Título
Original: Extremely loud and incredibly close
Género:
Drama
Ano:
2011
Realizador:
Stephen Daldry
Nos
dias que correm, tenho cada vez mais dificuldades em encontrar um filme que “me
encha as medidas”, que me faça sentir que o tempo que investi a vê-lo valeu
mesmo a pena. Pois bem, a película “Extremamente alto, incrivelmente perto”
fez-me voltar a acreditar que ainda existem filmes norte-americanos capazes de
fugir à tentação de fazer muito dinheiro com uma história comercial, apostando
antes numa trama com conteúdo.
O
protagonista desta história é Oskar Schell, uma criança de apenas 10 anos que
sofreu na pele as consequências do trágico 11 de Setembro de 2001 ao perder
o seu pai que se encontrava numas das torres do Wall Trade Center quando esta
desabou.
Apenas
1 ano depois, Oskar encontra, totalmente por acaso, uma chave que o seu pai tinha escondida
e incumbe-se de descobrir qual a fechadura que esta abre. Começa, assim, a sua
aventura pela cidade de Nova Iorque em busca da revelação deste grande segredo.
Este
filme tocou-me de uma forma inesperada!
Apesar
de ter como pano de fundo a tragédia do Wall Trade Center, a verdade é que o
foco principal da história está na forma como o miúdo de 10 anos aprende a
lidar com a ausência do pai.
Ao
longo da sua busca pela fechadura misteriosa, Oskar encontra pessoas tão
distintas quando especiais que, à sua maneira, o ajudarão a prosseguir a sua
jornada. Houve momentos engraçados, momentos comoventes e outros com alguma tensão. Cada personagem encontrou o seu devido lugar e criou uma teia interessante que leva Oskar a locais nunca antes por ele imaginados.
O
filme está repleto de momentos comoventes, com uma edição de imagem
verdadeiramente fabulosa que contribui para que os sentimentos e emoções das
personagens cheguem até ao espetador com uma intensidade brutal.
Esta
não é uma história com perseguições de carros, explosões, tiros ou cenas de
luta. Esta é a história de uma criança que acaba por dar uma lição a todos
aqueles que a acompanham ao longo da sua viagem de descoberta: por mais
incómodos que as nossas tristezas e dúvidas possam ser, é possível aprender a
conviver com elas e fazer disso não uma fraqueza mas a nossa principal força.
Um
filme que aconselho vivamente!
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