segunda-feira, 24 de março de 2014

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33ª Entrevista: Luís Represas (artista português)



Luís Represas

Luís Represas dispensa qualquer tipo de apresentações! Conhecido por qualquer pessoa de qualquer faixa etária é, indiscutivelmente, um nome sonante no panorama musical português. Desde sempre se interessou pela música e fundou os Trovante em 1976. Em 1992, inicia a sua carreira a solo.
Em Fevereiro de 2014 saiu o novo álbum "Cores", o primeiro disco de estúdio a solo desde "Olhos nos Olhos" (2008).
Tivermos o privilégio e a honra de estar à conversa com ele, e este foi o resultado final...

A todas as bandas/músicos, o FLAMES pergunta...

Quais são os artistas que o inspiram?
Ui… sou péssimo nesse tipo de coisas. Não sou capaz de dizer um, dois, três ou quatro. Sou muito sensível àquilo que me impressiona, que me toca profundamente. Se fosse agora enumerar artistas seria uma lista extensíssima e deixaria muitos para trás.
       
A sua carreira é recheada de colaborações com outros artistas. Há alguém com quem ainda não tenha tido a oportunidade de trabalhar e gostasse de o fazer?
Vejam só as pessoas que poderiam integrar a minha resposta anterior. Não consigo estar a categorizar, a distinguir artistas. Uma colaboração ou um dueto não implica conhecer agora esse artista. Posso de hoje para amanhã conhecer alguém de quem goste muito e decidir trabalhar com esse artista.

Qual o local onde mais gostou de atuar até à data?
Não tenho nenhum em particular. Tenho grandes memórias de todos os sítios onde toquei. Não tenho uma hierarquia.

Lembra-se de alguma situação caricata que já tenha acontecido num concerto seu?

Muitas. Já aconteceram várias. Em muitas delas as pessoas nem dão por ela. São várias … (pensa durante uns segundos) mas agora não me estou a lembrar de nenhuma.

Ao Luís Represas o FLAMES pergunta...

Porquê o nome “Cores” para o seu mais recente álbum de estúdio?
Isto de dar nomes aos discos é como dar nomes às crianças: só quando elas estão cá fora é que olhamos para elas e decidimos qual o seu nome.
Este não é um disco conceptual, tem várias canções distintas.
Quando estava a compor este álbum as canções sugeriram-me cores. É como nos quadros: as cores valem o que valem por si mas só quando estão juntas é que dão origem ao resultado final.
Hoje em dia há muito o hábito de se apresentar as coisas de forma cinzenta, de todos verem uma determinada coisa de uma única maneira. Com este álbum pretendo que as pessoas sejam capazes de abrir janelas, de ter outras opções para aquilo que nos aparece à frente. Cada pessoa que ouvir o meu álbum poderá criar o seu próprio quadro independentemente daquilo que imaginei.

Já publicou tantos álbuns durante a sua longa e bem-sucedida carreira. Agora com este seu novo álbum o que sente? É um sentimento familiar ou cada disco é uma experiência completamente diferente?
É como se tivesse sido o primeiro disco. Todos os discos são fruto de um momento vivido na gravação, na sua construção. Todas as etapas até um disco estar cá fora são comuns a todos eles, é um percurso muito especial.
Todos os discos são especiais.

Os concertos ao vivo de apresentação do álbum “Cores” vão surpreender mesmo quem já tenha assistido a outros concertos seus?
Acho que as pessoas vão fundamentalmente ver as músicas cantadas por mim e aquilo que sempre lhes dei. Ver a minha emotividade e tudo o que tenho para dar.
Quando vou a um espectáculo ao vivo quero vir de lá renascido.
O meu espectáculo consiste em jogar com o inesperado, recriar as canções ao vivo. Cada concerto é um concerto.

Como é que após mais de 30 anos no mundo da música ainda se mantém a paixão inicial?
Isso é como se ser músico fosse uma opção. Foram 38 anos a construir uma carreira porque gostava de música. Fazer música é aquilo que gosto de fazer. É a vida que tenho.

Quando cantou a versão portuguesa das músicas do desenho animado da Disney Tarzan sentiu uma responsabilidade acrescida por estar a cantar as músicas do famoso Phil Collins?
É sempre bom quando mexemos num material que gostamos. Não podemos esquecer que o Phil Collins ganhou um Óscar com esse seu trabalho.
É claro que gostei muito de fazer um trabalho deste tipo. Há um entusiasmo acrescido, mas avanço com o mesmo sentido de responsabilidade que faço em todos os meus trabalhos.

Chegou a conhecer o Phill Collins?
Claro que sim! Encontrámo-nos para  trabalhar nessas músicas.

Agora uma pergunta um pouco mais pessoal: tem noção de que para a nossa geração, para as gerações mais novas, o primeiro contacto com o artista Luís Represas foi com o Tarzan?
É mesmo? (risos)
Por acaso já me tinha apercebido disso, que houve uma geração que me conheceu aí. Sabem, há uma coisa que nunca fiz: cantar as músicas do Tarzan ao vivo.

Não, a sério?! E pensa um dia vir a fazê-lo?
Sabem, como podem ver, há sempre algo de novo para fazermos na nossa carreira.

Como é que se imagina daqui a 10/15 anos?
Sei lá… olhem, quando era mais novo havia uma caderneta militar e tínhamos que pagar uma taxa para sair do país. A minha caderneta era válida até 2001 e nessa altura essa parecia-me ser uma data a uma distância astronómica! Depois é claro que veio o 25 de Abril e isso acabou…

Daqui a 10/15 anos não faço a mínima ideia, nem sei se estou vivo! É claro que gostava de continuar a fazer música, de estar com os meus filhos e de continuar a trabalhar ativamente.

Muito obrigada ao Luís Represas pela sua disponibilidade e simpatia! 
Foi sem dúvida um momento único para o FLAMES!

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6 comentários:

  1. Vi o Luís pela primeira vez num concerto dos Trovante e apaixonei-me pela voz dele. Acompanho a carreira dele há muitos anos.
    Vou comprar o álbum dele novo. Tenho todos!
    Obrigada pela entrevista!
    Boa sorte ao Luís e tudo de bom na carreira dele


    Adelaide Aguiar

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    Respostas
    1. O Luís conseguiu esse feito incrível de fazer parte da vida de pessoas de diferentes gerações. É um artista com "A" grande e só podemos esperar que continue a encantar-nos por muitos, muitos anos!

      Obrigada pela visita!

      Volte mais vezes**

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  2. gosto muito do represas, um grande cantor!!

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  3. Conheço o Luís Represas mas confesso que não ouço muito as músicas dele. Mas que é um dos maiores artistas portugueses não há dúvida nenhuma! Gostei da explicação sobre o novo álbum. Vou tentar ouvir para pintar o meu quadro ;)

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    Respostas
    1. Já ouvimos o novo álbum dele e foi uma agradável surpresa. Vai gostar Eunice ;)

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Obrigada por ter passado pelo nosso Blog e por comentar! A equipa do FLAMES agradece ;)

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