Ana Luiz
Ângelo Teodoro
João Rogaciano
Ricardo Dias
Rui Bastos
Yves Robert
Páginas: 56
Editora: Editorial Divergência
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Sinopse:
"Nos Limites do Infinito" transporta-nos para vários mundos da ficção especulativa. Amores que desafiam o tempo, bibliotecas assombradas, histórias enraizadas no interior de Portugal, janelas que nos motivam a fazer o impensável e encontros com a morte fazem parte da nova antologia de autores da Editorial Divergência.
Opinião:
Lembro-me nitidamente do dia em que os 4 (eu, Mariana, Ana e Pedro) tivemos a reunião para decidir que contos fariam parte desta Antologia.
Cada qual com os seus gostos tentava defender os contos de que mais gostava. Foi um momento muito interessante que espero de coração voltar a repetir. Sobre a minha opinião "geral", penso que a poderão ler no próprio livro, mas aqui queria muito deixar a minha opinião sobre cada um dos contos, e aproveitar a oportunidade para agradecer aos autores pela participação no concurso, e felicitá-los pela qualidade dos contos apresentados.
Não tenho problemas em dizer que nesta Antologia estão alguns dos melhores contos que já li do género!
Sorte ao Jogo
Ana Luiz
Conheço a Ana pessoalmente, e penso que posso dizer que já se tornou numa grande amiga. No entanto quando tive acesso aos contos, eles não tinham nome, pelo que não fazia ideia que o conto era da sua autoria. Lembro-me no entanto que durante a reunião disse aos meus colegas de júri que este era o conto mais bem escrito. Notei claramente que este se destingia pela escrita cuidada e, sobretudo, madura. Não sabia que o conto era da Ana, mas ao lê-lo percebi que era o conto de alguém com muita experiência de escrita. Ninguém imagina por isso como fiquei contente quando soube que o conto era dela. Espero que assim ela compreenda que aprecio mesmo muito o seu trabalho, e que quando digo que ela escreve bem não o faço por amizade!
Dito isto, penso que já compreenderam que adorei a escrita. Mas, e a história? Essa transporta-nos para um local tipicamente português. Eu que não frequento assiduamente tabernas tive vontade de ir visitar uma assim que terminei de ler o conto. Mas se não puder visitar uma não se preocupe, pois a Ana descreve-a de tal forma que facilmente se sentirá lá. Recuperando assim uma lenda antiga, são-nos apresentadas duas personagens que têm um encontro muito peculiar...
Pele de Penélope
Ângelo Teodoro
Neste conto vamos encontrar um homem que se apaixona perdidamente por uma mulher que mal conhece e que esconde um terrível segredo. Gostei muito dele porque, para além de bem escrito, o autor consegue transmitir uma bela mensagem (não sei se propositada ou não) de que é possível apaixonarmo-nos por alguém por aquilo que ela é, e não nos cansarmos dela só por o que ela tem (intelectualmente) para nos oferecer. Uma ode ao amor sem dúvida.
Memória de Teddy
João Rogaciano
Gostei IMENSO desta história. A premissa é muito boa e a execução da história foi bem conseguida. Li-o com gosto e o final foi, para além de surpreendente, muito interessante. Talvez alguns consigam prever facilmente do que se trata, mas comigo não aconteceu e, de qualquer maneira, não penso que não valha a pena só por ser mais ou menos previsível.
Nesta história a nossa personagem principal é também o narrador, e o conto facilmente se poderia transformar num livro se o autor assim o entendesse, Quantas histórias não poderiam ser narradas e contadas pelo perspicaz urso que tanto vê e tanto pode narrar.
A casa dos mirtilos
Ricardo Dias
Achei que este conto poderia chegar mais longe se tivesse uma escrita mais versada para o público adulto. Ou seja, quando o estava a ler parecia-me que estava a ler os livros que lia de aventuras na minha infância. Não é que isso seja necessariamente mau. Prende-se apenas com o meu gosto pessoal.
No entanto, parece-me que facilmente qualquer leitor irá sorrir no final.
Neste conto, então, encontramos a história de 3 irmãos que decidem ir visitar uma casa assombrada... o resto descubram vocês!
A colina que olha para ti
Rui Bastos
Este foi o conto de que menos gostei. Sem dúvida que há duas coisas que reconheço nele: a boa escrita e a originalidade. Isso é inegável sim! O facto de eu não ter gostado tanto prende-se apenas com o meu gosto pessoal em termos de história.
No entanto, como disse, o autor demonstra conhecer muito bem o processo de escrita e adorei sem dúvida o facto de termos uma aranha como personagem principal! Parabéns ao autor por ter arriscado!
Entre Estações
Yves Robert
E finalmente, chego ao último conto. O conto que mais me surpreendeu. Gostei de tudo nele: a escrita, a temática.. a forma como somos presos ao texto desde o início! Enfim... nem sei exprimir por palavras o que senti ao ler este conto!
É durante uma viagem como tantas outras que o narrador vislumbra uma casa cor-de-rosa que lhe chama logo à atenção. Sem saber porquê, decidi ir investigá-la e descobre... bom.. leiam e descubram vocês também!
Uma coisa é certa, quero ler mais coisas do Yves!
Quero aproveitar para felicitar mais uma vez os autores e agradecer de coração à Editorial Divergência, não só pelo envio do livro como pela oportunidade única que nos proporcionaram!
Roberta Frontini
Ora muito obrigado! Se até parece que está bem escrito, fico satisfeito :)
ResponderEliminarNão não Rui, não parece estar bem escrito. Está bem escrito! Parabéns :)
EliminarO meu sincero "muito obrigado" por terem gostado e seleccionado o meu conto.
ResponderEliminar:D
Espero que o blogue Flames, a editorial Divergência, e os autores da antologia se possam encontrar e envolver noutros projectos literários.
João, nós é que temos de agradecer pela participação! O conto está FABULOSO :)
EliminarSeria fantástico, esperamos que possa acontecer já que da outra vez nos foi impossível estar presentes :(
um beijinho
Roberta