segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

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Livro: A morte de um apicultor (Lars Gustafsson)


Título: A morte de um apicultor
Autor: Lars Gustafsson
Páginas: 192 páginas
Editora: Marcador
Onde adquirir: AQUI
Edição/reimpressão: 2015

A morte de um apicultor, Marcador, Deus Me Livro, Lars Gustafsson
Sinopse
Lars Westin está a morrer; embora se recuse a ler a carta enviada pelo hospital, que confirma o seu diagnóstico, ele sabe que tem cancro e que não irá viver até ao final da primavera seguinte.
Não aceita, porém, entregar o tempo que lhe resta ao espaço impessoal de um hospital, preferindo tomar o controlo do seu próprio destino e prosseguir com a sua vida solitária e reflexiva.
Abandona a carreira de professor e inicia uma nova vida como apicultor. Prescindindo de qualquer tratamento médico, Lars continua a sua vida simples e recolhida, na sua casa de campo, em pleno cenário rural sueco.
Esta é uma história sobre a vida, em particular a vida que antecede a morte. É sobre como, com a linguagem, se esconde a verdade. É sobre a forma como a dor pode revelar o nosso verdadeiro eu.

Opinião
A morte de um apicultor foi um livro que quis logo ler assim que mo foi mencionado. E confesso que um dos motivos foi o facto de ter sido traduzido por um dos meus autores favoritos de sempre: Afonso Cruz. 
Não é um livro fácil, ou pelo menos para mim não foi, isto porque a questão da vida/morte é algo que me afecta bastante e, nos últimos tempos, tenho tido ainda mais dificuldade em lidar. No entanto, este livro é belíssimo, e apesar do que referi, a vontade que tinha de o ler superou qualquer constrangimento da minha parte. 

O narrador do livro começa por nos apresentar a nossa personagem principal: o apicultor. Trata-se de Lens Lennart Westin, em tempos professor, com reforma antecipada. Assim, dedica-se ás abelhas e ao mel. Vive apenas com o cão, mas tem nas costas duas histórias de amor, bem peculiares e que se entre-cruzam de forma original. 

Infelizmente a sua vida pacata acaba por ser interrompida por uma dor lancinante que não o deixa em paz, e por uma carta vinda do hospital que toma a decisão de não abrir. A partir daí, e recusando-se a saber o seu verdadeiro diagnóstico e o que deve fazer para melhorar, o leitor vai viajando por uma série de reflecções sobre a vida e a morte feitas por Lens. O interessante, é que a dor ou a perda que podem advir da morte não são o foco principal da obra, e rapidamente nos vemos embrenhados numa leitura carregada de esperança, pensamentos, sentimentos, exploração de emoções.. enfim... quase uma caça ao verdadeiro sentido da vida.

Engane-se no entanto o leitor que pensa que esta é uma obra de carácter filosófico ou demasiado difícil de compreender. Pelo contrário. E é precisamente esta simplicidade não simplista que torna esta obra fenomenal. 

Esta "pequena" obra revela-se assim, uma grande obra, que a meu ver deve fazer parte da estante dos  mais variados leitores, e que se calhar apenas será compreendida em certos momentos da nossa vida!


Roberta Frontini 

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2 comentários:

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