quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

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Livro: The Young World - O Mundo Novo



 
Título Original: The Young World
Ano: 2016
Género: Ficção Científica, Acção
Autor: Chris Weitz
Editora: Editorial Presença


O Ser Humano esquece-se, com demasiada facilidade, do quão frágil é o nosso mundo e a sociedade que construímos. Assim, sempre que leio livros com uma temática pós-apocalíptica, não posso deixar de fazer a mim própria a inquietante questão:  “E se?...”.
Por isso mesmo, ler “The Young World – O Novo Mundo” consistiu em mais uma oportunidade para imaginar como algo aparentemente tão insignificante pode transformar a realidade que temos como garantida. É que com as notícias que nos chegam sobre novas doenças e conflitos armados, cada vez mais este tipo de leitura consegue ser verdadeiramente inquietante.


Sinopse:
“Bem-vindos a Nova Iorque, uma cidade governada por adolescentes.
Uma misteriosa doença assola a humanidade e os adolescentes são os únicos que conseguem sobreviver. Jefferson é o líder de Washington Square, uma tribo civilizada no meio do caos. Mas a descoberta de uma pista para a cura da Doença impele Jeff, Donna e mais três amigos à procura de respostas. 
Juntos, enfrentam o perigo numa viagem pelo desconhecido onde são perseguidos por animais selvagens, tribos cruéis e inimigos inesperados. Com eles, testemunhamos um cenário apocalíptico em que a chegada à maioridade significa morte pela Doença.
Haverá esperança para este Novo Mundo?”


 Opinião:
“A primeira coisa que salta à vista quando começamos a ler o livro é o público-alvo a que se dirige: a linguagem utilizada é característica dos jovens dos dias de hoje bem como os gostos e desejos dos protagonistas acabam por espelhar aquilo que a juventude de hoje em dia sente e pensa.
Aquilo de que mais gostei na obra foi o facto de estar escrita sob o ponto de vista de duas personagens que estão, na grande maioria das vezes, a viver a mesma situação. Assim, podemos ver como é que cada um deles interpreta um mesmo dilema, uma mesma contrariedade. Donna, uma das protagonistas, acabou por ser mesmo a minha favorita fruto do seu sentido de humor que está bastante presente em cada parágrafo dos capítulos escritos sob a sua visão.
Também apreciei conhecer a sociedade pós-apocalíptica que o autor criou: as novas regras, a inversão de prioridades e a forma como centenas de adolescentes se organizam numa mesma cidade. É curioso e ao mesmo tempo triste perceber que neste novo mundo, questões como o racismo, violência e preconceitos se mantêm. Isto faz-nos pensar na verdadeira natureza do Homem e de como há defeitos que se podem manter em qualquer situação.
O tipo de escrita e o ritmo de acção elevado tornaram esta leitura bastante rápida e simples. São acontecimentos atrás de acontecimentos, novos inimigos que surgem e perigos eminentes ao virar de cada esquina.
Tratando-se de uma trilogia, é natural que muitas questões tenham ficado por responder e muitos mistérios por desvendar, daí que seja essencial ler-se os próximos dois volumes para se perceber qual o rumo que este novo mundo irá tomar.
Uma leitura que aconselho aos amantes deste tipo de literatura e aos leitores mais jovens no geral."


Por Mariana Oliveira 

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4 comentários:

  1. Eu gosto bastante deste tipo de cenários, em que um subconjunto da sociedade é o único a sobreviver e onde conseguimos ver como seria uma sociedade composta só por esse conjunto.

    Fiquei muito interessado, vai já para a minha TBR :-)

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    Respostas
    1. São precisamente esses aspectos que mais me interessam neste tipo de literatura.

      Depois de leres vem cá dizer o que achaste Ricardo ;)

      Abraço,
      Mariana

      Eliminar

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