segunda-feira, 17 de março de 2014

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30ª Entrevista: Bon Sauvage (Banda portuguesa)



Bon Sauvage

Bon Sauvage é uma banda que promete agitar o panorama musical português. Cinco amigos, cinco artistas e muitas canções surpreendentes no seu novo CD homónimo. 
Vamos conhecê-los um pouco melhor.

Nome dos membros da banda 
Paulo Santiago - Voz
Nuno Matos e João Comtil - Guitarras e coros
Paulo Freixinho - Baixo
André Neves - Bateria e melódica

Ao vivo, integram ainda os Bon Sauvage, Jorge Moniz (teclados e coros), Carolina, Beatriz e Margarida (coros) e Fernando Silva (imagens).

A todas as bandas/músicos, o FLAMES pergunta...

Qual o significado do nome da vossa banda?
O nome, mantido no original em Francês, porque julgamos que algo se perde sempre na tradução, tem como referência inicial as reflexões de Jean-Jacques Rousseau acerca do caráter intrinsecamente bom do ser humano. Estas reflexões tornaram-se nos principais fundamentos do Romantismo. Esse foi o ponto de partida. A ideia é associar algumas ideias à simplicidade das canções, um conceito próprio, adaptado a 2014, sob o nome “bon sauvage”. Acima de tudo, a “marca” surgiu após o “corpo musical” estar construído e pareceu-nos verdadeiramente adequada a estas pessoas e às suas canções.
Músicos/Bandas favoritas que vos inspirem:
É muito complicado indicar nomes ou estilos musicais que nos inspirem. Somos pessoas muito diferentes com gostos bastante diversos que abrangem um vastíssimo espetro de músicos e bandas. É incontornável, e o mais sincera possível, a resposta meio cliché. Ouvimos um pouco de tudo, de todos os tempos. Acreditamos que qualquer composição pode provocar uma emoção, despertar um sentimento, um sentido de identificação. Um acorde, uma melodia, ou ritmo inspirador, pode vir do sítio mais inesperado. 
Local onde mais gostariam de tocar:
Bem, esta é mesmo uma pergunta para sonhar. Estamos muito no início. O horizonte é simultaneamente bastante humilde e grandioso. Gostaríamos muito de, adaptando o que diz o poeta “cantando, espalhar por toda a parte” as canções do Bon Sauvage.  
Lembram-se do vosso primeiro ensaio? Onde foi:
A génese do Bon Sauvage está no Barreiro. O primeiro ensaio foi numa garagem, na Rua Stara Zagora, que é um sítio onde muitos projetos começaram, acabaram, recomeçaram e perduram.
Quem escreve as letras?
As letras são escritas pelo vocalista, Paulo Santiago. Ele diz que são escritas por coisas simples da vida, pelas pessoas que conhece e pelo que as músicas lhe pedem.
E quem compõe as músicas?
As músicas são, efetivamente um trabalho coletivo. Nascem maioritariamente de acordes saídos da inspiração do guitarrista Nuno Matos, mas também de linhas de baixo do João Comtil ou do Paulo Freixinho ou mesmo de um ritmo fresquinho do André Neves, o mais recente elemento da banda. O vocalista coloca-lhe as palavras e a melodia da voz, mas o resultado final é sempre fruto do coletivo.  
Que cartaz/mensagem gostariam de ver a ser erguida no meio do público?
Talvez o mais vulgar dos clichés: obrigado pela música.
A pergunta de sempre… como se conheceram e como decidiram começar esta banda?
Somos amigos há muitos anos e tínhamos “na gaveta” um conjunto de canções, criadas em projetos mais antigos, que nunca tinham sido gravadas. O Jorge Moniz, baterista desses antigos projetos, desafiou-nos a reensaiar as canções para as podermos gravar. Estávamos todos longe de voltar as estas lides. De qualquer forma, durante os ensaios surgiram novas canções, um novo impulso e um novo conceito para a banda. Gravámos as canções e, como se costuma dizer, fizemo-nos à estrada. E cá estamos.

Aos Bon Sauvage, o FLAMES pergunta...

Cantar em português foi uma opção ou era a ÚNICA opção?
Sim. Sem nenhum tipo de fundamentalismo ou radicalização. Esse é um dos pilares fundamentais da postura desta banda. 
O mundo da música pode ser um verdadeiro quebra-cabeças para os novos artistas. Muitos tentam entrar nele mas nunca conseguem singrar. Como foi o vosso percurso inicial?
Estamos a fazer o nosso caminho, de uma forma genuína e sem truques. Não somos promovidos por nenhum tipo de empresa, cada passo é tomado por nós e, felizmente, ao longo da viagem, temos encontrado gente que no enriquece muito enquanto pessoas e valoriza muito o nosso trabalho, como o Wilson Silva (produtor), o António Afonso e a Rita Carmo do Espanta Espíritos (grafismos e fotografia), a Rita Mansinho que fez os primeiro vídeos, o Fernando Silva que trata das imagens ao vivo, a Lurdes Lopes, do Setor da Cultura da C.M.Barreiro que nos convidou e abriu a porta do Auditório Municipal Augusto Cabrita para a nossa apresentação e, mais uma vez, o Jorge Moniz, que nos tem acompanhado a par e passo.   
Foram escolhidas, até ao momento, duas músicas para a realização de um vídeo-clip. Como decidiram por quais faixas começar? Este primeiro álbum vai ter direito a mais vídeos?
As 12 canções do álbum Bon Sauvage são bastante diferentes em termos de ambiente musical e das imagens que podem sugerir. Estes primeiros dois vídeos pretendem ilustrar duas das facetas do álbum e pareceram-nos, e à Rita Mansinho, canções relativamente fáceis de “ilustrar”, sempre tendo em conta as limitações de uma produção “caseira” mas honesta.
Como está a ser, até agora, o feedback do público português ao vosso trabalho?
A reação online é, mesmo, surpreendente e as opiniões sobre o nosso primeiro concerto foram extremamente positivas e incentivadoras. Ainda é bastante cedo para conseguirmos avaliar.
Qual foi a melhor coisa que vos aconteceu até agora enquanto banda?
Sem dúvida, a viagem. Desde os ensaios à gravação ao primeiro concerto. Cada pequeno detalhe burocrático ou criativo foi tratado por nós, o que representa uma verdadeira aprendizagem e uma lição sem igual para qualquer “bon sauvage”.
Sonham com a possibilidade de uma carreira internacional?
O nosso sonho ainda está em construção, em formação. Somos um grupo de amigos com um conjunto de canções. As palavras “carreira” e “internacional” são corpos muito estranhos nesta fase embrionária do sonho.
Como correu o vosso concerto de apresentação do álbum no auditório municipal Augusto Cabrita no passado dia 1 de Março?
Para nós foi uma experiência inesquecível. Fomos extraordinariamente acolhidos por toda a equipa do Auditório Municipal Augusto Cabrita e a sala esteve praticamente cheia. Assustámo-nos um pouco, mas como trabalhamos bastante essa segurança prevalece e permite-nos ser sinceros e honestos na apresentação das nossas canções. Cada uma das pessoas que nos escolheu para ocupar a noite de 1 de Março, merece o melhor de cada um de nós e uma verdadeira partilha de emoções, em direto e sem truques. Julgamos que as pessoas sentiram essa entrega e corresponderam de uma forma muito, mas muito afetiva e bastante elogiosa para todos nós. 

Mais informações sobre os BON SAUVAGE em: 

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6 comentários:

  1. Obrigado pela divulgação... :-)... amplexos e ósculos musicais... ;-)...

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    1. Obrigada pela oportunidade Paulo (e restantes membros da banda) :)

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  2. Será uma perda enorme se não forem divulgadas as canções dos BON SAUVAGE. Excepcionais....

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    Respostas
    1. Olá Anónimo.. concordamos plenamente. Por isso as vamos divulgando no facebook. Quando estiverem disponíveis no spotify vão também para a nossa lista de músicas dos autores entrevistados! Obrigada pela passagem pelo blogue :)

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  3. Simplesmente fantásticos.
    Espectaculares como pessoas e como músicos.

    Apetece ouvir... sempre!

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Obrigada por ter passado pelo nosso Blog e por comentar! A equipa do FLAMES agradece ;)

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