem de palco para as mais arrojadas missões.
   
Agora aproveitem enquanto voltei à minha vida normal. Pois mal seja editado o próximo livro desta saga voltarei a fechar-me para o mundo.


As administradoras do FLAMES com o autor Nuno Nepomuceno - Janeiro 2014

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4 comentários:

  1. Não sei o que dizer... ah, já sei, quando me vens visitar? Estou cheeeeeeeeeeeeeeeia de saudades tuas! (Esquece, quero mesmo é que me entregues o livro) ihihihihih :)

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    1. Breve, mui breve... ;) Depois passarás uns dias desligada do mundo a ler, por isso mesmo é que estou a adiar a visita.

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  2. Parabéns, Mariana. Fiquei com dores nos olhos (tenho um problema com o fundo preto), mas fiquei com vontade de ler este livro. Aposto que os meus miúdos gostariam de conhecer o livro e o autor! Quem sabe?!

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    Respostas
    1. Muito obrigada Helena!

      O Nuno é extremamente simpático! Tenho a certeza que os seus alunos iriam adorar conhecê-lo :)

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