Título
Original: Heart-Shaped Box
Ano:
2007
Género:
Terror, Aventura
Autor:
Joe Hill
Editora:
Civilização Editora
Para
quem passou grande parte da adolescência a ler histórias de terror, com
particular incidência na famosa coleção “Arrepios”, foi com grande expetativa
que comecei a leitura de “A Caixa em forma de coração”. Um livro que prometia
levar-me de volta para o mundo do terror… ou não fosse o seu autor filho do
único e incomparável Stephen King!
Sinopse
“Judas Coyne
colecciona o macabro: um livro de receitas para canibais… uma corda usada num
enforcamento… um filme snuff. Uma lenda do death metal de meia-idade, o seu
gosto pelo bizarro é tão conhecido entre a sua legião de fãs como os excessos
da sua juventude. Mas nada do que ele possui é tão inverosímil ou tão medonho
como a sua última descoberta…
Um artigo à
venda na Internet, uma coisa tão estranha que Jude não consegue resistir a
pegar na carteira. "Vendo" o fantasma do meu padrasto a quem fizer a
licitação mais alta. Por mil dólares, Jude tornar-se-á o orgulhoso dono do fato
de um homem morto que se diz estar assombrado por um espírito inquieto. Ele não
tem medo. Passara a vida a lidar com fantasmas - o fantasma de um pai violento,
o fantasma das amantes que abandonara sem compaixão, o fantasma dos
companheiros de banda que traíra. Que importância teria mais um? Mas o que a
transportadora entrega à sua porta numa caixa preta em forma de coração não é
um fantasma imaginário ou metafórico, não é um benigno motivo de conversa. É
real.”
Este livro
pode ser dividido em duas partes:
A primeira
parte, correspondente à primeira metade do livro, contém alguns momentos
arrepiantes e provocou o típico estado de alerta de quem lê este tipo de
histórias. Joe Hill conseguiu tornar uma premissa algo ridícula em momentos de
tensão e exaltação. Por momentos, senti que tinha regressado ao meu mundo de histórias
de terror, abandonado há alguns anos.
Na segunda
parte, que é como quem diz a segunda metade do livro, o autor como que abandonou
a temática do terror para criar uma corrida contra o tempo. Ao longo desses
capítulos, tive a sensação de que estava a ler um livro de aventuras, ao invés
de uma história de terror escrita pelo filho de Stephen King. Aliás, alguns dos
pormenores que me assustaram inicialmente tornaram-se algo ridículos e
repetitivos.
Por causa desta dualidade de abordagens em “A Caixa em forma de coração”, não posso dizer que esta tenha sido uma leitura plenamente satisfatória. Não pude deixar de sentir-me algo enganada por inicialmente me ter sido prometida uma história de terror que acabou por transformar-se em apenas mais uma leitura igual a tantas aventuras que se encontra por aí.
Não penso
que Joe Hill não seja talhado para a escrita de livros de terror, apenas acho
que devia ser mais coerente na sua abordagem e não se deixar dormir à sombra da
bananeira, que é como quem diz: não se deixar convencer que basta ser filho de
Stephen King para vingar no mundo da escrita de terror.
Li este livro à tantos anos atrás que foi engraçado ve-lo aqui...já nem me lembrava da história. Mas concordo com o vosso feedback...totalmente
ResponderEliminarÉs a primeira pessoa que conheço que leu este livro. É estranho ser tão desconhecido sendo escrito por pessoa de tão sublime descendência ;)
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