Título Original:
Angelopolis
Ano de Edição: 2013
Género: Fantasia,
Romance, Histórico
Autor: Danielle
Trussoni
Editora: Editorial Presença
Quem leu o primeiro romance de Danielle
Trussoni, “Angelologia”, por certo que ficou com um gosto amargo no fim, ao
perceber que o final do livro deixava muito em aberto. A vontade em continuar a
acompanhar os protagonistas desta envolvente trama tornou-se numa necessidade
e, por isso mesmo, foi com grande alegria que este ano foi publicada a sequela
desta fantástica história – o livro “Angelópolis”.
Em “Angelópolis”, acompanhamos Verlaine que,
volvidos 10 anos desde a ação da primeira parte da história, se tornou num
exímio caçador de anjos.
Contudo, por mais anos que passem, o
decidido e competente aniquilador dos maiores inimigos da Humanidade, os Nefilins,
não conseguiu esquecer Evangeline, a jovem que conheceu no primeiro volume e
que acabou por seguir um destino completamente diferente do seu.
Contudo, mesmo esta distância alimentada
por uma década sem qualquer tipo de contato torna-se ínfima quando Verlaine descobre
que Evangeline foi raptada pelos Nefilins e que se encontra em perigo.
O tempo escasseia e o caçador tem que
encontrar Evangeline antes que seja tarde demais e os temíveis Nefilins
consigam pôr em prática o seu plano mais maquiavélico planeado até à data: a
construção de uma cidade habitada por Nefilins que lhes permitirá dominar o
mundo, a construção da Angelópolis.
Tal como no livro anterior, o ponto
forte desta história é a obviamente extensa e aprofundada pesquisa que Danielle
Trussoni realizou para nos presentear com uma obra repleta de dados
mitológicos, históricos e bíblicos que, nas mãos da autora, se cruzam e
encaixam de forma surpreendentemente lógica.
Em “Angelópolis”, o leitor acompanha os
protagonistas numa viagem até ao Mar Negro e os mistérios que se escondem nas
suas profundezas; fica a conhecer com maior pormenor a malfadada família
Romanov bem como o seu misterioso e grande amigo Rasputine; e ainda viaja até à
fria Sibéria.
A ação decorre a um bom ritmo e pormenores
surpreendentes são revelados acerca de personagens que o leitor pensava que
conhecia bem, dotando este volume de um fator surpresa que o anterior livro não
tinha.
O único aspeto negativo a
destacar prende-se, não com a história, mas com pormenores que denotam alguma
distração por parte da autora, sendo que, em duas ocasiões, esta descreve um
cenário como “não possuindo uma cama ou uma cadeira” para logo de seguida “a
personagem ir buscar algo debaixo da cama ou estar sentado na cadeira”. Pormenores
que, no entanto, não interferem com a narrativa e, sendo assim, não retiram
qualquer brilho a este livro inteligentemente escrito.
Concluindo, “Angelópolis” acaba por “saber
a pouco” pois ainda muito fica por contar, daí que os fãs desta trilogia fiquem
na expetativa de ler o terceiro volume desta história para poderem viver, mais
uma vez, uma verdadeira aventura repleta de mitos, fantasia e ação.
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